What I Did For Love escrita por WaalPomps


Capítulo 36
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

EU AMEAÇO E VOCÊS COMENTAM NÉ? HUMP U.U



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Não poderiam dizer que as semanas seguintes foram as mais difíceis que já haviam tido, mas também não estavam entre as mais fáceis. A melhora de Rachel era lenta e trabalhosa, sendo que ela ainda estava muito fraca.

Apenas Quinn e Puck entravam no quarto da judia, já que estavam preocupados com a reação dela a gravidez de Santana, e ela ainda não aceitar ver Finn. Charlie estava ficando irritadiço e agressivo, discutindo todo o tempo por não poder ver a mãe. Então começaram a permitir que o garoto visse Rachel pelo vidro, enquanto ela dormia ou fazia fisioterapia. Não era muito, mas já era algo.

Outra coisa incômoda era Samantha. Ela havia se tornado um grude ainda maior com Finn, muitas vezes deixando de lado suas funções para ficar com ele quando ele estava no hospital com Charlie. Isso estava deixando, não apenas o professor, mas toda a família desconfortável. O casal havia brigado muito desde que Rachel havia acordado, mas Finn não havia terminado o namoro. Na realidade, não estava com cabeça para pensar em nada relacionado a isso.

A única coisa que ele conseguia pensar, era na dor que refletiam nos olhos de Rachel cada vez que ela o via, e em como ela ignorava Charlie. O garoto não parecia perceber, mas era visível, e ele se perguntava o que poderia estar se passando na cabeça dela. Era exatamente nisso que ele pensava, escorado no balcão em frente ao quarto da morena, observando-a dormir, quando recebeu um beijo nos lábios.

_ Que saco Sam, já pedi para não fazer isso aqui. – ele não queria ser rude, mas não conseguia evitar. A loira passara a beijá-lo o tempo todo, não importando onde estivessem.

_ Eu sou sua namorada Finn, e namoradas beijam namorados. – reclamou ela – E eu faço isso aqui, porque não tenho mais onde fazer. Desde que a Rachel acordou, nós não fizemos mais nada, além de ficar indo e vindo do hospital com o Charlie.

_ Será que é porque a mãe dele está aqui, e ele quer vê-la? – Sam murchou ao seu lado e ele suspirou – Sam, me desculpa, está bem? Mas você sabia que as coisas seriam assim, complicadas. E agora que a Rachel acordou...

_ Você vai terminar comigo? – ela pegou o rosto dele com delicadeza, fazendo-o virar para ela. Ele queria dizer sim, a palavra estava na ponta da língua. Mas gostava demais da enfermeira, ela havia lhe feito muito bem. E apesar de não amá-la como amava a baixinha no quarto, não queria vê-la sofrer, nunca. Então apenas adiou o inadiável.

_ Eu não sei Sam. – ele suspirou – Nesse momento, a única coisa que eu estou pensando é Charlie, e em ver a Rachel melhorar logo para ele poder falar com a mãe. Por favor, entenda isso.

Ela não parecia feliz, mas concordou. Ela se aproximou, lhe dando um longo beijo, e ele se segurou para não afastá-la. Quando se soltaram, ela o abraçou.

_ Eu te amo Finn. – ele abriu os olhos, observando a baixinha adormecida no quarto. Ele apenas beijou a testa da loira, deixando-a mais frustrada.

 ~*~

Era frustrante, muito frustrante. A melhora era lenta, mais lenta do que sua ansiedade queria. Ela queria falar, gritar, se mexer. Queria fazer todas as perguntas que martelavam sua cabeça. Queria dizer tudo que pensava sobre Finn, e mais que tudo, queria entender porque o filho dele ficava a observando.  

Pensava no que vira mais cedo, Finn beijando a tal loira que ela não conhecia. Eles se beijaram em frente ao seu quarto, falavam sussurrando, assim como ela e Finn costumavam fazer. Será que ele a estava enganando enquanto estavam juntos? Ou será que muito mais tempo do que davam a entender havia se passado?

Foi tirada de seus pensamentos pela porta sendo aberta. Virou o rosto naquela direção (sim, agora ela conseguia mover o rosto) e arregalou os olhos.

_ Hey Rach... Saudades?

~*~

Não iria passar daquele dia, e disso Santana estava convicta. No máximo de madrugada, Brittany deveria estar nascendo. E por melhor que isso fosse, algo a incomodava: Rachel não havia a visto grávida. Não sabia por que, mas isso a incomodava muito. Sabia que não havia tido o melhor relacionamento possível com a irmã, mas por algum motivo, tinha a necessidade de que ela a visse grávida.

_ Você tem certeza disso Sant? – Sam parecia meio contrariado, mas ela estava decidida. Finn e Puck pareciam pensativos, enquanto Quinn sorria positivamente para ela. Sabia que a cunhada partilhava de sua opinião de que Rachel já estava muito no escuro.

