Quatro Elementos: O Confronto escrita por Amanda Ferreira


Capítulo 10
Poder Absoluto


Notas iniciais do capítulo

OLÁAA!! Mil desculpas por não ter postado semana passada, mas estou muitooo ocupada com trabalhos, provas e não estava em casa, por isso não deu para terminar e fora que as idéias não vinham, sem nenhuma inspiração e só foi me aparecer hoje!! Omg :/
Mas aqui está o capítulo novinho para vocês e quero agradecer aos comentários do capítulo passado! #feliz #seus #lindos
Espero recebe-los nesse tambémmm! Isso me ajuda a escrever mais! Muito obrigado mesmo!
Eu prometi a foto do Jonny, mas só no próximo ein! Hoje vem da Maria que tem grande parte no capítulo de hoje!
OBS: Visões do Felipe são importantes e megaaa curiosas, portanto, ATENÇÃO!
Agora vou parar de falar e podem ler amorecos!! Kisses e ate mais!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/388660/chapter/10


Felipe

O mundo estava caindo na minha cabeça! Só pode ser castigo, já que o fato de ter que pagar alguma coisa, acho que já cumpri essa conta ou pelo menos metade dela!

É. Mas nem posso reclamar tanto assim pois o que está por vir é ainda pior, ou pelo menos eu penso desse jeito.

O fato de ter “encontrado” minha irmã não quer dizer que tudo esteja completamente ruim, na verdade, está péssimo! Principalmente quando cheguei na casa da Kate e me deparei com aquilo.

Eles estavam com uma agente da FEM e isso definitivamente não é nada bom. Só atrai problemas para nós!

Tudo bem que eles queria arrancar informações dela, mas... Com toda certeza viriam procura-la e aí sim teríamos problemas e grandes dores de cabeça.

...

– Ela precisa falar! – ouvi a Kate dizer isso pela decima vez.

– Não com você agindo dessa maneira tão dócil com ela! – o Jonny reclamava de novo.

Por falar em Jonny, eu não gosto dele, mas tenho que concordar que ser legal com a mulher ruiva não ia adiantar nada.

Eu estou cansado de tudo isso e ainda tenho alguns assuntos pendentes com a doutora Liz que me deve explicações, boas explicações.

– Pra mim já deu! – falei e a Claire me olhou surpresa do outro sofá.

– Vai onde? – perguntou.

– Tenho que resolver umas coisas! – me levantei do sofá.

– Felipe, você está estranho... Aconteceu alguma coisa? Pode falar comigo!

Abaixei o olhar para não dar na cara de que estava mesmo escondendo algo. Eu não tinha dito para nenhum deles sobre ter encontrado a minha irmã.

Acho que só o fato do Rick ter sido atacado, de que agora ele e a Claire estão desconectados e essa mulher por aqui, já eram problemas grandes o suficiente para eles. Além do mais, eu não vou enche-los com essas bobagens, porque mandei a Caroline ficar longe e espero que ela faça isso.

– Não é nada Claire. Só preocupado. – menti.

– Saiba que pode contar comigo. – ela já estava de pé segurando minha mão direita. – Para qualquer coisa.

– Obrigado Claire. – levantei o olhar a vendo com um sorriso.

– Se cuida! – ela levantou na ponta dos pés para beijar minha bochecha.

– Se cuida também. – sorri e beijei sua bochecha de volta.

Ela assentiu, voltou para o sofá e pegou seu celular.

Me dirigi até a cozinha onde a Kate e o Jonny ainda discutiam de como falar com a tal mulher.

– Vou até o hospital. – falei interrompendo a discussão deles. Eles me olharam e depois um ao outro.

– Lipe, a Bia vai ficar bem se você deixar de ver ela um dia só! – a Kate falou se aproximando de mim.

Agora eu não entendi nada. O único que estava indo no maldito hospital ainda era eu e eles...

– Quer que eu fique aqui olhando pra cara de vocês?

