Daughter Of Water And Ice escrita por Paola Araujo


Capítulo 14
Morta.


Notas iniciais do capítulo

Olá meus queridos leitores. Peço as minhas mais sinceras desculpas, porém irei-lhes dizer quais meus motivos por ter parado de postar.

Inicialmente fiquei sem internet. E como alguns sabem, eu estava no meio de um micro-estágio... Que foi por água abaixo T.T

Mas... Provavelmente vocês irão me matar depois de lerem a este capítulo novo.

Beijos e Boa leitura.



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A uns dez passos de Gray, uma mulher de cabelos azuis olhava para aquela cena. Sua voz morreu dentro de si mesma. Mei estava na frente de Gray segurando a parte pontiaguda da lança de gelo que lhe atravessara o corpo. Pequenas gotas vermelhas manchavam o chão envolta dela que tinha um sorriso nos lábios.

O céu se tornou nublado. As nuvens cinzentas salpicavam pequenas gotas de chuva. Gray olhava para os olhos vermelhos de Mei que falharam mostrando o tom da noite neles. Eram iguais aos de Juvia – pensou.

Ela continuava com um sorriso no rosto e não mostrava dor. Natsu, Lucy e Erza, que chegara com Juvia no momento que a Lança atingiu Mei, olhavam para ela sem entender nada.

Mei apertou o gelo da ponta da lança até se quebrar por completo e ela cair sobre Gray. O mesmo não sabia o que fazer. Segurou a menina nos braços e começou a chorar enquanto a abraçava com força.

-Des... Cul... Pe... Gray... San. - gemia ela.

-Você vai ficar bem. Eu prometo. - dizia por entre os soluços.

-Eu... Não... Pu... De... Pro... Te..Ger... Chang... Juvia... Flare... - gemia cada nome. Sentindo as forças se esvaindo de seu corpo.

-Mei... Fique com os olhos abertos. - Mei deixou uma lágrima escorregar de seu rosto.

-Desculpe... Gray-San. - Gray sentiu suas pernas ficarem frias. Tudo a sua volta começou a congelar. Aria tinha os pés presos pelo gelo, assim como todos. - Eu não vou deixar ninguém mais machucar as pessoas que gosto. - olhava para a criança, que não tinha condições de respirar, se levantar.

Mostrou o seu sorriso tímido e deixou que outra lágrima escorregasse pela sua bochecha. Aproximou-se de Gray, puxou sua camiseta, tirou-a dele e a pôs em si. Depois beijou-lhe o topo da cabeça. A menina olhou para a mulher chuva, olhava-a com uma intensidade maior do que imaginou sentir. Mei não caminhou até ela, pois sabia que se o fizesse iria abraça-la e não querer sair daquele aperto. Olhou para Natsu e Lucy que tinham Chang nos braços e sorriu-lhes também. Olhou para Erza e sentiu mais lágrimas lhe virem aos olhos. Preocupou-se com Flare, seu lado malvado havia-a machucado.

Deu três passos para se afastar de Gray e depois deu as costas para eles. Sentiu seu peito queimar pelo ato. Mas se soubessem a machucariam como outros fizeram. Quis ela fechar os olhos e imaginar-se em um lugar melhor, com todos eles sorrindo. Se ao menos ela não fosse ela. Queria poder voltar no tempo, mas não para muda-lo, mas sim para ter contemplado as beleza que nunca deu importância. Sentiria falta disso.

Tomar decisões como aquela, era muito difícil. Aquelas pessoas iriam fazê-la sentir falta. Mas era algo que não podia levar consigo. Logo a tristeza de suas palavras, que preferia serem ditas em alto e bom som, invadiram a sua mente.

“Nesse labirinto de emoções que não se enxerga o fim, por quem eu estaria esperando? Como se escrevesse num caderno em branco, eu queria desabafar mais honestamente. Do que exatamente eu quero fugir... Será que é da tal realidade?”

“Vivemos para realizar nossos desejos, mas parece que na escuridão da noite esquecemos disso. Por não fazer as coisas com mais segurança. Não tenho nem mesmo um lugar para voltar.”

