Uma Vida, Um Destino! escrita por Akasha


Capítulo 53
Capítulo 53 - Uma Tragédia em Três Atos - Part III


Notas iniciais do capítulo

Bom dia!!!
Desculpem me pela demora... Masss... Segue o capitulo.....
Ah!!! Eu li o livro Opusculo na sexta feira.... Confesso que eu espera mais... paginas.... rsrsrs... Mas ficou muiiito legal.... Principalamente na parte da aula de biologia..... Para quem não sabe... Opusculo é a parodia de Crepusculo....



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_Eu estava procurando por Daniel quando o tio Emmett entra pulando e correndo em casa com a roupa toda rasgada e suja levando Daniel em seus ombros. Dani tinha o cabelo sujo e cheio de folhas secas.

- Tia Nessie!!! Tia Nessie!!! – Esse foi um péssimo hábito que Dani tinha pego com minha família, meu apelido horroroso dado por um cachorro, - O tio Emm. me levou para caçar. – Minha revolta pelo nome se transformou em pavor e meus olhos encararam os de tio Emm, que parecia estar se divertindo muito com isso.

- Com o estilingue!!! – Só percebi que havia prendido a respiração quando me fiz encontrar meus pulmões como sinal de alivio. Tio Emm. colocou Dani no chão.

- Vem Dani... Vamos tomar banho. – Tia Rose o chamou. Era incrível como ela estava feliz com a situação. Totalmente alheia a transformação dupla que ocorria no andar de cima.

          Os gritos não diminuíam. Mas Johnny iria acordar em menos de um dia, e aquele lugar não era seguro nem para mim, nem para Daniel. Eu estava com medo da reação de meu melhor amigo quanto a isso. O que ele pensaria do que eu fiz. Da decisão que eu tomei. Da eternidade a qual eu o obriguei a vivenciar.

          Como explicar ao senhor Sparrow o acidente inexplicável. Pela manhã estava em todos os jornais de NY as fotos do carro de Johnny no penhasco. Sem corpos. Nem mesmo o fogo que ateamos ao veiculo fez as suposições sobre os corpos cessarem, afinal deveria sobrar mesmo que um toco carbonizado.

          O Sr. Sparrow, não poderia encará-lo novamente, como faria isso sabendo da verdade. Meu celular não parava de tocar. Eu apenas deixava no silencioso. Eu não queria encará-lo. Por que eu fui me envolver com humanos? Seria tão mais fácil me manter longe deles. Encontrar um emprego em uma lanchonete qualquer, em um bairro de classe baixa, onde pessoas desaparecem diariamente e muito raramente há pessoas que procuram por estas.

          Eu não pretendia voltar. Eu não queria voltar. O máximo que o Sr. Sparrow iria fazer era iniciar uma busca, sem resultados. Pensei em me mudar para a Europa, Ásia ou talvez para o Oriente Médio. Papai se limitou a rir do meu lado. Eu estava sendo tão incoerente para ele quanto estava sendo para mim mesma.

 

- O que eu faço pai.

- Espere seu amigo acordar. A decisão vai ser dele. – O que era verdade. Por que eu precisava criar planos para o pai que não era o meu. Eu estava sendo egoísta. De um  jeito meio torto, porem completamente egoísta.

- O rapaz logo irá acordar, quero que você e a criança se afastem.

- Não pai. Eu não vou a lugar algum. – Papai apenas me olhou com o olhar repreensivo de sempre.

- Eu vou ficar, quero que tia Rose leve o Dani para o shopping. Ela está adorando isso. – Emendei quando vi que papai não falaria mais nada. Fazia algum tempo que ele havia parado de discutir comigo. Sabia que isso não o levaria a lugar algum.

- Tudo bem. Mas vai devagar. – Eu dei um beijo no rosto de meu pai e me levantei, encontrando Lestat enquanto ele passava pela porta.

 

*****

 

          No final do dia seguinte, a transformação em Johnny estava completa. Com um misto de pavor e alivio e ouvi o ultimo pulsar do coração do meu melhor amigo, que agora deixava de ser humano. Uma lágrima rolou por meu rosto.

          Johnny abriu os olhos e pela primeira vez na vida parecia estar me vendo de verdade. Seus gentis e quase infantis olhos anteriormente castanhos eram agora de um vermelho carmim límpido e cheio de incertezas.

          Primeiramente e instintivamente, como todo bom vampiro recém-criado ele reagiu a nós como ameaça, tio Jazz, sempre instintivamente protetor se colocou a nossa frente ao lado de Carlisle.

 

- Onde eu estou? – Sua voz parecia mais um sibilar do que um pergunta. De repente seus olhos carmim focaram minha face e a esperança o inundou. Em vão. – Carlie?

- Oi Johnny! – A culpa estava quase translucida em minha voz. Ameacei dar um passo a frente, mas Lestat me deteve. Seus olhos estavam cautelosos.

- Carlie o que houve? – Essa era a pergunta que eu não queria ouvir e nem responder, porém lá se foi mais uma hora de explicações sobre vampiros, regras e essências. Depois do medo Johnny simplesmente me deixou revoltada, respondendo a tudo com um sonoro.

- Que máximo!!! – É esse era o Johnny. O Johnny que eu conheci.

 

          Ele pediu para ver a esposa e o filho. Mais uma vez expliquei a complexidade da situação e ele foi paciente em esperar.

