Matemática Do Amor escrita por Lady Salvatore


Capítulo 20
- Teste e treino de vida


Notas iniciais do capítulo

oi pessoal mais uma vez desculpem a demora. O motivo ainda é o mesmo... escola, escola, escola. Enfim, tá aqui mais um capitulo e boa leitura. Espero que gostem.



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Haviam cinco vagas restantes para o time das lideres de torcida da Mystic Girls. Quinze garotas fariam o teste para entrar. Como era uma apresentação todas as inscritas ensaiariam a coreografia do grupo para fazerem juntas e depois com as meninas que já eram do time, que escolheriam as melhores. Além que teria uma apresentação do time de basquete e do time de futebol americano do colégio. O que significava que Tyler estaria lá.

Desde o incidente entre os dois, Lexi e Damon eles se falaram só uma vez. Quando ligou para ele pedindo que não comentasse sobre o incidente com ninguém. Ainda estavam muito envergonhados, os dois, mas ao mesmo tempo também estava cansada dele.

O uniforme curto e sensual era vermelho bordô e branco. Os sapatos e meias também haviam de ser brancos por conta para não tirar a atenção. O cabelo haveria que, logicamente, estar preso, de preferência com uma fita em formato de laço, na qual Rebekah disse que poderia ser qualquer cor. Optou por uma rosa Pink bem chamativa. Maquiou-se com uma maquiagem a prova d’água e guardou uma pequena toalhinha azul, onde colocou sua garrafinha roxa enrolada em uma nécessaire preta da Dior.

Caroline estava no andar de baixo a esperando. Havia chegada a quinze minutos, um pouco mais tarde do que o combinado, mas acabou sendo bom, porque Elena demorou um pouco para se arrumar. A loira estava usando a mesma roupa que ela, exceto pela fita dela que era verde clara.

– Que linda – Gritou Caroline animada levantando-se do sofá. Elena deu uma voltinha e levantou uma das pernas para entrar na brincadeira.

– Muito obrigada, Senhorita Forbes. – Sorriu e girou novamente. – Quanto tempo à gente tem pra chegar lá?

– Rebekah pediu pra chegar cedo, então é melhor obedecer.

–---x---

A quadra estava parcialmente cheia. Ainda não tinham chegado todo mundo. Bonnie recepcionava na frente, com uma prancheta na mão e a caixa de agasalhos do lado. Também parcialmente cheia.

Colocou os casacos doados por sua mãe e seus irmãos. Não iria doar um de seus agasalhos de mais de dois mil dólares para uma instituição qualquer. Como doar roupas para os pobres se eles não vão ter sapatos que combinem? Seria triste.

– Presta atenção – Disse Caroline atentamente em frente aos vestiários. – Você vai ficar com as outras candidatas no primeiro vestiário. Os meninos que vão se apresentar ficam no segundo e eu fico no terceiro com as lideres que já são do time. – Todavia quando Elena já iria reclamar a loira interrompeu lamentando. – Tá eu sei que você não gosta delas porque acha que são fracassadas e tudo mais, só que é regra, Lena. Desculpa.

Ela não podia fazer nada. Achou melhor não discutir e entrar no vestiário para guardar sua bolsa em um dos armários. Quando saiu, Damon estava do outro lado da quadra com Ric observando os alunos e conversando sobre algo.

Falo com ele ou não?

Na frente de todo mundo vai ser bem capaz que ele me dê um fora, então... É melhor não. Deixa assim. Só que eu preciso parecer convincente e sincera, então não sei mais.

Que se dane. Iria mesmo assim. Aproximou-se alguns passos, andando bem devagar conseguindo ouvir cada vez mais a voz dele falando algo relacionado a alguém. Mais alguns passos e pôde escutar que se tratava de sua infelicidade em estar aqui.

O resto se perdeu. Tudo por conta de um braço a puxando para trás delicadamente.

Chamou por seu nome.

– Elena...

Virou apenas para discutir e brigar com a pessoa que ousou em puxar por seu braço.

– Tyler. - Disse ela. Forçou um sorriso mordeu os lábios em frustração.

