_Nossa família mais parecia uma quadrilha da máfia do que um grupo de estudantes, estávamos em 8 pessoas, digo 6 vampiros um lobo e yo. Fomos em dois carros.

            (Para tudo... eu preciso apresentar os carros. Aiiii... um dia eu também vou ter o meu.... mal posso esperar... Tia Alice ainda tem um porsche, mas de um modelo novo, porém ainda é amarelo, papai a mesma história, um volvo prata porém modelo novo, tia Rose está com uma Ferrari conversível preta, a cor do mau, e tio Emm tem um monstro que eu nem sei o nome, a mamãe disse que não precisa ter um carro, afinal ela usa o do papai e o tio Jazz, cara o tio Jazz tem carteira de motorista? E tem o Jake, que não aceita nada que os Cullens dêem para ele, então ele não desgruda daquela moto... velha... )

            No dia da primeira aula fomos papai, mamãe, Jake e eu no Volvo com papai, que apesar de não gostar muito de Jake o suporta por mim e pela mamãe, como todo o resto da família. Tio Jazz, tia Alice, tio Emm. e tia Rose, foram na Ferrari de tia Rose, ainda estavam discutindo sobre qual carro mais básico comprar.

            Quando descemos dos veículos, todos, sem mentira, todos os alunos nos olharam, e sabemos o porquê, mas ao mesmo tempo eles não se sentiram a vontade para se aproximar de nós, também estamos cientes deste porquê. Papai viu que eu estava um pouco temerosa então me sussurrou – Isso é normal, faz parte do que somos- claro que isso foi inaudível para os ouvidos humanos. (As vezes meus tios me dizem saber acreditar o quanto chato devia ser ter um pai que pode ler seus pensamentos, mas pra mim isso não era um problema, eu até gostava, papai sempre me entendia).

            Caminhamos até a secretaria, onde a moça que sinceramente eu não faço idéia de como seja o nome nos indicou nossos horários e salas. Encaminhamos-nos para lá. Eu realmente estava empolgada, pois adorava adquirir conhecimento. Papai sempre me disse que o conhecimento é a única coisa que jamais irão conseguir tirar de nós. Com papai eu aprendi a falar 16 idiomas. Meu pai é muito inteligente. Meu sonho é ser médica igual ao vovô, quero dizer, esse é o meu segundo sonho, o primeiro é me tornar completamente vampira. Enfim, minha primeira aula era de calculo, adoro, tinha Allce tinha essa mesma aula comigo. Minha família resolveu que eu não iria ter nenhuma aula sozinha, sempre um deles estaria ao meu lado. OK! Eu amo minha família.

            O professor Johnson entrou na sala e nos apresentou à turma, dessa vez eu era uma cullen, irmã de Alice, Emmet e Edward. Mamãe e Jake eram filhos da Irma de não sei quem que era não sei o que da vovó, e o tio Jazz e a tia Alice eram gêmeos, que também não lembro como vieram parar na família. Eles era criativos de mais com essas histórias.

            Eu e tia Alice tomamos nossos acentos, eu na frente ao lado de uma menina pequena com cabelos lisos loiros e olhos claros, e tia Alice ao lado de um rapaz bonito de cabelo curto e preto. Ela já começou a puxar papo, afinal tia Alice adorava humanos, eu me sentei e olhei imediatamente para o professor, por mais humana que eu era, o cheiro do sangue da menina estava começando a fazer minha garganta arder.

-Olá – disse a menina.

-O..Oi – Eu respondi relutante, podia sentir os olhos de tia Alice em minhas costas.

- Meu nome é Mary.

- O meu é Renesmee – Respondi.

- Vocês são novos aqui? – perguntou ela. Sinceramente, por que essa menina insiste em falar comigo? Garota chata. Eu quero aprender.

- Sim. – Respondi. Seca. Até demais.

            Me virei e prestei atenção no que o professor estava explicando. Cara. O que era aquilo? O jardim de infância? Papai me ensinou isso quando eu tinha três anos. Até que enfim o sinal tocou. Chamei meu pai em meus pensamentos. “Papai o que é isso? Eu já sei tudo o que ele disse. Por que estamos aqui?”

