Uma Vida, Um Destino! escrita por Akasha


Capítulo 5
Capítulo 5 - Convite Irrecusável


Notas iniciais do capítulo

Pessoas.... Esse é o capítulo que eu considero chave... Espero que gostem...



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_Eu estava muito feliz. E isso poderia ser notado facilmente pelas notas que fluíam do piano ao meu toque. Aprendi a apreciar a musica clássica com papai. Mas um pouco de agitação é bom de vez enquanto. Comprei um “distroycer”, que agrega sons pesados ao piano através de pedais. Papai insiste em dizer que isso vai acabar com a minha audição, mas enfim, eu gosto.

 

            Ah sim.... o motivo da minha felicidade? Bem... papai aceitou que eu estudasse medicina com o vovô ao invés de ir para a escola. Nem de longe era como ir para a faculdade.... mas.... já era algo.

 

            Eu tinha apenas 12 anos, passava tranquilamente por uma garota de 18, e tinha o cara mais perfeito ao meu lado. Meu Jake. Há três anos estávamos namorando. Ele era um amor. Fazia tudo o que eu queria. Não que eu mandasse, mas ele não tomava decisão nenhuma se a minha opinião, e ele sempre a pesava mais que suas próprias opiniões.

 

            Mas... já era hora de eu ter um diploma de medicina... afinal, vovô não tinha mais nada para me ensinar... e era perigoso que eu treinasse com humanos vivos... então... a melhor opção era a faculdade de medicina... legal né... deveriam fazer uma campanha...   “Mantenha os humanos vivos, mandem a vampira para a faculdade de medicina.” Kkkk.... minha metade morta ri... minha metade imortal anseia por isso.

 

 

 

- Papai, o vovô não tem mais nada para me ensinar e um diploma médico é mais difícil de falsificar, ainda mais sem um registro real. – Argumentei.

 

- Filha, é muito perigoso ficar mexendo com sangue rodeada de humanos. – Papai tinha razão, como sempre.

 

- Mas pai, como eu vou ser médica assim? Eu preciso lidar com isso. Quero me testar... eu não vou colocar os humanos em risco... eu nunca ataquei nenhum,,, mesmo com a garganta queimando de sede por eles... isso nem sequer se passou pela minha cabeça... porém se eu iniciar direto com sangue humano em humanos vivos... a chance é maior... e eu respondo bem sob pressão. – Desabafei... Eu tinha medo... é claro... mas e daí.... eu quero ser médica... eu vou ser e ponto. Fiz AQUELE olhar que derrete o papai. – Daddy, por favor?

 

- Certo minha princesa. – Papai disse derrotado. Eu deveria ter me sentido culpada. Certo? Errado. Ele lia mentes. Eu tinha que usar o que eu podia.

 

- Para qual faculdade você quer ir? – Ele me perguntou, abaixei os olhos.

 

- Para a mais próxima- respondi. “Para Cambridge” – Pensei. Ele entendeu.

 

 

 

            Jake era o problema. Como eu iria para a Inglaterra? Jake jamais aceitaria ficar longe de mim. Isso tava começando a me aborrecer. Eu não tinha sossego pra nada. Cinema, Compras, Caçar, Olhar, Tocar... ele sempre estava ao meu lado, inclusive nessa conversa com meu pai. Cara, não que eu estivesse reclamando, longe disso, mas, eu queria muito ir para Cambridge.

 

 

 

- Vamos Nessie. – Tia Rose chamou.

 

- Temos muitas compras para fazer, afinal está mudando a estação – Tia Alice anunciou.

 

- Não demore minha vida – Jake pressionou.

 

- Não vou não. – Eu menti. Papai gargalhou.

 

 

 

            Mandei um beijo para os dois saindo da sala, indo em direção ao carro. Coloquei as mãos em minhas tias. “Posso ir com o meu carro? Preciso de um tempo só. Essa é a desculpa perfeita. Prometo que não vou me atrasar.”

 

 

 

- Nessie, vai com a minha Ferrari, temos que ter bastante espaço para as compras e eu preciso conversar com sua tia sobre o meu casamento com o seu tio. – Tia Rose realmente era o máximo. Por isso eu a amava tanto.

 

- Sem problemas. – Agradeci.

 

 

 

            Bem, peguei um outro caminho até o shopping, eu realmente precisava de paz. Eu desejava ficar sozinha. Percebi tarde que esse desejo não era só meu. Um Audi Q5 azul estava me seguindo. Damned. Acelerei. Se era sobre potencia. O carro da tia Rose era o carro certo? Errado. Esse Audi Q5 parecia ter saído do inferno. Me fechou em cheio, eu arrebentei a Ferrari montanha abaixo que ficava ao lado da Rodovia. Tia Rose me esquarteja dessa vez.

 

 

 

Mini Flash Back.

 

 

 

- Você o que? – Tia Rose perguntou indignada.

