Amor Além Da Vida escrita por Isabelle Masen


Capítulo 2
Parte II


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos reviews,
BiaSwanCullenSalvatoreBlack e Chelsea, muito obrigada mesmo!


Boa leitura, e perdoem os erros ortográficos!



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No capítulo anterior...





–-- Vamos comprar as roupas – falei saindo do local e ela pulou nas minhas costas. Peguei suas coxas pra ela não cair.






–-- Nãaaooo – disse no vão de meu pescoço com uma voz dengosa.



–-- Sim, depois vamos almoçar e conhecer a cidade.



–-- E de noite? Antes de usarmos a coleção de camisinhas... – sussurrou em meu ouvido e mordeu o lóbulo em seguida, me arrepiando. Ela sentiu que eu me arrepiei e sorriu, vitoriosa.



–-- Tá bom – revirei os olhos e bufei, derrotado.



–-- Yeah! – ela disse.







E lá estava eu, com umas mil sacolas nos braços. Eu comprei apenas roupas pro fim de semana, coisas normais, cuecas, bermudas, blusas e um terno.









Bella – até agora – comprou blusas, lingeries, shorts, calças, calcinhas, sutiãs, pijamas, vestidos, biquínis, sapatos, chinelos e um vestido de princesa.







Você deve estar se perguntando: Terno? Vestido de princesa?







Eu descobri que Bella, quando criança, sonhava em se vestir de princesa e dançar com seu príncipe encantado, que nem nos contos de fadas. Se eu acho isso ridículo? Claro que não! Eu vou adorar vê-la vestida de quem ela é em pessoa: uma princesa. A minha princesa. E eu, como um bom príncipe, quero ver a felicidade da minha princesinha.







Ela me arrastou pra uma loja feminina, onde sou o único homem aqui. Algumas mulheres me mandam olhares cheios de segundas intenções, outras ficam nervosas mexendo compulsivamente em seus cabelos e algumas até enfiaram disfarçadamente seus telefones anotados nas sacolas de Bella.







Estou sentado em uma poltrona rosa choque esperando Bella experimentar algumas roupas. Então ela sai, com um sorriso de orelha a orelha, fazendo uma pose com as mãos na cintura. Ela usa um short curtíssimo de malha branco com listras acinzentadas e uma blusa cinza caindo nos ombros. Entortei a boca e balancei a cabeça.






–-- Não precisa comprar pijamas, eu posso te emprestar uma blusa – falei e ela riu, andando até mim e sentando em minha perna.




–-- Porque você gosta tanto de me ver com suas camisas?




–-- Porque você fica parecendo uma versão minha feminina. E modéstia parte, eu não sou nada mal – pisquei pra ela e ela corou. Ri com isso.





–-- Tudo bem, Sr. Engraçadinho. Nada de pijamas pra mim – disse fazendo uma careta engraçada e deu um selinho em meus lábios, voltando para o provador.





Não consigo entender porque alguns homens fogem de situações como essa. Tão simples e tão mágica, pelo menos pra mim. Eles são tão tolos ao acharem isso chato e clichê! Se eles ao menos olhassem pros olhos delas, pros sorrisos delas, pra empolgação e pro amor que elas demonstram com um simples olhar... Nesse momento me sinto sortudo a ter Bella. Pelo menos antes de morrer, tive a oportunidade de amar, e melhor ainda: ser amado. Enquanto alguns nascem, crescem e morrem, eu nasci, vivi e amarei até o último minuto de minha vida.





Uma dor forte atinge minha cabeça e eu aperto os olhos com força, massageando as têmporas. Não quero sentir isso, não agora. Não aqui.





Levantei meio cambaleante deixando as sacolas ali e fui até um lugar perto do balcão onde tinha uma máquina de água. Bebi um pouco e a dor amenizou aos poucos. Foi aí que me lembrei de que não tinha comido nada desde que acordei.






Quando me virei pra voltar, meus olhos foram atraídos pelo brilho de uma joia que estava protegida por um vidro, no balcão, onde uma mulher me encarava descaradamente. Aproximei-me fitando a peça.






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Era uma gargantilha de ouro, com um símbolo do infinito no meio. Sorri de leve, constatando que aquele era o símbolo que representava a mim e a Bella: Infinito. O amor que sentimos um pelo outro, a vontade de estar sempre por perto, o fogo que sentimos com apenas um toque, a necessidade de nos beijar a cada segundo... Tudo isso era infinito, sem início ou fim. Era uma linha reta, sem fronteiras.





–-- Posso ajudar? – uma voz feminina invadiu meus ouvidos e olhei pra mulher que mordia o lábio inferior com a sobrancelha direita levemente arqueada, com olhos semicerrados. Não me senti afetado ou intimidado por seu olhar.





–-- Quanto custa essa gargantilha? – falei olhando pra joia e ela mexeu nos cabelos.





–-- R$ 1.760,00 euros, senhor – disse e passou a mão pelos cabelos novamente, depois pelo pescoço, e arrematou descendo o fecho éclair de sua blusa, aumentando ainda mais seu decote. Como eu já esperava.





–-- Eu a quero, não precisa embrulhar – falei convicto e frio, pra que ela entendesse de vez que eu não a queria. Ela, por sua vez, arregalou os olhos.






–-- Mas, mas... Ela é cara, e é femi... femi... ni... – gaguejou, levando uma mão ao seio esquerdo, surpresa.






–-- Ela não é cara, é uma coisa especial pra uma pessoa especial – falei com um meio sorriso e a mulher cambaleou pra trás. Bufei internamente.





–-- Qual o tamanho? – perguntou.





–-- Esse tamanho está bom – pisquei. Descobri a medida do pescoço de Bella da melhor forma possível: mordendo-o.





–-- T-tudo bem, eu vou buscar no estoque – ela disse e saiu correndo, subindo umas escadas que deveriam dar no depósito. Apoiei os cotovelos no balcão enquanto esperava.





Notei que algumas mulheres tinham prestado atenção no que eu dissera, e olhavam pra mim assentindo e outras faziam coisas ridículas pra chamar minha atenção. Droga, elas não sabem que essa joia é feminina? É óbvio que eu tenho namorada. Mulheres sabem ser sujas quando querem! Ah, como eu queria que Bella aparecesse...





E como mágica, Bella apareceu no começo do corredor que dava pros provadores. Quando percebeu os olhares das mulheres, como uma leoa graciosa, veio até mim. Abri os braços e ela correu com o vestido dourado que usava, me abraçando com força. Como sempre fazíamos quando nos encontrávamos, nos beijamos. Ela mostrou toda a sua posse quando sugava minha língua pra si.





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–-- Demorei? – perguntei quando partimos o beijo, mas não deixamos de ficar nos braços um do outro.





–-- Tá brincando? Achei que tinha abandonado a princesa – disse fazendo um biquinho. Mordi aquela boquinha corada e tentadora, fazendo minha princesa rir, feliz. Bella ama quando faço isso.





–-- Nunca. Sou um homem inteligente demais pra isso – pisquei e ela sorriu.





–-- Eu te amo – disse erguendo as sobrancelhas sem abandonar seu sorriso. Meu coração bateu mais rápido quando ela pronunciou essas palavras.