– Queremos sua ajuda. – foi o Jonny a responder. O encarei lançando um olhar mortal e ele se calou.

– Ajuda pra que? Ficar olhando a ruiva se irritar ainda mais e vocês não fazerem nada de útil? – dei uma risada. – Desculpa! Mas, a Bia vale mais do que isso.

– Isso também é por ela! – a Kate falou.

Respirei fundo e abaixei a cabeça para não xinga-la.

– Olha Kate, você mesma e nem ninguém aqui estão fazendo nada para ir vê-la, ajuda-la ou se quer se importarem. Não estão fazendo isso aqui por ela... – apontei para a escada. – Estão fazendo por vocês.

– É o que você acha? – ela disse incrédula.

– Eu não me importo com o que seja!

– Eu só acho que ficar lá olhando a Bia não vai trazê-la de volta e enquanto isso podemos fazer coisas aqui fora.

– E simplesmente esquecer que ela ainda existe! – levantei os olhos e ela me encarava.

– Claro que não! Felipe, de onde tirou essas coisas?

– Do que estou vendo aqui Kate!

– Estamos tentando ajudar. – ela aumentou o tom de voz.

– Não me importo com que estão fazendo. Na verdade, eu não me importo com nenhuma porcaria que está acontecendo por aqui, porque nada disso vai fazer sentindo sem ela. – suspirei.

– Quer dizer que o Felipe revoltado voltou?

– Ele nunca se foi. Só você que não notou isso.

– Está sendo injusto conosco Felipe!

– Não Kate! – aumentei meu tom de voz também. – Vocês sim, estão sendo egoístas! Estão agindo como se ela já tivesse morta. - engoli a raiva. - Mas eu tenho uma novidade... Ela não está morta!

– Ninguém aqui está fingindo que a Bia está morta! - ela gritou.

– Se vocês se importassem estariam lá, nem que seja para dar um "oi" ou simplesmente olha-la e ver que ainda respira. - falei baixo dessa vez. - Só pensam em vocês!

Ela suspirou e fechou os olhos como se tivesse controlando a raiva. Aproveitei o momento e me virei já saindo.

– O único egoísta aqui... – parei no meio da sala quando a ouvi. – É você!

Foi um sussurro, mas o suficiente para que eu ouvisse. Me virei e ela se mantinha parada na porta da cozinha com um olhar triste.

– Não me importo com o que você pensa!

Virei de volta e já sai sem olhar para trás e ver o estrago que tinha causado.

Fechei a porta atrás de mim e suspirei me sentido mal por ter dito aquelas coisas para ela, mas é o que eu penso e pode sim ser egoísmo da minha parte, mas é como se todos eles tivessem considerando que a Bia já se foi... Para sempre!

***

Claire

Tudo bem! Primeiro: o Jonny tinha pegado a garota. Segundo: o Rick estava machucado e eu não. Terceiro: o Felipe acabou de jogar tudo para o alto.

Quando eu realmente penso que as coisas vão melhor... Elas só pioram. E sabe o que mais me preocupa? O fato de ninguém ter as respostas para nada disso.

Tantas coisas para pensar e sem saber como resolver.

A Kate estava tentando tirar alguma coisa da mulher ruiva que parecia não ceder tão cedo. O Jonny continuava na mesma posição de dez minutos atrás: sentado na cadeira olhando em direção as escadas.

Eu também não tinha mudado muito minha posição: estava sentada no sofá mexendo no cabelo do Rick que estava deitado a cabeça no meu colo.

O Felipe ainda não voltou e nós não estamos fazendo muita coisa útil por aqui não! Talvez ele tenho razão: nós esquecemos a Bia e estamos sendo egoístas. Eu me sinto mal por isso e por ele, já que está sofrendo por ela e nós continuamos aqui, sem fazer absolutamente nada.

Eu não fui atrás dele quando ele saiu daqui, pois sabia que só ia piorar a situação e não seria nem um pouco agradável discutir com ele.

