Back to black - A história de uma Black escrita por Anne Lestrange


Capítulo 8
Não sou um sonserino


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem a demora para postar o capítulo, estava muito empolgada com minha outra fic, para quem quiser ler se chama "Mal feito, feito!". Espero que me perdoem pelo atraso!

A Andy está com um conflito de consciência nesse capitulo, o Ted deixa ela doidinha kkk. Estou louca para chegar na parte romântica, mas vamos ter que ir com calma, afinal nenhum amor entre uma pura sangue e um sangue ruim nasce assim a primeira vista.



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Sai da sala da Professora McGonagall me amaldiçoando pelo que havia acabado de fazer, deveria ter deixado Sirius pegar uma detenção pela eternidade a culpar o Tonks. Tudo bem, eu não conseguiria fazer isso com o Sirius. Pensando bem aquele garoto bem que merece uma lição. Ai está meu lado Black aflorando, mas como posso me sentir bem quando sei que o que fiz foi errado? Levei algum tempo para me decidir de que o que tinha feito era um tanto cruel, mas aceitável, afinal Ted Tonks era insolente demais.

Quando dei por mim já estava na floresta proibida procurando por Sirius. Por que ele tinha que se esconder logo aqui?

– Sirius! – Eu chamei baixinho para não acordar nenhum animal ou algum ser que vivesse por ali. Andei mais um pouco observando cada som ao meu redor. Um barulho de gravetos se quebrando e alguma coisa encostou em meu ombro. Dei um grito de pavor e pulei para a frente. Quando escutei um som conhecido, a gargalhada de Sirius.

– Por Merlim! Eu arrisco meu pescocinho por você e você tenta me matar do coração?

– Desculpa Andy, não resisti, você estava tipo... – Ele fez uma expressão apavorada. – E quando eu te toquei você fez tipo... – Ele deu um grito agudo e pulou como uma... gazela, essa era a única palavra que poderia descrever o que eu acabara de presenciar.

– Quanta gayzisse Sirius. – Eu disse revirando os olhos. – Só pra constar, eu nem estava assustada. – Cruzei os braços revoltada. Ele se ajoelhou diante de mim e fez uma expressão que faria qualquer garota da sua idade se jogar aos seus pés.

– Perdoe Sirius, ele é só um escravo travesso! – Ele beijou minha mãe e eu sorri.

– Chega de gracinha. Vai ficar me devendo pela eternidade. Vamos sair daqui. – Comecei a fazer o caminho para fora da floresta e Sirius me seguiu.

– Agora me diz, por que você precisava de mim pra resolver sua encrenca dessa vez? Achei que você já fosse bem grandinho.

– É que assim... – Ele gaguejou. Só havia visto Sirius gaguejar uma vez na vida, quando o peguei tentando ver através do buraco da fechadura do banheiro, enquanto eu estava no banho. Foi a única vez que agi com um extinto assassino, mas Sirius era rápido, ele sempre conseguiu fugir de mim, a única pessoa com a qual ele não podia era a Bella, ela puxava a orelha dele quase todo jantar de família, uma vez até deu um tapa tão forte nele que ele acabou caindo no chão com o impacto, o que gerou uma briga danada entre Bella e eu. Não gostava de agressões físicas. – Era pro Ranhoso se sentar naquela cadeira, não a McGonagall, quando eu cheguei na sala e vi ela sentada na cadeira que ele deveria sentar, eu corri até você porque... – Ele se interrompeu mais uma vez e começou a olhar para os próprios pés enquanto andava. – Eu-não-posso-pegar-detenção-porque-tenho-um-encontro-com-uma-garota-essa-noite!

– Uma garota? Ou A garota? Ela deve ser muito importante pra você não querer perder o encontro. – Queria matar ele por ter feito eu me arriscar por causa de uma garota, mas eu acabei rindo das bochechas vermelhas de Sirius. Ele era o tipo de garoto pegador, sempre rodeado de meninas babando por ele e eu estava o vendo diante de mim e vermelho, me perguntei quem seria a garota que conseguiu causar esse efeito em Sirius.

– Obrigada Andy, quando precisar é só chamar e eu serei seu fiel servo. – Ele fez uma reverência e se despediu com um beijo na minha bochecha, em seguida saiu correndo em direção a seu grupo de amigos que estava sentado na sombra de uma árvore. Me dirigi ao castelo em busca de Ana e Dora. Encontrei as no meio de um grupo de alunos agitados no pátio, uma confusão acontecia por ali.

– O que está acontecendo? - Perguntei curiosa.