–-- Também te amo, vida – a chamei propositalmente, rindo depois. Ela balançou a cabeça negativamente e eu ri, dando vários selinhos em sua boca. Ela ria contra a minha boca, provocando-me arrepios. Ouvi, ao fundo, as mulheres falarem um “own” em coro.






Paramos quando a atendente oferecida pigarreou.





–-- Aqui está o colar – disse secamente, olhando pra Bella com inferioridade – vai pagar com qual cartão?





–-- Vou pagar a vista – disse simplesmente. Bella tentou sair de meus braços com a cabeça baixa, mas eu a apertei mais contra mim, prendendo-a. As mulheres, mais uma vez, gritaram um “own”.





–-- E sua irmã? Vai querer alguma coisa? – disse, colocando as mãos por cima do balcão. Bella se soltou de meus braços e correu para o provador.





A mulher sorriu satisfeita e eu fiz minha maior cara de desprezo pra ela, colocando o dinheiro friamente sobre a mesa e ela me entregou o colar, com um papel rosa junto. Quando peguei o papel e li o número de telefone, olhei pra ela que me olhava com luxúria. Com raiva, rasguei a porcaria do papel e coloquei educadamente em cima do balcão. Algumas mulheres disseram um “isso!” e eu sorri, como se nada tivesse acontecido.





–-- Obrigado – agradeci simplesmente e fui até o provador atrás de Bella. Ela já estava prontamente vestida como antes, com seu velho jeans e sua blusa cinza. Mesmo não estando com seu vestido dourado ou com seu vestido de princesa, ela estava linda. Do jeito que ela é. Perfeita pra mim.






Ela fitava um ponto fixo do chão e eu me agachei pra ficar na sua altura. Ela parecia alheia à minha presença.







–-- Olha, você não deve deixar nunca que alguém lhe trate mal. Você não é o tipo de mulher que é maltratada, não poderia ser diferente. Você é forte, linda e essas mulheres que querem te derrubar precisam te empurrar um pouquinho mais forte, porque você continua de pé, linda e sorrindo, do jeitinho que você é – uma lágrima correu solitária por sua bochecha, e eu tratei de limpá-la. Bella olhou em meus olhos – eu preciso tanto de você, que me sinto egoísta.






Bella suspirou e depois mais algumas lágrimas se espalharam por seu rosto. Passei uma mecha de seu cabelo pra trás de sua orelha e limpei delicadamente cada lágrima sua.





–-- Você me conhece tão bem... – sorriu entre as lágrimas – só de me olhar já sabe o que está se passando. Eu amo tanto isso em você... Que as vezes penso que não mereço tudo isso – fungou e eu balancei a cabeça negativamente.





–-- Não diga isso...





–-- Eu... – fungou mais uma vez.





–-- Bella – disse antes de abraça-la com força – você é minha princesa. Eu amo você do jeito que você é – ela riu em meu ombro.





–-- Essa frase é do Bruno Mars.






–-- Então ele se inspirou em você – falei e ela me apertou mais ainda. Deve estar corando. Ri.







Ela se afastou de mim e fiquei feliz quando não vi mais lágrimas em seus olhos.






–-- Vamos ver... – olhei pros seus pés e ela me fitou, esperando – os lábios dela, os lábios dela, eu poderia beijá-los o dia todo se ela me permitisse. A risada dela, a risada dela, ela odeia mas eu acho tão sexy... Ela é tão linda, e eu digo isso pra ela todo dia – cantei um verso da música que ela falou e ela começou a rir.





Levantei e ela pulou em cima de mim, me abraçando e me beijou com todo seu lado mulher que eu tanto amo. O beijo foi um verdadeiro “desentupidor de pia”, mas ainda sim delicioso. Como todos os beijos dela eram.





–-- Eu te amo, Edward Cullen – ela disse entre selinhos e eu sorri.





–-- Eu te amo, vida – falei e ela riu entre os selinhos, enlaçando seus dedos em meus cabelos, me levando à loucura.





Depois de ficarmos quase meia hora no provador, ela decidiu ir já vestida com ele para o hotel. E claro que eu não protestei.





Saímos do provador com meu braço em sua cintura e sua mão estava no bolso traseiro de minha calça, nos colando ainda mais um no outro. O sorriso de Bella era tão radiante que nem notei os olhares invejosos que nos cercavam. Quando passamos pela atendente que me passou o telefone, Bella deu um beijo doce em meus lábios, marcando território. Quando saímos da loja, rimos descontroladamente.





–-- Iai, prefere comer aqui ou na pousada? – ela me perguntou depois que as risadas cessaram.





–-- Eu prefiro comer no quarto – pisquei – se é que me entende – ri quando ela me deu uma leve cotovelada na costela, vermelha.





–-- Eu to com náuseas de tanta fome – falou revirando os olhos.





–-- Então vamos logo pra pousada, aí tomamos um banho de piscina depois ou apenas vamos dormir – falei e ela me sorriu, concordando.





À volta pra pousada foi tranquila. Tomamos um banho, vestimos nossas novas roupas e tiramos fotos com poses engraçadas enquanto subíamos para a sala de jantar. Algumas pessoas já estavam em suas mesas. Bella colocou o aviso de “ocupado” na mesa que pegamos para que ninguém sentasse e pegamos nossos pratos





–-- Que tal fazermos uma brincadeira? – ela disse cutucando meu braço com o cotovelo.





–-- E qual seria?





–-- Eu pego o seu almoço favorito enquanto você pega o meu. Quem conseguir acertar o que o outro gosta de comer ganha – ela piscou pra mim e eu sorri, involuntariamente.





–-- Acho uma ótima ideia, eu nunca te perguntei o que você mais gosta de comer – falei refletindo.





–-- Nem me fale, eu só cozinhei biscoitos pra você, já que na maioria das vezes pedíamos pizza – ela disse.





–-- Então vamos lá – falei e cada um foi pra um lado.






Passei pelo corredor de saladas e... Não peguei nada. Bella odeia picles e alface do seu big mac, imagine tomate e beterraba!






Depois passei pela parte das massas. Lá tinha de tudo que se podia imaginar. Então a lembrança me veio à mente:





Estávamos em um telefonema normal de namorados. Já tinha um ano que eu e Bella estávamos namorando, então, eu faria pra ela um jantar pra comemorar nosso aniversário de namoro.





–-- Pode pelo menos me dar uma pista sobre o meu presente? – ela perguntou com a curiosidade quase gritante em sua voz. Ri contra o telefone.





–-- Não é bem um presente, mas garanto que irá gostar – garanti.





–-- Edward, você sabe que não preciso de presentes...





–-- Quer ou não?





–-- Quero – respondeu automaticamente e rimos.






–-- Ed, vou desligar. Meu pai está chamando.






–-- Manda um oi pra ele – disse e ela desligou. Fiquei nervoso à ponto de minhas mãos suarem, eu não tenho a menor ideia do que fazer pra comermos!





Fui pra cozinha e andei de um lado para o outro, pensando em alguma coisa fácil e rápida de fazer – que não fosse miojo – pra nosso primeiro aniversário.





–-- Algum problema, filho? – minha mãe apareceu na porta da cozinha, e vendo minha inquietação, se aproximou.





–-- Mãe – cocei a nuca – o que o papai fez pra senhora no primeiro aniversário de vocês? – perguntei meio constrangido. Ela sorriu e olhou pro teto, se recordando.






