What I Did For Love escrita por WaalPomps


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oooooi gente. Capítulo hoje é dedicado a RockAndGlee, que é uma linda e me achou no twitter. E conversando com ela ontem lá, esse capítulo saiu HUAHUAHUAHUAHU
Espero que gostem *----*



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As finais do primeiro semestre se passaram com grande animo para Quinn e Puck. Os professores deviam mandar relatórios para o conselho tutelar, então as provas do rapaz foram rapidamente corrigidas. A alegria de ambos, além de Rachel e Santana, com as notas entre C+ e B, era imensurável. Ele havia inclusive conseguido um A, em matemática, o que foi uma agradável surpresa para todos.

As férias de inverno seriam celebradas pelos três irmãos com muita alegria, apesar da divergência por Santana ser católica e Rachel e Puck serem judeus. Eles convidaram Quinn para celebrar o Hanukkah e ela, após certo esforço, convencera os pais a deixar que ela chamasse os amigos para a noite de Natal.

Russel Fabray era, em todos os aspectos da palavra, um cretino. Sua infidelidade não era segredo para as filhas, nem seu profundo machismo. O homem era um cristão fervoso e de grande influência e, assim como a maioria de seus semelhantes, achava que isso absolvia todos os seus erros.

Sempre fora muito severo com Quinn e Frannie, sua irmã mais velha. Porém, ao contrário da irmã mais velha e da mãe, Quinn não considerava esse comportamento normal. Quando o pai casou a irmã com um rico empresário texano, Quinn não quisera ir ao casamento, apenas havia ido após o pai ameaçar tirá-la do balé.

_ Quinn, querida? – chamou sua mãe, entrando em seu quarto. A loira terminava de vestir o vestido de renda branco e amarrava a fita rosa na cintura – Ah, está adorável.

_ Obrigada mamãe. – a loira sentou-se na penteadeira, escovando os cachos loiros.

_ Que horas seus amigos chegarão? – perguntou a mais velha, se aproximando e começando a arrumar os cabelos da filha.

_ Próximo as 20h30. – Quinn sentiu-se relaxada diante do carinho da mãe, sempre tão gostoso. Judy Fabray estava em silêncio, observando a filha tristemente – Mamãe, tem algo errado?

_ Os Hart virão essa noite. – soltou a mulher e Quinn bufou – E creio que você já sabe por quê.

_ Eu não vou me casar com o Joe, mamãe. Papai pode esquecer isso. – Quinn levantou-se, caminhando até a janela.

_ Querida, Joe é um bom homem cristão, assim como o pai dele. Frank é um grande amigo de seu pai, e muito influente na região. Será bom para os negócios. – argumentou a mãe, fazendo Quinn rir, irônica.

_ Claro, até porque casamento é um negócio. Mamãe, está escrito na Bíblia sobre o amor, o casamento por amor. – Judy baixou os olhos – Você ama o papai? Ama a vida que leva, com ele a traindo e destratando?

_ Aprendi a amar seu pai com o tempo Lucy. – a mãe usou seu primeiro nome, o que causou uma careta na garota – Querida, você dificilmente arranjara um marido tão bom quanto ele, tão depressa.

_ E quem disse que tenho pressa? – perguntou a loira – A senhora sabe que fui aceita como primeira bailarina do Lago dos Cisnes, na academia Adrenaline, em Forth Wayne. Eu vou me apresentar por todo o país, posso até acabar me tornando bailarina internacional. É isso que eu quero para mim.

_ Quando eu tinha a sua idade, tinha os mesmo sonhos. – recordou-se Judy, sonhadora. Porém, logo balançou a cabeça, apanhando a presilha da filha na penteadeira – Porém eu fiz o certo, me casei com seu pai, tive você e sua irmã, me tornei uma mãe e mulher de família. É isso que nós devemos ser.

_ E quem disse isso mamãe? – rosnou Quinn, apanhando a presilha e saindo do quarto – O pastor Harris, que é seu amante, ou a sra. Lort, amante do papai? Se não me engano, o marido dela também é pastor, não é?

A mãe ficou embasbacada, enquanto Quinn descia as escadas, olhando o relógio na parede. Logo os amigos chegariam, então tinha que estar pronta. Foi até o espelho que havia no hall de entrada e, com rapidez e maestria, prendeu os cabelos com a delicada presilha. Sorriu para seu reflexo, antes de ouvir o carro de Puck estacionar.

