Matemática Do Amor escrita por Lady Salvatore


Capítulo 29
- A apresentação.


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas, mais uma semana... Como vocês sabem eu to em semana de provas e vou ficar até quarta, então... Quarta feira eu posto outro, ou no máximo até sexta mesmo, pra recompensar vocês. Boa leitura e por favor, quando terminarem o capitulo leiam as notas finais.



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Já era a terceira vez que Elena passava o secador em seu cabelo. Hoje era a apresentação dos trabalhos e todos teriam que apresentar os seus perante toda a escola. Para que isso acontecesse, não haviam aulas, somente o dia inteiro dedicado a isso. Era seu primeiro ano participando e tinha de estar perfeita.

Não possuía ideia do que se usava em uma apresentação de trabalho escolar; Calças? Shorts? Tops? Não sabia.

O tempo havia amanhecido frio, então achou melhor usar uma saia roxa cintura alta com meia calça preta, bota cano curto e uma blusa bege de gola, completou com um cinto de seda preto e dois pequenos pares de brincos de cristais azuis. Para realçar ainda mais, prendeu os cabelos em um alto e perfeito rabo de cavalo na qual faria com que qualquer um avistasse e invejasse a pedra em suas orelhas.

Como de costume, sempre que ficava orgulhosa de seus looks tirava uma foto e punha no próximo post do blog.

Por um milagre, a gasolina do carro ainda era restante até o posto. Buscou Bonnie e depois as duas seguiram para o colégio, relembrando tudo que tinham de falar no auditório o caminho inteiro.

Os slides da arvore genealógica, segundo Bonnie, havia ficando lindo. Bonnie disse muitas vezes que pretende fazer faculdade de informática, então era bem claro que ela entendia do assunto. Elena por um lado preferia estar indo para uma liquidação de um brechó do que pra escola. Além de ter que ver quem teria que ver, também tinha que falar sobre ele, sobre a família dele.

Ao virar a rua principal seu coração acelerou ao encarar o prédio. Estacionou em uma vaga próxima e só depois de descer do carro percebeu que havia parado bem ao lado do carro de Damon. Parecia ser alguma piada do destino e por um momento sentiu-se como uma cobaia do futuro.

Não teria que dar nenhum tipo de provação para ele. Depois de pensar muito bem durante a noite, viu que era o correto; Não sabia como essa coisa de amor funcionava, mas se ele se afastasse a chances desse de sentimento irem embora poderiam aumentar. Entraram no prédio e seguiram direto para o auditório. Tudo estava decorado, com faixas, fotos e cartazes em homenagem ao dia, banhado nas cores de origem da cidade, vermelho e branco; April havia comentado no jantar o quão bonita a decoração ficou, não deu atenção inicial, mas agora podia ver que as meninas realmente haviam caprichado.

– Até que enfim... – Disse Rebekah as recebendo na porta. Se tinha algo que Rebekah não suportava em Elena era a mania que ela tinha de se atrasar para tudo; sempre pelo mesmo motivo: indecisão sobre o que vestir.

– Nem demoramos tanto assim. Cadê a Caroline? Ela tá com meu batom, não é? – Já era a segunda vez que Caroline fazia isso. A primeira vez foi no treino das lideres quando ela pediu emprestado e só devolveu na aula seguinte.

Quando conseguiu seu batom de volta foi para a cotia com Bonnie, que fazia com Matt os preparativos técnicos. Não havia visto Tyler, estava tão dedicada a fazer isso dar certo, mas de alguma maneira sabia que não iria pra frente por mais determinada que fosse, embora não admitisse.

Teria que esquecer Damon tão rápido como o mundo esqueceu as sandálias crocs.

Ouvia abafadamente o resto da escola chegando ao auditório. Matt avisou que em dez minutos começaria e a lista de ordens foi posta. Seria um longo dia.

Seguiu para frente e assistiu as apresentações do lado de suas amigas, alguns minutos depois Tyler também chegou sentando-se atrás com Matt e Dick. Deu diversas olhadas ao redor para ver se encontrava Damon, mas nada por enquanto.

Passou-se em media de meia hora e meia, só de amostras de slides da historia da cidade, homenagens e apresentações. O Senhor Saltzman falava um pouco sobre a importância que esse dia anual trazia para escola. Ouviu um tímido arrastamento de carteira no final do auditório, Damon havia entrado sorrateiramente e agora se sentava ao fundo junto com os outros professores. Ele estava magnífico; Jeans claro, blusa branca manga cumprida e chapéu panamá da mesma cor. Não parecia prestar atenção nos acontecimentos, às vezes mexia no celular outras vezes conversava com os outros docentes.