–-- Bom, seu pai fez um macarrão com almôndegas e queijo ralado – suspirou, apaixonada – e de sobremesa me deu...






–-- Não precisa entrar em detalhes – falei fazendo uma careta evitando pesadelos horrorosos que eu teria ao longo da noite. Minha mãe saiu de seu “transe”, rindo.





–-- Mas foi delicioso! – disse rápido e eu soltei um muxoxo enquanto ela caía na gargalhada.





–-- Traumatizado pela própria mãe – resmunguei.





–-- Vem cá, meu bebezinho melodramático – me deu um abraço apertado que só ela sabe dar – vou te ensinar a preparar.





–-- Sério? – meus olhos brilharam.





E passamos o resto da manhã na cozinha, preparando um jantar especial pra minha namorada e eu ”






Ri me lembrando da cara engraçada de Bella quando provou o macarrão. Decidido, peguei o macarrão liso e depois fui até a parte de carnes, colocando almôndegas e peguei dois saquinhos de ketchup. Bella é estranhamente viciada em ketchup. Depois de colocar uma coca cola, voltei à mesa, e lá estava Bella, tampando o meu prato.






–-- O cheiro está bom – ela disse e quando coloquei o prato em sua frente, um sorriso feliz brotou em seus lábios – oh, nosso primeiro aniversário de namoro – seus olhos brilharam.





–-- E lembra de que, mais tarde, eu te dei uma caixa de aliança vazia? – perguntei e ela uniu as sobrancelhas.





–-- Você prometeu que preencheria o vazio daquela caixa.





–-- Feche os olhos – pedi e ela sorriu, obedecendo. Me inclinei pra ela e tirei seus cabelos do pescoço.






–-- Não vale espiar – avisei quando notei que ela mexeu a cabeça.






–-- Não vou! – disse rindo. Tirei do meu bolso a pequena joia e passei por seu pescoço. Bella inspirou fortemente quando sentiu o peso sobre seu pescoço, mas não abriu os olhos. Fechei as dobradiças e espalhei seus cabelos novamente. Peguei sua mão e a coloquei sobre o símbolo.






–-- Infinito – ela adivinhou sem abrir os olhos.






–-- Pode abrir os olhos – falei com um meio sorriso e olhei em seus olhos quando ela admirou a joia que eu lhe pusera.





–-- Edward... É lindo! – ela disse com sinceridade – e pesado – riu de leve. Seus olhos brilhavam tanto quanto o sol do Brasil. Ela ficou ainda mais linda com essa joia, concerteza valeu a pena pagar por ela.





–-- Infinito é o nosso símbolo, Bella – peguei sua mão e ela me olhou – meu amor por você é infinito, assim como sua beleza e minha vontade de ficar perto de você – disse e ela me olhou no fundo dos olhos. Seu sorriso aos poucos foi se desmanchando.





–-- Eu não posso aceitar... – disse.





–-- Por quê? – falei meio irritado. Bella tem essa mania irritante de recusar os presentes que eu lhe dou, porque se acha na obrigação de ter que retribuir.





–-- Porque eu não tenho nada pra te dar em troca – ela deu de ombros, meio tristonha. Suspirei e olhei pros lados, procurando por algo.






Uma mulher de suéter dourado passava e eu puxei a linha que estava soltando da peça de roupa, e quando ela se partiu, ficou uma linha imensa.







–-- O que está fazendo? – perguntou, curiosa.






Arranquei a tampa da latinha de refrigerante e enfiei a ponta da linha dourada dentro de uma das bolas da tampa, formando um bracelete de ouro improvisado. Entreguei a ela e ela me olhou, com um misto de surpresa e paixão.





–-- Vamos começar de novo – me endireitei na cadeira. Ela deu um meio sorriso e eu estendi o pulso pra ela. Ela colocou delicadamente o bracelete abaixo de meu relógio, e a amarrou, partindo uma parte que ficou solta.





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–-- Bom, Edward Cullen, meu príncipe de conto de fadas – sorri com essa parte – eu te dou esse colar com um... – ela inclinou a cabeça e uniu as sobrancelhas – infinito mal desenhado porque nem tudo que é eterno é perfeito. Estamos bem agora, mas poderemos brigar amanhã, como se o hoje não tivesse existido. Mas passaremos por todos os obstáculos que sempre haverão em nosso relacionamento, porque quando o amor é verdadeiro – ela apertou seus dedos nos meus, me olhando fundo nos olhos – é capaz de ultrapassar fronteiras inimagináveis. Deus escreve o certo em linhas tortas, então não pense que esse infinito mal desenhado é uma tampa de latinha de refrigerante – gargalhei com essa parte e ela me abraçou.






–-- Falou bonito – pisquei pra ela e ela corou me dando um beijo na bochecha.






–-- Você também não foi nada mal – disse com vergonha. Sorri e puxei meu prato pra mim, e quando tirei o lencinho branco que o escondia, lá estava o prato que eu mais amo no mundo: lasanha de queijo e presunto. Sorri e ela me observava ansiando por minhas palavras.






–-- Você... – ela mordeu o lábio inferior, inquieta – realmente me conhece muito bem – falei e ela suspirou aliviada – mas... – ela fez uma careta apavorada – eu quero uma sobremesa – falei e ri quando ela bufou, entendendo que fiz suspense só pra provoca-la.





–-- Você não presta – falou balançando a cabeça começando a enrolar o macarrão no garfo.





–-- Também te amo, princesa – pisquei também começando a devorar minha lasanha.






E o resto do almoço foi tranquilo.






Voltamos de mãos dadas para nosso quarto e tomamos um banho rápido. Caí na cama apenas de boxer e Bella com um lingerie branca, deitada no meu braço. Ambos ficamos encarando o teto d’agua, observando alguns cardumes de peixes passarem. Eu fazia carinho em seus cabelos enquanto conversávamos sobre amenidades.





–-- Sabe, um dia eu gostaria de ir a Marte – ela comentou enroscando seu pé no meu.





–-- Viver com os marcianos? – ergui levemente uma sobrancelha.





–-- Sabe como é, nunca me achei normal – disse com um meio sorrido. Vimos um cardume de peixes prateados passando.





–-- Eu queria ser um peixe – falei e ela riu.





–-- Por quê?





–-- O que um peixe faz no seu coração? – lembrei da piada que Emmett tinha me contado, só modifiquei a parte do “coração”.





–-- Nada ué – ela disse, pensativa. Ri e olhei pra sua careta distraída e quando ela conseguiu processar a informação riu, corando.





–-- Muito engraçadinho, sr. Cullen – piscou pra mim e eu voltei a encarar o teto. Ela suspirou.





Depois de alguns minutos de silêncio, ela pegou um pequeno papel no casaco que ela trouxera e uma caneta com o símbolo da pousada que estava no criado mudo. Pegou um apoio para o papel e começou a escrever.





–-- O que está fazendo aí? – perguntei curioso e ela escondeu rapidamente o papel dentro do seu sutiã.






–-- Nada, estava fazendo... Um cálculo – ela disse e mordeu o lábio inferior. Decidi entrar no jogo e tirei o braço delicadamente de baixo de sua cabeça, colocando um travesseiro ali e apoiei meus cotovelos em cada lado de seu pescoço, ficando sobre ela. Olhei em seus olhos.