– No que está pensando? – fui interrompida nos pensamentos com a voz rouca e sedutora do Jonny vindo do outro sofá na minha frente.

Olhei brevemente o Rick que mantinha os olhos fechados e a respiração lenta e calma.

– Em como resolver tudo isso. – falei olhando ele se remexer no sofá mudando de posição. – E você?

– Em ir até lá e fazer a ruiva falar, só que do meu jeito! – ele apontou para a escada.

– A Kate não conseguiu nada mesmo ne?

– E nem vai conseguir se ficar sendo legal.

– O que sugere então?

– Ameaças, medo, usar a força. Aí sim a mulher fala. – ele deu de ombros.

– Eu prefiro o seu método! – sorri.

– Sabe porque eu gosto de você Claire?

Revirei os olhos e o encarei.

– Porque você não tem medo de usar seus dons, sua força no que for preciso.

– Aprendi a sobreviver num mundo onde não se tem ninguém, e a maioria quer te matar.

– Agora você tem muitos que te amam. – ele olhou o Rick rapidamente e depois se focou em mim. – Que realmente te amam.

Eu sabia que ele estava falando não só dos outros, e sim, mais do Rick.

– Não tenho certeza disso.

– Por quê? Tem medo que ele minta e te machuque?

– Talvez. Mas, também não quero criar ilusões com isso.

– Eu entendo! Isso é muito complicado. – abaixou o olhar.

– E você? Decidiu mudar de uma hora para a outra por quê? Ou melhor, por quem? – eu já sabia a resposta.

– Adivinha que te dou um prêmio.

– O que você sente é realmente verdade ou só mais uma invenção sua? Porque ela... Gosta de você.

– Eu sei. Por isso estou aqui. Mas a Kate não confia em mim o suficiente para se deixar levar pelos sentimentos. – suspirou. – Então, eu vou fazer de tudo para ter a confiança dela de volta.

– Eu realmente Jonny, quero acreditar em você e espero que esteja sendo verdadeiro.

– Também quero conquistar a sua confiança.

– Boa sorte! – sorri.

Nós dois olhamos as escadas enquanto a Kate descia com uma expressão desanimada.

– Você pode tentar! – ela falou se dirigindo ao Jonny antes que questionássemos.

– Demorou até demais! – ele se levantou e desapareceu subindo as escadas.

– Agora sim ela fala! – sorri.

– Espero que sim! – a Kate falou desanimada se sentando no sofá.

– Não fica assim por causa do Cabeça de Pedra! – foi o Rick a falar antes de mim.

– Não é nem tanto a discursão e sim o que ele disse. – ela falou.

– Ele só está confuso. Acabou de sair do hospital e ainda por cima não vê melhoras da Bianca. – falei.

– Não quero que o Felipe pense que estamos esquecendo ela, porque não estamos. – o Rick disse abrindo os olhos e sentando do meu lado.

– Jamais!

– Ele só precisa de um tempo Kate! E eu ainda acho que aconteceu alguma coisa com ele e não quer nos contar. – falei.

– Só espero que fique tudo bem com ele! – ela falou.

– Sem mais preocupações loira. – o Rick se levantou e sentou do lado da Kate a abraçando.

– Vou tentar! – ela disse tentando sorrir.

O Rick beijou a bochecha dela e sorriu pra mim piscando em seguida.

Todos nós viramos para a escada surpresos ao ouvir um grito ecoar de lá de cima.

– Ele vai acabar matando ela. – a Kate disse se levantando.

– Vou lá dar uma olhada. – falei e os dois assentiram.

Subi as escadas e parei na porta do quarto onde a ruiva estava e a abri devagar.

– Jonny? – chamei entrando.

– Vou ter ajuda dominadora? – ele disse parado perto da cadeira.

Estava com um das flechas da mulher nas mãos e alguns papéis. No rosto da mulher amarrada na cadeira, tinha um corte de onde escorria sangue, e claro que foi o Jonny que deve ter a cortado.