“Sempre fui muito solitária e triste, e chegar em um lugar que move sentimentos que nunca senti, acaba fazendo-me apegar a eles e depois perdê-los como se nunca tivessem pertencido a mim. Se tornou algo nostálgico. Já até aceitei essa dor. Tenho que me desculpar, por não ter conseguido me expressar direito. Tudo que acontecerá amanhã, as coisas não seguem em ordem. Para me entender é algo simples, feche os olhos, até que veja o que não quer ver.”

“Esses rumores desconhecidos, de quem iremos ouvir pela primeira vez? Irão me afetar, mais do que aquela lança. Eu tentei mostrar quem sou e acabei machucando pessoas preciosas. Mesmo sendo amigo ou inimigo eu continuo a mentir. O coração vermelho parece irritado, sei disso porque queima dentro de meu corpo. A verdade é que eu anseio. Mas nem mesmo sei onde encontra-la. Será que a encontrarei por essa tal de realidade?”

“Vivemos para realizar nossos desejos. O que me dá vontade de gritar.”

“Serei sempre grata a gentileza de todos, por isso quero ser mais forte. Estou a caminho. Para seguir em frente aceito meus amigos e inimigos. Apenas em um futuro distante. Fico pensando em abrir a próxima porta. A história que não volta mais já começou. Mando-me acordar. A vida ainda é muito longa ou curta para apagar esses sentimentos? Pois gostaria de terminar tudo que deixei inacabado.”

-Mei! - ouviu a voz de Juvia entrar em seus pensamentos. Virou-se para vê-la, e a mesma chorava enquanto tentava se soltar da camada de gelo que a Dragon Slayer prendeu a todos. - Não desista! Juvia vai estar aqui! Sempre! - aquelas palavras...

-Sabe... Desde que cheguei aqui... Só sei dizer Obrigada e Desculpa. - conseguiu dizer com um sorriso para Juvia.

Mei tornou a caminhar e ia em direção a Aria. Estava na hora de acabar com tudo. A chuva era para ser utilizada para encher o lugar com sua magia. Logo sentiu que a esfera estava se formando. Mei queria isolar a todos dela e de Aria. Pôs a mão no ferimento que salvou a vida de Gray, doeu um pouco. Mas ela já estava acostumada com a dor. Havia tantas outras dores diferentes, e a que sentiria iria ser a pior de todas.

Se virou para trás e viu que tentavam em vão se soltar do gelo que prendera a todos. Natsu com suas chamas, Gray com o seu próprio poder, Juvia com suas lágrimas e água quente, Erza com suas espadas e Lucy olhava fixamente para menina chorando.

A esfera estava se formando mais rápido do que pensava. Aquela esfera iria prendê-la junto com Aria. Era uma de suas Artes Secretas como Dragon Slayer. E esta magia tinha como dever, apenas libertar quando apenas um sobrevivesse. O gelo que prendeu os magos era outra Arte Secreta, que só os libertaria quando a esfera já tivesse sido completada.

Ouviu seu nome ser pronunciado novamente por gritos e choros. Olhou para trás uma última vez e viu que todos os membros da guilda estavam lá tentando libertar os amigos, que diziam para ajuda-la. Mas suas vozes eram abafadas. Flare correu para onde a menina se encontrava, mas foi parada pelo gelo que começara a impregnar em suas pernas. Flare a olhava com lágrimas nos olhos enquanto esticava o braço para tentar pegar a mão da amiga. Assim como ela todos tentaram, mas o gelo não permitiria que chegassem perto da menina de cabelos de duas cores.

Mei a olhou e sorriu, como fizera com todos. Que pararam para olha-la. E novamente as lágrimas lhe vieram novamente, transformando Magnólia de uma cidade cheia de brilho a uma cheia de tristeza. Engoliu em seco e disse:

-Desculpem-me. Obrigada e... Sayonara. - foi o que disse antes da esfera se fechar por completo.

-Mei!!!!!! - todos gritaram pelo o seu nome. E quando perceberam o gelo que os predia se derreteu. Juvia e Gray correram em direção a esfera.

