Sentimentos Ocultos escrita por Ninfya


Capítulo 10
Capítulo 10 - Um dia chovoso...


Notas iniciais do capítulo

Acho que já se passaram os 3 dias! Gomen gomen gomen por publicar mais tarde agora mas é que ainda não sei como escrever o inicio do cap. 12 >.< Bem aqui está o cap. 10 espero que gostem e comentem onegaii!



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Quando chegámos a casa reparámos em como a Blair dormia profundamente no sofá, na sua forma de gata, coberta de carvão (parece que eu e a Maka fizemos bem em vir a pé!)

Não falámos muito para não acordar a Blair, apenas bebemos um copo de leite morno e demos as boas noites.

Soul (bocejando): Boa noite Maka, dorme bem!

A Maka caminhou desajeitadamente na minha direção, talvez por causa do sono, e depositou um beijo terno na minha bochecha.

Maka: Boa noite, Death Scythe...

Observei a Maka a caminhar para o seu quarto e institivamente coloquei a mão sobre a minha bochecha "abençoada", ainda conseguindo sentir os seus quentes lábios na minha pele.

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Vocabulário:

Shokunin - usuário/ a

Baka - idiota/ parvo

Hai - Sim/ OK

"Dõmo"( Dõmo Arigatou) - Muito obrigado/a

Kami- Meu Deus/ Deus

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Acordei com o som de pesadas gotas de água caírem sobre o solo, o céu nublado era visivel desde a minha janela, levantei-me a custo e caminhei até à cozinha, onde a minha shokunin preparava o pequeno almoço.

Maka (sorrindo): Bom dia dorminhoco, dormiste até tarde hoje! - notava-se certa preocupação nos seus olhos, preocupação por mim.

Soul: Bom dia - dediquei-lhe um sorriso fraco para a acalmar.

Afinal era sempre assim, acordava á hora que eu quisesse e deparava-me com uma Maka carinhosa e preocupada apenas naquele aniversário... o aniversário do dia em que fui deixado à minha sorte. O 6º aniversário do assassinato dos meus pais...

Maka (caminhando para mim): Hum... está a chover, sabes o que significa certo? - trouxe-me uma chávena de café quente.

Soul (pensativo): Maratona de filmes? - disse depois de dar um golo na chávena.

Maka (sorrindo): Hai! O Black*Star ontem entregou-me este - estendeu-me um DVD - ele disse que ias adorar.

Soul (lendo o título): The killing ... mas tu odeias filmes de terror Maka!

Maka: Eu aguento-me Soul, não te preocupes!

Um dia chovoso! Desde que os meus pais foram tirados a este mundo que neste dia o clima era o mesmo, chuva, lágrimas vindas dos céus descontrolada e desconcertadamente.

A Maka caminhou até ao seu quarto e trouxe com ela uma manta comprida junto com duas almofadas, enquanto isso eu fui até à cozinha fazer pipocas.

Sentei-me no sofá já com uma taça de pipocas em mãos e coloquei o filme, a Maka sentou-se ao meu lado cobrindo-nos com a manta e entregando-me uma almofada e logo pegou no comando e clicou no "play".

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Narrador ON

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Cada um tem a sua história, o seu passado, cada um tem as suas lembranças sombrias, alegres, dolorosas, impagáveis. A única coisa que as lembranças tem em comum é a regra: são impossiveis de apagar.

::::::::::6 anos atrás:::::::::::

Numa casa algures no centro da cidade estavam uma mulher e um menino com cerca de 9 anos sentados em frente a um piano que se encontrava numa pequena sala.

KKK: Mamã, porque gostas tanto de tocar piano?

OOO: Hum... não sei! Simplesmente gosto!

KKK: Tem de haver uma razão mais concreta para isso.

A mulher deu uma pequena gargalhada e beijou a testa do menino que estava sentado ao seu lado.

OOO (sorrindo): Porque é que gostas tanto de brincar com o papá?

KKK (pensativo): Porque me faz sentir bem!

OOO: Tocar piano, para mim, é como brincar com o papá para ti, faz-me sentir bem - pegou cuidadosamente na mão do menino e colocou-a sobre as suaves teclas do piano - bem, que me dizes, queres tocar comigo Soul?

Soul (sorrindo): Hai!

KKK: Bem, toca estas duas teclas aqui ao mesmo tempo - disse apontando para duas das imensas teclas do antigo piano - quando eu disser, sim?

Soul: Está bem!

A mulher sorriu para o seu filho e deu-lhe o sinal para começar e juntos deram inicio a uma lenta e linda melodia que ecoava pela cidade alegrando-a.