_ Eu conversei com o Dr. Jones. – ela realmente havia falado com o médico – Ele acha que a lentidão na recuperação de Rachel se deve ao excesso de ansiedade dela. Ela está curiosa, assustada, perdida... A cabeça dela deve estar cheia de dúvidas, e ela não consegue expressá-las, porque está presa na cama.

_ Eu concordo com a Sant. – disse Finn, após um tempo – Acho que todo esse segredo está fazendo mal para Rachel. Não precisamos contar tudo, mas o mais vital sim: o tempo que se passou, que Carol sumiu, que Quinn perdeu a memória, que eles tem outro filho. E principalmente, que Charlie é filho meu e dela.

_ Isso quer dizer que eu vou poder entrar no quarto da mamãe? – Charlie havia acabado de voltar da lanchonete com Samantha e Caleb, e havia escutado o final da conversa.

_ Nós vamos explicar tudo para a mamãe. E ai, você pode entrar, está bem? – perguntou Finn – Mas você vai ter que ter bastante calma e paciência, porque ela ainda não está conseguindo se mexer e nem falar.

_ A mamãe é que nem o Caleb era? – o pai sorriu assentindo.

_ Isso. Assim com o Caleb era quando saiu da barriga da tia Quinn. Nós fomos ensinando ele a fazer as coisas, certo? – Charlie assentiu – Então, nós vamos ter que ajudar a mamãe a aprender tudo de novo.

_ Amor, não acha que devíamos conversar melhor sobre isso? – até a voz da loira estava irritando Santana nos últimos dias, e a maneira como ela estava assumindo cada vez mais a responsabilidade de Charlie para si, só piorava as coisas.

_ Não Samantha, vocês não precisam conversar. Na verdade, até onde me lembro, você está de plantão em outro andar, certo? – a enfermeira a encarou nervosa, e ela devolveu na mesma intensidade – Se alguém tem que discutir algo sobre Rachel e Charlie somos nós, a família deles. Entendidos?

_ Sam, melhor você voltar ao trabalho. – pediu Finn em voz baixa. Ela o encarou, irritada, mas concordou. Se aproximou para beijá-lo, mas ele virou a cara, o que a irritou mais. Ela saiu sem falar com mais ninguém, deixando o rapaz suspirando – Bom, ela não quer me ver. Quem irá falar tudo?

_ Eu. – todos viraram para Santana, que parecia firme – Noah não aguenta nem citar Carol sem chorar, não vai conseguir falar sem assustar Rachel.

_ Você tem certeza amor? – perguntou Sam preocupado, e ela confirmou.

_ Eu devo isso a ela.

~*~

Ela não estava louca, tinha que acreditar nisso. Mas não havia outra explicação para a barriga enorme que Santana ostentava a sua frente.

A latina caminhou devagar até seu lado, sentando com certa dificuldade na cama. Ela pegou a mão da irmã mais nova, sorrindo com certa emoção incomum a ela.

_ É, eu sei, chocante. – a latina riu, e Rachel abrir um leve sorriso (mais uma de suas conquistas) – Ela deve estar nascendo hoje ou amanhã. Vai se chamar Brittany.

Rachel piscou uma vez, concordando. Santana concordou, levando a mão da judia até sua barriga. Esperou um pouco, e logo sentiu um chute. Os olhos de Rachel brilharam.

_ Acho que eu não conseguiria dar a luz sabendo que você não chegou a me ver grávida. – Rachel sorriu para a irmã adotiva, que sorriu de volta – Rach, eu preciso conversar... Na verdade, te contar algumas coisas. Mas você vai precisar ficar calma, ou eles vão vir e não me deixarão contar mais nada, está bem? – ela deu um leve aceno com a cabeça, enquanto piscava. Santana suspirou, segurando mais forte a mão da mais nova – Rachel, já faz um bom tempo desde o acidente. Quatro anos e quatro meses, para ser exata.

O coração de Rachel acelerou, enquanto seus olhos se enchiam de água. Quatro anos? Quatros anos e quatro meses? Ela havia ficado adormecida por tanto tempo assim? Ela se esforçou para ficar calma e prestar atenção ao que Santana dizia.

_ Como o Noah te explicou, você teve uma hemorragia muito séria, e outra coisa, que acabou fazendo você entrar em coma. Não achávamos que duraria tanto, mas durou. – Rachel concordou, ainda meio em choque – Eu tive um machucado sério na perna, mas só o que aconteceu foi eu precisar de fisioterapia. Quinn perdeu a memória – o coração de Rachel falhou uma batida – E apesar dela e Noah voltarem as boas, ela ainda não se lembra de nada de antes do acidente. E Carol... Rachel, nós nunca encontramos a Carol.

Rachel arregalou mais os olhos, deixando as lágrimas virem. Santana as enxugou com carinho, enquanto segurava suas próprias.

_ Nós não sabemos o que aconteceu, porque nós duas estávamos inconscientes e Quinn não se lembra de nada. – prosseguiu a latina – Nós nunca achamos nenhum vestígio dela, e talvez nunca saberemos. – haviam concordado em não falar nada de Shelby por hora.