Quinn abriu a porta assim que os viu próximo, sorrindo largamente. A pequena Rachel vinha abraçada ao irmão mais velho, enquanto Santana vinha com a usual cara de poucos amigos mais atrás de ambos.

_ Hei Q. – cumprimentou Puck, beijando o rosto da loira – Er, você disse que não precisava trazer nada, mas quisemos trazer um espumante sem álcool. Assim, como mundo pode brindar.

_ Adorei Noah. – agradeceu Quinn, enquanto puxava os três para dentro. Retirou e pendurou seus casacos, enquanto Rachel se maravilhava com a decoração de Natal. Toda vez que a via, Quinn sentia seu coração apertar. Saber que aquela criança, tão pequena e indefesa, corria o risco de ser tirada dos braços do irmão, lhe doía no coração.

_ Oh, boa noite. – Judy Fabray desceu as escadas com seu melhor sorriso, sem deixar transparecer a discussão que tivera com a filha. Quinn apenas revirou os olhos diante do teatro de sua mãe, e Santana soltou um riso baixo – Você deve ser a Rachel, correto?

_ Sim. – a baixinha abraçou a mulher, que lhe sorriu com afeto. Apesar de tudo, Judy tinha um bom coração – Sua casa é linda sra. Fabray.

_ Fico grata pelo elogio querida. – agradeceu a mais velha, antes de voltar-se para Santana – E você eu já conheço... Santana, correto. Das cherrios, com Quinn?

_ Correto. – Santana tentou ser simpática, diante do olhar reprovador do irmão mais velho. Judy apenas acenou com a cabeça, voltando-se para Puck.

_ E você, Noah Puckerman. – o rapaz sorriu, parecendo envergonhado – Quinn me falou maravilhas sobre você e sua dedicação aos estudos. Tem sido um ótimo aluno.

_ Talvez fosse digno de elogios, se tivesse feito isso no tempo certo, e não após ter reprovado duas vezes. – alguém cortou Puck, antes que ele pudesse responder. Todos se viraram, vendo Russel Fabray descendo as escadas. O homem descia com uma pose, exagerada, de majestoso, como um rei indo ao encontro de seus súditos. Santana franziu o cenho, enquanto Rachel se encolhia perto do irmão – Porém, não é surpresa, a julgar pelo histórico familiar.

_ Russel, querido... – chamou Judy, se aproximando – É noite de Natal, não vamos cultivar sentimentos ruins, que tal? – o homem apenas a olhou com desdém, e deu as costas a todos, indo para a cozinha – Fiquem a vontade crianças, por favor.

 Ela virou-se, indo atrás do marido. Quinn pode ouvi-los discutindo na outra sala, enquanto o pai começava a beber. Suspirou, voltando-se para os amigos e abrindo seu melhor sorriso.

_ Desculpem pelo meu pai. Ele é simplesmente...

_ Um cretino?

_ Santana. – Puck repreendeu a irmã, que deu de ombros.

_ Tudo bem, ela está certa. – concordou Quinn, suspirando – Que tal nos sentarmos? Temos alguns petiscos muitos bons na cozinha.

Os quatro conversaram por um longo tempo, até a campainha tocar de novo. Judy apareceu correndo, com Russel um pouco atrás, e Quinn abaixou o rosto, querendo evitar o que viria a seguir. Puck percebeu a reação da menina, a abraçando pelos ombros. Ela lhe deu um sorriso agradecido.

_ Frank, Mary. – cumprimentou Judy, sua voz elevada uma oitava pela animação forçada – Que grande prazer recebê-los. E Joseph... Como está bonito. Entrem, por favor.

A família Hart entrou na sala, Joe parecendo contrariado por estar ali. Russel trocou um aperto de mão com Frank Hart, enquanto Judy e Mary ficavam naquela ridícula ceninha de mulheres “amigas”.

_ Quinn, venha cumprimentar os Hart. – pelo tom de seu pai, não foi um pedido. Ele sorria, mas ela sabia que era apenas de aparência. A contragosto, saiu do abraço de Puck e caminhou até o casal, que lhe sorria abertamente.

_ Está maravilhosa Quinn, realmente. – garantiu Mary, após beijar as duas bochechas da jovem, que lhe forçou um sorriso – Lembra-se de Joe, correto?

Oh sim, ela se lembrava. Quando pequena, brincara muito com Joe Hart, um ano mais velho que ela. Porém, conforme foram chegando à adolescência, se afastaram e, nas poucas vezes que haviam se visto, Joe não se esforçara para evitar constranger Quinn com suas investidas.

