Sweet Madness escrita por Lauren Reynolds


Capítulo 5
Capítulo 4 - Baile




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Capitulo 4 – Baile

Toscana, Itália

Aquela era uma tarde dourada, especialmente naquela região da Itália em que as uvas eram mais doces e a luz do sol parecia cobrir as campinas e vinícolas com uma bruma dourada. Havia chovido na noite anterior, então ainda permaneciam resquícios de um aroma característico de terra molhada. Esme não tivera a oportunidade de conhecer a Itália, apenas o país vizinho, a França alguns anos antes.

— És uma bela morada, signore. Certamente o lugar mais bonito que eu conheço. — Ela dissera a Clemente Santi, o dono de uma enorme vinícola e de uma bela e imensa mansão localizada no topo da colina.

— Grazi, signora Esme. Carlisle contou-me que a senhora aprecia vinhos e eu ficaria contente em lhe mostrar o nosso novo vinho. Por hora, vou pedir que os criados arrumem as bagagens.

— Não ficaremos por muito tempo, Clemente. Apenas tempo suficiente para acertarmos nossos negócios e para meu filho Edward ir acostumando-se as vendas do algodão e couro. — Carlisle comentou.

— Realmente seu negócio ampliou, Clemente. Quando estive aqui há apenas três anos, todo aquele lado estava seco e sem qualquer videira. — Roger McCarty comentara, observando um vale onde videiras pequenas estavam sendo cuidadas.

— Perdoe-me a ignorância, signore Clemente. Aquelas videiras não estão secas demais? — Meredith perguntou ao homem.

Clemente Santi sorriu.

— Bem observado, senhora. Eis a questão. Fazemos a uva sofrer e ela nos dá um vinho melhor. Algo como fazer os filhos seguir o caminho dos pais.

— Belo exemplo, signore. — Emmett respondeu de braços cruzados, afinal, ele mesmo gostaria de ir lutar em alguma guerra, mas Roger insistia que ele devia continuar os negócios da família e acabaria por deserda-lo, caso o mesmo fosse.

— Oh, Emmett, poupe-nos querido. — Meredith suspirou. — Dê graças por não estar lutando em algum lugar. Sabe-se lá as condições que o exército oferece.

— Por que não vão andar por aí, meninos? Imagino que a conversa dos adultos é muito chata. — Alice disse sorrindo.

— Irei me retirar e me absterei de comentários, minha cara e doce irmã. — Emmett pediu licença e retirou-se do recinto junto a Edward.

— Oh, Vera, cara mia! — Clemente exclamou quando uma bela senhora de longos cabelos dourados entrou na grande sala e aproximou-se da varanda. — Olhe quem chegou!

— Finalmente! Esperávamos a visita senhores. Esme Cullen e Meredith McCarty, certo? Falaram-me tanto de vossas altezas que eu já sinto-as como minhas confidentes.

— Por favor, chame-me Esme.

— Apenas Meredith. E esta é minha filha Mary Alice.

— Apenas Alice, senhora Vera.

— Vejo que cheguei num momento propício. Vou salvar-lhes a vida e tirá-las da conversa entediante dos homens. — Vera movimentava as mãos enquanto falava, gesto típico dos italianos.

As senhoras foram para uma varanda, onde uma grande mesa redonda foi posta e uma gama de guloseimas, doces e especialidades italianas foram servidas por um par de criados.

O lugar era belíssimo, sem sombras de dúvida. E ali, onde as senhoras apreciavam aquele chá caprichado, havia uma vista estonteante para as vinícolas, porém mais próximo a varanda estavam pequenos arbustos e um enorme jardim, fato que deixou Esme encantada.

— E então, quais as novidades na capital inglesa? — Vera cortou um pedaço de um pão caseiro e serviu-se.

— Continua nublada com suas paisagens extremamente verdes. — Esme respondeu. — Entretanto na cidade os mesmos burburinhos de sempre.

— Sobre os bailes, as novas senhoritas... — Meredith acrescentou.

— A senhorita já debutou, Alice?

— Oh, sim senhora. Há duas primaveras. Um excelente baile! — Alice mostrou-se empolgada em relembrar seu baile.

As senhoras conversavam animadamente e, infelizmente, para Alice, a conversa não se tornou tão interessante. A jovem acabou apenas por desfrutar do chá das cinco que a senhora italiana lhes oferecera. Percebendo que a moça inglesa estava ficando entediada, Vera Santi lhe sugeriu que fosse conhecer a casa, junto a sua dama de companhia e a governanta, proposta que Alice aceitou rapidamente.

O interior da mansão da vinícola Montaltino era suntuoso, entretanto não tinha as mesmas extravagâncias francesas, como os adornos em ouro, joias que ficavam a mostra e pinturas espalhadas por toda a casa. A mansão era em sua grande maioria, decorada com móveis de madeira entalhada. As louças eram de prata, porcelana e algumas peças eram em cobre. Os quartos eram amplos, com janelas enormes e cortinas leves. Aliás, tudo naquela mansão lembrava o clima quente da Toscana.