            Foram poucos segundos até papai estar ao meu lado, e ao lado dele mamãe.

-Querida, os humanos são mais lentos do que nós, então tudo o que ele lhe disse você já irá saber. – Disse meu pai numa tranqüilidade que estava me deixando apavorada.

- Ok! – Eu disse. – Então o que nós estamos fazendo aqui p... Edward. – Quase.

- É o ensino médio minha querida, e agora vai para a sua próxima aula, nos vemos no almoço. – Disse mamãe, que quase escorregou também indo beijar minha testa. Papai a parou.

- Minha próxima aula é literatura, fica logo ali. Até mais pessoal – Disse derrotada.

            Essa aula eu tinha com o tio Emm... ele era o máximo. Sempre preferia ir caçar com ele, ele era o mais divertido. Nós apostávamos que iria pegar o urso maior, e ele me deixava ganhar na maioria das vezes.

            Me encontrei com o tio Emm na entrada da sala e ele me disse em uma velocidade e som que os humanos não conseguiriam ouvir.

- Está na hora de ter que ler aqueles livros chatos iguais os da sua mãe. Como você está se saindo hein? Monstrinha.

 - Ugh. – Revirei os olhos, só para fazê-lo rir, pois eu não achava os livros da mamão chatos, na verdade eu gosto de literatura.

            Por sorte havia uma mesa vazia, onde eu e o tio Emm nos sentamos, juntos. Portanto, a aula não fluiu, mas que diferença faz, me sinto da mesma forma que me senti quando me contaram que as nuvens não eram de algodão e que o Papai Noel não existia.

            Até que enfim o almoço chegou. Nos sentamos afastados dos humanos, eu nunca pensei que fosse sentir a garganta ferver desta maneira, papai logo viu isso na minha mente. Não queria decepcionar a mamãe, então sutilmente encostei minha mão na dele e o mostrei como me sentia, eu queria ir embora. Eu não queria assistir nenhuma aula. Papai se recusou a me ajudar. Então eu mostrei ao Jake. Nossa próxima aula era a mesma, então fingimos que íamos para a aula e ... fugimos da escola. Não me orgulho disso... Mas eu não iria ficar me torturando por nada.

- E então Nessie, como foram suas aulas? – Jake me perguntou sarcasticamente. À essa altura estávamos correndo até nossa casa, ou até uma lanchonete, o que chegasse primeiro.

- Muito engraçado – Sorri sem humor. – Mas queria ver você fazendo piadas se eu tivesse me alimentado em plena sala de aula – Respondi. Eu sabia o quanto ele detestava quando eu o lembrava que eu era uma vampira.

-Então...você...chegou...tão...perto...assim? – Ele me olhou assustado. Aí eu tive que gargalhar.

-É claro que não, o que você acha que eu sou? – Fiz cara que quem ficou chateada.

- Me desculpe Nessie, eu não queria... – Eu o interrompi.

- Eu sei Jake. Eu só estava brincando – Ele se desculpava demais para o meu gosto, não consegui entende o porquê dele sempre fazer tudo o que eu queria, como se fosse meu pai. Fiquei encarando-o por um longo momento. Ele nunca falava sobre La Push e sobre sua família. Decidi que iria tirar algo dele hoje.

- O que foi pequena sanguessuga? Pensei que meu sangue não cheirava bem. – Disse ele com um sorriso nos lábios.

- Até parece Jake, eu prefiro comer um gambá a você. – O que não era mentira, afinal ele fedia.

            Começou a chover, a lanchonete já era. Então ficamos na floresta conversando e brincando. Essa era a minha deixa.

 – Jake, como era a escola que você freqüentava em La Push?

- Hum.. ah... era igual a essa eu acho.. escola é escola Nessie. – Como se eu soubesse, mas essa conversa não estava ajudando. Um momento de silencio se fez entre nós, ele estava se recordando de algo. É nessas horas que eu queria ter os poderes do meu pai.