Não conseguia parar de olhar. Em dez em dez segundos via sua cabeça dá uma leve virada rápida para observar o que ele estava fazendo. Tudo que o cérebro de Elena pensava era se também estava na mente dele na mesma maneira que ele estava na sua; Tudo isso parecia tão piegas, tão letra das músicas country que costuma ouvir. Gostaria de poder apagar esse sentimento da mesma maneira que fez com aquelas palavras escritas a lápis em sua apostila, aquele ‘’eu te amo’’ nunca lido. Após o grupo do primeiro ano sair do palco, a coordenadora avisou que Elena e Bonnie seriam as próximas. Voltaram as duas para a cotia. Damon estava quieto. Se não estivesse na mente dele antes, sabia que a partir do momento que subisse no palco, ele a veria e seria induzido a pensar nela, mesmo que o pensamento não fosse tão bom, só queria que Damon ao menos pensasse nela.

Era como se o seu narcisismo houvesse intensificado ainda mais.

– Bom, pessoal. Agora seguindo pra mais um grupo... – Disse Alaric ao microfone. Elena sentia suas mãos suando. Não tinha vergonha de falar em publico ou ser vista. Adorava ser o centro de tudo e de ter todos os olhos voltados para si, mas os olhos dele se incluiriam ali. E se eu me atrapalhar? Pensava ela, Ele vai me achar uma burra...

E se eu fizer charme pra plateia?

Ele vai me achar uma vadia...

Eram tantas probabilidades que lhe davam medo. No palco, o senhor Saltzman continuava a falar:

– Esse é formado pelas alunas do terceiro ano, Senhorita Elena Gilbert e Senhorita Bonnie Bennett, e elas vão falar sobre a árvore Genealógica da família Salvatore. Por favor, as recebam com aplausos. Podem entrar meninas... – O coro de palmas começou normalmente e as duas entraram ao palco. Em seguida, vieram os assobios maliciosos dos garotos, cortados pelas namoradas ao verem Elena.

Bonnie já havia entregado o slide, então somente fez um sinal com o dedo e Matt deu play no vídeo.

Sentiu Damon a olhando rapidamente. Ele estava bem no fundo, então não conseguia ver todos os detalhes de seu rosto com perfeição. Apenas a cabeça abaixada e encoberta pelo chapéu, mas jurava que se apertasse a vista, conseguia ver que seus olhos se voltavam para cima, como se tivesse fugindo de encarar o palco. Só torcia para ele não sair.

Damon não podia fugir de novo.

Bonnie lhe entregou um microfone e apanhou o seu próprio. Como a baixinha tinha mais prática, concordaram que era melhor ela começar a falar.

– Os Salvatores chegaram em Mystic Falls dois anos depois do inicio da colonização da cidade em 1839. – Enquanto ia falando os slides mostravam fotos dos colonizadores em povoamento na cidade. Bonnie falava com muita precisão e confiança. Não de uma maneira como se tivesse decorado tudo aquilo, mas como se soubesse. – Vindos do centro de Florença, na Itália em busca de especiarias e ferramentas para ampliar seu comercio. Mystic Falls na época ainda tinha um inicio de colônia muito precária e sem tantos recursos, tudo era dependente da agricultura, nessa época as nossas famílias fundadoras ainda estavam no inicio de seu trabalho e divulgação. O grupo era bem organizado, mas ainda era começo de capital e, por mais incrível que pareça os destroços da batalha de Willow Creek e da guerra civil ainda eram facilmente vistos em muitas regiões no sul, e por mais que Mystic Falls não fosse terra colonizada, era território e, era um território já, obviamente descoberto, embora nunca povoado, até então. – Agora os slides mostravam fotos das famílias fundadoras juntas em comemoração à ascensão da cidade. – Após a chegada dos Salvatore e os conflitos iniciais com as famílias fundadoras por território, ocorreu o tratado de corte, onde foi formada uma aliança e assim deu-se inicio, entrada dos Salvatore na elite da cidade, que ainda estava em planejamento e inicio colonial. – Em outras palavras, eles tinham dinheiro e os fundadores precisavam dinheiro. Os Salvatores queriam nome e poder na cidade se ela chegasse a subir, e os fizeram deles parte da alta estirpe da cidade. Pensou Elena quase caindo de sono. Queria acabar tudo isso logo. Desde aquele dia na sala de aula a única coisa que se sentia disposta a fazer era compras, porque o resto havia ficado tão sem sentido. Nunca pensou que a presença de Damon em sua vida faria tanto significado, e só havia passado um dia. – E tudo isso começou com Lorenzo Henri Salvatore, que iniciou, não só a aliança, mas também o inicio da árvore genealógica dos Salvatores em Mystic Falls. – O slide no telão trocou para a foto de Lorenzo com sua esposa e filhos. O homem alvo de olhos claros, nariz empinado e bochechas redondas, de aparência típica de um renascentista italiano.