– Oi, Princesa. Queria muito falar com você. Tem um minuto?

– Ah... eu... - Era muito tarde pra desculpas. Que se dane. Sabia que teria que o ver mais cedo ou mais tarde. - Tenho... Vamos.

Droga.

Seguiram para a entrada do ginásio. Ficando uma distancia suficiente de Bonnie que observava tudo. Arrependeu-se depois. Aquele frio, o tempo nublado e ela com um uniforme pequenino de torcida não era uma boa combinação. Pôs os braços em volta do ombro enquanto ouvia Tyler falar com todo seu nervosismo e lamentação.

– Eu quero me desculpar. Ignorei você nesses dias todos, só que eu tava realmente com muita vergonha. Não sabia o que fazer, Elena me perdoa. Não foi legal, mas, por favor, me entende vai.

– Eu entendo – Disse ela em suspiros. Olhando em alterações para o chão ou para os lados. Só em falar sobre isso já sentia aquela vergonha de novo. – Só que também foi vergonhoso pra mim. E acredite, foi vergonhoso pra ele também. Você falando desse jeito parece que só foi contigo que aconteceu. Eu, Damon e Lexi, nada, só você. Isso me incomoda, Tyler. É chato e não é motivo suficiente.

– Elena, por favor. Eu, eu, eu, me desculpa. Eu realmente...

– Chega Tyler – Retirou as mãos dos ombros e pôs sobre a testa. Pôde ver que ele já sabia o que estava prestes a acontecer. Tentaria parecer gentil. – Eu espero que você cumpra o que a gente prometeu em não falar nada sobre aquilo pra ninguém, mas... Acabou. Você e eu. Acabou.

Resolveu não olhar para os olhos marejados dele em sua frente. Não estava realmente triste com ele por esse sumiço, na verdade nem sentiu falta dele nesse meio tempo. Nem um pouco. Todo aquele vexame serviu para alguma coisa no final; Estava cansada de todo aquele drama desnecessário que ele tinha consigo próprio.

Quando uma das meninas da equipe a gritou para entrar para a preparação. Um grande alivio a tomou. Saiu dali e logo pôde vê-lo dando partida em seu carro, pela velocidade parecia furioso.

Vai superar.

O vestiário estava tenso. Todas as garotas andavam de um lado para o outro balançando as mãos e ansiando pelo momento. Exceto por ela. Não ficava nervosa com qualquer coisa.

Normalmente isso só ocorria quando ia ao shopping e fazia compras. Isso era maravilhoso.

Pelos gritos histéricos ouvidos lá fora, a apresentação dos meninos já deveria ter se iniciado e a música Sexy Back de Justin Timberlake deixava ainda mais a prova. Alguns minutos depois, toxic de Britney Spears encheu o recinto. Era a vez da apresentação das meninas, já do grupo. Saiu. Queria muito ver Caroline, Rebekah e Bonnie dançando com as Mystics. Se estiver no mesmo lugar que elas daqui a algum tempo teria que assisti-las e observar o nível.

Bonnie tinha muita técnica, Rebekah bastante sensualidade, e Caroline possuía simpatia, graciosidade. O restante das garotas era um grande mix das três.

Quando a apresentação acabou, pôde avistar de longe Damon ao telefone com alguém. Parecia nervoso. Não conseguiu se concentrar no que era pelos abraços de comemoração de recebeu das três garotas.

– Ai, Lena. Você viu foi maravilhoso. – Gritou Rebekah aos pulos – Daqui a pouco é você. Não fica nervosa.

– Você vai conseguir – Disse Bonnie.

Caroline lhe implantou um beijo na bochecha e saiu junto com as outras duas. Felizes e saltitantes. A loira não usava batom, momentaneamente, então seu rosto deveria estar limpo. Observou Damon voltar ao seu lugar no canto da arquibancada ao lado do senhor Saltzman. Parecia mais calmo, só que não tão calmo.

Quinze minutos depois, se postou no meio da quadra junto com as outras quinze garotas. Assim que ouviram a batida de fergalicious, souberam o que fazer.

Giros, agachamento, piruetas, pernas, quadril.

