What I Did For Love escrita por WaalPomps


Capítulo 20
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Ia esperar para postar amanhã, mas não to com paciência, então vai hoje mesmo HUAHUAHUAHUAHU
Espero que gostem desse capítulo com um pouquinho de Samtana e Finchel.



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O primeiro mês após o acidente passou depressa. Santana e Quinn saíram do hospital após uma semana, e agora estavam na casa dos Puckerman. Mary Hart e Carole Hudson se dividiam nos cuidados as duas, já que Finn e Puck precisavam trabalhar.

Santana estava com a perna imobilizada, e ficaria assim por mais um mês, antes de poder afinal começar a fisioterapia. Sabia que seria difícil, já que a extensão do ferimento fora grande, e quase perdera o movimento na perna.

Quinn passava grande parte do seu tempo folheando os grossos álbuns de fotos que Frannie mandara e falando com a irmã no telefone. Perguntando o que eram as fotos. A mais velha estava planejando vir passar uma temporada na cidade para ajudar com a irmã caçula.

Já Puck, gastava todo seu tempo livre rodando com o investigador Motta, em busca de notícias de Carol. Já haviam ido a todas as delegacias possíveis, porém sem nenhum sinal. Quando o investigador sugeriu os hospitais e necrotérios, Puck decidiu não acompanhá-lo. Preferia não ter que passar pelo nervoso e antecipação de algo.

Finn também estava ficando na casa do amigo, já que não aguentava ficar sozinho no apartamento. Ele visitava Rachel todos os dias, ia à igreja todos os dias, se arrastava para o trabalho todos os dias. Mas vivia no automático, sem pensar ou sentir.  Estava perdido.

~*~

O bipe do Pager tocava insistentemente, fazendo Sam piscar os olhos. Olhou para o relógio na cabeceira e viu que estava duas horas atrasado para começar seu turno usual no hospital, porém estava de folga. Supostamente.  Suspirou, enquanto se levantava e tomava uma ducha gelada.

Chegou ao hospital vendo uma movimentação anormal. Sabia que no inverno o hospital ficava mais lotado, porém não na área de traumas, que era a que ele trabalhava.

_ Um carro caiu no rio. – explicou Rory, seu colega de trabalho – Três mulheres a bordo. Uma passou pela neuro, a outra tem sangue raro e está em risco de morte, e a terceira quase perdeu a perna. Precisavam de você para a cirurgia, mas você tinha trabalhado dois turnos seguidos.

O loiro apenas concordou, ainda cansado. Não se lembrava de nenhum acidente quando saíra do bar, e havia passado pelo rio. Talvez tivesse sido depois. Ou estava bêbado demais para se lembrar.

Caminhou até o quarto indicado pela enfermeira, sem ler o prontuário. Aos 26 anos, acabara de se tornar interno da área de ortopedia. Havia desistido a oncologia quando Brittany morrera dois anos antes.

_ Como está Sam? – perguntou Figgins, seu supervisor. O homem conhecia sua história, então havia arranjado para Sam não trabalhar no dia anterior e no atual, porém, o acidente mudara os planos.

_ Bem. – garantiu o interno, enquanto iam até o quarto – Não cheguei a ler o prontuário ainda, pode resumir o caso?

O mais velho resumiu rapidamente, enquanto Sam via mais detalhes na pasta em sua mão. Até que um nome lhe chamou a atenção.

_ Santana Lopez?

_ É a paciente. – disse Figgins, abrindo a porta do quarto. Sam quase caiu para trás ao ver que a morena entubada na cama, era a mesma que vira bebendo na noite anterior. Começou a revirar os papéis em suas mãos, em busca de mais informações sobre o estado dela. Viu que era grave.

Saiu do quarto correndo, ignorando os chamados do supervisor. Foi até seu armário, onde pegou a foto de Brittany. Havia lhe feito uma promessa, e precisava cumprir. Não importava o quanto daria trabalho, salvaria Santana Lopez.

_ Sam, a Lopez está ai. – chamou Rory, atraindo a atenção do loiro. O médico assentiu, guardando a foto de Brittany e se levantando. Ele caminhou para a sala de exames, encontrando Santana na maca.

_ Como está Santana? – perguntou ele, se aproximando. Pelas regras do hospital, não deveria ser ele a cuidar dela, e sim Figgins. Porém, após explicar seus motivos, o supervisor permitiu que ele cuidasse da latina, desde que o consultasse a qualquer dúvida e o mantivesse sempre informado.

_ Ainda sem sentir minha perna. Quer dizer, sem sentir nada que não seja dor. – explicou a latina, enquanto ele abria as ataduras e conferia a cicatrização.

_ Bom, vamos fazer a ressonância, para conferir como estão as coisas. – explicou o loiro, e Santana concordou. Ele pegou uma cadeira de rodas e a sentou nela, enquanto iam caminhando em silêncio – Ansiosa para começar a fisioterapia?

_ Sei lá. – ela deu de ombros – Não estou tendo muito tempo para pensar nisso.

_ E o que você tem feito? – perguntou Sam, enquanto ele e o técnico a colocavam no aparelho de ressonância.

_ Lendo as cartas da Britt... – a morena sussurrou e Sam sentiu a garganta fechando.

_ Você conhece o processo, fique imóvel. – pediu ele, e ela assentiu. Ele saiu da sala, indo para a saleta do computador.

