What I Did For Love escrita por WaalPomps


Capítulo 37
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

17 reviews e duas recomendações... É, cêis tão merecendo.
Mas já aviso o seguinte: se sumir todo mundo de novo, e voltar a fantasmizar, cêis vão ver eu exigir que as 30 leitoras comentem u.u
Bom, tá ai o que vocês tanto queriam...
Ah, e obrigada pelas recomendações Lubs e Bia *-*



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Eles eram mais parecidos do que sempre havia dito. Charlie podia ter muito dele, mas havia tanto dela no garoto. Os olhos dos dois eram os mesmos, como ele sempre soube. Mas não conseguia estar completamente feliz, porque sabia que Rachel não estava feliz com ele. Santana havia deixado isso bem claro.

_ Ela sabe sobre a Samantha. – ela disse, enquanto Quinn arrumava um ansioso Charlie.

_ Ela falou? – Finn ficou surpreso, e Santana revirou os olhos.

_ Claro que não. Mas algo na atitude dela deixa isso bem claro. Ela deve ter visto ou ouvido algo, já que a loira fica na sua cola o tempo todo. – o tom de Santana era um pouco agressivo – Eu a convenci a te deixar ir com o Charlie, porque eu sei o quanto você sonhou com isso. Mas você vai ter que dar um jeito nessa situação, sozinho.

_ Papai, vamos. – Charlie já estava “pronto” e quicava ansioso – A mamãe está esperando.

Finn assentiu, se aproximando dele. Apenas lançou um olhar afirmativo para Santana, enquanto apanhava o filho do chão. O garotinho o abraço apertado, tremendo de ansiedade. O homem não queria admitir, mas seu coração estava acelerado. Viu que Samantha saia do elevador e desviou os olhos, se dirigindo ao quarto de Rachel. Sabia que os amigos cuidariam da loira.

Quando chegou ao quarto de Rachel, Charlie se aprumou em seu colo, ansioso. A morena observava os desenhos na parede absorta, com os olhos cheios de lágrimas.

_ Mamãe? – o brilho nos olhos dela ao ouvir aquelas palavras e se virar para Charlie, fez com que Finn soubesse mais do que nunca o quanto a amava.

~*~

Ele era tão lindo, tão perfeito. Sempre havia achado-o lindo, mas a raiva de pensar que Finn a enganara não a deixava admitir isso. Mas não precisava mais negar. Charlie era a criança mais linda que ela já havia visto em sua vida, e o melhor de tudo: ela era a responsável por isso.

Ele era bem grande para a idade, mas com um pai como Finn, isso não era surpresa. A maneira como o cabelo estava penteado, bem espetados, também lembrava o penteado que Finn usava quando mais novo. Mas os olhos eram dela, inteiramente. E ela sabia que deviam estar brilhando tanto quanto os dela.

Finn entrou com o filho no colo, ambos sorrindo largo para ela. Ela mesma sorria o mais que conseguia, enquanto esperava ansiosa por eles. Queria poder sentar e abraçar o garoto, mas tinha que se contentar com a meia fase da cama.

Finn colocou Charlie sobre o colchão, bem ao lado dela. O garoto ficou sobre os joelhos, encarando a mãe em silêncio. Os olhos dela brilhavam em lágrimas, e ela podia ver que os dele também. Charlie pegou sua mão, e ela apertou a dele o mais forte que conseguiu. Isso só fez o sorriso dele aumentar mais.

_ Você consegue me entender? – a voz dele era clara e linda, o que fez Rachel se maravilhar. Ela assentiu com a cabeça, e ele sorriu – O papai disse que você ainda está fraquinha, mas que quando você for ficando mais forte, a gente vai te ensinando a fazer tudo de novo, que nem a gente ensina as coisas para o Caleb. – ela assentiu de novo – Você é tão bonita acordada quanto nas fotos...

Isso a fez chorar sem pudor, e assustou o menino. Em um reflexo, ele se deitou ao lado dela, se enfiando sobre o braço dela, como se ela estivesse o abraçando. Ele passou o braço por seu abdômen e escondeu o rosto em seu ombro.

_ Calma mamãe, não precisa chorar. – pediu ele, erguendo a mão para o rosto dela e fazendo carinho. Ela tentou controlar ao máximo a vontade de chorar, desfrutando daquela sensação maravilhosa. Ela era mãe, não precisava se lembrar de nada, apenas o fato dele estar ali já era a prova suficiente. Ele a amava, e ela o amava.

Virou os olhos na direção de Finn, e viu que as lágrimas que escorriam dos olhos dele eram tão grossas quanto as dela. Queria se manter com raiva, ainda estava com raiva, mas era difícil em um momento como aquele.

Ela fechou os olhos, deixando a cabeça repousar sobre a do filho. Ele desceu a mãozinha em direção a dela, pegando a mão magra da mãe e segurando junto do peito.