–-- Por quanto tempo você consegue esconder uma mentira? – ergui uma sobrancelha com um meio sorriso e ela levantou as duas sobrancelhas, sugestivamente. Mordeu o lábio inferior e torceu a boca. Arrebitou o nariz e desviou os olhos, com um pequeno sorriso contido em seus lábios. Respirei e ela começou a ficar vermelha, abafando um riso que insistia em sair. Quando ouvi um pouco de sua gargalhada estrondosa ri também.





–-- Cálculo, Bella? – disse antes de tentar tirar o papel de seu sutiã. Ela continuou rindo.






–-- Não! Não lê! – ela tentou pegar o papel de volta e eu me levantei, tentando lê-lo. Precisei correr enquanto ela tentava me alcançar, levantando também.







Subi em cima da cama, a enganei quando ia pra um lado e até subi as escadas que dava pra saleta. Enquanto eu corria pro banheiro, Bella saltou por um sofá e conseguiu pular em minhas costas.







–-- Deixa eu ler!







–-- Não!







–-- Por favor! – pedi e ela conseguiu finalmente pegar o papel de volta.






–-- Edward! – ela disse, e quando ia se soltar de minhas costas corri pro sofá e me joguei ali.






Ela deu um gritinho enquanto ria e eu rapidamente consegui girá-la e ficar por cima dela.






–-- Não! – ela disse e eu dei um sorriso malicioso olhando pra sua barriga descoberta. Ela arregalou os olhos e eu ergui as sobrancelhas duas vezes, só pra provocar – Não, Edward, bom menino... – implorou balançando a cabeça.





–-- Tarde demais, vida – disse antes de fazer cócegas em Bella, fazendo-a explodir em uma gargalhada audível enquanto tenta me impedir. Ela tenta levantar as mãos, esconder o papel, mas de nada adianta.






–-- Chega! Ah,.... kkkk.... Me rendo! – pediu e eu finalmente parei, dando um selinho em seus lábios. Levantei e enquanto Bella ofegava devido às risadas, tomei-lhe o papel e ela me deu de bom grado. Sentei no sofá e ela também sentou, se recompondo.







–-- “Lista do que fazer no Havaí” – li em voz alta e olhei pra ela, que deu de ombros.







–-- Não menti, foi só uma brincadeirinha. É uma coisa idiota que faço sempre que viajo – disse balançando a cabeça. Franzi o cenho e voltei a ler o papel.






1. Ver peixes com Edward




2. Comprar uma lembrança pra Charlie



3. Tirar fotos com Edward




Ri nessa parte e Bella encostou a cabeça em meu ombro, totalmente corada.




4. Beijar Edward



5. Pular em uma cachoeira com Edward



6. Fazer trilha com Edward



7. Andar de Banana Boat com Edward



8. Ver o pôr-do-sol em uma montanha com Edward



9. Usar um vestido de princesa



Sorri nessa parte.




10. Andar cedo pelas praias de mãos dadas com Edward





11. Passar trotes engraçados e gastar toda a conta do telefone





12. Perguntar a Edward sobre seus amores”







Quando terminei, olhei pra Bella e ela olhava em meus olhos intensamente, com um meio sorriso apaixonado. Aqueles que fazem meu coração bater mais rápido e mais devagar à casa segundo.








Meio corada, com os lábios levemente abertos com um sorriso bem no canto da boca e os olhos ansiosos. Só notei que estava sorrindo quando ela engoliu em seco.







–-- Você pretende fazer algo dessa lista hoje? – perguntei piscando e ela ficou confusa.






–-- Você vai me ajudar?





–-- Claro – assenti.





–-- Sério? – ela baixou um pouco a cabeça. Assenti.





–-- Até já sei por onde podemos começar – pisquei, com um sorriso brincalhão nos lábios. Ela sorriu também, contagiada. Quando tentei beijá-la, ela pulou do sofá me fazendo dar com a cara numa almofada, beijando-a. Suspirei, frustrado.





–-- Que ótimo! Espera, vou vestir um casaco – disse e desceu as escadas correndo. Realmente estava muito frio aqui. Quando ela voltou, estava com um casaco que usei quando vínhamos pra cá e me encarou.





–-- Por onde começamos? – disse empolgada.





–-- Que tal pelos trotes? – falei e ela me olhou confusa novamente. Desci as escadas com ela atrás de mim, e nos jogamos de bruços na cama, com os pés pra fora já que estávamos de lado, perto do criado mudo onde tinha a luminária e o telefone da pousada.





Tirei os 13 papéis que as mulheres me mandaram com seus telefones da sacola que estava em baixo da cama, e coloquei todos na mão de Bella.





–-- O que é isso? – me perguntou, fitando as pequenas tiras.





–-- Algumas mulheres colocaram isso enquanto eu andava – dei de ombros e ela arregalou os olhos.





–-- Elas queriam ligar pra você? – disse entre dentes. Ela nervosinha é muito engraçado, é como ver Alvin e os Esquilos.





–-- Elas deveriam estar mandando contato pra te contratarem como modelo – sussurrei em seu ouvido fazendo ela se arrepiar. Mordi seu lóbulo e me afastei, vendo ela mordendo o lábio inferior super corada. Ri com isso.





–-- V-vamos passar trotes, mas... – falou e pegou sua lista, riscando a opção de passar trotes, com exceção na palavra “engraçados”.






–-- Isso vai ser interessante – gargalhei e ela me deu uma cotovelada de leve.






–-- Há Ha Há. Agora elas vão aprender a não se meter com o homem dos outros. Especialmente com meu Edward – disse possessiva ao falar “meu”. Senti vontade de rir e um aperto no coração quando ela disse isso. Ela me enlouquece até com simples palavras!





Ela pegou o telefone e colocou entre nós, no alto falante.





–-- Alô, gostaria de falar com o sr. Leão – Bella disse e até eu fiquei confuso. Ela ergueu um dedo pra mim, me mandando esperar.





–-- Sr. Leão? Ligou errado, querida – pela voz a garota era super mimada.





–-- Oh, desculpa, liguei pro circo errado – ela fez a maior careta de inocente e eu caí na gargalhada.








(...) 12 Trotes depois...











Ela ainda ria quando eu peguei o último papel. Quando seu rosto ainda estava vermelho, coloquei-o ao lado do telefone.








–-- Esse é o daquela mulher que me atendeu quando estava comprando nosso



infinito – disse e seu sorriso congelou. Fitei-a por alguns segundos e ela parecia pensar nas palavras para serem ditas.



–-- Sempre deixa o melhor pro final né? – disse com um sorriso amarelo, olhando pros cotovelos que estavam sustentando seu corpo na cama.





–-- Quero ver se você aprendeu com o que te falei – falei sincero, tocando delicadamente sua bochecha e acariciando-a com o polegar. Ela me olhou e mordeu o lábio inferior. A encarei de volta, passando confiança.






Sem hesitar, pegou o telefone e colocou um sorriso determinado no rosto.






Cansado de ficar com os cotovelos apoiando o corpo, deitei com a barriga pro teto, olhando pra Bella. Ela fitava a parede com o telefone em mãos enquanto o mesmo ainda chamava.





