What I Did For Love escrita por WaalPomps


Capítulo 22
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Oooooi gente, tudo bem?
Então, estão gostando? Logo logo nasce o baby Charlie, não é emocionante? *--*
Esse capítulo será Quick, o próximo Samtana e depois, um liiiindo capítulo Finchel para vocês. E AI O BICHO COMEÇA A PEGAR DE NOVO



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/389959/chapter/22

_ Então nós vínhamos aqui constantemente? – perguntou Quinn, sentada com o marido em um café local. Ele assentiu, enquanto pagava os dois cafés e iam sentar em uma mesa na janela.

_ Café com bastante creme e chantilly. – disse ele, lhe entregando o copo. Ela bebericou, fazendo uma careta feia – Será que eu troquei os copos?

_ Não, é que tá muito doce. – reclamou a loira.

_ Mas é assim que você gosta, bem doce. – disse ele, e ela mordeu o lábio – Quer experimentar o meu? É bem forte.

Ela concordou e pegou o copo dele, bebendo um pequeno gole. Ela sorriu, voltando a beber mais, e ele arregalou os olhos. Ele mesmo achara o café bem forte naquele dia, e ela estava bebendo como se fosse água.

_ Hã, vou pegar outro para mim. – avisou, se levantando.

_ Pega umas rosquinhas com recheio de amora? – pediu ela, lhe dando um pequeno sorriso.

_ Mas você odeia amora. – ele lembrou e ela ficou brava.

_ Assim como gosto de café doce. – debochou e ele suspirou, assentindo. Comprou um novo copo de café para si, e três rosquinhas de amora. Quando voltou à mesa, Quinn encarava o copo de café em silêncio.

_ Aqui está, espero que goste. – ele foi carinhoso, o que a fez se sentir pior. Sabia que ele estava se esforçando para tentar ajudá-la, para ter paciência. Mas ela se sentia tão confusa, tão perdida...

_ Obrigada. – ela mordeu a rosquinha e fez um careta, o que o fez rir – Acho que lembrei que não gosto de amora.

_ Tudo bem, Santana gosta. Levamos para ela. – a loira assentiu, enquanto ele fechava a caixa com as rosquinhas – Você está cansada? Quer ir para casa?

_ Na verdade eu quero andar um pouco. Podemos? – pediu ela, e ele concordou. Pegou a caixa e colocou no bolso do casaco, enquanto saiam do pequeno café. Quinn ajeitou o gorro de lã vermelha na cabeça, tentando se proteger do frio. Seus cabelos já começavam a crescer, mas não cobriam a grande cicatriz, então ela preferia não aparecer em público com a cabeça descoberta.

Caminharam um pouco, em direção a um parque que havia nos arredores. Como o inverno já estava no fim, alguns pais já levavam os filhos brincar nos brinquedos, apesar de ainda haver neve. Ela viu Puck murchar os ombros e se preocupou.

_ Algo errado? – perguntou ela, e ele negou – Vamos Noah… Me diga, por favor.

Ele sentou-se em um banco, e ela sentou ao seu lado, sentindo o corpo arrepiar com o frio. Ele passou o braço pelos seus ombros, a puxando para ele. Ela inspirou aquele gostoso cheiro amadeirado, tentando invocar lembranças com ele, como a psicóloga a instruirá a fazer.

_ Nós estávamos aqui quando a Carol andou pela primeira vez. – ele disse em voz baixa, atraindo a atenção dela – Eu estava ali no chão com ela no meu colo, enquanto você e Santana conversavam aqui no banco, e Rachel e Finn namoravam no chão. Ela começou a resmungar e eu a segurei de pé, quando ela deu um passinho vacilante. E depois outro, e mais um. Quando eu soltei sua mãozinha, ela deu mais dois e caiu sobre você. Nós todos choramos e aplaudimos, enquanto ela ria. Ela tinha 10 meses.

_ Eu queria me lembrar disso. – sussurrou ela, sentindo as lágrimas dele em seu gorro.

_ Eu queria que você lembrasse. – suspirou, e ela sentiu o peito apertar.

_ Você... Você acha que ela está viva? A nossa filha? – perguntou Quinn, sentindo ele endurecer.

_ Ela tem que estar, você tirou ela do lago. – ele era firme, mas ela não se sentia assim.

_ E se eu não a tirei? E se algo aconteceu? – perguntou ela, se afastando e olhando com os olhos cheios de lágrimas – Eu não me lembro do que aconteceu.

_ Quinn, eu te conheço. – ele garantiu, segurando as mãos dela – Você ama a Carol mais que tudo no mundo. Se no momento em que o carro afundou, ela tivesse caído para fora, você teria deixado Rachel e Santana e ido em busca dela, até a morte se precisasse.

_ Mas e se...

_ Quinn, para. – pediu ele, a segurando pelos ombros – Para de se culpar, pelo amor de Deus. Você é uma mãe e amiga ótima, você voltou pegar a Santana. Você...

_ Eu causei o acidente. – ela sussurrou, com a voz embargada – Eu estava dirigindo, eu estava muito rápida. Se nós caímos no rio, se Rachel está em coma, se eu perdi a memória, se nossa filha sumiu... Foi minha culpa.

_ A culpa foi da maldita pessoa que estava perseguindo Rachel. Só dela. – rosnou ele, segurando o rosto dela com firmeza – Nem você, nem as meninas, apenas essa pessoa. Se alguém é responsável por tudo isso, é essa maldita perseguidora.

Quinn concordou, enquanto se afundava no peito dele, chorando. O corpo delicado da loira tremia fortemente, enquanto Puck tentava consolá-la e controlar suas próprias lágrimas, mas era uma missão impossível

Sabia que o que dizia era verdade, no fundo sabia. Mas também sabia o quanto tinha que lutar para não concordar com Quinn. E mais, não acrescentar uma coisa.

Devia ter voltado para casa, devia ter dado ouvidos à irmã, devia ter atendido o celular. Devia ter feito tanta coisa para evitar aquilo...

_ A culpa é minha também. – murmurou contra o gorro dela, tendo a frase abafada pelos soluços.


The world we knew

Won't come back

The time we've lost

Can't get back

The life we had

Won't be ours again

(Never Too Late – Three Days Grace)


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Velho, quando vocês souberem QUEM perseguia a Rachel, e mais pra frente, PORQUE... Sinto que vai rolar voadoras. SÓ COMENTANDO.
Beeeeijos e até sei lá quando