Charlie afastou um pouco o rosto, fazendo com que a mãe o encarasse. Ficaram assim por um bom tempo, até que ela indicou os desenhos na parede com os olhos. Ele sorriu, entendendo o que ela queria dizer.

_ Eu que fiz. – sua voz era orgulhosa, assim como o olhar dela – Eu tenho feito um por dia, desde que você acordou. Mas eu não podia vir aqui, então eu deixei na minha pasta. Você quer ver? – ela concordou, ansiosa – Mas estão no carro do tio Puck...

_ Vai lá e pede para o tio ir buscar com você. – propôs Finn, e ele sorriu, concordando. Deu um longo beijo no rosto da mãe, antes de descer com a ajuda do pai e sair correndo, gritando pelo padrinho. Finn e Rachel ficaram observando a porta por algum tempo, até ele quebrar o silêncio – Rachel...

Ela não queria encará-lo, não queria lidar com aquilo, mas sabia que as coisas não eram tão simples. Agora havia Charlie na história, e em menos de 10 minutos, o garoto havia virado toda a sua cabeça e feito sua vida se resumir a ele.

E Charlie era tão parte de Finn quanto era dela.

Ela virou o rosto na direção do grandão, que se aproximou com cautela. Ele sentou-se na beirada da cama, como sempre fazia. Pegou a mão dela com delicadeza, deixando-a solta para Rachel escorregar os dedos para fora se quisesse, mas ela não o fez.

_ Obrigada. – ela pareceu confusa, e isso o fez sorrir – Pelo Charlie. Mesmo sem saber, você... O seu corpo, fez tudo que pode para proteger o nosso filho, e trazer ele ao mundo em segurança. Eu nunca vou poder ser grato o suficiente a você por isso, por ter feito de mim pai. Por ter lutado tanto, e ter voltado para nós dois.

Ela não lutava contra as lágrimas, e nem ele. Ela apertou mais forte a mão dele, e ele puxou a dela para beijar. Não disseram mais nada, ela ainda confusa pela raiva, ele pelo remorso. Precisava se explicar para ela, mas não sabia como.

_ Rach, quanto a Samantha eu... – ela negou com a cabeça – Rachel, eu preciso explicar que... – ela negou novamente, abrindo e fechando a boca o máximo que conseguia – Falar? Você quer que eu espere você poder falar? – ela concordou – Você vai me impedir de te ver até lá? – ela negou, apontando algo com a cabeça. Os desenhos – Charlie? – ela assentiu, e ele tentou ler os olhos dela (era incrível como isso ainda era algo fácil de fazer) – Você quer que o Charlie tenha a família que sonhou? – ela concordou, e ele sorriu – Então somos dois.

Eles sorriram um para o outro, da mesma maneira como sempre haviam feito. Ele se aproximou, beijando os lábios dela com delicadeza. Ela não correspondeu (em partes porque ainda não conseguia), mas não fez nada que o repelisse. Ele beijou a testa dela e sorriu.

_ Ele está bem ansioso para te ajudar a se recuperar. Talvez até demais. – ela sorriu emocionada – Mas tente não ficar ansiosa, porque o Dr. Jones disse que isso pode atrapalhar.

Quando Charlie voltou, não estava sozinho. Os casais Evans e Puckerman o acompanharam, junto do pequeno Caleb, que parecia muito interessado em descobrir como o ursinho em sua mão cantava.

Santana apresentou Sam a Rachel, seguida por Quinn que apresentou Caleb. A sua maneira, a morena tentou participar, mas só o fato de ela estar ali já era incrível. Com um olhar, Santana avisou Finn que haviam espantado Samantha do andar.

_ Mamãe, você quer me ver desenhar? – a morena concordou, parecendo animada – Papai, me pega no colo?

Com a ajuda de Puck, Finn acomodou Rachel melhor na cama, e sentou ao lado dela, deixando que ela se aninhasse a ele. Charlie sentou sobre a perna do pai, apoiando as folhas de papel na mesinha dobrável que era usada nas refeições. Ele espalhou seus lápis, e começou a explicar aos pais o que iria desenhar. Os dois pareciam hipnotizados, ouvindo tudo que ele tinha a dizer, prestando atenção em cada explicação de porque usar essa ou aquela cor.

Santana se acomodou no sofá com Sam, ambos entretidos em acariciar a barriga dela, enquanto observavam Charlie, uma atividade que nenhum dos presentes parecia se cansar. Quinn sentou-se em uma poltrona, ninando Caleb que estava com sono. Puck ficou algum tempo sentado no encosto, acariciando os cabelos da esposa, até ter uma ideia e pegar o celular. Discretamente, sem que os três percebessem, ele fotografou o que seria o primeiro momento de família de Finn, Rachel e Charlie.


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Notas finais do capítulo

CHARLIE, QUERO LHE AMAR ♥ (mas parem de morder o menino coitado)
Beeeijos