Quem é o Pai da Minha Filha? escrita por Jessica_94


Capítulo 4
Perguntas




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– Então você admite? - Cebola sorria por seu plano e sua dedução estarem certos.

– O que?

– Eu sou o pai dela!


Ninguém pronunciou nada, até mesmo Monique permaneceu quietinha no seu canto, como se suspeitasse da gravidade da situação. Seus olhos percorriam os rostos dos visitantes de um em um, como se procurasse entender o porque daquela quietude. Até sua mãe estava naquele estado, por que não davam mais atenção para ela?

– O que... O que você disse? - Mônica não esperava aquela manifestação tão direta do Cebola. Era claro que ela não tinha parado para pensar em quem seria o pai de Monique, para ela, Monique era sua, só sua.

– Você ouviu bem, ou a sua inocente cabecinha acredita que você fez ela sozinha?

– Ô, pessoal - Cascão chamou a atenção - tem criança aqui.

– Ninguém está falando com você!

– Cebola - Mônica procurou manter a calma, sobretudo pela filha - eu não quero pensar em quem é o pai dela.

– POR QUE?

Mônica respirou fundo, não queria machucá-lo, mas precisava dizer a verdade. Para não ficar pior, Magali e Cascão resolveram deixar o recinto para que os dois pudessem conversar mais abertamente um com o outro:

– Gente tenho de ir, o Quinzinho está me esperando.

– Tchau, galera.

Com o suave fechar da porta, Mônica teve alguns segundos antes de se abrir.

– Cê, não nego que te amo, e sinceramente duvido que um dia vou deixar de te amor. Estamos vivendo agora uma segunda experiência com a máquina do tempo, mas dessa vez estamos tendo uma experiência com o nosso futuro... - olhou para Monique brincando com o Sansão - ... Ou talvez só meu...

– Fale de uma vez, Mônica.

– Eu não sei se você é o pai da minha filha - Mônica confessou, ela se sentiu horrível logo que soltou as palavras, mas não havia outra forma de dizer. Mas Cebola se encontrava visivelmente pior.

– Quer dizer que você nem ao menos consegue... Sentir?

– Eu só sinto que ela é minha, não sinto se ela é sua nem de ninguém mais. Se fosse para escolher agora o futuro pai da minha filha, eu escolheria você. Mas não sei qual escolha farei anos depois.

Cebola abaixou a cabeça, sabia que estava visivelmente arrasado, mas não queria mostrar que estava quase chorando também.

– Eu sempre pensei que "nós" seria para sempre.

– Eu nunca pensei, eu apenas desejei e continuo desejando - Mônica tocou levemente abaixo do queixo do Cebola, erguendo sua cabeça até ficarem olhos nos olhos - eu não quero idealizar nada, eu só quero deixar acontecer, eu não quero pressionar o destino tentando descobrir o que ele tem para mim, pois eu sei que eu vou saber mais cedo ou mais tarde.

cebola balançou a cabeça para se livrar gentilmente do toque da Mônica.

– Você pode viver sem saber por enquanto, Mônica. Mas eu não! Vou descobrir - ele apontou para Monique - enquanto ela ainda estiver aqui.

Foram as última palavras do Cebola antes do bater da porta. Mônica agora se encontrava sozinha, mas não tão sozinha. Ela tinha sua filha, e isso era mais do que o suficiente.


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– Não quero idealizar... Não quero pressionar o destino... Não quero saber quem é o pai da minha filha... - Cebola seguia andando pelas ruas resmungando as palavras da Mônica, não sabia se estava mais com raiva ou tristeza, mas parecia uma boa combinação dos dois - Ela que pense que eu vou esperar quinze anos para descobrir!

– Ei, fofis - Denise surgiu saltitando, com um sorriso mais que escancarado.

– Fala logo o que você quer saber!

– Afe, gats. O que deu para esse humor ficar tão pra la´?

– Se é isso que quer saber, saiba que eu não vou responder.

– Na verdade não é isso não, fofis. O que eu quero saber é se é verdade o que as fontes nos dizem.

– E o que as fontes te dizem, criatura?

– É verdade que a Mônica virou mãe voluntária?

O olhar de Cebola poderia parar qualquer um em qualquer conversa, exceto a Denise.

– Não respondeu, gats. Mas se ela é mesmo mãe voluntária, você é o pai voluntário?

– EU NÃO SEI, ELA NÃO SABE, PRINCIPALMENTE EU!!!

Denise soube que já era hora de terminar sua entrevista.


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