Agora era sua vez de falar.

– Lorenzo começou seus trabalhos em pequenas boticas farmacêuticas, onde com a ajuda da família Bennett era vendido remédios e chás para a população. – Explicava Elena tentando alcançar a mesma clareza e confiança de Bonnie. No começo deu algumas pequenas tropeçadas, ao ficar observando Damon e procurando para ver se ele a olhasse. Mas nada aconteceu. – Ele também foi responsável pela inauguração do cartório da cidade e foi o fornecedor do capital pra reconstrução da igreja da família Fell, mas foram os irmãos de Lorenzo; Erico e Riccardo Salvatore que decidiram expandir para a construção de mais fabricas e mais pedreiras e com essas construções que Mystic Falls conseguiu seu espaço entre os estados sulistas, o que trouxe mais imigrantes, possibilitando a então sonhada elevação da economia da cidade. – No telão, as fotos de Erico, Lorenzo e Riccardo com suas esposas foram mostradas, alguns segundos depois, apareceu os filhos dos três irmãos. – Lorenzo teve um filho e duas meninas, Danilo, Valentina e Laura. Danilo deu continuidade também às fabricas junto com Pierro, filho de Erico, e o comercio herdou para o marido de Laura, Franchesco. – Um a um, a foto de cada membro da família que Elena citava aparecia. Ao longo, as fotos preta e branca iam ganhando mais cores e as roupas de cada época iam claramente mudando. Falou sobre a importância de cada um e a continuidade hereditária que a família valorizava tanto. Enfim, chegou o momento em que ela viu seu coração apertar de uma maneira que sentia como se fossem o arrancar para fora de si. A fotografia de Giuseppe, Grace com Damon e Stefan sendo mostradas ali. – Giuseppe é um dos tataranetos de Danilo, filho de Lorenzo. Ele também deu continuidade aos negócios, na parte das pedreiras, junto com seus sobrinhos. O comercio dos Salvatore hoje é mais controlado pelas mulheres da família. – Elena deu uma leve mordida nos lábios e fechou os olhos. Sabia qual era a próxima foto o telão mostraria. Damon agora parecia prestar atenção, ao menos a tela e não a sua voz e explicação. Afinal, aquilo tudo era de ser uma historia que ele já deveria conhecer de trás pra frente. De longe viu os olhos azuis se arregalarem com a imagem dele e de Stefan na tela. Não era a primeira vez que faziam o trabalho sobre sua família, mas era sempre dito no geral e agora ser avaliado individualmente perante o seu local de trabalho não devia ser muito reconfortante. – E esses são os filhos de Giuseppe, Damon e Stefan Salvatore. Um é um promissor estudante de medicina e inclusive, um deles... – Ensaiou apenas para falar às profissões que eles haviam seguidos, como no combinado do roteiro que havia feito com Bonnie. Não seria insana suficiente de fazer uma loucura aqui na frente de todos que o arriscasse ou o envergonhasse, mas também sentia que era certo. Não era uma provação, era simplesmente uma vontade para expor o que sentia. –Um deles... – Repetiu tentando controlar seu tom de voz nervoso. – É um dos nossos professores. Um dos melhores da instituição. – Damon confuso, olhou para os lados tentando conseguir uma resposta de alguém ali sobre o que estava acontecendo. – Ele além de ótimo professor é uma pessoa muito forte e com uma incrível perseverança pra vida e pras pessoas que ama, sem se importar com os outros ou com a opinião de ninguém. E é por isso que ele é uma pessoa admirável e um dos melhores exemplos que eu já conheci, Damon Salvatore, senhoras e senhores. Grande referencia tanto de superação como de consistência. – Os olhos de Elena lentamente se enchiam da água. Não soltou nenhuma, apenas a prendeu e esforçou-se novamente para segurar o tom. Damon dessa vez olhava tímido, mas no fundo ela podia vê-lo que ele estava agradecido ou ao menos lisonjeado. Em seus sonhos mais loucos poderia julgar que fosse emoção ou até algo mais forte. Sabia que não era e que não podia se enganar tão facilmente, embora só a gratificação dele lhe tivesse se tornando o bastante. – E eu agora, peço seus aplausos pra essa família e força que ela tem. E para o professor que temos a honra de ter como mentor, tanto na matemática quanto na vida.

