A Little Rock'n Roll escrita por Ryuu


Capítulo 2
02 - Ingressos - Por: Uzumaki Naruto


Notas iniciais do capítulo

Como eu tinha explicado no anterior, cada capítulo será narrado por um dos personagens, ok? Este será narrado pelo queridinho Uzumaki. Gosto muito dele porque o Naruto se importa muito com coisas que o Sasuke considera mundanas. O contraste entre eles é uma das coisas que mais gosto nas minhas fics, Sol e Lua.
Enfim, eu estou postando esta mesma fic no AS, como sabem, mesmo nome de usuário: Ryuu. Lá da pra por uma imagem para cada capítulo, alem de eu ter ficado com preguiça de consertar a imagem da capa para que elas ficassem iguais em ambos canais.
Aproveitem, ok?



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Eram quatro horas da tarde, Hinata chegaria no dia seguinte, bem cedo, e aquele idiota ainda não tinha passado em casa para me entregar os ingressos que tinham me custado os dois olhos da cara. Eu não podia esperar mais. Levantei do sofá e peguei minha jaqueta preta.

- Ei, mãe, vou visitar o Sasuke, volto logo! – gritei.

- Certo. Tome cuidado! – ela respondeu de onde estava.

Eu era o herdeiro de uma ex-duquesa japonesa, atualmente, uma artista, que renegara seu titulo para se casar com um professor famoso da faculdade de Londres, Minato, meu pai, a quem eu devia meus cabelos loiros e os olhos azuis.

 Eu cursava ciências sociais na faculdade onde meu pai lecionava, não era o melhor curso ou o mais reconhecido, mas era o que eu queria e o que eu gostava e eu tinha bons amigos doidos por lá, eu podia citar vários, mas meu melhor amigo, meu rival numero um em tudo, Uchiha Sasuke, era com quem eu tinha mais contato. Eu o conhecia desde muito pirralho, quando nossas mães nos levavam para brincar no parque, quando seus pais ainda eram vivos e seu irmão não passava de um colegial.

Desde a morte dos Uchiha, Sasuke vivia com o irmão mais velho, que assumira a empresa em nome de um bem maior, mas que era um completo vagabundo. Itachi vivia jogando videogame, indo a shows de rock, apostando e bebendo em bares, enfim, levava uma vida interessante, mas eu não podia dizer que era um completo irresponsável, administrava a empresa como ninguém conseguiria, estavam vivendo os melhores anos da Akatsuki.

Sasuke se tornara um tanto frio e calado depois da morte dos pais, começou a tocar violão aos oito anos, juntou uns amigos mais tarde e formou uma banda, cujo nome eu não me lembrava direito... Algo como Matsuri... Eu não me lembrava.

Entrei na portaria, depois de estacionar a Harley ali perto e avisei ao Mike, o porteiro, que estava subindo para o apartamento dos Uchiha. Entrei no elevador e apertei o numero nove. O elevador começou a subir lentamente ao som de uma musica qualquer dos anos 70. Quando as portas se abriram, eu ainda estava meditando sobre quem era o ultrapassado que escolhia as musicas.

Toquei a campainha e, logo, o Uchiha mais velho apareceu abrindo a porta, vestindo roupas gastas que combinavam perfeitamente com a bagunça em que viviam.

- Ah, é você. – ele disse parecendo frustrado – Entra aí. – convidou informalmente.

- Estava esperando outra pessoa? – perguntei.

- O cara da pizza... – ele deu de ombros indo se sentar no sofá.

A casa era um caos, mas eu já estava acostumado é claro, já tinha estado ali um milhão de vezes e, na verdade, não era muito diferente do que seria meu quarto se não fosse pelas empregadas e minha mãe.

- Onde ele está? – perguntei a Itachi.

- Dormindo...

Revirei os olhos.

- Vou falar com ele. – avisei.

- Não precisa. – uma voz rouca disse.

A criatura saiu do corredor escuro, meio curvado, apoiando-se nas paredes, vestindo meias brancas e calças pretas com um cinto de taxas sem camisa, deixando aparecer seu físico esguio de roqueiro.

- O que você quer? – ele resmungou cobrindo os olhos com os dedos longos e pálidos calejados pelas cordas dos instrumentos que tocava.

- Noite difícil? – ergui as sobrancelhas.