–-- Alô? – ouvimos a voz dela e Bella fez uma careta. Engoliu em seco e começou a falar.





–-- Lembra de mim? A garota que você olhou dos pés a cabeça hoje de manhã. Eu te liguei pra falar que eu estou em um quarto de hotel de luxo, linda, maravilhosa e rindo muito com meu namorado. E sabe por quê? Por que eu sou uma garota forte e madura o suficiente pra não me abalar com o seu tipo. Somos bastante diferentes, sabia? Eu, por exemplo, sou uma pessoa amada. Amada por meus pais, por meus amigos e por meu namorado. E você? Bom, deve ter uma quantidade mínima possível de falsos amigos, enquanto sua família nem te dá bola. Porque pessoas bem amadas e com famílias unidas não são adeptas a fazer o tipo de coisa que você faz para receber atenção. Bom, eu te liguei também pra responder à pergunta que vaga em sua mente “criativa” “Porque ela? Por que não eu?”. Sabe quem ele é, né? Aquele cara que você enfiou seu cartão dentro da sacola de compras. Aquela “garota” tímida que estava escondida atrás do ombro dele cresce a cada segundo, tanto em maturidade quanto em inteligência. Uni cada pedacinho que eu tenho dos dois talentos e descobri que sou mil vezes melhor que você. Posso até não ter o tanto de silicone que você tem, mas tenho uma alma de ouro. Por isso ele está comigo e não com você, querida.






Olhei pra minha princesinha, e tive orgulho de suas palavras amadurecidas. Sorri com satisfação. Ela quando falava, estava tão certeira do que dizia que parecia ter ensaiado aquilo para uma peça. Quem diria que essa garota, que eu julgava ser extrovertida, pensa como uma mulher madura.







Silêncio do outro lado da linha. Olhei pra Bella, mas ela não me olhou. Ela sorria pras próprias palavras, orgulhosa de si mesma. Decidi não falar nada.







–-- Você... É uma idiota! – a mulher disse com a voz embargada e depois a chamada foi finalizada. Bella aumentou seu sorriso de orelha a orelha, olhando pra mim e voando em meu peito, me dando um abraço apertado. Gargalhei com ela e enchi seu pescoço de selinhos, fazendo ela rir. Em um rápido movimento, a coloquei em baixo de mim e continuei a beijar o pescoço da minha princesa.






–-- Que orgulho da minha princesa – falei quando parei de dar selinhos nela – ou devo dizer rainha? – beijei o canto de sua boca e ela enroscou seus dedos em meus cabelos, apertando levemente. Com aquilo, fiquei tão dócil quanto um gatinho. Ela riu e aproveitou pra se colocar em cima de mim, com uma perna de cada lado de meu quadril.





–-- Eu sou a sua princesa– ela piscou, me dando um selinho demorado nos lábios – MEU príncipe – falou com propriedade e eu sorri, orgulhoso e satisfeito. Aproximei meu rosto do dela,






–-- Mas uma coisa – disse colocando o dedo indicador em meus lábios – não fique se gabando por aí dizendo que me ensinou uma lição e todo aquele blá blá blá – disse fazendo uma careta revirando os olhos. Mordi de leve seu dedo, fazendo ela rir e aproveitei e a empurrei pro lado, me colocando novamente em cima dela.






–-- Não prometo nada, minha princesa – pisquei pra ela e beijei a joia que lhe dera que estava em seu pescoço, e depois fui distribuindo beijos até o canto de sua boca. Quando ia beijá-la finalmente, Bella atirou uma almofada contra meu rosto, aproveitando da minha distração me empurrou pro lado e correu.





–-- Você me paga! – falei me levantando e ela deu um gritinho, correndo pelo quarto. Corri atrás dela, animado. Quem sabe eu não possa me aproveitar de minha princesa?






Quando quase consegui agarrar meu casaco, ela se abaixou e num movimento ligeiro conseguiu desviar e entrou no banheiro. O impacto me fez parar repentinamente e então senti agulhas entrando por minha cabeça. A dor foi insuportável, como se tivesse câimbra por todo o meu rosto.






–-- Ei, fracote! Não vai abrir a porta? – ela gritou com a voz falhada por causa do cômodo que estava.





Fechei os olhos com força e encostei na parede mais próxima, me deixando escorregar até o chão. Algo molhava meu nariz, me causando náuseas e uma tontura assombrosa.





–-- To indo, to só... – tentei falar massageando as têmporas. Até o som de minha própria voz era incômodo pra meus ouvidos – escrevendo uma carta... – peguei o livro grosso com os horários de funcionamento do bar, sauna, piscina e karaokê da pousada e arranquei uma página branca, começando a escrever ali – para que minha princesa me encontre em meus aposentos reais.





“ Piscina principal em cinco minutos.




De seu príncipe,


E.C”




Minha cabeça ainda latejava, e eu precisava de uma desculpa pra ligar pra Carlisle para que ele me receitasse um remédio que tivesse uma ação rápida contra isso. Eu não queria sentir dor, não agora.







–-- Ed, entra aqui ou eu entro no banho sozinha! – disse e abriu um pouco a porta do banheiro.







Minha visão estava turva e meu nariz começara a sangrar, entrei em pânico;







Deus, por favor, não me faça desmaiar agora. Não aqui.








–-- Bella, coloque um biquíni – falei e minha voz saiu quase em um sussurro. Se o quarto não estivesse totalmente silencioso, Bella não escutaria.







–-- Edward... – ela me chamou com a voz manhosa – vem aqui...





Vem aqui...




Vem aqui...



Edward, vem aqui...





Sua voz parecia cada vez mais distante, e tudo que eu enxergava eram fios de luz, muito claros pra que eu percebesse o que se passava. Minha boca começou a salivar e eu a entreabri, liberando um ar quente. Eu estava com febre.






Quase sem forças, coloquei o bilhete por debaixo da porta e peguei uma toalha e meu calção, e assim, meio cambaleante como se estivesse bêbado, consegui andar pelo deque. Me apoiando pelo corrimão, quase sem forças pra abrir os olhos ou pra aguentar-me de pé.





–-- Precisa de ajuda? – um homem me perguntou, se aproximando. Olhei pra ele e seus olhos se arregalaram – oh, meu Deus! Este homem está pálido! Alguém ajud... – e o resto saiu embolado quando coloquei uma mão em sua boca.






–-- Tudo bem, cara. Você tem um celular aí, para que eu ligue pra meu pai? – perguntei com a voz enfraquecida e ele assentiu, tirando do bolso um iPhone. Digitei os números conhecidos por mim e me apoiei no corrimão de madeira, observando as ondas calmas do mar enquanto a brisa solar me dava dor de cabeça, tontura e vontade de vomitar.






–-- Alô?






–-- Pai, sou eu... Eu... Estou com dor, o que eu posso tomar? – perguntei e ele começou a respirar mais rápido do outro lado da linha. Ouvi o som de algumas caixas caindo, provavelmente ele está procurando meu diagnóstico.







–-- O que sente?







–-- Tontura, febre, epistaxe nasal, fraqueza e boca salivante – falei sentindo meu pescoço travar por completo – ah! – gemi baixinho. O homem me observava assustado, indeciso sobre o que fazer.