_ Como vai Joe? – perguntou, se segurando para não correr de volta para o sofá.

_ Bem, muito bem. – ele a olhou de cima a baixo, um sorriso cafajeste brincando em seu rosto – Vejo que você também... Está muito bem Quinn, maravilhosa.

Ela corou, sentindo o olhar apiedado de sua mãe e Mary. Ouviu uma movimentação atrás de si e viu que Puck havia se levantado, e Rachel e Santana o abraçavam, segurando-o discretamente.

_ Oh, que grosseria. – Judy aproveitou a oportunidade para quebrar o clima – Esses são Noah Puckerman, Santana Lopez e Rachel Berry. São irmãos e amigos de Quinn, e passaram o Natal conosco.

_ Eu conheço vocês. – comentou Frank, se aproximando dos três – Eu conhecia Annita, abuela de vocês. Ela era muito amiga da minha mãe quando crianças. Fiquei muito sentido quando soube da morte dela, e de Ruth. Eu a conheci quando você era pequena Santana, antes de seu pai ir embora com você. Eram duas mulheres incríveis.

_ Obrigada. – agradeceu Santana, a voz levemente embargada.

_ Você e Quinn estudam juntas? – perguntou, com um sorriso simpático.

_ Na verdade, Quinn está dando aulas a Noah. Acho que repetir duas vezes seguidas é o bastante. – o comentário ácido de Russel fez Quinn fuzilar o pai, enquanto as duas garotas seguravam o irmão mais apertado.

_ Ora Russel, depois de tudo que o rapaz passou nos últimos anos, fico feliz que esteja trabalhando para tentar melhorar. – Quinn sorriu para Frank, que lhe deu uma piscadela discreta. Lembrava-se dele, desde que era pequena, e de como ele sempre havia sido “decente” perto dos demais amigos do pai. Pena que, aparentemente, o filho não herdara isso dele.

_ Bom... Vamos comer? – chamou Judy, e todos concordaram.

O jantar transcorreu sem grandes problemas, com Frank conversando bastante com Santana e Puck. Aparentemente, Juan havia sido muito seu amigo na infância e o homem conhecera bem as crianças quando pequenas. Quinn sentiu Puck enrijecer quando começaram a falar sobre a partida abrupta do homem com a filha.

_ Realmente, ninguém entendeu o que aconteceu. – explicou Santana – Ele sempre me disse que minha mãe não nos queria, porém quando voltei, ela dizia que nunca queria que eu tivesse ido. Quando eu me sentia pronta para falar sobre isso, ela já estava muito doente, e eu não queria confrontá-la.

_ Levando em conta que nenhum de vocês compartilha os dois pais, até entendo porque seu pai quis te tirar de lá. Ainda mais de um lar judeu. – provocou Russel, enquanto Quinn e Rachel seguravam a mão de Puck. O rapaz apenas sorriu para as duas, continuando a comer.

Judy e Mary conversaram com Rachel durante toda a refeição. As duas se preocuparam com a falta que as figuras paternas faria a menina, mas ficaram gratamente surpresas ao constatar o bom trabalho que Puck e Santana faziam. Rachel era doce, delicada, prestativa, educada e seus sonhos sobre atuar na Broadway, deixaram as duas mulheres maravilhadas.

Joe quase não falou durante a refeição, e quando o fez, foram investidas grosseiras em Quinn, que fingia não ouvir, sendo repreendida pelo pai. Em certo ponto, Quinn já esperava que o pai oferecesse o quarto para que Joe transasse com ela.

Após o jantar, Quinn, Rachel e Santana foram ajudar as mulheres com a louça. Russel começou a puxar assuntos de negócios com Frank, que educadamente lhe deu atenção. Joe saiu para a varanda, onde ficou falando com alguém no celular. Puck ficou na sala, apenas observando pela porta da cozinha, suas irmãs e Quinn.

Santana sempre fora arrisca, até mesmo com as colegas das cherrios. Com Quinn, apesar da acidez, a conversa era fácil e as duas riam descontraídas. A loira também se dava bem com Rachel, fazendo a baixinha se sentir segura, e até mesmo ajudava na relação das duas morenas, sempre tão difícil.

Enquanto observava a interação das três, se deu conta de um fato assustador e novo, algo que não devia e não podia acontecer. Mas antes que dissesse algo, Russel apareceu, chamando a todos para a sala.

_ Bom, o motivo de termos reunidos todos aqui. – o tom de voz de Russel era de puro prazer, enquanto a de Frank era pensativa. Quinn sentou-se ao lado de Puck, enquanto as duas irmãs do rapaz paravam atrás dele – Joseph, tem algo que você queira dizer?