          Após Jannet acordar e explicarmos porque eles não poderiam ver o Daniel... Questão de segurança... Então eles foram caçar com tio Jazz e tio Emmett, pois os dois eram os mais hábeis para qualquer situação que pudesse surgir. Vovô os explicou sobre a nossa dieta especial, e então eles decidirião que caminho seguir, mas o fato é que eles não ficariam conosco. Johnny, Jannet e Daniel partiriam em breve. Tão breve quanto eles pudessem ficar com o filho sem querer machucá-lo.

          Nos veríamos de tempos e tempos, eu não agüentaria ficar longe do baixinho. Nem a tia Rose. Antes de sermos monstros, ainda éramos melhores amigos. E isso não muda, apenas fica mais intenso.

          Johnny iria lidar com o Sr. Sparrow, eu simplesmente mandei minha carta de demissão. Não precisávamos de mais um enterro de mentira. Gabriel me ligara algumas vezes. Eu sentiria falta dele. As vezes acho que ele seria um bom companheiro de compras para tia Alice. Mas transformar o humano mais humano que já conheci em toda minha existência estava fora de cogitação.

          Aos poucos fui percebendo como minha vida havia mudado em poucos anos. Anos vampirescos é claro. Eu já nem sei mais a idade que tenho, parei definitivamente de contar, embora se eu realmente quisesse saber não seria difícil descobrir.

          Sentada à sacada da casa de meus avôs, comecei a pensar em tudo o que vivi até agora, a minha busca incansável pelo que eu era. Uma hibrida. Nem vampira, nem humana. A perca da inocência. Meu nascimento conturbado. Minha mãe sofrendo. O olhar de meu pai ao me ver nascer. Sua tentativa em salvar mamãe do estrago que eu havia feito. Tia Rose me segurando com tanto carinho. Meu primeiro gole de sangue. Jake. Ah Jake. Ainda sinto falta de meu amigo lobo. Agora casado. Mesmo por trás das mágoas, eu sinto falta. Seth, sempre como um irmão maluquinho. Charlie. Foram pouco mais que 4 semanas para eu realmente conhecê-lo e perdê-lo. A aparição inexplicável de um Lycan em Forks. A cidade inteira de Forks. Pessoas que nunca mudam. A cidade de Nova Iorque, palco escolhido para presenciar minha vida humana. Os humanos que lá estavam. Uma família já devastada pela perda, que eu ajudei a reduzir ainda mais. O Sr. Sparrow. Eu esperava que Johnny não demorasse muito para aparecer para o Sr. Sparrow. Temia pelo pior. Não sabia se o meu ex chefe agüentaria mais esta perda, e preferi assim.

          Foi deitada no colo de Lestat, que pacientemente aguardava o meu humor se estabilizar que eu percebi que tinha vivido grande parte da minha vida para os outros, não de uma formar altruísta, mas como uma forma de provação. Eu precisava provar que era capaz. Capaz de conviver com o que eu era. Capaz de provar que eu estava bem como hibrida, com os lobos, com os vampiros, com a reação do foco de minha fascinação e principalmente com a vida humana. A minha, curta porém marcante, e dos que estavam a cerca de mim. Na ultima eu havia falhado. E percebi que não havia nada que pudesse mudar. Arrependimento não era a palavra correta. De forma alguma eu me arrependi de dar a imortalidade a Johnny, porém a dor de tirar do Sr. Sparrow seu único filho me consumia, assim como sumir do nada, sem ao menos usar palavras ditas para fazê-lo. Mas era isso. Acabou. A eternidade é muito tempo para sentir remorso. Basta desligar. Está na hora de desligar. Mas uma coisa nesse caos eu aprendi. Nunca se envolva afetivamente com humanos, se não pretende transformá-los ou matá-los. As opções são estas e não existe uma escolha certa a fazer.

          Agora eu iria viver para mim. Não exatamente. Viveria como toda minha família, para nós e para o que mais amamos. Não tenho dado a Lestat a atenção que ele merece... Mas agora isso será diferente. Minha vida e minha alma a ele pertence, assim como meu coração.

          Só percebi que estava chorando quando me levantei para beijar-lo. Ele me olhou nos olhos, profundamente, secou minhas lágrimas e antes de encostar seus lábios nos meus ele sussurrou: Eu te amo. Pra sempre. E eu o mostrei nossos momentos mais lindos. Enfim ele sorriu e me beijou. Meu coração acelerou ainda mais. E eu sabia que poderia viver com isso eternamente sem problema algum.


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Notas finais do capítulo

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Não!!!! Esse não é o fim da fic.... hauhauahuah
Para poder entender melhor pq eu fiz esse cap assim, esse seria o fim da segunda fase (se eu tivesse feito certo e dividido a fic em fases), então agora nós entramos no gran finale da fic... não sei ainda quantos capitulos terão, mas sei que serão no minimo mais dez... Pelo menos eu imagino isso!!!
PS1: Será que Nessie e Lestat terão um envolvimento romantico tão quente quanto os demais membros da familia Cullen? E o que ela pensa sobre o casamento... Puxou para o pai ou para a mãe nesse aspecto???
PS2: E só para deixar uma pulga atrás das orelhas... A historia do Lycan em Forks ainda não foi esclarecida.... Será que foi um caso isolado ou parte de um plano perverso.... Quem acha que é a segunda opção levanta a mão!!!!

Obrigada por acompanharem sempre!!!

Beijos e Mordidinhas