Gray utilizava sua magia para fazer a esfera se romper e tirar a menina de lá, junto com Juvia. Usavam tudo que estava a sua altura. Quando começaram a ouvir barulhos vindo de dentro da esfera. Juvia gritou o nome de Mei diversas vezes enquanto batia com os punhos na esfera. Gray caíra e socava o chão com raiva de si mesmo por não ter conseguido fazer algo pela criança.

A esfera era enorme, mesmo estando tão longe da cidade dava-se para enxerga-la. As moradores da cidade simplesmente se fecharam dentro de casa com medo da grande bola de tonalidade azul havia aparecido onde havia uma guilda das trevas.

Flare olhava para tudo aquilo perplexa e sentiu os braços de Ryuu a abraçarem e desabou chamando o nome da amiga. A tristeza abateu novamente naquele lugar. Horas depois viasse a todos da guilda cansados de tanto tentarem fazer a esfera se romper, e nem mesmo um arranhão conseguiram. Juvia ainda não se deixou ser levada pela exaustão. Ela deixou muito mais lágrimas se derramarem, antes que Gray a abraçasse e a fizesse parar. E no alto da esfera dava-se para enxergar os escritos.

Eu amo a Fairy Tail.

Minutos depois a esfera explodiu em milhares de estalaquitites brilhantes que caiam como neve. Revelando apenas o corpo do mestre da guilda Phanton Fênix e nada mais que ele. Logo as finas e brilhantes pedaços, que antes eram a esfera, desapareceram sobre o por do sol que era riscado em rosa, roxo e laranja. E com elas todos os vestígios de uma menina de cabelos mesclados.

Enquanto Gray e Juvia levantavam as mãos com o dedo indicador apontando para o céu e o polegar aberto na mão. Aquele sinal, era uma marca na guilda que significava que você nunca estaria sozinho.

"Lembro de conseguir ver as lágrimas escorrendo pela face branca dela. E de todos. De me ver cegar pela vingança enquanto as suas palavras eram o meu sol naquele dia de chuva. O dia da minha chuva. Sinto estar presa a tantas emoções, mas esta dor é tão profunda que me agarro a ela para lembrar do porque estou fazendo isto. Para lembrar de que sacrifícios sempre estarão no meu caminho, e que também para evitar as sombras que circundam o meu sol."

"Aperto o meu coração achando que navegamos pelo oceano de estrelas que se estende diante de nós. Com ternura iremos observar as sombras dos pássaros no chão, levando uma bonita caixa repleta de lembranças. Vamos viajar entre mundos onde cada um de nós escolheremos um destino, buscando um caminho que mudará as palavras que desaparecerão em nosso futuro. Continuamos com o mesmo coração, vivenciando dias conturbados. Vamos nos lembrar para sempre, e voar para que nos tornemos boas memórias. Eles serão boas memórias. Eles terão boas memórias. Eu terei boas memórias?”

“Por que esta canção de ninar parece uma tortura para mim? Por que a voz dela parece doer quando a escuto? Por que ela está aqui, torturando-me em meus sonhos? Por que eu não consigo encontrar em meio a esse amontoado de memórias tristes e dolorosas algo bom? Algum sorriso?”

“Queria tanto que ele segurasse a minha mão. Mas ele está tão longe. Eu estou tão triste, que poderia gritar. Quanto sentimento devo dar pra ser capaz de abraçá-lo. Quero saber se sou refletida, aceita. Quero saber como posso sempre ser feliz. Escondo meus verdadeiros sentimentos e o bater do meu coração. Como sempre, a aflição penetra em minha pele me fazendo incapaz de compreender tudo o que sinto e o que poderei sentir.”

“O procuro? E quando encontra-lo será realmente a mesma pessoa? Não vou mentir que amo este destino, que me dá lágrimas infelizes que machucam por dentro e que deixam os meus olhos secos, pelo menos eles estarão a salvo. Quero sentir o calor que apenas o abraço dele pode me dar, aceitar a todos estes sentimentos quentes, caminhar ao seu lado, sentir o meu coração mostrar um espetáculo de fogos de artifícios para os meus órgãos, sentir os lábios dele sobre os meus.”