_ Ah, sim. – o rapaz pareceu lembrar o que devia fazer, enquanto o pai lhe olhava severamente. Joe pegou uma caixinha do bolso e voltou-se para o Sr. Fabray – Hã, Sr. Fabray... Eu gostaria de pedir a mão de Quinn em casamento.

_ Sim. – disse Russel.

_ Não. – quem disse foi Quinn, e todos a encararam – Desculpe, mas esse pedido devia ser feito a mim primeiro. E eu nunca sequer sai com você.

_ Não por falta de tentativa. – lembrou Joe, e Quinn o fuzilou.

_ Eu não sou um brinquedo sexual Joe, e nunca vou ser. O que você quer é uma idiota que fique em casa te esperando, enquanto você faz o que bem entende por ai. Me desculpe, mas não serei essa mulher. Então, educadamente, recuso seu pedido de casamento.

_ Ignore-a Joseph. – disse Russel, como se Quinn não tivesse falado nada – Está apenas emocionada. Estará mais tranquila até julho, quando se casarem.

_ Desculpe papai, mas em julho estarei em Washington, como primeira bailarina do Adrenaline. – Russel fuzilava Quinn, que não desmontava a pose. O clima ficou pesado e silencioso, até que Frank sorriu e se aproximou de Quinn.

_ Bom, espero que não se esqueça de mandar convites para mim e Mary. Sabe o quanto adoro te ver dançar. – ele beijou o rosto de Quinn, que sorriu para ele – E não só em Washington. Quero um convite para cada apresentação em capitais, está me ouvindo?

_ Lhe darei, prometo. – garantiu a loira, recebendo um carinhoso abraço do homem. Mary a abraçou em seguida, e logo os dois se despediam de Russel e Judy, o primeiro parecendo contrariado. Joe sequer se despediu deles, saindo enquanto falava no celular, com alguma menina que o esperava em um motel.

Assim que o carro dos Hart desapareceu na rua, Russel entrou em casa, pegando Quinn pelo braço e lhe dando um tapa na cara.

_ Qual o seu problema? – ele gritou, enquanto Judy tentava segurá-lo – Você sabe o que acabou de fazer? A oportunidade de negócios que jogou fora?

_ Minha vida não é um negócio papai. – rosnou Quinn – Casamento deve ser por amor, não por negócios.

_ Cale a boca Lucy, você é mulher. A mulher foi feita para atender ao homem, e apenas isso e...

_ CALE A BOCA. – quem gritou foi Puck, se levantando nervoso. Russel virou-se para ele, com um olhar mortal – Você não tem o direito de falar com ela assim.

_ Eu sou o pai dela, esse direito é todo meu. – rosnou Russel, se aproximando ameaçadoramente.

_ Ninguém tem o direito de subjulgar a vida de outro ser humano. – rosnou Puck, quase colando a testa com Russel – Eu não vou deixar que machuque Quinn, ou foda a vida dela.

Os olhos de Russel estavam esbugalhados. Puck não baixou os olhos, mantendo-se firme diante do homem mais velho.

_ Quinn, pegue suas coisas. – pediu Puck calmamente – Hoje você ficará conosco.

_ Lucy não sairá daqui. – rosnou Russel – Chamo a polícia se for preciso.

_ Sua filha é maior de idade, pode sair se quiser. – Noah sorriu com escárnio, enquanto Quinn subia as pressas. Ela colocou algumas coisas em uma mochila, descendo depressa. Os dois homens estavam na mesma posição, enquanto Judy tremia da cabeça aos pés – Obrigado pelo jantar sra. Fabray.

_ Não há de que. – a voz da mulher era um sussurro, enquanto Puck abraçava Quinn pelos ombros e puxava as irmãs. Abriu a porta do carro e esperou que elas entrassem, antes de assumir o lugar do motorista e sair da garagem dos Fabray.

Dirigiu em silêncio, enquanto sentia Quinn apertar sua mão. Sorriu para ela, mantendo-se atento a estrada. Santana o olhava inquisitoriamente do banco de trás, sabendo que ela estava curiosa. E quando ela perguntasse, sabia o que diria.

Estava apaixonado por Quinn Fabray e faria de tudo para salvá-la, assim como ela o salvou. 


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo será divo. E sabem porque? QUIIIIIIIIIIIIIIIIIICK ♥
Comentem ok amorzinhos?
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Beiiiijos