 As semanas seguintes seriam muito difíceis...

~*~

Finn caminhava pelos corredores já conhecidos, em direção ao quarto de Rachel. Santana demoraria uma hora com o exame, então ele teria um tempo com a namorada.

_ Dr. Jones? – perguntou, vendo o médico no quarto. Ele o olhou com um sorriso, como se estivesse feliz em vê-lo ali.

_ Finn, chegou em ÓTIMA hora. – anunciou o médico, chamando-o com a mão – Atrasamos um pouco para os exames diários de Rachel, e íamos fazer o ultrassom diário. Gostaria de ver?

O rapaz concordou, meio atordoado. A verdade era que lembrava de Puck no começo da gravidez de Quinn, lembrava de si mesmo na época, e da animação de ambos. Era algo palpável e imensurável.

Porém, por mais que rezasse pela vida do filho, não conseguia se sentir animado ou qualquer outra coisa, apenas apático. E se sentia um monstro por isso, então não deixaria ninguém saber.

Ele sentou na cadeira de sempre ao lado da cama de Rachel, e apanhou sua mão, como lembrava de Puck fazer. Olhou o rosto adormecido da morena, mais magro do que nunca, e fez uma nota mental para pedir que Shelby viesse cuidar dos cabelos dela. Sabia como a namorada gostava dos cabelos.

O médico ergueu a camisola de hospital, revelando o inchaço leve na barriga da morena. Com doze semanas era esperado algo assim. Ele passou o gel e começou a deslizar o instrumento pela barriga, mostrando para Finn algo em uma tela ao lado.

_ E isso é o coraçãozinho, consegue ver as cavidades? – o homem havia aprendido a decifrar ultrassons quando Quinn esperava Carol, então concordou – Gostaria de ouvir?

Sabia que qualquer pai gostaria, então assentiu. O médico mexeu em alguns botões, e logo, um som distinto enchia o quarto. Naquele momento, todo o gelo que Finn colocara em seu coração em relação ao filho, se derreteu. Aquele pequeno e acelerado coraçãozinho existia graças ao amor dele e de Rachel, e a morena, mesmo que inconscientemente, estava lutando com todas as suas forças para que ele sobrevivesse.

As lágrimas vieram sem ele perceber, enquanto ele abria um sorriso bobo, e descia os olhos para o pequeno inchaço. Era ali dentro que estava a pessoa a quem ele daria todo seu amor incondicional, pela qual lutaria a cada segundo de sua vida, pelo qual daria cada batida de seu coração. Pela primeira vez, ele se sentia pai.

_ Você gostaria de saber o sexo? – perguntou Dr. Jones, e Finn ergueu os olhos surpreso.

_ Não é muito cedo?

_ Para um ultrassom convencional, sim. Porém, o que temos aqui é de alta tecnologia, para exames mais profundos e detalhados. – Finn sorriu assentindo, e o médico deu alguns cliques na máquina – Parabéns Sr. Hudson, você e sua namorada serão pais de um lindo menino.

_ Menino? – a alegria na voz de Finn era grande – Mas está tudo bem, certo? Os exames estão normais?

_ Ao que tudo indica, seu filho está se desenvolvendo perfeitamente Finn. – o médico lhe sorriu – O tamanho e peso estão dentro do esperado, e os exames estão normais. Estamos tratando a incompatibilidade sanguínea, e ela parece estar sobre controle. Mas como você sabe, estamos em terreno incerto.

_ E Rachel? – perguntou ele, acariciando o rosto da baixinha – Alguma mudança?

_ Nada. – o olhar do médico era piedoso, e isso deprimia ainda mais Finn – Bom, vou deixá-los a sós.

Ele limpou a barriga de Rachel, arrumando a camisola, antes de sair. Finn ficou ainda um tempo, observando a imagem congelada do filho.

_ Eu quero chamá-lo de Charlie (N/A: sei que o certo é Christopher, mas não curto esse nome, prefiro Charlie), como o meu pai. – disse ele, após um tempo – Charles Berry-Hudson. Eu sei o nome dos seus pais, mas você ainda não sabe e, nem sei qual dos dois nomes vocês gostaria. Então, eu quero por o do meu.

Silêncio foi a resposta que veio, e infelizmente, a resposta que ele esperava. Ele pegou a mão dela e colocou sobre a barriga, junto da dele.

_ Oi Charlie, o papai está aqui. – sussurrou, aproximando o rosto da barriga de Rachel – E a mamãe também. E ela está sendo a melhor mãe do mundo, e fazendo tudo que pode para que você fique bem. E o papai promete que vai fazer de tudo para ser o melhor pai do mundo para você, está bem? Nós vamos vencer essa, juntos.

Olhou Rachel, ainda imóvel e adormecida, e selou seus lábios, desejando que isso fosse um conto de fadas, e que ele pudesse trazer sua princesa de volta com um beijo de amor, agora mais verdadeiro do que nunca.

I'm out of sight, I'm out of mind

I'll do it all for you in time

And out of all these things I've done

I think I love you better now, now


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Notas finais do capítulo

Dramalhão mandou lembranças para o mundo HUAHUAHUAHUAHU
Espero que estejam gostando e que COMENTEM, porque né... Diminuiu MUITO o número de reviews, to chateada u.u
Beeeijos e até logo.