–-- Tome buscopan composto líquido pra dores de cabeça e fique na água. Não coma nada por 30 minutos depois de tomar o remédio para que ele faça efeito. A tontura passará com o tempo e quanto à epistaxe e a boca salivante, recomendo que peça uma batida de abacaxi sem álcool. Tome antes de ingerir o remédio. Se não houver melhora, apenas se deite de barriga pra cima em um lugar silencioso.






–-- Tudo bem, pai... Obrigada – falei e desliguei rapidamente.







–-- Está tudo bem? Quer ajuda cara? – o homem se ofereceu e eu assenti. Ele passou meu braço por sua cabeça e me ajudou a caminhar até o bar.







–-- O que você tem? Ressaca? – perguntou.







–-- Sim – menti, dando um sorriso amarelo acariciando a barriga. Ele riu e deu um tapa nas minhas costas, quase me levando ao chão. Não por eu ser fraco, e sim pela dor infernal que me corroía.








–-- Ah, você deve ser tipo o Howard. Ele também é fraco com bebidas. Mas a única e melhor solução do mundo pra porre cura ele quase sempre.








–-- E qual seria? – perguntei curioso quando finalmente chegamos ao bar, que dava pra ver a piscina. Sentei-me em um banco alto vermelho em frente ao balcão enquanto ele sentava em um ao lado do meu.







–-- Sexo! – caiu na gargalhada e não pude deixar de rir – sério, dizem que até uma masturbação ajuda a perder a vontade de vomitar. Se quiser uma dica, pensa na Megan Fox.







–-- Não preciso pensar. Já tenho uma namorada – falei e ele ergueu uma sobrancelha.







–-- Tão bonita quanto a Megan?







–-- Até mais bonita que ela – assenti sorrindo com sinceridade. Bella era, concerteza, a mulher que chegou mais perto da perfeição humana. Seu apelido fazia jus à seu físico.







Pedi a batida de abacaxi sem álcool ao barman, que não demorou em me entregar. Conversei um pouco com o homem que me ajudara, que se chamava Nic. Ele era bem humorado e tarado, pois discutia comigo sobre as 10 mais “comíveis” da América.







Depois de um tempo algum amigo seu ligou, pedindo que ele fosse à praia. Nos despedimos, mas não antes de darmos os números do quarto um do outro. Entrei na água quando as dores de cabeça passaram por um tempo, e só assim senti a febre abaixar um pouco. Para meu alívio e para o bem de Bella.








Pendi a cabeça pra trás encostando as costas na bomba de água. Ela fazia uma leve massagem por meus músculos, me deixando mais relaxado.








O que eu mais quero é não sentir essas dores no período da manhã ou da tarde, principalmente quando estiver com Bella. Prefiro um milhão de vezes acordar nas madrugadas e sentir tudo que eu tiver que sentir, só pra não vê-la preocupada. Eu ainda não estava preparado pra lhe contar a verdade. Talvez nunca estivesse.







Mãos macias vendaram meus olhos, me impossibilitando de ver quem era. É obvio que eu sabia, pois eram aquelas mesmas mãos que tocavam meus cabelos, me imobilizando. Sorri.







–-- Vejo que leu o bilhete, princesa – falei e me senti um pouco melhor da fraqueza que sentia quando ouvi Bella gargalhar. O som da sua voz era um tanto anestesiante pra mim.







–-- Você não entrou no banheiro – ela disse entrando na piscina e se arrepiou em seguida – uuh, que fria! – disse e se sentou em minha perna. Passei meus braços por sua cintura.







–-- Sei de um ótimo jeito pra te esquentar – pisquei e ela olhou em meus olhos. Colei nossas testas mas quando tentei beijá-la ela virou o rosto, fitando uma piscina infantil próxima a que estávamos, onde algumas crianças nos observavam.






–-- Eu, como príncipe dos contos de fadas e futuro rei – do céu, completei mentalmente – da terra encantada, ordeno que me beije, princesa.





–-- Não posso fazer isso – balançou a cabeça com um meio sorriso, me fitando intensamente.





–-- E porque não?





–-- Porque se eu te beijar agora, vou querer te beijar pra sempre.






–-- E que mal há nisso? – falei e ela riu.







–-- O mal, príncipe Cullen – passou os braços por meu pescoço e enlaçou suas pernas por minha barriga – é que, como boa princesa, preciso dar um bom exemplo para a população – apontou com a cabeça para a piscina em frente a que estávamos. Aproximei meu rosto do seu.







–-- Eu tenho uma ideia – pisquei pra ela e ela ergueu uma sobrancelha – vamos fugir! – falei com uma voz retrô, como a dos filmes antigos.






–-- Como faremos isso? Nosso amor é proibido na terra – disse entrando na brincadeira e eu lhe lancei um meio sorriso.






–-- Mas não é de baixo d’agua – falei e ela gargalhou alto. Mordi sua bochecha delicadamente enquanto ela ria, deixando-a ainda mais vermelha.






–-- Você deveria escrever um romance.






–-- Sabe prender a respiração? – perguntei.







–-- Quem precisa respirar quando se tem você? – piscou pra mim e eu mordi seu lábio inferior, puxando-o pra mim. Quando o soltei, ela passou a língua por ele e deixou seus lábios entreabertos. Esse era seu maior charme.







–-- Concordo plenamente – falei meio hipnotizado.







–-- Vamos lá, meu “amor impossível” – sorriu e eu ri, mergulhando.






Abri os olhos em baixo d’agua e ela também. Procuramos nossas bocas e conseguimos nos beijar com luxúria e aventura, pelo fato de estarmos submersos. Nossas línguas estavam em um movimento sincronizado e delicioso, enquanto nossas mãos tinham vida própria pra explorar os corpos um do outro. Senti Bella ficar tão rígida quanto eu. Meu membro já dava sinal de vida. Quando a porcaria do ar se fez necessário, saímos de baixo d’agua e respiramos, ou pelo menos ela respirou. Eu não queria interromper aquele beijo maravilhoso, então continuei distribuindo beijos, lambidas e leves mordiscadas em seu pescoço fazendo uma trilha até o canto de sua boca, onde passei a ponta da língua, contornando até ela, impaciente, me agarrar de vez. Ela realmente ansiava em me beijar. Ri disso entre o beijo, e ela, percebendo porque eu ria, deu um tapa leve em meu ombro. Mas logo o apertou e virou um pouco a cabeça, aprofundando ainda mais o beijo.






Sua língua era como um peixinho em minha boca: explorava cada canto, enquanto eu a perseguia pra tentar manter o ritmo que se instalava. Suguei sua língua e depois dei uma leve mordiscada. Conseguimos, enfim, sincronizar o beijo em uma dança sensual em nossas bocas. Quando o ar se fez necessário, Bella, que estava com uma das mãos em minhas costas a subiu arranhando um pouco onde passava me provocando deliciosos arrepios. Sem descolar os dedos de meu corpo, ela alcançou minha nuca e puxou meus cabelos pra trás. Joguei minha cabeça pra trás, entendendo o que ela queria. Fechei os olhos e reprimi um gemido enquanto ela distribuía beijos deleitosos por meu pescoço. Depois da deliciosa tortura, ela deu selinhos demorados em minha boca e continuou me beijando, passou pelas minhas bochechas até chegar em minha orelha.