— Vamos ao jardim, senhorita Alice. Lá tem um lindo gazebo, vais adorar. — A governanta anunciou.

— Estou entediada, Lucy. — Alice dissera a dama de companhia. — És minha única companhia.

— Fico lisonjeada. — Lucy sorriu. — Agora se não se importa, me responda uma pergunta. — ela esperou que Alice assentisse. — Este baile que haverá e que a senhorita irá... Por que o senhor seu pai foi convidado?

— Primeiro, você também irá. Não quero que fiques a toa por aqui, enquanto eu vou sofrer no meio da sociedade italiana e sozinha. — A menina murmurou. — E segundo... Até o que me consta, ouvi dizer que alguns comerciantes importantes da Itália e alguns poucos da Inglaterra estarão aqui. Por que?

— Esta é a parte interessante... Lembra-se que eu havia ido buscar seus chapéus de veraneio e a senhorita teve que ficar em casa? Pois bem, no atelier a senhorita Gabrielle estava irritada porque uma tal B. estava lá e lhe fez tirar todos os chapéus. Ela disse-me que ela viria para cá, porque as únicas que encomendaram chapéus de verão foram a senhora sua mãe, consequentemente você, essa B e sua mãe e três ou quatro famílias a mais.

Alice arregalou os olhos.

“Vamos, Lucy, quero buscar meu vestido antes de voltarmos.” Ela tinha dito a dama de companhia, quando saiam de um pequeno café.

A jovem McCarty dispensara sua carruagem, pelo menos naquele momento, afinal o atelier era próximo ao café em que estava e também porque gostaria de caminhar um pouco e rever algumas pessoas. Quando ela e Lucia, sua dama, estavam aproximando-se do atieler, encontraram com três jovens senhoritas. Alice passou direto, mas pôde ouvir os burburinhos.

“Quem é aquela?” Ângela Weber perguntou.

“Uma McCarty. A solitária.” Isabella Swan respondera. “O que a garota solitária faz aqui?”

“Ela sequer tem um título.” Rosalie Hale comentou.

“Para você é alteza real Condessa McCarty.” Alice alfinetou. “Venha, Lucia.”

Desde aquele dia, Alice tivera uma má impressão daquelas três moças. Eram tão jovens e já haviam se tornado arrogantes e prepotentes. E essa lembrança a fez pensar no que Lucy acabara de lhe falar.

— Dizem na cidade que o real comércio do Duque do Chá é um pouco mais obscuro.

— E é. A senhorita não frequenta os mesmo lugares que nós. Meus pais ainda vivem na periferia e eu ainda os visito, e lá ouvimos este tipo de coisa. O real negócio dos Swan é o comércio de algo ilícito. Não tenho detalhes.

— Veremos.

As manhãs em Siena, província que pertence à região da Toscana, eram diferentes das manhãs na Bretanha, como era de se imaginar. Assim que o sol surgiu no horizonte, os criados do signore Santi iniciaram seu dia. E assim que os primeiros raios de sol invadiram o quarto através do tecido leve da cortina, Edward e Emmett, que dividiam aquele aposento, aprumaram-se em levantar.

Emmett fez um muxoxo. Estava ainda sonolento quando seus pés tocaram o assoalho frio, causando um arrepio e despertando-o; queria dormir mais, aproveitar daquele colchão de plumas que tanto lhe chamava, mas sabia que cedo ou tarde teria que deixar a cama.

Os dois jovens arrumaram-se em trajes mais leves, calças cáqui, botas de montaria, camisa de algodão e suspensório. O clima de Siena não permitia que os mesmo trajes ingleses fossem usados ali.

— Tens que admitir, despertar com uma vista dessa é incrível.

— Poderia desfrutar da mesma vista em algumas horas. — Emmett reclamou.

— Por acaso esquecestes que hoje iríamos deixar os negócios de lado e ir ver a vinícola?

— É claro que não! Quem está com sono aqui? Eu é que não!

— Emmett já está animado para a visita a vinícola, eu imagino. — Roger, seu pai, apareceu na sala de estar sorrindo e abotoando o colete escuro.

— É mesmo uma pena que não possam ficar mais que estes três dias, Carlisle, meu amigo. — Clemente dizia ao amigo, quando chegaram à sala de estar. — Buongiorno! O desjejum está servido na sala ao lado. Acompanhem-me e não façam cerimônia, somos italianos afinal!

Clemente riu alto. Era um homem deveras animado e que não suportava as tradições e as formalidades excessivas do povo bretão.  Quando sentou-se a mesa, dois de seus criados serviram os quitutes do desjejum e deixaram o ambiente.

— O que vais fazer em Siena que exige tanto, Edward?

