Totalmente satisfeita! Mais duas mortes e aquilo fazia tão bem, uma sensação de liberdade incompreendível. As famílias vão sentir muita falta dos garotos, e vão colocar culpa no álcool, drogas... e "amigos". Tudo vai muito bem para Taylor que não cansava da sede por sangue. Sim, passou a madrugada em claro imaginando quando faria isso de novo. Certamente, o mais rápido possível. Seu corpo pedia por mais adrenalina. 

De certa forma, Taylor nunca parou de pensar em quem ensinou isso de matar, a ela. "Max... Max... MAX! QUE DROGA!" repetia sem perceber enquanto deslizava um cigarro entre os dedos. Taylor passou a fumar para tentar lidar com a ansiedade... Não funcionava. Sete e meia da manhã ela estava deitada em sua cama encarando a porta de seu quarto freneticamente. Havia enlouquecido... e talvez ela não pudesse ser curada daquela obsessão que tinha por sangue.

_Ele não vai aparecer! EU O ODEIO!! - gritou jogando a primeira coisa que viu na parede. Desceu até a sala e se deitou no sofá... Ela tem que começar a sair mais vezes.

[...]

Já havia se passado um ano desde que Max a deixou

_Um ano, porque um ano?! - perguntava a si mesma enquanto andava de um lado para o outro com os olhos vermelhos e o cigarro entre o dedos. Ontem havia ido até uma festa de formatura - uma intrusa - e matou quatro pessoas... Um deles sobreviveu e contou à polícia. Por sorte ele estava bêbado e não soube o que falar sobre a garota. Apenas disse que ela era "muito gostosa". Por azar, haviam câmeras de segurança nas ruas.

_Não dava pra ser mais idiota, Taylor?! - perguntou novamente para si mesma. Ela estava cansada e se não desse um jeito de sair dali seria presa com toda certeza. Sua cabeça doía. Seis horas da tarde. A campainha começou a tocar ela não atendeu. Mais uma vez. Ela caminhou até a porta e a abriu. Dois policiais altos a encararam. Sabiam quem era ela e nem precisaram perguntar nomes. 

_Temos um mandado para revistar sua casa. - um deles disse e a entregou um papel. Logo entrou na casa. "Não vou presa? Eles deveriam ter me reconhecido a muito tempo. O garoto reconheceu a arma que usei e agora querem encontrá-la na minha casa. Só pode... Está dentro da gaveta da cozinha." pensou e enquanto um policial estava em seu quarto e o outro estava no banheiro, correu e retirou o revólver enrolado em uma camiseta velha do meio dos talheres. Não tinha impressões digitais,ela tinha certeza. Apenas o colocou preso na calça e se sentou no sofá. Logo viu o policial a sua frente.

_Levante-se por favor senhorita... - ela o fez e se afastou. Ele retirou todas as almofadas possíveis do sofá e o virou de cabeça para baixo tentando encontrar alguma abertura ou alguma coisa assim. Nada. O outro policial desceu com potes de remédios e os colocou sobre a mesa examinando um por um. Taylor não sabia o que ele queria com aquilo e abriu a porta vendo os dois senhores saindo da casa. Eles entraram no carro e pareceram comunicar algo pelo rádio. Ela não estava se importando com isso, apenas fechou a porta e subiu para ver os estragos causados pelos dois homens.

Onde ela poderia ir essa noite? Estava sem opções e não ia aos mesmos lugares para não ser reconhecida. Tomou banho e vestiu as calças jeans e o moletom preto. Olheiras haviam se formado sob seus olhos e ela só queria dormir. De certa forma gostava de estar acordada. Mais uma boate... Ela foi comprar mai cigarros e voltou para casa para se vestir. Os coturnos ajudavam a correr caso algo acontecesse e a jaqueta preta a deixava invisível na escuridão. Estava pronta então seguiu a pé para o local. Tantas garotas bêbadas e cinco balas. Vamos lá... Ela se aproximou de uma e já sabia a desculpa que daria para atraí -la. 

_Olha garota... Sei onde pode arrumar a droga que quer. - a menina empurrou Taylor para uma árvore e a apertou pela garganta.

_Não brinca comigo...

_Não estou brincando.

_Ótimo... - seguiu Taylor até uma lago bem afastado da boate.  - Fala... onde est... - antes que terminasse levou um tiro na cabeça sujando Taylor de sangue. O corpo caiu a sua frente dentro do lago. Só havia um problema. 

Não era Taylor quem tinha atirado na garota.