– O garoto da lufa-lufa, aquele sangue ruim, parece que pregou uma peça se deu mal. Adoro quando eles se dão mão. – Ana falou com um grande sorriso. Uau! E eu achando que a Bella conseguia ser cruel. Eu queria vomitar, minhas mãos começaram a ficar suadas. Pelas barbas de Merlim! Por que eu estou nervosa? Eu me perguntei e uma voz na minha mente me respondeu. Isso se chama culpa minha querida!

Ah, fica quieta consciência! Eu respondi mentalmente.

Respira Andy! Ordenei a mim mesma e tentei não transparecer meu nervosismo, mas o tom grava de McGonagall invadiu meus ouvidos, empurrei alguns alunos que estavam tapando meu campo de visão e então eu vi McGonagall muito brava diante de Ted Tonks. Ele tinha olhos muito brilhantes e assustados, o seu cabelo vermelho ficava mais cinza a cada minuto que passava.

– Mas Professora...

– Não tem mais Senhor Tonks. – Minerva o interrompeu.

– Eu não fiz isso! – Tonks disse decidido.

– Senhorita Black! – McGonagall disse me avistando no meio dos alunos que olhavam a cena. – O Senhor Tonks está nos dizendo que não foi o culpado pelo ocorrido mais cedo. O que me diz disso? – Fechei minha mente mais uma vez naquele dia diante do olhar penetrante da professora, dei um passo a frente, eu sentia o olhar de Ana e Dora sobre minhas costas. Eu não podia ceder agora. Me concentrei antes de responder:

– Eu tenho absoluta certeza do que vi Professora McGonagall. – Ted Tonks me olhou de cima a baixo como se estivesse me vendo pela primeira vez na vida e ele me olhava com nojo. Fala sério, ele é que é o sangue ruim por aqui!

Smile - Lily Allen

Alguns segundos em silêncio que me pareceram a eternidade se passaram enquanto Ted me analisava e McGonagall olhava da minha pessoa para Ted esperando uma explicação.

– Então, o que nos diz Senhor Tonks? – McGonagall perguntou. Todos ao redor olhavam a cena em silêncio.

– Fui eu que fiz aquilo na cadeira Professora. – Tonks disse desviando os olhos de mim em direção ao chão.

– Cem pontos a menos para a lufa-lufa. – Os alunos da lufa-lufa que estavam ao redor começaram a protestar e os das outras casas começaram a rir debochadamente. Eu fiquei séria, não sabia se ria ou se saia correndo, decidi ficar ali paralisada olhando em choque para Ted Tonks. Ele havia assumido a culpa por algo que não fez o que só aumentava meu nervosismo. Naquele momento mais do que nunca eu odiava aquele garoto. – Quanto a você Senhor Tonks, seis semanas de detenção. Começando hoje, na minha sala as sete para aprender a ter mais respeito com seus colegas e professores. E vocês podem se dispersar! – Ela disse olhando severamente para os alunos ao redor, não foi preciso outro aviso e os alunos começaram a se espalhar, a professora também seguiu pelo corredor provavelmente voltando para a sua sala. Eu continuei ali em choque, sem saber o que fazer, talvez eu devesse seguir para a minha próxima aula que provavelmente já devia estar prestes a começar, mas eu não conseguia me mexer.

– Andy! - Ana cutucou meu ombro, mas eu não me mexi.

– Por que não disse a verdade? – Eu perguntei parecendo muito mais arrogante do que eu queria. Ted Tonks ainda estava lá olhando para o chão. Ele levantou o rosto e me encarou muito sério.

– Porque eu não sou um sonserino dedo duro, eu sou um lufano. – Ele me olhou por alguns instantes e eu consegui me mexer, dei um passo para trás, ele tinha um olhar furioso. Mas ele não me atacou como eu pensei, ele só me olhou e saiu em direção ao lago.

– O-que-foi-aquilo? – Dora perguntou dando uma pausa dramática em cada palavra.

– Longa história. – Eu suspirei e deixei que minhas amigas me puxassem para as estufas em direção a nossa próxima aula. Passei as duas aulas seguintes de herbologia imersa em meus pensamentos, em alguns momentos pensei em sair correndo e ir contar a McGonagall que eu havia mentido, que Ted não era culpado, mas eu desistia no mesmo instante que a ideia passava pela minha cabeça. Ele era irritante. Como eu odiava aquele garoto, mas como eu me sentia mal pelo que havia feito. Me senti mal pelo resto do dia. Dispensei o jantar e fui direto para o dormitório, eu leria um pouco e dormiria e amanhã seria um novo dia.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Bom? Ruim? Primeiro pensei em a Andy não sentir remorso pelo que fez, mas imagino ela um pouco mais sentimental comparado as outras Black.



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