The Kill escrita por Julia


Capítulo 7
Capítulo 7 - Tentando fugir...


Notas iniciais do capítulo

...altas coisas podem acontecer, né?



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Taylor se levantou da cama lentamente ao ver os olhos de Max sobre ela. Encarou os pulsos e bufou. 'Malditos' sussurrou e Max se levantou com raiva.

_Você não podia morrer agora.

_Como? Eu vou morrer de qualquer jeito. Morrer agora não faz diferença.

_Você não vai morrer, porra! O Lince ta falando essas coisas pra te assustar! Ele não vai te matar...

_Então o que ele quer que eu faça pra ele? - a garota disse em pleno desespero. Seus braços tremiam e Max observava tudo com muito cuidado. Suas mãos pousaram nos ombros da menina que tampava os olhos com as mãos. ele a puxou para um abraço e assim ficou por alguns minutos. A respiração de Taylor se acalmou e ela parou de tremer. - O que ele quer? - ela perguntou depois de um tempo em silêncio. Seus olhos vermelhos encaravam Max como se pedissem ajuda. O silêncio voltou a reinar no quarto. Max se afastou e se sentou em sua cama. Taylor permaneceu em pé fitando o chão.

_Acha que teria coragem de matar alguém? - ele perguntou tendo a atenção da garota novamente para si. - Porque... ele quer que você mate alguém.

_Mas por que eu? Ele mesmo não pode fazer isso?

_É um cara, Lince acha que as mulheres podem matar homens com mais facilidade. É verdade, as mulheres podem seduzi-los e quando eles menos esperam... Mortos. - Max matinha uma mão apoiada no rosto e encarava Taylor. Ela pensava sobre o assunto.'Imagina só, que divertido, matar pessoas...'

_E a Hayden?

_Pode não parecer mas ela e Lince estão juntos. Ele não gosta de vê-la com outro cara. Só que ela anda traindo ele. E ele quer acabar logo com isso... Do jeito dele. - Taylor fechou os olhos e se sentou na cama ao lado de Max. - Ah, e esquece aquele papo do Lince sobre o Tate. American Horror Story era bom pra caralho! - Max riu - Quer comer alguma coisa?

_É eu tô com um pouco de fome. - Max puxou a mão da menina e a levou até a cozinha. A casa estava vazia. Lince e Hayden haviam saído para fazer sei lá o que e Taylor se encontrava mais calma com a presença de Max. Sentaram-se sobre a mesa de madeira da cozinha e comeram algo como uma torta de três dias atrás que Taylor havia feito.

_Então, você sabe quem ele quer que eu mate? – ela perguntou sem ter a mínima noção dos planos do homem.

_Não. Eu acho que é o amante da Hayden... Quem sabe? Ele é o morto mais provável. – Max riu. Taylor bocejou. – Cara, você desmaia, quase morre e ainda ta com sono?

_É porque eu não consegui dormir de noite e desmaiar não conta como dormir. Além do mais, eu estou morrendo de vontade de tomar um banho e tirar esse sangue da minha roupa. – Max fez sinal de negação com a cabeça e riu em seguida.

_O sangue não vai sair ainda mais que sua roupa é branca... – Ele encarava o corpo da menina por baixo da blusa quase transparente. Ao perceber isso, ela rapidamente se virou de costas para ele e foi até seu quarto. Ele a seguiu.

A porta de seu quarto havia sido retirada assim como a janela quebrada. Ela se abaixou perto da cômoda e escolheu uma roupa para vestir, entrou no banheiro e trancou a porta.

_Vai ficar esperando do lado de fora? – ela gritou recebendo um “É claro!” de Max do outro lado da porta. Ela riu. Em poucos minutos ela saiu do banheiro vestida e se deparou com Max sentado em sua cama a encarando com as mãos sobre os lábios. Ele se levantou e foi até a sala, ela se sentou na cama e debaixo dela retirou uma caixa pequena cor-de-rosa. Dentro da caixa, uma foto de Dean. Ela não gostava dele, só era sua única companhia além de seu gato que agora tinha fugido. Merda! Bem, ela queria poder sair com ele de novo e agora sabendo que não iria morrer, pensou que poderia ‘pedir’ para sair de sua própria casa. Ok, vamos lá. Ela desceu as escadas e logo no fim ouviu os dois homens conversando.

_Você contou pra ela! Ela não devia saber agora, seu idiota!