Os olhares maliciosos da parte masculina fazia parte. Mas, não queria dizer que ignoraria. Procurava um rosto bonito na arquibancada e respondia com um sorriso provocante ou uma piscadela sensual.

A música encerrou e a pirâmide foi formada. Na mesa de ‘’juradas’’, Rebekah sorria e levantava o dedão em sinal de positivo.

Caroline e Bonnie avisaram no vestiário que a resposta sairia até quarta feira. Onde uma lista seria posta no mural do colégio com as cinco escolhidas.

Infelizmente não daria para comemorar com elas mais tarde. As famílias das três estavam lá e provavelmente cada uma celebraria com seus parentes. Bonnie avisou que na terça iriam até a casa dos Salvatore outra vez.

Na saída, sua vontade resumia-se a ir embora imediatamente, mas com a entrada de April como ‘’ajudante de Rebekah no comitê de organização’’ (Tudo graças ao plano de Bonnie de deixa-la sozinha com Damon) isso foi arruinado. Teria que esperar a irmã terminar a limpeza junto com os outros integrantes.

Nerds sem nada pra fazer.

Preferiu esperar pela irmã em um dos bancos, na entrada do colégio. Lá não estava ventando tanto quanto no estacionamento. Sentou-se e ficou ali por um tempo mexendo em seu celular. Alguns minutos depois, chegou a uma seria conclusão: Aquele joguinho Pou era simplesmente a coisa mais idiota já inventada nesse mundo.

Quem em sã consciência trata um coco como filho? Só quem tem uma vida muito entediante, lógico.

– O que ainda tá fazendo aqui? – Perguntou uma voz bem humorada e brincalhona.

Damon. Aquele plano poderia ter dado a consequência de estar esperando por April, mas também lhe deu o enorme avanço da proximidade dele. Sem a ideia de Bonnie para tirar sua família de cima no dia do jantar, agora provavelmente estaria em sua banheira descansando por conta de toda dança e competição, mas ainda sim, estaria maluca em arranjar um jeito de aproximar o Salvatore de si e conseguir sua amizade. No fim houve um lado bom. Ou melhor, haveria, tudo iria valer a pena quando tirasse ele de sua casa.

Sorriu delicada e guardou o celular de volta na nécessaire.

– Esperando minha irmã. Ela tá no comitê de limpeza e tem 15 anos. Ainda não dirige. Mas e você? Porque tá aqui?

Damon bufou descontente e sentou ao lado dela no banco. Parecia triste. Como naquela vez quando o viu após falar ao telefone mais cedo.

– Problemas de adultos. Nada demais.

– Problemas são problemas – Disse ela o olhando seriamente – Nunca é nada demais. O que foi?

Ainda descontentado, respondeu:

– Achei que tinha recebido uma ligação, mas me enganei. De novo. – Ficaram mais alguns minutos ali. Encarando o vento batendo nas arvores e as folhas sendo levantadas. Elena tinha que admitir que, havia uma coisa melhor aqui do que em Nova Iorque. O cheiro. Tão diferente da poluição de Manhattan, nunca tinha cheirado ar mais puro. Perderia seu olfato facilmente ali, até aquela voz triste a chamar de volta. – Mas é assim que a vida funciona. Engana você o tempo todo.

– Foi a sua noiva, não é? Foi ela que você pensou ter te ligado?

Calmamente ele assentiu.

– Isso sempre acontece. Recebo uma chamada desconhecida e já fico maluco; Preciso parar. Mas só que eu...

– Você a ama.

Ele não pareceu bravo pela interrupção. O que foi um alivio para ela. Mas ainda sim estava triste e essa afirmação de sua parte não o fez se sentir melhor. O que ela achou estranho porque, sempre que ouvia falar do amor às pessoas a contaram que na melhor ou na pior situação ele lhe causava alegria, ou então esperança.

– Não devia se sentir mal por amar uma pessoa, Senhor Salvatore.