Elena propriamente, sem vergonha ou timidez pelo que acabara de dizer, puxou as palmas e o resto do auditório acompanhou. Não retirou os olhos do rapaz ao fundo do lugar nem por um segundo enquanto os aplausos se ecoavam. Damon olhou rapidamente e mesmo de longe ela pôde ver o sorriso escondido no canto de seus lábios em agradecimento. Uma troca de olhares breve, intensa e terna de agradecimento das partes. Não sabia se ele voltaria atrás e retirasse o que disse sobre se afastarem, Elena não havia feito por perdão e sim pelo merecimento que ele merecia. Não sabia como definir, tudo era novo demais, confuso demais e muito estranho. Essa não era sua realidade costumeira, aquele sorriso de agradecimento que recebeu, conseguia ser muito melhor.

Desceu feliz e sem arrependimentos do palco. Ela e Bonnie agradeceram e seguiram para a cotia. Ainda não acreditava no que havia acabado de fazer, mas mesmo assim saiu aos sorrisos, em contrario de Bonnie, que parecia mais confusa do que nunca.

– Que diabos foi aquilo? – Disse ela sem entender.

Deve estar achando que estou louca.

– Foi nosso trabalho. – Elena deu os ombros sem sentir que tinha a necessidade de dar explicação. Sua cabeça girava de felicidade que nem ao menos uma mentira era capaz de pensar; Na verdade não era capaz de pensar em nada, apenas nele.

Bonnie estava disposta a continuar insistindo, até for interrompida pelas mãos de Tyler na cintura de Elena a puxando delicadamente para cima.

– Princesa... – Disse Tyler contente, chamando-a pelo apelido carinhoso que havia lhe dado. Elena forçou um sorriso e virou-se de frente para o namorado, retribuindo o abraço, dessa vez Tyler havia desviado as mãos de seu cabelo. – Estava linda lá em cima. Gostei da estratégia que fez. Esperta... – Elogiou ele lhe dando um rápido beijo estralado na boca. Elena franziu a testa e olhou para a esquerda, não entendeu o que Tyler queria dizer.

– Como assim? Que estratégia?

– Isso que você fez de elogiar o Salvatore e dizer todas aquelas coisas. Parece que alguém vai ficar com nota máxima nesse bimestre. – Elena preferiu não falar mais nada. Apenas sorriu em concordância; Bonnie que estava ao lado ouviu e pareceu engolir a teoria do porque dela ter feito o que fez. Era melhor que fosse assim ao final, nem lhe havia dado a chance de inventar uma mentira. Tyler chamou-a para dormir em sua casa essa noite. Aceitou; xingou a si mesma diversas vezes, mas concordou. Já odiava sua realidade por estar morando aqui e ter sido arrancada de Nova Iorque, se tinha a chance de escapar disso, faria sem hesitação. Ao menos enquanto isso de amor resolvesse ficar na sua cabeça tão incisivamente.

Após longas oito horas somente dedicadas à data de comemoração, Elena viu-se feliz para finalmente ir embora. Acabou ficando tempo demais na escola por conta que achou que teria de esperar por April, mas ela avisou que iria no carro da família de Anna junto com Jeremy, para passarem o fim de semana lá.

Poderia ter avisado antes, e não fazer com que ficasse mais de meia hora lá esperando. Eram cerca de 15h00min quando finalmente se viu livre do colégio. Andou até o estacionamento vazio, além de seu carro no máximo uns sete ainda se mantinham no local. Do outro lado, o oposto ao seu, pôde ver Damon atravessando o prédio. Não demorou para que os olhos dele se encontrassem com o seus. Ambos sorriram. Dessa vez sem sorrisos tímidos, apenas felicidade.

Sem pressa, cada um continuou andando até seu carro. Um ao lado do outro. Aquela não era uma pegadinha do destino como Elena havia suposto mais cedo, era apenas... Destino. Ela sentia que Damon se aproximava mais rápido do que seus sentidos podiam raciocinar. Acelerou seu passo e logo os dois se viram um de frente para o outro.

– Obrigada... De novo. – Disse ele finalmente. – Naquela noite aquela escapatória pra sua mãe e agora teve isso... Não tinha necessidade nenhuma Elena. Você fez mesmo assim. De novo.

Podia ver novamente a sinceridade nele. Não queria passar pelo mesmo que daquela noite, onde o tirou dos apuros e ele no outro dia, disse que era melhor se afastarem. Não queria aquilo e se sentia em uma repetição de atos internas; Onde em um minuto tudo estava bem e em outro acontecia uma discussão que os distanciavam, e um dia depois, tudo estava bem outra vez. Afinal, tinha certeza de que fez o que fez naquele palco porque Damon merecia e não pra que ele mudasse de ideia sobre tudo e desistisse de que falou sobre se afastarem. Claro que o queria de volta, mas queria que fosse por ele.