– Consegui umas coisinhas da nossa linda Maria! – ele falou jogando os papéis para mim.

Olhei os papéis que eram documentos onde tinha o nome Maria Fernandes e a foto dela, tinha também um certo tipo de mapa com uns nomes estranhos e símbolos.

– Ela te disse algo? – falei olhando ela que continuava com um olhar raivoso.

– Não! Só consegui tirar isso aí dela! – ele falou olhando os papéis nas minhas mãos.

– Parece localizações ou lugares onde ela já esteve. – falei enquanto o Jonny a olhava.

Olhei atentamente e era como mapas com alguns “x” marcados em alguns lugares e uns nomes estranhos.

– Como onde pode ter encontrado mutantes? – ele perguntou.

– Pode ser! – olhei a mulher que suspirou.

– Então vamos começar com algo bem fácil... – o Jonny estava com a flecha nas mãos de novo. – Me conta o que são os papéis.

Ela se manteve em silencio. Era persistente.

– Vamos tentar de novo querida. – ele encostou a ponta afiada da flecha na bochecha dela. – O que são aqueles papéis ali? – apontou para os que estavam nas minhas mãos.

– Vai para o inferno! – ela falou engolindo em seco.

O Jonny soltou uma risada e se abaixou de frente para ela.

– Talvez eu vá... Quando conseguirem me matar! – ele se levantou e num movimento rápido bateu a ponta da flecha no rosto dela, a fazendo soltar um gemido e o cheiro de sangue logo me atingiu.

– Eu não estou aqui pra brincar. Se você não colaborar comigo, o seu amiguinho vai te encontrar morta!

Ela olhou para mim e virou o rosto em seguida.

Me aproximei dela e agachei na sua frente. Olhei seus olhos que eram cor de mel e bem bonitos por sinal.

– O que a FEM vai ganhar nos caçando? – perguntei e ela pareceu me ignorar. – Não queremos fazer isso. – estiquei a mão até tocar a sua bochecha que havia cortado. – Apenas diga!

– É o nosso trabalho! – finalmente ela me olhou.

– Quer dizer que lobisomens são as novas armas de vocês? – foi o Jonny a perguntar.

– Apenas temos um trato!

– Em troca de que? – perguntei.

– Liberdade!

– Até parece que vão cumprir isso! – o Jonny riu.

– Cumprimos com nossa palavra e podem ter certeza que não vamos desisti de pegar o que é nosso.

– O que? O que é de vocês?

– O poder absoluto!

***

Felipe

No final das contas a minha irmãzinha só tinha me mostrando mais um novo caminho para mentiras de pessoas que me aproximo. Quando que eu iria imaginar que a Liz iria ajuda-la e pra que. Agora isso não importa! Não mais!

Entrei sem passar na porcaria de recepção e quer saber? Que se dane! Só ouvi o cara que era o recepcionista e um dos seguranças gritando para que eu voltasse.

Passei pelo corredor e avistei a Liz no fim dele, andei mais rápido e segurei seu braço antes dela seguir com um enfermeiro.

– Felipe! – ela me olhou assustada.

– Precisamos ter um papinho Liz!

...

A Liz estava surpresa com minha atitude, mas eu não ligo para o que ela pensa, até porque ajudou a minha “querida” irmã a me encontrar e isso está me cheirando a segredo e não sei porque, eu acho que tem muito mais escondido por trás das palavras da Caroline.

Fomos para o café do próprio hospital e ela se sentou rapidamente pegando um copo de água como se tivesse nervosa demais.

– Que história é essa que sabia da minha irmã? E ainda por cima a ajudou!

Ela arregalou os olhos azuis e engoliu em seco.

– Ela procurou você? – perguntou em voz baixa.

– Não! Eu previ. – dei um sorriso sarcástico. – Claro que procurou!

– Felipe, ela pediu ajuda e eu não tive como negar já que ela é sua irmã e ...

– Você não podia ter feito isso e foi idiota de pensar que tem algum direito sobre mim.