O dia foi preenchido assim e o céu escuro deu lugar a uma sinistra lua sedenta de sangue.

O pequeno Soul passeava pela rua com ambas as suas mãos seguradas por um homem e uma mulher, caminhavam juntos pela pequena cidade até que algo os parou.

SSS: Hum... O que vos trás às minhas ruas a esta hora da noite?

HHH (sussurrando): Wanda, pega no Soul, sai daqui.

Três silhuetas apareceram por trás de Hiro silenciosamente.

PPP: Vejam só alguém aqui se acha um herói!

TTT: Porque não te preocupas por ti mesmo? - disse deixando um dos postes de luz iluminar o taco que sustinha numa das suas mãos.

FFF: Hahahaha!

Wanda (no mesmo tom de voz): Mas, Hiro...

Hiro: Vai!

Wanda pegou no seu filho e começou a correr procurando um lugar onde se esconder, chegando a um beco.

Escondeu Soul atrás de um contentor prenunciando apenas um "Amo-te" e saindo a correr com lágrimas nos olhos para o local de onde se ouviam gritos de Hiro.

SSS: Vejam só quem voltou!

Wanda (chorando e soluçando): Hiroooooo! - disse caíndo de joelhos ao chão.

TTT: Hahaha! Doida, devias ter fugido enquanto pudeste! - disse elevando o seu taco, agora manchado de sangue.

Wanda (com um pequeno murmuro): Soul...

Um grito de dor, aflito, ensurdecedor foi a ultima coisa que Soul conseguiu ouvir até a noite sombria se tornar silenciosa de novo com a exceção de um choro incessável por parte de um pequeno rapaz agora perdido e sozinho.

_____1 ano depois______

Soul (murmurando): Oi...

YYY: Vês Soul, não custou muito pois não?

Soul: ...

YYY: Vamos tens de ser mais simpático para as pessoas! O Wes vai ser o teu novo companheiro de quarto então tem de se dar bem.

Wes (sorrindo) Olá!

Os dois caminharam até chegarem a um quarto, mais um quarto daquele orfanato a que o Soul tinha aprendido a chamar de "Casa".

Depois da morte de seus pais Soul não era o mesmo, aqueles belos e profundos olhos vermelhos tinham perdido o seu brilho e aquele inocente e feliz sorriso tinha-se perdido para sempre.

Wes (sorrindo): Ei! Soul, vamos ser amigos para sempre então tira essa cara de morto-vivo!

Soul: ...

Wes: Mortos-vivos são fixes, mas não podem brincar comigo!

Soul: Está bem...

Wes: Vamos brincar ás "escondidas" eu conto e tu escondes-te, certo?

Soul: Hai...

Mais um ano passou a voar desde que Wes tinha sido transferido para o orfanato da cidade e ele e Soul já eram como irmãos inseparáveis, Wes ficava ao lado de Soul sempre que ele chorava em silencio pelos pais à noite, protegia-o também quando Soul se metia numa luta e prometia que nunca o iria abandonar, até chegar o dia da sua despedida.

Wes: Soul, abre a porta.

Soul tinha-se trancado no quarto desde que soube que tinham adotado Wes, e não saía nem para comer já faziam 2 dias. Ele não demonstrava as suas emoções reservando-as para si contendo o choro, contendo a mágoa que o destruía por dentro que o afundava cada vez mais no poço da loucura onde tinha caído quando os seus pais partiram para o outro mundo mas quando conheceu Wes achou que, depois de tanto tempo podia voltar a ter fé na humanidade mas depois de tudo... tinha sido traído, abandonado de novo!

Wes: Soul, abre a porta, por favor!

Soul abriu a porta e deu um murro em Wes derrubando-o, Wes levantou-se e baixou a cabeça em sinal de culpa.

Soul: Mentiroso!

Wes: Desculpa Soul, eu realmente quero ficar mas...

Soul (interrompendo): MENTIROSO!!!

Soul empurrou Wes e saíu a correr do orfanato, ele não queria nem iria voltar nunca mais, ele estava por conta própria desde aquele dia à 2 anos atrás e agora que tinha sido abandonado por Wes tinha perdido a confiança em todos os humanos, tinha-se rendido à loucura e não achava maneira de voltar a ser como era, não que isso lhe importasse...

A alma de Soul estava quebrada, e o seu coração corrompido já não era o de um humano, senão um de um ovo de kishin quase formado, esta seria a sua ultima alma, a alma que o tornaria num demónio de verdade!