– Infelizmente amor é uma coisa um pouco mais complicada que isso, Elena. Meninas como você, que nunca amaram, o que é normal, você é nova, é uma criança. Meninas assim pensam que no amor tudo é felicidade, só que é um pouco mais que isso. Às vezes, como no meu caso, um pouco menos que isso. Não sei te explicar. – Pausou e sorriu roucamente – Sou professor, mas isso é algo que eu realmente não sei explicar. Pra dizer a verdade, eu não sei nem entender.

Mas uma vez ele havia conseguido fazer com que se sentisse uma criança. Estava certo, que comparado a ele, realmente era nova. Mas não uma criança... Não sou criança.

– Não quero entender agora. Acho que não quero entender nunca.

– Ela me disse que ia voltar. Deixou uma carta e no dia que foi embora me ligou avisando e contando tudo, mas depois dessa ligação. Nunca mais. Acho que daqui a pouco eu perco minhas esperanças. Se já não perdi, talvez eu esteja só me enganando ou sei lá.

– Não... Não perdeu as esperanças ainda – Afirmou Elena sorrindo. Olhou para ele sentado ao seu lado esquerdo. O sol que tanto se escondeu durante toda manhã, agora aparecia e refletia nos olhos azuis de Damon, que alguns segundos depois a fitou também. – E essa aliança ai no seu dedo é mais do que prova de que você ainda não desistiu dela. E pelo jeito não pretende.

Admitindo ou não. Pensou ela. Já havia dito o suficiente.

Avistou um grupo de seis pessoas, quatro meninas e dois meninos saindo do prédio. Logo atrás April, Anna e Jeremy conversavam entre si. Resolveu levantar para se preparar e ir embora. Nem sabia que Jeremy havia vindo. Pegou a nécessaire e abriu para pegar a chave de seu carro. Damon apenas pensava em silencio. Já havia visto o grupo sair e perceber que aquele foi o motivo dela ter se levantado. Estava certa. Não seria bom serem vistos juntos aqui fora; Levantaria desconfiança. Quer dizer, se fosse qualquer outro professor, seria até comum, mas todo mundo sabia que Damon praticamente nunca interagia com alunos.

– Janta em casa? – Ponderou Elena tentando quebrar o silencio.

– Não, avisa sua mãe, por favor. Vou jantar na casa do Ric e da namorada dele, com um amigo meu de infância, Connor... Longa história.

– Então vai chegar tarde?

– Não, não, não. – Disse ele rapidamente. Como se tivesse acabado de lembrar-se de algo. – Quer dizer, vou chegar tarde, mas ainda vou da uma passada lá daqui a pouco. – Esqueceu-se de dar comida pro Sam.

Ele deveria estar com fome.

Elena pensou em se despedir simpaticamente com um caloroso ‘’até daqui a pouco’’ ou ‘’ não demora’’, mas preferiu optar por um baixo ‘’até... ’’ Ele respondeu da mesma maneira então significava que não havia se incomodado.

April pediu para que deixasse Anna na casa dela no centro. Ela era muito fofa e realmente simpática. Ficou o caminho inteiro conversando com sua irmã e com Jeremy, que parecia bem com a presença dela. O que era ainda mais louco, pois Jeremy nunca aparentava nada além de estranheza e péssimo gosto pra moda com esses moletons pretos de garoto punk ridículo.

A questão era, chegaria em casa, faria sua lição, postaria as fotos do look da semana no blog e entraria no twitter para receber o amor de seus fãs. Depois, separaria sua roupa para amanhã e escreveria em seu diário para depois dormir. Não havia nada em sua agenda planejado para amanhã. Seria seu primeiro fim de semana de folga em tempos. Sua mãe já havia mostrado interesse em ir a uma missa da igreja de Mystic Falls, e como a família de Anna, que era uma Fell, fazia parte da administração da basílica (Além de Anna que também cantava no coral, pelo que ouviu April falar) então, aquilo significava que sua irmã e seu irmão também iriam. O que provavelmente apontava para o fato de ter que ficar sozinha com ele, em casa, em pleno domingo.

Apenas torceria para não dar em confusão.


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Notas finais do capítulo

esse ficou pequenininho não é? Sim... o proximo tem um fim de semana mto fofo q vai ser grande e importante. Tão grande que eu tive q dividir em duas partes. Acho q vão gostar.COMENTEM................