 

- Eu estou namorando com o Jake tia. – Fechei os olhos e soltei.

 

- Eu não acredito... aquele sarnento... como ele teve coragem de chegar perto de você... eu vou matar aquele cachorro... – Tia Rose tinha fogo nos olhos.

 

- Calma ursinha... – Tio Emm. tentou ajudar.

 

- Calma uma virgula... aquele cac....- Eu a interrompi.

 

- Tia fui eu quem tomou a iniciativa... então é a mim que a senhora tem que quere matar... – Eu sabia que ela jamais faria isso. Bem, eu achava que sabia.

 

- AAAAAAAAAAHHHHHHHHH!!!! Mas eu vou.... e acredite para o seu próprio bem.... – eu corri dela, o tio Emm. correu atrás dela... e a pegou antes que ela me pegasse.

 

 

 

Fim do Mini Flash Back.

 

 

 

            Imagina se ela ficou assim com aquela besteira, imagina quando ela descobrir que eu acabei com a Ferrari. Eu sou uma meio-vampira morta.

 

            Me livrei dos devaneios e abri a porta. Ou o que restou dela. Demorei um pouco para perceber que não era o mundo que estava de ponta cabeça, mas eu que tinha capotado com o carro.

 

            A primeira coisa que vi foi um par de pernas se abaixando, a última foi um paninho preto na minha cara.

 

 

 

            Acordei em uma cama que não era a minha, em um quarto que não era o meu e com uma decoração que com certeza não tinha sido feita pela tia Alice. Primeiro pensamento: Cara, onde é que eu estou?

 

 

 

            A porta do quarto se abre, uma figura feminina aparece. Uma adolescente linda, loira e com os olhos vermelhos sangue. Jane. Lembrei-me imediatamente daquela noite na clareira há 8 anos atrás. Ela não mudou nada. Pudera. Ela é uma vampira. Segundo pensamento: Estou em Volterra.

 

Terceiro pensamento. Ferro....

 

 

 

- Levante-se. Aro está à sua espera. – Ela disse. Bem assim. Não que eu seja a pessoa mais suave do mundo, mas eu estou acostumada com a boa educação.

 

- Você vai se apressar ou precisa de uma ajudinha. – Ok! Quem precisa de educação com aqueles poderes? Levantei na hora. Dei um tapa no cabelo. E a segui. Meu cabelo deveria estar horrível. Me surpreendi com esse pensamento. Eu deveria estar em pânico à uma hora dessas. Enfim.

 

- Você sabe o que aconteceu? – Ah! Não custa nada tentar... ela não respondeu.

 

 

 

- Bom dia Renesmee querida. – Aro disse como se fossemos melhores amigos. Eu não achei minha boca para lhe responder algo. Cara de pau.

 

- Espero que as acomodações da princesinha Cullen estejam a seu gosto. – Nem de perto eu pensei. O que eu disse foi:

 

- Excepcionais Aro. – Menti. Mas essa foi a primeira vez. Eu nunca minto. Correção. Eu nunca menti antes.

 

- Que bom que estejam a seu gosto minha querida, pois você passará um bom tempo aqui. – Choquei.

 

 

 

Ainda não tinha terminado de assimilar essas palavras quando surge um figura na sala. Não sei por que mas eu tive um ápice de esperança seguido por um desgosto profundo. Razão: Nahuel entrou na sala, e fez reverencia a Aro. Traíra.

 

 

 

- Querida, acho que você se lembra do Nahuel, certo?

 

- Como poderia me esquecer.

 

- Bem, ele resolveu se juntar a nossa família, não é maravilhoso?

 

- Com toda certeza. – Menti de novo. E isso estava fácil de mais. Digo. Mentir é claro.

 

- Querida, gostaria de saber se você tem vontade de se juntar a nossa família. - HAHAHA.... boa piada... nem morta....

 

- Sinto muito Aro, mas vou passar. – Tentei ser educada. – E também sinto em avisar que terei de recusar seu convite de hospedagem, meus pais já devem estar preocupados. – Acrescentei.

 

- Agora quem lhe deve desculpas sou eu minha querida. – Fiquei feliz. – Mas devo lhe informar que você não terá como recusá-lo. – Estremeci.

 

- Então devemos entender que sendo mantida aqui contra minha vontade isso se trata de um seqüestro. – Que tola, as leis humanas não se aplicam a vampiros... mas nunca se sabe né?

 

- De forma alguma. Eu jamais seqüestraria outrem. Digamos que trata-se de um convite irrecusável. – Ele sorriu.

 

- Jane... – Aro a chamou.

 

- Providencie alguém para que a Sta. Cullen possa se alimentar. Podemos ver em seus olhos a sede. – Não pude deixar de notar o ALGUEM da frase.

 

- Aro, sem querer me queixar de sua hospitalidade, mas a dieta vegetariana não sei férias juntamente comigo. – Tentei lembrar-lo de minha opção. Ele  não me deu bola.