FFF (soluçando): Por favor, não me mate ... - começando a chorar

Soul (rangendo os dentes): ...

RRR: Pára!

Soul (olhando de relance): ...

RRR: É meu dever como Shinigami coletar a tua alma! - disse com uma voz sinistra e assustadora.

Soul (rangendo os dentes mais intensamente): ...

Shinigami-sama: Fuja! - disse para a senhora que Soul estava a ponto de matar.

FFF: ... - correndo pela sua vida

Soul (voltando à forma humana): Força! - disse olhando-o com raiva

Shinigami-sama: Um rapaz...

Soul: Venha, não tenho nada a perder - mostrou os seus dentes ameaçadores - vai ser divertido!

Shinigami-sama: Nunca vi uma alma tão quebrada...

Soul (sarcástico): Então "alma" é o nome que se dá a esta coisa deliciosa que os humanos têm? Interessante...

Shinigami-sama: Maldição...

Soul: O que espera para me atacar?

Shinigami-sama viu a alma de Soul, estava consumida pela loucura e no entanto ainda continha uma réstia de sanidade... seria ali que a bondade de seu coração se tinha escondido?

Soul transformou-se de novo num híbrido, metade humano, metade kishin e correu em direção a Shinigami-sama tentando matá-lo com as suas garras.

Shinigami-sama pousou a sua arma no chão e emitiu ondas de alma fortes na direção de Soul que o fizeram cair de joelhos no chão.

Soul: AHHHHHHHH!

Shinigami-sama caminhou na sua direção, a cada passo que dava as ondas de alma ficavam mais intensas e a dor também.

Soul: PAREEEEEEEEEEEEEEE! ACABE LOGO COMIGO!!! - disse debatendo-se enquanto agarrava a sua cabeça que parecia prestes a explodir.

Shinigami-sama: A tua alma ainda tem salvação não te posso matar sabendo que ainda te resta um pedaço de sanidade!

Soul: MALDITO MORRE!!!!!!!

Soul tentou sem sucesso atacar Shinigami-sama, que se esquivou e deu um SHINIGAMI-CHOP a Soul que apareceu de novo na sua forma humana choramingando.

Shinigami-sama colocou a sua mão sobre a cabeça de Soul e emitiu ondas de sanidade para a sua alma tentando recuperar esse menino que parecia refém do seu próprio corpo.

Embora desgastando a sua alma Shinigami-sama conseguiu finalmente recuperar Soul e tratou-o como seu filho querendo até acolhê-lo em sua casa, mas Soul queria estar sozinho, então depois de Shinigami-sama curar completamente Soul física e psicologicamente e descobrir o seu sangue de arma inscreveu-o na Shibusen e instalou-o num apartamento em Death City, a sua cidade.

Soul não confiava em ninguém, apenas demonstrava o seu respeito e agradecimento a Shinigami-sama. Depois de voltar ao normal Soul continuava receoso, reservado e muito calado até ao dia em que Maka entrou na sua vida!

Mas aqueles lembranças nunca deixariam de o assombrar, bem como os seus dentes afiados que para sempre o relembrariam dos erros que cometeu, esse seu negro lado da vida, esse seu sombrio lado da alma.
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Narrador: Soul
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Maka: Não entres aí não!!!! - disse assistindo ao filme em que neste momento uma musica sinistra acompanhava uma mulher prestes a entrar num quarto de onde se via uma luz vermelha intensa! - AHHHHHHHHH! - gritou, escondendo o seu rosto nas suas mãos ao encontrar a mulher a ser esfaqueada vezes sem conta.

Soul (com a voz serena): Maka, não temos de ver este filme se não quiseres!

Maka (sorrindo a custo): N...não há p...problema... - disse tremendo disfarçadamente.

Dei um pequeno sorriso e abracei a Maka, a minha Maka, que sempre punha os outros em primeiro lugar, que sempre estava lá para me dedicar um sorriso quando eu mais precisava, que sempre me mantinha a salvo, que sofria sempre que eu a protegia com a minha vida, sim, a Maka que me mantinha são...


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Notas finais do capítulo

O passado de Soul... Eu chorei a escrever isto!! :'( Achei que a história precisava de um pouco de drama! Deixem os vossos reviews onegaiii :3P.S: Gostavam que a fanfic tivesse um pouco de BlackXTsu (Black*Star e Tsubaki)?(Tenho uma nova one-shot de SoMa (Soul e Maka) na Nyah chamada "O Jardim de Flores" espero que gostem! :P)



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