– Eu pensei que...

– Não devia ter pensado Liz! Devia ter me falado. A Caroline nunca se importou, por que isso agora?

– Talvez tenha mudado! O tempo muda as pessoas

– Não! O tempo só as pioram conforme ele passa. – eu já não estava muito bem de ter brigado com a Kate e agora isso?

– Desculpa! Ela me parecia ser uma boa pessoa.

Passei as mãos no cabelo tentando controlar minha raiva.

– Presta atenção... – suspirei. – Quero que seja apenas a medica que está cuidando da Bia e nada mais além disso. Da minha vida e do meu passado e dos idiotas que pertencem a ele, cuido eu!

Ela assentiu e abaixou a cabeça. Senti a raiva borbulhar dentro de mim e apenas suspirei contando até dez mentalmente.

– Agora... Você sabe de alguma coisa? – perguntei alguns minutos depois.

– Não! Ela só queria saber onde você ficava e conhece-lo. – ela praticamente sussurrou.

– Tá! Obrigado Liz! – me levantei.

– Felipe! – ela chamou. Me virei e ela me encarou.

– Ela não quer o seu mal, assim como eu.

Assenti e virei indo rumo ao corredor. Fui até o quarto da Bia e entrei fechando a porta em seguida.

Fiquei parado do lado da cama dela por longos segundos e não vi nenhuma mudança. Somente os bipes do aparelho perto dela e a sua respiração.

– As vezes eu fico pensando... Quando é que as coisas boas vão acontecer? Se algum dia tudo vai ficar no seu devido lugar, e se... Teremos uma chance de ser feliz! – falar com ela era bom.

Senti a dor voltar a me atingir, a velha dor no peito e a culpa.

– Desculpe! desculpe, por não ser forte o suficiente. – engoli as lagrimas que ameaçaram vir. – Só quero que você volte, mesmo que não seja pra mim. Apenas volte!

Segurei suas mãos e uma corrente elétrica percorreu meu corpo, tudo ficou escuro e eu não estava mais ali.

....

A imagem embaçada foi ficando visível aos poucos. Era o mesmo jardim da minha antiga casa de quando era criança, o mesmo em que sonhei quando ainda estava no hospital.

As flores estavam bonitas, vivas de novo. Não pude deixar de sorrir e resolvi andar pela grama verde e perfeita.

Ouvi uma respiração calma ali perto. Andei parando assim que... Me vi. Era eu quando criança mexendo em alguns vasos.

Me aproximei e olhei o pequeno garoto de 11 anos, cabelos negros, pele clara, até meio pálida e os olhos verdes brilhando de felicidade por estar perto da natureza de novo.

Olhei para o portão junto com o garoto e a vi entrar.

– Seus pais não estão? – ela perguntou colocando uma mecha do seu cabelo ruivo atrás da orelha.

– Não! Saíram com a Carol! – o garotinho que era eu respondeu.

– Queria ver você e minha mãe disse que estava no jardim. – ela respondeu.

– Sempre venho aqui quando eles saem, só assim posso ajuda-las!

– Gosto de ver você ajudando elas! – ela sorriu.

– Vem! – o pequeno Felipe a chamou indo até umas flores pequenas.

Eu não entendo o que está acontecendo, mas é bom ver lembranças do passado e principalmente a Vick.

– Posso te pedir uma coisa Lipe? – ela perguntou.

– Claro Vick!

Ela suspirou, acho que pensando no que falar.

– Me prometa que nunca vai desistir do que quer e não vai deixar ninguém te derrubar. – seus olhos azuis encheram de lagrimas.

– Por que está falando isso agora Vick? Viu alguma coisa?

Ela negou com a cabeça e uma lagrima escorreu pelo seu rosto.

– Apena prometa!

Me aproximei mais e eles não notavam minha presença.

– Eu prometo Vi! – eu e o garoto respondemos juntos.

