What I Did For Love escrita por WaalPomps


Capítulo 46
Capítulo 45


Notas iniciais do capítulo

E ai gente? Alguém ainda tá lendo essa birosca? UAHUAHUAUHAHU
Seguinte: to revoltada com Glee. MUITO. To mandando o seriado para a casa do caralho.
Mas to criando vergonha na cara e tentando acabar todas as minhas fics começadas (podem rir da minha cara, jamais conseguirei).
E EU TO NUM VÍCIO ETERNO POR FABINE (mesmo Sangue Bom já tendo acabado) QUE SÓ CONSIGO ESCREVER SOBRE ELES, BEIJOS PRO MUNDO



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Os gritos de Brittany ecoavam por todo o apartamento. Santana piscou, ainda grogue, e começou a levantar. Tateou o colchão ao lado da cama, vendo que Sam ainda não havia chegado de seu turno no hospital. Olhou no relógio, constatando que ainda eram 6h da manhã, e Sam só devia chegar perto das 10h.

_ Ya, ya ... Mamá está aquí, no hay necesidad de llorar. – cantarolou, entrando no quarto (http://www.originalgratis.com.br/wp-content/uploads/2011/04/fotos-de-quarto-para-bebes-meninas.jpg) da filha. Brittany estava com os olhos cheios de água, mordendo a mãozinha gorducha - Tienes hambre mi ángel?

Em resposta a menina começou a caçar o decote da camisola da mãe, que riu. Ela ainda estava com cinco meses, porém Santana não tinha pressa de desmamá-la. Além de amar a ligação que isso gerava entre as duas, não voltaria para a promotoria por tempo indeterminado.

Depois da aposentadoria de Frank Hart, ela havia se tornado a chefe de seu setor, apesar de tão jovem. Porém, no sétimo mês de gestação, quando foi acertar sua licença maternidade, decidiu que iria se afastar.

Sua chefe, uma mulher de 45 anos e dois filhos adolescentes, apoiou sua decisão, dizendo que ela mesma havia feito isso quando o segundo filho nascera, para não perder marcos da vida dele como havia ocorrido com o primogênito. Santana era uma das melhores no que fazia, então poderia voltar para o seu cargo quando quisesse.

Sam tinha turnos longos e com horários diferenciados, e a latina não queria faltar na criação da filha, deixando que ela fosse criada por estranhos. Então a decisão de se afastar e se tornar uma mulher caseira não foi nenhum pouco penosa. Quinn trabalhava duas tardes na semana apenas, e por isso as duas ficavam muito tempo junto de Rachel, ajudando-a.

_ Eu acho que só mesmo você nua fica mais bonita do que enquanto está com ela. – alguém chamou sua atenção da porta. Santana ergueu os olhos, sorrindo para o marido. Britt já havia terminado de mamar e arrotado, e agora brincava os dedos da mãe.

_ Alguns meses atrás eu concordaria, mas depois de ganhar essa linda cicatriz da cesárea, tenho que dizer que você é maluco. – a morena se levantou, caminhando até o marido e lhe dando um selinho – Fala pro papai que ele está doidão.

_ Fala pra mamãe que ela é linda. – ele pegou a filha dos braços da esposa, beijando a cabeçinha dela.

_ Chegou mais cedo ou eu que fiquei alienada tempo demais? – perguntou ela, enquanto iam para o quarto de ambos.

_ Fui liberado mais cedo... Figgins ficou sabendo sobre Carol e deixou que eu viesse mais cedo, para descansar um pouco. – Sam colocou Brittany entre os travesseiros, indo até o banheiro e ligando a banheira.

_ Acho que temos patrões muito bons... Todos nós. – Santana deitou ao lado da filha, dando uma bonequinha para ela.

_ Todos no hospital, na oficina e na escola de Finn acompanharam nossa história Sant, desde a minha com a Britt até a do acidente de vocês. – o loiro reapareceu, já sem camisa e calça – Nossa família é aquela que todos torcem pra ser feliz, e quando existe essa possibilidade, eles ajudam... Ah, eu trouxe um chocolate quente e donnuts da cafeteria do hospital, estão na cozinha.

_ Você olha a Britt? – ele concordou, deitando ao lado da filha. Santana foi até a cozinha, pegando o jornal e o café da manhã e comendo o mais rápido que pode (Sam odiava comida na cama, a não ser em ocasiões especiais) e quando voltou ao quarto, encontrou os dois em sono alto.