- Um showzinho num bar... – deu de ombros indo para a cozinha.

Eu o segui e me sentei à mesa enquanto ele abria a geladeira e pegava uma latinha de Red Bull.

- Você deveria me entregar aquele ingresso hoje lembra? – sugeri como quem não quer nada.

- Duas horas, né? – ele tomou um longo gole procurando algo nos armários.

- Exatamente. – respondi irritado.

Ele pegou uma caixinha com uma porção de remédios, escolheu uma aspirina e engoliu junto com o energético.

- E então? Por que está aqui? – perguntou casualmente.

- Você bebeu tanto assim noite passada? – reclamei – São quatro horas da tarde, Sasuke!

- Ah. – ele ergueu as sobrancelhas demonstrando sua surpresa com muita calma e lentidão.

- O que você fumou?  – perguntei irritado.

Ele riu.

- Sabe que não uso drogas...

- As pesadas. – corrigi.

- É... – ele concordou de maneira vaga sem parecer ter me ouvido de verdade.

Bufei.

- E onde estão os ingressos?

Ele vasculhou os bolsos e tirou deles dois papeizinhos amassados, tentando em vão deixá-los esticados antes de entregá-los.

Suspirei.

- Deixe-me ver.

Sasuke deu de ombros e jogou os ingressos sobre a mesa.

Eram simples, do camarote principal com acesso aos camarins.

- Hinata vai adorar. – murmurei para mim mesmo.

- Quem? – ele perguntou desinteressado.

- Hinata. – disse a ele – A garota de quem falei.

- Hm... – resmungou – Sua namorada?

- Não. - respondi – Mas será! – garanti com um sorriso malicioso.

- Ahn... – resmungou incrédulo, reprimindo um sorriso.

- Babaca. - resmunguei irritado.

- Idiota. – ele sorriu.

- Vai tocar nesse show? – perguntei, lendo rapidamente o nome da banda que abriria o show do White Stripes; Amateratsu.    

- É claro. – revirou os olhos – Do contrario, como conseguiria os ingressos?

- Amateratsu... – li novamente confuso – Por que escolheu esse nome? É meio tosco...

- Gosto dele. – disse amassando a latinha nas mãos – E não estávamos com muita criatividade... – acrescentou.

- Não seria melhor algo mais... Inglês? – sugeri – Deve ser por isso que a maioria esmagadora dos seus fãs são otakus...

- Somos japoneses. – deu de ombros, olhando pela janela distraidamente – Exceto Billie, o vocalista, não podíamos cantar com nosso inglês impregnado de sotaque, afinal...

- Entendo...

- Mas agora que falou dos otakus... Conseguimos a abertura de um anime. – ele contou mais animado – Eu tive que cantar em japonês, mas acho que não ficou tão terrível... Afinal, eles nos aceitaram...

- Sério? – exclamei pasmo – Estou impressionado que alguém no Japão conheça vocês... Já é incrível que alguém de Londres os conheça...

Ele jogou a latinha de Red Bull vazia na minha cabeça.

- DATTEBAYO! Doeu seu idiota! – gritei esfregando o novo machucado.

- Somos famosos no Japão, idiota. – informou tranquilamente, ignorando meus gritos.

- Hm... – resmunguei contendo minha raiva.

Odiava aquelas suas maneiras ‘tranquilas’ e indiferentes de lidar com as coisas, essas maneiras que se acentuavam muito quando ele ficava de ressaca.

- E em que anime vocês estão?

- Bleach. – disse com um pouco de orgulho.

- UAL!

- Vê? Somos feras!

- Certo. – me levantei – Agora, eu preciso ir. Até amanhã à noite, então.

- Bata a porta quando sair. – recomendou.

Assenti.

- Mande minhas lembranças ao Gaara, Shikamaru e Kiba.

- Certo.

- Até mais Itachi. – eu disse quando passei pela sala.

- Bata a porta. – ele recomendou também.

Revirei os olhos.

- Certo.


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Notas finais do capítulo

Miaka Urameshi, muito obrigada por estar sempre comentando. Vi você em 'Mermaid', obrigada pela recomendação. Me anima muito muito muito mesmo. SUA LINDA ♥
Sinta-se homenageada. Uma das melhores coisas da vida de um writer: diverti-los.