Os dois se abraçaram e senti a lagrima intrusa descer pelo meu rosto. Ela tinha tido sim uma visão do meu futuro e sabia exatamente o que acontecia, por isso me fazia prometer coisas.

....

Abri os olhos e o quarto do hospital estava de volta. Olhei a Bia na cama e a confusão nublou minha mente.

Tinha sido tão real que não entendi como isso aconteceu. Foi só quando toquei na Bia e...

Por que essas lembranças estão voltando? E por que a Vick?

Limpei a lagrima que havia descido me sentei na cadeira perto da cama.

– É você que está tentando me mostrara algo? – perguntei a Bia mesmo sabendo que não receberia resposta.

Coloquei as mãos na cabeça e fechei os olhos. Talvez seja loucura da minha cabeça ou... Avisos!

***

Claire

O poder absoluto? Que poder?

– Que poder é esse? – o Jonny perguntou a olhando.

Não respondeu, apenas suspirou como se já tivesse cansada de ouvir a mesma pergunta várias vezes.

– Que poder é esse? – ele falou só que mais alto dessa vez. – Fala!

Ela olhou pra mim e depois pra ele.

– Já mandei você ir para o inferno. – ela falou com uma voz seca.

O Jonny levantou a mão para acerte-la e eu entrei na frente.

– Me deixa falar com ela primeiro? – pedi.

– Pra que? Não vai adiantar nada!

– Por favor Jonny! – ele me encarou e depois revirou os olhos saído batendo a porta.

Suspirei e puxei uma cadeira que estava ali e coloquei de frente da dela e me sentei.

Ela me olhou e depois abaixou o olhar sem nada dizer.

– Maria? não é? – suspirei. – Esse poder tem a ver com a tal lapide, não é mesmo?

Ela se manteve parada.

– Se vocês pensam que nós sabemos o que ela significa e queremos esse tal poder... Na verdade, não sabemos!

Ela me olhou e ergueu uma sobrancelha.

– Que tipo de dominadora é você?

– A mais desenformada possível! – falei dando de ombros.

Ela suspirou parecendo se render a falar.

– Não é à toa que o Vicente quer a lapide. – então o lobo se chamava Vicente? – Ela é única e pode te dar aquilo que talvez mais deseje.

– Por exemplo?

– Como eu disse antes, o poder absoluto!

– Que tipo de poder? – eu não sabia e nem fazia ideia.

– Poder ir e voltar. Trazer e levar.

Neguei com a cabeça sem entender.

– A lapide pode te dar um tipo novo de dom, o mais desejado. Até mais do que o equilíbrio dos dominadores. Ela te dá algo que vocês não podem fazer. – tomou folego para continuar. – Te dá o poder de trazer de volta aqueles que um dia se foram.

Arregalei os olhos me ajeitando na cadeira.

– Os mortos? - ela assentiu.

– Você poderá trazer aquele que um dia se foi. Aquele que você ama, que é importante.

– Quer dizer que com ela você pode trazer alguém dos mortos?

– Trazer quem você quiser! – ela me corrigiu.

Me levantei da cadeira e andei pelo quarto tentando colocar meus pensamento em ordem.

– O poder absoluto do sobrenatural! O poder daquilo que um dia foi seu!

Como os meus... Como os meus... Pais.

– Uma nova chance dominadora. A chance de trazer de volta aquilo que te tiraram!

A olhei sentindo as lagrimas encherem os meus olhos. Ela sorriu.

– E eu sinto que tiraram algo de você, ou melhor, alguém!

Assenti meio sem pensar.

– Você pode trazer de volta Claire! Quem você quiser! Qualquer um!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?? OOOH
Essa lapíde eu nem sabia o que criar com ela, aí me surgiu essa ideia!! Que bomm!
Isso promete ein!!
Será que a Maria está mentindo só pra enganar a Claire?
Felipe lembrando de uma garota do passado... Será novo romance?
Vamos ver né!
beijão e comentem! :))



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Quatro Elementos: O Confronto" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.