– Eu vou fazer o que você pediu, Damon. É melhor mesmo que a gente pare mesmo com isso antes que as pessoas entendam da maneira errada... Jeremy ficou desconfiado. – Era verdade, logo depois a apresentação de Jeremy, quando o encontrou perto do bebedouro ele havia dado algumas indiretas, como: ‘’ Não sabia que você e o senhor Salvatore eram tão próximos’’ ou pior, ‘’ Um dia vocês brigam por tentar benefícios com matérias e hoje, essa homenagem toda... ’’ Jeremy era quieto, mas também era muito observador e esperto. Se ele teve uma desconfiança era por que tinha motivos e perseguiria com alguma investigação – Acho que você tinha razão.

– Talvez. Talvez seja melhor, eu não tenho pretensão de voltar atrás porque eu ainda acho que é o melhor a fazer, mas o jeito como você saiu, com raiva de mim. Não queria isso. Não quero isso.

– Eu também não. – Sibilou ela ao falar. – Não estou mais com raiva, Damon.

Ela não estava com humor para ouvir mais nada. Queria um shopping, com urgência. Cabelo, unha, pele, compras... Tudo que precisava em dias assim.

– Vai na festa de dia dos fundadores amanhã?

Ela sorriu para o chão ao vê-lo tentando puxar assunto, mas agora sentia que a situação se reverteu, agora era ela que estava casada e cheia de todo esse drama.

– Eu acho que não. Vou ficar em casa amanhã, não to me sentindo disposta pra muita coisa agora.

– Uau. – Exclamou Damon em um sussurro. – Quando você que é você, não está disposta pra festa é porque as coisas não estão boas.

– O mundo dá voltas...

Elena sentia-se como se Damon estivesse segurando o relógio. Como naqueles filmes onde o protagonista tem um tempo limitado para fazer o que tem que fazer, querendo pausar o mundo e toda aquela aflição sentida no corpo. As mãos deles estavam no bolso, tentando esconder o suar naquela área, outra coisa que tinham em comum, mas sabia que ele não queria no fundo perder a sua amizade, e ela queria mais que isso. Nem sempre se pode ter tudo. Ela sempre teve, e agora sentia como era amarga o gosto da decepção.

– É... Isso seria um tchau, mas você tá indo pra casa e eu também. Então... – Disse ele nervoso, afundando as mãos ainda mais em seu bolso.

– Na verdade, é um até outro dia. To indo pro shopping agora e como não vou na festa amanhã, vou dormir na casa do Tyler hoje.

Não queria ter dito aquilo em um tom tão de ignorante. Não com ele, mas era necessário. Precisava acabar.

– Entendi... Então, até outro dia.

– Até outro dia. – Repetiu Elena categoricamente aquelas palavras, engolindo toda a saliva acumulada em sua boca.

Entrou no carro e foi embora sem olhar para trás, sem olhar para Damon. Ele ficou ali, somente observando o automóvel ir embora em direção ao norte. Não se sentia lúcido, não se sentia certo; Elena não foi sincera ao dizer que não possuía raiva, algum rancor deveria ter. Sua mãe sempre o avisou para não cutucar feridas, mas aquela ferida era totalmente absolutamente culpa dele. Somente.

Apanhou o celular e discou o número de Ric.

Já? Nossa. Damon não faz nem 20 minutos que acabei de te ver. O que foi? – Atendeu Alaric fazendo Damon revirar os olhos, não tinha tempo para aquilo.

– Ric, me diz. Que horas eu tenho que tá em Duke com você no sábado? É de manhã, não é?

Sim, isso das 09h00min até às 14h30min. No máximo.

– Hum... Entendi. Ric consegue fazer um favor pra mim?

Depende... – Disse o amigo com desconfiança. – O que você quer?

– Dá um jeito de cancelar o meu convite pra festa de amanhã. Vou ficar em casa no sábado; Tenho coisas pra fazer. Consegue?

Elena era o que tinha pra resolver. Não podia acabar assim.


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Notas finais do capítulo

É isso gente... Muito feliz com esse capitulo, pude colocar minha criatividade e inventar minha historia pra mystic falls. Bom, quero avisar que vou estar mudando a capa da fic a partir do próximo capitulo. Então fiquem atentos ao nome, ok? Para não perderem. Beijos, até o próximo.
Desculpem pelos errinhos de gramatica, não consegui corrigir direito.