What I Did For Love escrita por WaalPomps


Capítulo 23
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Oooooi gente, tudo bem?Poxa, 21 leitoras e só 5 reviews? :/ chatiadinha mimi'
Bom, um capítulo Samtana para a suuuuuuuuua alegria HUAHUAHUAHAUHUA



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E o tempo correu e correu. Logo, a primavera chegou, trazendo as flores e a promessa de vida nova. Mas não naquela bagunçada família.

Os ataques nervosos de Quinn se tornaram mais constantes, e ela tinha que passar grande parte do tempo medicada. Nem mesmo a ajuda de Frannie surtia efeito, já que a loira apenas se frustrava cada vez mais com sua falta de progresso. Os médicos começavam a falar sobre colocá-la em uma casa de repouso, mas Puck era contra. Já havia perdido Carol, não podia perder Quinn também.

Rachel não dava sinais de piora, porém não dava nenhum indicativo de melhora. A única alegria e sossego de Finn e Puck era ver que o pequeno menino no ventre dela crescia com saúde, apesar da condição da mãe. Shelby passava parte do tempo no hospital, simplesmente fazendo companhia a filha.

E Santana estava se recusando a começar a fisioterapia. Ela já havia tido a perna liberada da tala, porém continuava passando os dias na cama, sem comer ou tomar banho por diversas vezes. Nenhum dos rapazes sabia o que fazer, e uma tarde, foram surpreendidos com a presença de Sam.

_ Eu poderia falar com a Santana? – pediu ele, parecendo meio tímido na porta da residência dos Puckerman.

Finn assentiu, indicando o andar de cima, enquanto Puck apenas encarava tudo meio chocado. Sabia que Sam era o médico responsável por Santana, mas não esperava uma visita a domicílio.

O loiro subiu as escadas vendo três portas. Uma dava para um quarto de casal, onde ele viu Quinn sentada com um grosso álbum de fotos nas mãos. Viu o quarto do lado com uma cama de solteiro desfeita, e várias roupas masculinas. Seguiu para o terceiro, com a porta encostada, e soube que era aquele.

Empurrou a porta branca com borboletas, e viu um quarto de bebê. Havia uma cama no canto, onde Santana estava deitada, absorta em uma carta em sua mão. Primeiro ele pensou ser de Brittany, mas as cartas que a esposa escrevia eram sempre com giz de cera e papel colorido.

_ Posso entrar? – perguntou, atraindo a atenção da latina. Ela ergueu os olhos assustada, arregalando-os ainda mais ao vê-lo ali. Ela jogou as cartas em um caixa, se sentando e indicando que ele entrasse – Algum admirador secreto? – brincou, tentando aliviar o clima.

_ São da minha mãe. Ela escreveu para mim ao longo do tempo que morei fora com o meu pai. – contou a morena, sua voz mostrando desanimo. Sam observou aquela mulher, tão diferente do que Brittany contava e mostrava nas fotos.

A Santana que sua esposa contava era geniosa e briguenta, e estava sempre bem arrumada, com os cabelos brilhando, e as roupas revelando o corpo lindo que tinha. Ele sabia que tinha, havia sido o médico da latina, já a vira com menos roupas.

_ Quero saber por que não está começando a fisioterapia. – ele foi direto, sentando no pé da cama. Ela não reagiu, apenas deu de ombros, brincando com uma bonequinha em seu colo – A Britt não ia querer te ver assim.

_ Como você pode saber? – ela ergueu os olhos para ele.

_ Eu era o marido dela. – Santana tornou a baixar os olhos – Santana...

_ Eu a amava, eu a amo, Sam. Mais do que você qualquer dia vai amá-la. Eu a protegi durante todo o colégio, a ajudei em todas as aulas, estive com ela em todos os momentos. Eu fui a primeira pessoa com quem ela fez amor. – a latina despejou de uma vez – E no momento mais importante, na hora mais crítica, ela preferiu um completo estranho. Ela preferiu te ter ao lado dela, ficar nos seus braços, ter o seu amor, ao meu.

Ele viu as lágrimas caírem dos olhos escuros dela, enquanto sentia os seus ficando úmidos. Suspirou, girando a aliança entre os dedos, como sempre fazia nos momentos de tensão ou tristeza.