_Você ia contar pra ela essa noite, Lince. Pelo menos agora não precisa se humilhar na frente dela assumindo que é um corno! – Max provocou e recebeu um soco no rosto e em seguida um na barriga. – Ficou nervoso e quer me bater? Que ridículo, Lince! – o homem o jogou no chão e chutou sua barriga, Max começara a sentir dor e resmungava algo como “Vou te matar, desgraçado!”. Lince virou as costas e foi para o outro andar da casa passando por Taylor. Ela correu até onde Max estava jogado e tentou ajuda-lo a se levantar. Ele se sentou no sofá e Taylor começou a examinar o rosto de Max. Seu nariz sangrava, mas por sorte não estava quebrado. Ele passou a reclamar de dor na região das costelas e tirou a camisa. Uma marca roxa começava a aparecer e Max ria da situação.

_Oh eu apanhei mesmo, cara!- e reclamava de dor. – Eu acho que quebrei a costela. – e ria de novo quase chorando de dor.

_Eu também acho, ou melhor, tenho certeza que você quebrou essa merda. – ela xingava irritada. – Juro que se você rir de novo eu tiro sua costela fora! – ela se sentou ao seu lado no sofá. – A gente tem que ir para o hospital.

_Que? Eu não preciso ir para o hospital, eu estou bem.

_Não, não tá. Vamos logo antes que você morra de dor. – ela ajudou ele a se levantar e o guiou até o carro.

_Ok, você dirige mas se eu ver que está tentando fugir...

_Eu não vou fugir! – ela disse irritada. É óbvio que ela ia tentar, mas primeiro ia deixar o cara no hospital. Bem o caminho até lá não foi silencioso, Max não calava a boca um minuto - pelo menos ele não estava rindo. Ao chegarem Taylor largou o homem que foi fazer um raio-x, entrou dentro do carro e tentou sair do estacionamento, foi impedida pelo segurança que percebeu que ela estava ‘ferida nos pulsos’

_A senhora está bem? Não que ficar pra ver isso aí, não? – ele dizia preocupado e ela tentava ser mais simpática possível.

_Não eu estou bem! – ela sorria docemente e voltava a acelerar o carro.

_Mas moça, você vai sentir dor quando tentar guiar o carro!

_Eu não vou ok! – Ela parou o ‘maldito carro’ e saiu para conversar com o homem. De repente sentiu dois braços envolverem sua cintura e começou a prever que fosse o pior. Uma voz disse que a ajudaria a sair dali e assim constatou que não era nem Max e nem Lince e sim Dean. A cafeteria em que trabalhava era do outro lado da rua, seria mais fácil se ela tivesse se lembrado disso. Ela abraçou Dean que perguntou o porquê dela não ter ido trabalhar, ela ia responder, mas ouviu a voz de Max atrás dela. “Tá legal, é agora que eu morro” pensou e largou o seu chefe dando de cara com o outro rapaz logo atrás dela.

_Namorado novo, Taylor? – Dean perguntou dando um passo para trás.

_Sim. – Max respondeu se colocando na frente da garota – E como você pode ver esse novo namorado tem idade para namorá-la e não é 18 anos mais velho. – Taylor se surpreendeu e tentou dizer algo mais foi interrompida por Max que a abraçou. – Vamos, temos que voltar pra casa – Ele sorriu amarelo para Dean 

e entrou novamente no carro com a menina. Max dirigiu até a casa em silêncio sem olhar para Taylor que encarava as mãos sobre as pernas, totalmente séria. Eles entraram e Taylor correu até o quarto ouvindo Max a chamar. Ele entrou antes que ela pudesse trancar a porta.

_O que nós tínhamos conversado sobre não fugir? – ele disse como se conversasse com uma criança. O corpo de Taylor estremeceu, suas mãos começaram a formigar e ela não conseguia se mexer mais. – Olha aqui Taylor. O Lince ficou muito puto porque você tentou fugir aquela vez e disse que se você tentasse de novo... – ele fez um revólver com as mãos atirando na própria cabeça. Ela foi ficando mais pálida a cada instante e caminhou para trás até se escorar na parede. – Ta entendendo Taylor? – ela não respondeu – TA ENTENDENDO, PORRA?! – ele gritou e ela assentiu. – Ótimo. – houve um barulho de porta se fechando – O Lince chegou, se arruma, ele vai querer falar com você. 


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