–-- Edward – disse com a voz ofegante e sensual, mordendo meu lóbulo em seguida. Ela apertou as pernas ainda mais em meu quadril, rebolando levemente sobre meu membro. Eu estava ficando quase cometendo uma loucura nessa piscina!





Apertei sua cintura colando-a ainda mais em mim, e quando subo minhas mãos pra perto de seus seios, uma voz irritante nos chama.






–-- Desculpa interrompe-los, mas é proibido fazer ou demonstrar sexo explícito na piscina – Bella se desgrudou de mim, ainda meio tonta pelo beijo.







–-- Estamos na piscina adulta, não vejo problema nisso – falei e Bella assentiu, ainda em meu colo.







–-- O problema é que a piscina infantil é ao lado, e alguns pais já reclamaram – apontou discretamente pras mesas que estavam próximas à piscina infantil, onde homens e mulheres nos olhavam com fogo nos olhos.







–-- Oh, tudo bem – Bella reclamou, bufando e saindo da piscina. Saí atrás dela e a ajudei a secar os cabelos, o que a deixou tremendamente irritada. Fiz isso de propósito.







–-- Cabelo arrumadinho não é muito à sua cara.






–-- Oh, obrigada, Edward mãos de Tesoura – disse e eu gargalhei alto com a comparação – você fica um gato com o cabelo bagunçado, eu não fico – disse com um biquinho, irritada. Sentei na espreguiçadeira ao seu lado, mordendo aquele biquinho lindo. Ela sorriu.






–-- Você seria bonita até se raspasse a cabeça – falei e ela gargalhou.







–-- Você seria bonito até se raspasse a cabeça – repetiu piscando pra mim com um sorriso perfeito e eu engoli em seco, lembrando do dia que me recusei a fazer a quimioterapia. Ela notou que fiquei ligeiramente desconfortável com o comentário e colocou uma mão em minhas bochechas, me obrigando a olhá-la nos olhos.







–-- Ei, ei, ei... - disse rápido e eu me forcei a sorrir. Lentamente peguei sua toalha e a puxei de vez pra mim quando ela se aproximava para me beijar. Saí correndo.






–-- Ei, volte aqui, espertinho! Vou chamar a guarda real! - ameaçou gargalhando e eu ri. Então lá estávamos nós, correndo como duas crianças pela área da piscina. Ela conseguiu pular em minhas costas.





–-- Opa! – falei imediatamente quando perdi o equilíbrio, já que estava na ponta da piscina.





–-- Aaaah! – gritou com a voz fina, quando caímos na água.





Quando ela tentou subir, puxei sua cabeça pra mim e a beijei com tanta intensidade quanto o beijo anterior. Ela passou um braço em meu pescoço e eu a peguei pela cintura. Senti um sorriso se formar em seus lábios e estranhei, e minha desconfiança se confirmou quando um flash me deixou cego. Desgrudei meus lábios dos dela e levantei, irado.





Passei a mão nos olhos pra tirar a água e rosnei. Bella levantou logo depois e gargalhou com vontade.





–-- Sua bandida! – falei e ela não conseguiu responder. Ria descontroladamente. E, como consequência, ri de sua risada.





–-- Uma bandida inteligente, pelo menos – piscou pra mim quando as risadas se cessaram aos poucos. Ajudei-a a sair da piscina e fomos direto pra nosso quarto.




Enquanto andava pelo deque, conseguia ouvir o som dos flashes em minhas costas. Virei-me abruptamente e fechei os olhos quando um flash me atingiu na cara.



–-- Qual é, Ed! Sorria! – pediu e dessa vez estava filmando. Fiz uma careta muito louca e fingi que estava lambendo a câmera. Bella riu.



–-- Virou minha paparazzi? – falei puxando-a pelos ombros e a prendi ali enquanto ela tirava a câmera do modo de filmagem, colocando-a de frente pra nosso rosto. Ela deu um sorriso feliz, fazendo suas covinhas lindas aparecerem e ela apertar um pouco os olhos. Dei língua pra foto.



–-- Só estou fazendo meu trabalho – piscou pra mim guardando a câmera na bolsa e pegando as chaves do quarto.




–-- Vai ser professora pra cegos? – perguntei quando ela abriu a porta.



–-- Não, bobão. Fotógrafa de paisagens naturais – olhei pra ela erguendo uma sobrancelha.


–-- Vou considerar isso como um elogio – falei e ela riu.




–-- Agora você é que vai me fotografar – disse me entregando a câmera enquanto entrava no banheiro – Charlie me pediu umas fotos pra colocar no meu álbum de recordações.





–-- Ele gosta de borrões? – perguntei sendo realista e ela me olhou com cara de poucos amigos.





–-- Edward, já parou pra olhar as fotos do seu Facebook?





–-- Você que tira fotos minhas – dei de ombros e ela pensou, fazendo uma careta engraçada.





–-- É verdade... – disse baixo – mais não importa – falou um pouco mais alto, saindo do banheiro com um maiô preto e uma canga amarela. Fiquei por algum tempo analisando as curvas milimetricamente perfeitas de minha namorada.




http://www.polyvore.com/cgi/set?id=89337416



O preto deu um contraste em seus olhos, tornando seu olhar mais intenso do que ele já é. Suas coxas roliças estavam expostas, mas não prendiam mais a atenção que seus seios redondos e perfeitos, do tamanho ideal pra mim. Subi os olhos para seu rosto, que já estava super corado. Sorri e dei um beijo em sua testa.




–-- Vai ser um prazer fotografar a paisagem “Bella” – pisquei, pegando a câmera e pegando um saco de Ruffles em cima da geladeira.





–-- A foto vai pro álbum, mas só você pode explorar a paisagem – disse sensualmente e quase me engasguei com o salgadinho. Ela riu e eu me apressei em colocar uma bermuda cáqui, uma blusa branca e uma xadrez azul de botões por cima, deixando-a aberta. Coloquei meu ray-ban e dei uma bagunçada nos cabelos.






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–-- Fiu fiu – Bella assobiou pra mim e eu dei meu sorriso torto, o que ela mais amava. Ela deu um longo suspiro e eu ri. Ela corou de vergonha.





Por fim, saímos da pousada e fomos a pé para a praia.







–-- Depois podemos, sei lá, dar uma voltinha de Van Topic – disse Bella animada.








–-- Vamos parar pra comprar um short pra você então – pisquei.







–-- Pra que um short quando você tem essa blusa cheirosa? – disse puxando um pouco a gola de minha blusa xadrez. Passei um braço por sua cintura e ela enfiou a mão no bolso traseiro de minha bermuda.







–-- Você vive tentando roubar essa minha blusa – falei e ela riu.







–-- Ah, é que eu tenho um fraco por suas blusas.







–-- Fica ainda mais linda com elas. Parece a minha versão feminina – falei e caí na gargalhada.







–-- Isso foi um elogio? – piscou pra mim.








–-- Tá me cantando, Sra. Isabella? – falei olhando pra ela com uma careta desconfiada.








–-- Não, imagina princesa – disse piscando pra mim e eu dei uma tapa na sua bunda, fazendo ela gargalhar e sair andando um pouco na minha frente. Depois ela virou e voltou pra meu braço, olhando pros locais que passávamos.