Sorriu intimamente, antes de caminhar e desligar a banheira quase cheia. Mais tarde ligavam o aquecedor e reaproveitavam a água. Tornou a deitar em seu lugar na cama, passando o braço por cima do de Sam, que envolvia Brittany. O loiro piscou grogue, e ela acariciou seu rosto, que logo estava sereno e adormecido novamente. E assim a latina voltou a dormir, com tudo que mais amava junto de si.

~*~

_ MAMA, MAMA, MAMA, MAMA, MAMA, MAMA. – Caleb começou a gritar, batendo palminhas. Quinn abriu os olhos lentamente, ouvindo o marido resmungar. Logo sentiu um corpinho quente se espreguiçar, se aninhando mais ao seu, e sorriu.

_ Ele é sempre assim? – Carol resmungou sonolenta, e Quinn sorriu, encarando Noah, que também sorria. Não havia sido um sonho, sua princesinha estava realmente de volta.

_ Normalmente é pior. – brincou o pai, enquanto sentava e puxava Caleb para seu colo, fazendo o menino gargalhar – Muito bem Zé das Galinhas, já que acordou todo mundo, vai ser o primeiro a enfrentar o chuveiro.

_ Noah, se ele ficar gripado, eu te mato. – rosnou Quinn, fazendo Carol rir. O homem revirou os olhos, jogando o filho nos ombros e saindo em direção ao banheiro do corredor, deixando as duas mulheres da casa sozinhas.

Carol logo se enfiou sobre os braços da mãe, que a apertou contra si, enquanto a garota deitava a cabeça em seu ombro.

_ Você se lembrava de mim? – sussurrou Carol, contra a pele da mãe – Depois do acidente?

_ Eu não me lembrava de nada. – contou Quinn, acariciando os cabelos escuros da filha – Amnésia é a pior coisa do mundo, isso eu te garanto. Eu fico até feliz que você não tenha tido que presenciar isso... Seu pai sofreu muito, e eu sofria por ver ele sofrendo.

_ Porque a Shelby fez isso? – depois que os pais haviam explicado que o acidente fora culpa de Shelby, Carol não a chamara mais de “mãe”.

_ Shelby fez algumas escolhas erradas depois que a Rachel nasceu. – Quinn tentou amenizar a história. Já haviam contado demais, e Carol tinha apenas 7 anos – As vezes isso acontece. A mulher tem tanto medo de ser mãe, que acaba tendo algumas escolhas erradas, e prejudicando o filho. Mas isso não quer dizer que ela não ame o filho.

_ Eu me sinto confusa. – admitiu Carol – Eu consigo me lembrar de você e do papai, e da madrinha, do padrinho, da tia Tana, do vovô Frank, da vovó Mary... Mas ao mesmo tempo, eu fico achando que meu nome é Elizabeth, e que Shelby é minha mãe. Como isso é possível?

_ Nós vamos conversar com alguém, algum psicólogo... Sabe o que é isso? – Carol concordou – Então... Acho que ele vai ajudar. Vamos descobrir porque você está tão confusa, ok?

Carol concordou, se aninhando manhosamente à mãe. Quinn riu, beijando os cabelos da filha e apertando contra si.

_ Mas olha que dupla mais preguiçosa... – Puck apareceu na porta só de cueca, assim como Caleb, ambos de banho tomado – A mamãe e a Carol não são duas preguiçosas?

_ Caol, Caol. – Caleb batia palmas rindo, fazendo os familiares rirem de sua fofura.

_ Melhor a Carol ir tomar banho e se trocar, depois nós vamos ao apartamento de Shelby buscar as coisas dela. – Puck assentiu, e a menina se levantou, rumando para o banheiro – Liga para o investigador Motta e pede para ele encontrar conosco lá, está bem?

_ Você troca o Caleb? – o homem passou o filho para a esposa, enquanto apanhava uma bermuda.

_ Vou deixar ele brincando um pouco enquanto tomo banho, depois troco ele e a Carol de uma vez. – Puck concordou, descendo para o escritório. Quinn colocou o filho no cercadinho que havia no quarto e foi para o banheiro da suíte tomar uma ducha.

~*~

_ Então o tio Puck e a tia Quinn tem outro filho? Quer dizer, filha? – o casal assentiu, vendo o rostinho de Charlie confuso – Ela é mais velha do que eu?

_ Três anos e meio. – confirmou Finn.

_ E porque eu não conheço ela?