_ Ela pensou em você, cada minuto, de cada dia, até o momento em que morreu. Ela me amou Santana, eu sei que me amou. Mas nunca da maneira como ela te amava. – ele começou a falar, tentando controlar a emoção – Eu nunca me deitei com ela, não dessa maneira. Ela estava doente demais para isso, e ela não conseguia cogitar a ideia de fazer isso com outra pessoa que não fosse com você. Quando nos casamos, foi pelo plano de saúde. Queríamos fazer mais testes e tratamentos, porém o plano de saúde dela não cobria, e a Columbia estava começando a colocar empecilhos. Então, ela se casou e passou a usufruir de tudo que era meu. Nós namoramos sim, nos beijamos e saímos para alguns passeios românticos, e eu a amava, eu a amo, mais que tudo. Porém, o amor da vida dela foi você, e ela não deixava dúvidas disso para ninguém. Ela me falou sobre isso no dia que morreu, durante grande parte do tempo em que conversamos. Ela falou sobre as experiências que vocês tiveram, os lugares que iam... Que naquele dia, era o aniversário de vocês, e que vocês sempre o comemoravam naquele bar onde nos encontramos a primeira vez. Quando ela pediu que eu tocasse “When the lights die”, ela disse que vocês duas haviam ouvido sem querer no Youtube, em uma tarde que estavam na sua casa fazendo lição de casa, e que você havia amado a música. – ele parou, fungando um pouco, enquanto via a mulher a sua frente em prantos – Ela te amava tanto Santana, tanto, que às vezes chega a me dar raiva.

_ E porque ela não me deixou estar ao lado dela? – Santana fez a pergunta que tanto lhe martelava nos últimos anos, e ele riu, um riso triste.

_ Porque, por mais que ela quisesse você ao lado dela, ela sabia que seu lugar era aqui, com os seus irmãos. – disse Sam – Que Puck e Rachel precisavam de você mais do que ela. E que você precisava deles, mais do que precisava dela. Porque eles são sua família. – eles ficaram em silêncio alguns minutos, até que Sam suspirou – Eu fui apenas o consolo que ela arranjou para se livrar da dor e amargura que a saudade de você causava nela. E eu tive a sorte de ela ter se apaixonado por mim também. Mas não passou disso, sorte.

_ Você está se equivocando. – resmungou Santana – Você está certo em tudo que disse, mas errou em uma coisa: ela escolheu te amar Sam. Eu conhecia Britt melhor que qualquer um, e sei o quanto ela acreditava no amor. A verdade é que eu fui a mulher da vida dela, e você o homem. E ela foi a mulher da vida de nós dois.

O loiro apenas assentiu, com um sorrisinho de canto. Ele pegou a mão de Santana, a apertando na sua. A latina sorriu, mas logo sua expressão sumiu novamente. Sam percebeu.

_ Mas não é por isso que você está se recusando a fazer fisioterapia, é? – perguntou e, após um longo silêncio, Santana negou – Se você quiser, podemos marcar para você conversar com um psicólogo ou...

_ É que é tão injusto, entende? – ele parou surpreso, negando – Sam, eu estava naquele maldito bar, bebendo além do que podia e devia. Foi o meu carro que deu problema. E a única coisa que me aconteceu, foi a perna machucada.

_ E você acha que é errado você recuperar o movimento dela tão facilmente, enquanto Quinn não consegue recuperar a memória e Rachel está em coma. É isso? – ele perguntou, afinal entendendo. Ela apenas concordou, mordendo o lábio inferior, e Sam riu tristemente – Injusto, Santana, é você jogar fora a chance que a vida te deu, por culpa. Você não é culpada de nada que aconteceu aquele dia, nem Quinn é. Foi um conjunto de escolhas que levaram àquela situação, só isso.

A latina continuou imóvel, e ele permaneceu sentado por um tempo. Por fim ele suspirou, se levantou, e caminhou até o lado dela. Com cuidado, passou o braço por baixo de sua perna e o outro por sua cintura, a içando da cama. Ela segurou o pescoço dele com força, arregalando os olhos assustada.

_ O que você está fazendo? – guinchou ela.

_ Te levando para a fisioterapia. – ele avisou, enquanto saia do quarto – Você pode querer desistir por culpa ou o que seja, mas eu não vou desistir. Antes da Brittany morrer, eu prometi a ela que eu iria te ajudar a seguir em frente quando você descobrisse. Coincidiu que isso tudo aconteceu ao mesmo tempo. Então eu tenho um trabalho ainda maior. E não importa o quão difícil seja, Srta. Geniosa, eu sou cabeça dura também. E não estou disposto a desistir.

A mulher não falou nada, apenas vendo o irmão e cunhado de relance, enquanto passavam pela sala. Logo, Sam a colocava no banco de trás de seu carro, deixando sua perna esticada. Ele entrou no banco da frente e deu partida, ligando o rádio e começando a cantarolar. Santana não pode deixar de sorrir, agradecendo o anjo que sua loira havia lhe deixado de presente.


And now

With the lights turned down

And your eyes half open

I know you don't see me

When I'm standing out

If you just turn around

And keep your eyes wide open

I know you might feel me here


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo será... BABY FINCHEEEEL
Mas só postarei quando tiver 10 reviews (ou então, no sábado. Sim, sou má).
Beeeeeijos