Passei meu braço por sua cintura enquanto olhava. Estávamos em uma calçada marrom de terra, onde alguns turistas também passavam e tiravam fotos com suas câmeras Nikon.







Alguns coqueiros de praia estavam na areia à nossa esquerda, balançando com o vento. Alguns garotos menores tentavam escalar pra pegá-los. A praia não estava muito cheia, pois já eram 3h. À nossa direita estava a pista de ciclismo e a de carros, onde só passavam importados; BmW’s, Land Rovers, camaros e até o fusca que tinha era tunado ou conversível, com pranchas altas no banco traseiro. O sol estava, aos poucos, tocando o mar. Este era de um azul vivo, tão claro e tão transparente que de longe dava pra ver algumas pedras altas, onde algumas pessoas escalavam para tirar fotos.







Do outro lado havia uma loja de conveniência, um mercado simples, uma loja de artigos esportivos e um shopping. As pessoas caminhavam pelas calçadas sorrindo, os ciclistas estavam com suas namoradas sentadas no ferro e partilhavam a mesma pista com os skatistas.






–-- Essa cidade parece aquelas que vemos nos comerciais da TV – falei rindo e ela caiu na gargalhada, olhando em meus olhos. Dei a ela um sorriso torto enquanto ela me mostrava sua fileira de dentes perfeitos.






–-- Droga, como você faz isso? – perguntou.







–-- O que?






–-- Como você consegue ter o melhor sorriso do mundo?






–-- Simples, toda vez que eu sorrio, penso em você – pisquei e ela corou, me dando um beijo maravilhoso. E quando eu aproveitava ao máximo a dança sincronizada de nossas bocas, um flash me atinge.







–-- Bella! – reclamei parando o beijo, com uma voz chorosa. Ela riu.







Assim finalmente descemos perto das pedras. Era um dos locais mais vazios da praia.








–-- Coloca isso no pescoço – ela falou enfiando uma tira preta em meu pescoço, sustentando a câmera.








Não prestei atenção naquela câmera empata foda, pois seu rosto quando explicava alguma coisa era sempre muito mais interessante.







Ela era tão charmosa quando estava concentrada, e sua expressão séria era hilária. A medida que seus lábios se moviam enquanto ela explicava era tão atraente, que se ela não estivesse séria, eu morderia essa boquinha. Sem contar que seus cabelos estão voando com o vento, dando a ela um ar bem natural. Bella é uma verdadeira deusa.







–--... você entendeu? – escutei a partir dessa parte e, ainda meio abobalhado, assenti. Ela me deu um sorriso radiante, me fazendo retribuir instantaneamente.







–-- É claro, você é uma excelente professora – saudei batendo palmas e ela abriu a canga atrás de si, se curvando graciosamente, agradecendo o elogio. Ri e tirei a primeira foto.








–-- Vamos lá – disse me chamando com a mão e como se estivesse sendo atraído por um canto de uma sereia, fui atrás com a mesma expressão. Eu parecia um babaca.








Coloquei os óculos no rosto para que não começasse a sentir dor de cabeça mais tarde. E, enquanto ela andava rebolando até as pedras, comecei a tirar as fotos. Ela virou pra trás e girou, sorrindo com alguns cabelos esvoaçando em seu rosto. Parecia um anjo.







Quando ela virou de volta, mexeu nos cabelos olhando pro chão e eu tirei uma foto. Essa eu iria roubar do Charlie. Ri com o pensamento.







Ela correu um pouco e eu também, a acompanhando. Passei em sua frente e a fotografei enquanto caminhava. Quando ela chegou nas pedras, precisei te ajudar a subir.






–-- Aaah! – ela gritou enquanto engatinhava até a pedra mais alta. Como um louco, voltei e fiquei ao seu lado.






–-- Bella! Bella, o que foi? – falei e ela olhava pra seu joelho. Quando vi, ela estava com algumas pedras minúsculas e o sangue escorria.







–-- Ralei o joelho – disse mordendo os lábios, reprimindo um choro.






–-- Calma, eu to aqui – falei e me levantei com cuidado pra não perder o equilíbrio e cair.






–-- Edward, você não aguenta nós dois... – disse quando eu a peguei no colo.







–-- Você acha mesmo que eu vou deixar você se machucar? – falei sério e ela deu um beijo em meu rosto. Sorri sem mostrar os dentes enquanto me equilibrava nas pedras escorregadias.







As ondas batiam abaixo delas, fazendo algumas gotinhas d’agua pingarem em mim. Era uma sensação maravilhosa.







Notei que Bella prendia o riso em meus braços. Depois que ela soltou a risada, sorri também. Isso era tão instantâneo!







–-- Que foi? – perguntei.







–-- É que você fica tão engraçado quando fica concentrado em alguma coisa – disse mas não pude olhar pra ela, porque estávamos passando pelos malditos matinhos verdes que cresciam nas pedras, e eles escorregavam muito. Involuntariamente ri.







–-- Você prende a atenção quando explica alguma coisa. Ou você acha mesmo que eu prestei atenção quando você me explicou como funciona essa câmera? – falei e ela soltou um “Ah!”, reclamando. Deu um tapa nas minhas costas de leve, me fazendo gargalhar.







Depois de finalmente chegarmos ao lugar mais alto, sentamos e colocamos nossos pés pra fora da pedra, apreciando as gotículas de água que batiam ali.







Bella fechou os olhos e respirou fundo. Seus cabelos batiam pra trás e sua expressão era de pura paz, felicidade e plenitude. Ela parecia uma princesa. A minha princesa.







Discretamente peguei a câmera e tirei o flash, batendo uma foto dela sem que ela pudesse ver. Além de seu rosto, saiu o mar azul ciano, tornado a imagem tão perfeita quanto aquelas que vêm armazenadas no Windows quando compramos um computador novo. Bella estava poderosa, absoluta. Totalmente linda e me sinto feliz por ser um dos motivos que a fazem sorrir.







Ela abriu os olhos e me viu fotografando-a.







–-- Me flagrou – falei largando a câmera e ela sorriu.







–-- Eu te amo – falou e meu coração disparou com tanta intensidade que se ela me empurrasse daqui de cima pro mar eu não sentiria nada.







–-- Eu te amo – falei e ela passou os braços por minha nuca, me agarrando.







Colei meus lábios nos seus e eles brincaram um com o outro, em uma dança lenta e sensual. O som do mar batendo contra as pedras deu um efeito especial a aquele beijo, e me senti como em um filme.







Saí de cena quando Bella gemeu, se separando de meus lábios. Fiquei meio tonto, pois não estava preparado pra parar o beijo tão repentinamente quando na verdade ele mal tinha começado.







–-- Meu chinelo! Droga! – resmungou e olhei pra seus pés. Um estava descalço enquanto o chinelo caía no mar.







–-- Não esquenta, princesa! Eu vou salvá-lo! – falei levantando e tirando minha blusa e os meus chinelos. Ela riu e eu pulei no mar. Demorou um pouco pra que eu caísse, por isso, o susto foi ainda maior. Senti o flash em mim. Bandida! Ela vai me pagar. Sorri malicioso e finalmente caí na água profunda no mar.





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Notas finais do capítulo

Nos vemos no próximo!



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