_ Lembra o acidente que a mamãe, a tia Quinn e a tia Tana sofreram? – o garoto concordou – Então, ela estava com nós três no carro. E ela sumiu.

_ Agora vocês acharam ela? – Rachel confirmou – E onde ela estava?

_ Com uma moça que encontrou ela. – Finn e Rachel haviam concordado de não contar sobre Shelby, pelo menos até que o filho fosse mais velho e conseguisse entender – Mas agora essa moça devolveu a Carol, porque descobriu quem são os pais dela.

_ E nós vamos conhecer a Carol hoje? – os pais assentiram novamente – Eu estou ansioso.

_ Não precisa campeão. – garantiu Finn, rindo da cara tensa do menino – Carol vai gostar de você de todo jeito, está bem?

_ Ok... Mas eu vou fazer um desenho para ela, está bem?

Finn assentiu de novo, vendo Charlie sair correndo. Ele virou-se para Rachel sorrindo, mas viu que ela estava divagando.

_ Rach... Tá tudo bem? – ele acariciou os cabelos dela, chamando sua atenção. Ela o encarou, assentindo levemente, mas ele não acreditou – Amor, pode me falar.

_ Finn, eu já estou com quase 24 anos. – ela sussurrou, e ele assentiu, confuso – Finn, eu não me formei no colégio, eu não fiz faculdade... Eu sei que por alguns meses ainda eu não posso sair daqui, porque ainda estou em observação médica. Mas e depois?

_ Se acalma amor. – ele sorriu para Rachel – Eu já cuidei do colégio, você vai fazer o segundo semestre em uma turma especial de alunos mais velhos, durante a tarde, lá no McKinley mesmo.

_ E depois? – a morena perguntou, e Finn deu de ombros, mostrando não ter entendido – Finn, e NYADA?

_ O que tem NYADA? – perguntou ele, confuso.

_ Será que eles ainda me aceitam lá? – o silêncio se instaurou depois da pergunta de Rachel. Ela esperando uma resposta dele, que não foi exatamente a que ela queria.

_ Rachel, se você for para NYADA, você vai sozinha para Nova York.

_ O-o que? – ela guinchou, arregalando os olhos – Do que você está falando Finn? E os nossos planos de...

_ Rachel, aquele ali é meu único plano atual. – ele apontou na direção do quarto de Charlie – Nosso filho, de quatro anos, que nasceu e cresceu nessa cidade, perto dos tios, dos primos... Nas duas vezes que estivemos em Nova York para ver Kurt e Blaine, Charlie sequer queria sair do apartamento. Ele odeia Nova York, e eu não vou forçá-lo a ir para lá.

_ Finn, nós somos os pais dele. Ele tem que ir para onde formos. – ele suspirou, concordando.

_ Mas eu não tenho que ir para Nova York, e nem quero. – ela franziu o cenho – Rachel, eu gosto de viver aqui em Ohio, gosto de dar aulas aqui. Eu odiei o tempo que morei em Nova York, você sabe que só o fiz para ficar longe de você na época. E eu só iria voltar para lá por você. Mas agora, com o Charlie...

_ E o que você espera que eu faça? Que eu desista dos meus sonhos? Que eu vá embora, deixando você e o Charlie aqui? – ela tentava controlar o tom de voz, para não assustar o filho dentro do quarto.

_ Rachel, eu nunca te afastaria do Charlie, e nem te pediria para desistir dos seus sonhos. Mas eu também não vou me forçar, nem forçar o Charlie, a nada. – ele foi firme – Rachel, eu tenho 28 anos, já sou um pai de família, tenho obrigações e responsabilidades. E você também tem que entender que já tem 24 anos, como você mesma disse. Não é mais uma garota no colégio, sem responsabilidades. Eu sei o quão confuso tudo isso está sendo para você, mas você precisa entender isso.

Rachel ficou encarando o namorado, ainda chocada com o que ele havia dito. Ele a encarava impassível, mostrando que não estava brincando. Por fim, ela se levantou irritada, rumando para o quarto e batendo a porta. Finn suspirou, se levantando e indo para a cozinha. Rachel tinha que entender que ele não tinha capacidade de cuidar de duas crianças, ainda mais sendo uma da idade dela.


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Notas finais do capítulo

Não vou dar datas ou prazos.
Mas como diria Presidente Snow "Esperança é a única coisa mais forte que medo"
ENTÃO BORA TER ESPERANÇA E VIRAR UM TORDO NA REVOLUÇÃO, BEIJOS PRO CÊIS