“Quero assistir as constelasções que foram separadas se unirem novamente, ver uma estrela cadente para pedir que ele esteja sempre comigo enquanto nossos corações batem descompassadamente. Ao invés de contar infinitas estrelas quero estar conectada a ele. Mesmo que magoe a nós dois, mesmo sendo desajeitada ao dizer minhas humildes palavras, gostaria de manter estes sentimentos que se tornaram preciosos. Estou esperando o sol aparecer por entre as montanhas, mas ele não se mostrará verdadeiramente, porque ele não é o meu sol.”

“O caminho que sempre ando, sozinha, é muito amplo, e apenas me faz sentir só. Se nós caminharmos juntos, serei preenchida com felicidade, e isso será ótimo. Se ele estiver sorrindo, vou querer estar sorrindo também. Parece como se eu fosse a única que desaparecerá. Vento... Por favor, conte suavemente a ele os meus sentimentos.”

“Meu sol. Eu quero sorrir, do fundo do meu coração desejo isso. Quero poder contar tudo que precisa saber de mim, enquanto finjo ser forte. E mostro-me fraca. Contar sobre as coisas que não significam nada. E contar que quero que segure a minha mão, para caminharmos por entre as estações mostrando ao destino o verdadeiro futuro que poderei ter. E contar a você e a quem quiser ouvir. Que eu te amo.”

4 anos depois...

Magnólia tinha um belo sol presenteando a todos os seus habitantes. Duas mulheres faziam compras em uma das poucas feiras que a cidade tem, Uma tinha o cabelo já um pouco comprido e loiro preso em uma trança, enquanto a outra tinha o cabelo azul e que estava em um corte curto. Ambas conversavam e sorriam uma para a outra enquanto uma menininha de cabelos cor de rosa segurava a barra do vestido que a mulher de cabelos longos e loiros usava.

-Lu-Chan, parece preocupada. Saudades de Natsu-San e Chang-San? - perguntou a azulada.

-Acho que sim Levi-Chan. Desde que Chang enfiou na cabeça querer aprender os ataques de Natsu, mesmo o corpo rejeitando a magia de dragon slayer, ele quer aprender de qualquer custo. Isso é o que me preocupa. Acho que o corpo dele vai entrar em combustão a qualquer hora. - dizia a loura com os braços cruzados e fazendo beicinho. Levi riu.

-Também não posso deixar de me preocupar. Ryuu decidiu fazer o mesmo, e Gajeel consetiu e agora estão treinando, mas não tão longe quanto Natsu-San e Chang-Chan.

-Queria saber se os dois não temem pelos meus nervos. - e ambas riram com o comentário. - Aliás aquele menino que é filho do Cobra... Entrou para guilda não é? Desde que soube que Chang ia treinar para aprender as habilidades de um dragon slayer, ele também está fazendo o mesmo com o pai.

-Soube que Seiji-San também está fazendo isso. Mira-Chan não cansa de dizer que vai manda-los todos os dias concertarem as próprias roupas.

-Os dois devem dar trabalho.

-Muito. - riram novamente. Lucy olhou para o seu lado E viu a pequena menina de cabelos da cor dos do pai olhando babando para um pirulito enorme que olhava.

-Kaori-Chan, quer um doce? - perguntou.

-Siiiiimmmmm. - respondera a criança.

-Kaori-Chan é tão lindinha. - comentou Levi quando Lucy comprou e entregou o doce à filha.

-E é. Mas tem o mesmo gênio que o pai. - falou colocando a mão na testa. - Essa semana recebeu muitos presentes de seus padrinhos.

-Em ter falado neles. Como estão? - perguntou com a cabeça baixa a azulada. Lucy também baixou a cabeça se lembrando da tristeza que os dois amigos ainda sentem, mesmo depois de quatro anos.

-Do jeito que o destino, predestinou eles.

-Mas desta forma é muito dolorosa Lu-Chan.

-Eu sei Levi-Chan. Mas depois de uma tempestade sempre se encontra uma bela noite cheia de estrelas que merece ser contemplada.


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Notas finais do capítulo

Onegai (por favor)
Não me matem, caso contrário não irão saber o que vai acontecer nos próximos capítulos.
Aliás, irá ter especiais românticos na história, eles serão incrivelmente curtos, mas estão avisados.

Beijos e obrigada por lerem.



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