Ela deu um tempo para que Rachel absorvesse tudo que havia ouvido. Sabia que podia ter dito mais lentamente, mas imaginava o quão torturante essa demora estava sendo para Rachel, e havia prometido a Charlie ser o mais rápida possível. Após um tempo, Rachel desceu os olhos para a barriga dela, e Santana sorriu.

_ Depois do acidente, eu conheci Sam Evans... Lembra, o marido da Britt? – Rachel concordou de leve, com a testa vincada – Acabamos ficando amigos e nos apaixonando, e eu engravidei. Nos casamos ano passado, no mesmo dia do aniversário do acidente, porque era aniversário de morte da Britt também.

Rachel ficou bem surpresa, mas sorriu. Santana resolveu que era quase hora de contar, prepararia o terreno.

_ Quinn e Puck também tiveram mais um filho, na época que eu engravidei. O nome dele é Caleb, e ele já tem quase sete meses. – Rachel sorriu maravilhada – E tem o Charlie também.

Rachel soube que ela falava do filho de Finn, não apenas pelo nome (ela sabia o quanto Finn adorava o nome do pai), mas porque ouvira o (ex?) namorado chamar o garoto assim no dia em que acordara. Desviou os olhos, mas Santana puxou seu rosto com delicadeza.

_ Rach... Charlie é filho seu e do Finn.

A velocidade com que a morena ergueu os olhos assustou Santana. Sua boca estava milimetricamente aberta, e ela parecia tão incrédula que, a latina tinha certeza, teria lhe dado um tapa se pudesse. Suspirou antes de começar a falar.

_ Você estava grávida de oito semanas quando sofremos o acidente, mas aparentemente, nem você nem Finn sabiam. – Rachel tremia, e Santana segurou sua mão mais forte – Você tem um problema no sangue, que o torna incompatível com outros, se não tratado. E você engravidou sem sabermos disso e sem nenhum tratamento. Então, depois do acidente, seu corpo se colocou em coma para se tratar da hemorragia, e para proteger o bebê.

As lágrimas escorriam pelos olhos de Rachel, enquanto Santana esperava ela digerir o que havia ouvido. Ela havia se tornado mãe, havia tido um filho com Finn, e sequer soubera que havia estado grávida. E agora, mais de três anos já haviam se passado, e ela não sabia nada sobre ele.

Santana apertou de leve sua mão, fazendo-a se virar na direção da irmã. A latina sorria, enquanto acariciava o rosto da irmã.

_ Ele te ama muito Rachel. – garantiu ela – De quem você acha que são todos esses desenhos enchendo as paredes? Desde que ele tinha um aninho, ele traz um desenho todas as sextas-feiras, quando Finn o traz para te ver. Ele está tão irritado que não o deixamos vir te ver, que nem na escolhinha mais está querendo ir. Até nas aulas de teatro ele tem faltado. – os olhos da morena brilharam – Quinn o colocou nas aulas de teatro quando ele era pequeno, e isso fez dele uma criança bem inteligente. Ele fala muito bem para quase quatro anos.

A cada segundo, a morena ficava mais ansiosa. Santana percebeu isso, pois se levantou.

_ Você quer que Finn o traga? – ela ia concordar, mas lembrou-se da loira. Não importa que ela não fosse mãe de Charlie, Finn a estava beijando, Finn estava com ela. Ela negou o mais veemente que pode, fazendo a irmã sorrir compreensiva – Rachel, Finn tem esperado por isso há anos. Não o prive disso, por favor.

Rachel demorou um pouco, mas assentiu. Santana se aproximou, beijando a testa da irmã e a olhando com carinho.

_ Me desculpa por todas as vezes que te tratei mal. – pediu ela – Acho que eu realmente amadureci nesses anos, e vi o quão idiota eu fui.

Rachel sorriu, concordando. Era o máximo que podia fazer no momento, mas com certeza diria algo quando pudesse. Santana saiu do quarto equilibrando a barriga, e Rachel se pôs a observar os desenhos na parede, aqueles que ela havia imaginado serem de Carol.

Havia realmente muitos desenhos, dezenas deles, e eram tão lindos e coloridos. Quase todos mostravam uma mulher, que ela acreditava ser ela, um homem que devia ser Finn, e uma criança. Os desenhos mostravam diversas coisas, como um piquenique, uma passeio de carro, ou ainda eles colocando a criança na cama. Não conseguiu segurar as lágrimas que inundaram seus olhos, pensando no quanto da vida do filho havia perdido. Até o momento em que a coisa mais inesperada a trouxe de volta a realidade:

_ Mamãe? 


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Notas finais do capítulo

HAAAAAAAAAAA, AGORA SÓ COM 20 REVIEWS.
SIM, ME CHAMEM DE VADIA O QUANTO QUISEREM, MINHA OPINIÃO NÃO MUDA U.U
AHUAUHAHUAHUAHUAHUA
BEEEEIJOS