 

- Mas querida, não iremos caçar animais. – Ele não iria me dar escolha. Eu não poderia beber sangue humano. Resolvi tomar uma atitude que eu jamais tomaria em qualquer outra ocasião, mas se uma medica sucumbe a essa pequena chantagem, imagina a uma cirurgia.

 

- Posso então pedir comida humana? Acredito que será fácil de conseguir. -  Sugeri.

 

- Certo. – Não era exatamente o que ele queria, mas relutante concordou.

 

- Jane. – Aro a chamou novamente.

 

- Sim meu mestre.

 

- Leve a princesinha Cullen aos seus aposentos e então providencie sua refeição.

 

- Claro meu mestre. – Ela parecia um robô.

 

 

 

            Jane me guiou de volta ao meu quarto e se retirou. Bem... melhor eu começar a me sentir em casa porque não tenho outra escolha mesmo. Olhei-o novamente. Ok! Não era tão ruim. Eu estava mais calma agora. Fazia algum tempo que tinha Alice enxergara meu futuro. Ainda não em perfeição, mas um pouco melhor. Tinha certeza que era uma questão de tempo até virem ao meu resgate.

 

 

 

            Os dias se passaram. Não ao certo quantos. Eu tinha passe livre pelo castelo. Não que eu quisesse ficar passeando por lá. Mas as vezes cansava ficar no meu quarto. Aro até me deixava passear pelas ruas de Volterra. Sempre acompanha de Demetri. Ele sabia que eu não seria nem louca de tentar algo. Era pedir para morrer. No fundo acabei ficando amiga de Demetri. Ele era estranho. Mas começamos a conversar. Na verdade eu tentei puxar papo. Até agora nada. Mas ele não fica mais me encarando como se fosse me devorar. Acho que já é um bom começo. Mais dias se passaram... e nada. Comecei a ficar preocupada. Será que algo havia acontecido à meus pais, à minha família? Não... Minha família é muito poderosa... Foi aí que eu ouvi a explosão.

 

            Sai correndo do quarto, vi tia Rose vindo em minha direção, tentei correr para ela, mas algo me segurou. Alguém. Era Nahuel. Ele me arrastou em uma super velocidade para outro ponto do castelo. Perdi tia Rose de vista. Fique confusa.

 

 

 

- Nahuel o que está acontecendo? – Perguntei.

 

- Ele me enganou... Ele não me ama....- Nahuel começou a falar esse tipo de coisas sem sentido.

 

- Quem te enganou Nahuel? – Coloque a mão em seu ombro. Ele desviou minha mão bruscamente.

 

- Você... ele só queria você... todos querem você...- Ele me olhava com um olhar sombrio. Eu diria demoníaco até. E ele continuou.

 

- Não é justo. Você ter uma família e eu ter sido abandonado quando nasci. Somo as mesma aberração. E é a você que eles querem. Mas eles não vão ter. – Nem tive tempo de reagir.

 

 

 

            Ele me jogou contra a parede. Eu a atravessei. Na quarta parede eu caí no chão. Fiquei tonta. É nessas horas que eu detesto ser meio humana. Minhas fraquezas sempre aparecem. Nem tinha aberto os olhos ainda quando senti meu pulso direito doer. Ardia, queimava e estava se intensificando como se.... abri meus olhos... Nahuel havia me mordido e estava bebendo todo meu sangue.

 

            Tentei lutar, mas foi em vão. Quando o veneno de Nahuel entrou em contato com o meu, senti como se minha alma tivesse abandonado meu corpo. Nada mais poderia me salvar. Era o fim. O fim de uma vida imortal. Irônico. Fechei meus olhos novamente. Pedi perdão a minha família por ser tão fraca. Eu não deveria ter me concentrado no que estava acontecendo para tia Alice ter visões especificas que revelassem onde eu estava. Eu iria morrer, e havia colocado minha família em perigo. De novo.

 

            Algo aconteceu. Os dentes de Nahuel pararam de pressionar meu pulso. Estranho. Eu ainda tinha sangue em meu corpo. Podia sentir. Abri meus olhos imediatamente. Foi então que eu o vi. Um anjo. De pele branca e cabelos loiros. Os olhos pretos e profundos como a noite. Como sua roupa preta. Como a morte. Sim, era isso. O anjo da morte havia vindo para me buscar. Ele estava me encarando. Meu anjo. Minha morte.

 

            Mas então ele se foi. Acredito que desfaleci por um momento. Papai parecia preocupado. Papai? O que ele estava fazendo aqui? Será que ele também havia morrido? Meu pulso. Papai pegou meu pulso e começou a beber meu sangue. Por quê? Foi aí que eu apaguei.


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Notas finais do capítulo

Bem... como está a fic? Aguardo as reviews para tomar como resposta... Beijos



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