— Estudar música, signore. — Edward respondeu à Clemente. — Posso sugerir que eu vá a Siena e volte para a vinícola, meu pai, se o senhor necessita de mais tempo para tratar de negócios com o signore Clemente.

— Realmente não é uma má idéia. Serão poucos dias, acredito que não tenha problemas.

— É claro que não terá problemas! Além do mais, se Edward não se importar, Lucy e eu iremos lhe acompanhar. Não perderei a oportunidade de conhecer a cidade! — Uma empolgada e saltitante Mary Alice tomou seu lugar a mesa.

Roger suspirou. Era impossível conter Alice. Felizmente Lucy era sensata para acompanha-la e Emmett, como irmão mais velho, entenderia o pedido de seu pai e acompanharia a irmã.

— Então irei acompanha-las. Deus sabe o que pode acontecer a Siena se Alice estiver à solta! — O rapaz gargalhou alto e fez todos rirem.

A ida para a cidade, tal como a estada dos McCarty e dos Cullen no vinhedo Brunello de Montalcino, foi o motivo das fofocas das senhoras italianas, que eram um tanto avessas à presença de ingleses, principalmente inglesas. Mary Alice e Lucy aproveitaram os ateliers que estavam abertos para inteirar-se do que estava em alta para o baile de negócios em Montepulciano.

(...)

O castelo no topo da colina em Montepulciano estava brilhante. Tochas iluminavam as entradas e os corredores. O salão principal do castelo estava adornado com cortinas pesadas em tom escuro, contrastando com tecidos fluidos e leves dourados. Três grandes mesas foram dispostas em formato de ‘u’, onde os principais convidados seriam acomodados e os outros, não tão importantes assim, seriam acomodados em mesas para oito lugares espalhadas pelo ambiente.

Criados bem arrumados abriam as portas das carruagens e ofereciam um apoio para as senhoras e senhoritas descerem. Enquanto dentro do castelo, um trio de belos homens, um de cabelos negros e lisos, outro de cabelos castanhos, com ligeiras ondas e um louro de cujos cabelos eram lisos e curtos, recepcionavam os convivas que chegavam.

— Buona sera¹, vossa alteza! — O homem de cabelos lisos e negros, que vestia um elegante fraque, fez uma reverência ao Conde Swan.

— Boa noite, Senhor Volturi. É um prazer estar presente esta noite.

— Teremos muito tempo para discutir os negócios, porque não me apresenta as damas?

— Duquesa Renée Swan e minha herdeira, Isabella Swan.

— Não creio que conheçam meus irmãos Caius e Marcus Volturi e, é claro, meus sobrinhos Alec, Demetri e Jane. — Aro apresentou os adolescentes italianos aos ingleses. Isabella fez uma reverência comportada e Charlotte manteve-se um passo atrás da herdeira do Conde.

— Por que a jovem duquesa não faz companhia a Jane? — Caius Volturi pediu, olhando para que Jane, que imediatamente assentiu.

Jane Volturi tinha uma estatura muito baixa para sua idade, entretanto a pouca altura só a tornava mais e mais bonita. Assim como Isabella, a jovem italiana era considerada herdeira de Aro, junto a seu irmão Alec e seu primo Demetri. Os Volturi costumavam dizer que Jane “fazia os anjos de Botticelli parecer gárgulas”.

As duas jovens, acompanhadas por Charlotte, que mentalmente praguejava ficar em bailes como aquele, percorreram o salão, e Jane Volturi apresentava alguns jovens para a nova amiga.

— Vossa Alteza Real, o Duque de Lancastle! — Um guarda anunciou quando o Duque andava a frente de sua família, de braços dados a sua esposa.

Os outros convivas, os que não tinham ascendência real, não eram anunciados e entravam diretamente, mas sempre deviam cumprimentar os anfitriões do baile, como rege a etiqueta. Aro Volturi e seus irmãos, quando aproximaram-se do Duque de Lancastle, fizeram uma longa reverência. Foi o duque quem iniciou a conversa.

— Boa noite, senhores. — Carlisle sorriu.

— Sejam bem vindos, altezas. Divirtam-se e tenham uma noite prazerosa.

Após as devidas apresentações, o grupo que estava com Carlisle dispersou. Edward, Emmett, Alice e Lucy andaram juntos e as damas esperavam pelas bebidas.

— Olhe, Lucy! Suas suspeitas estavam corretas. — Alice cochichou.

— Que suspeitas? — Edward intrometeu-se na conversa, servindo uma taça de um espumante à Alice e Lucia.

— Minha saudosa irmã acredita que este baile tem mais do que um propósito. — Emmett resmungou.

— O duque Swan está presente.

— Alice, nada disso confirma que ele tem negócios ilícitos. — Edward falou após bebericar um pouco do champagne. — E eu sei do que dizem noutras partes da cidade.

— Ora, ora, quem resolveu aparecer. Que mundo pequeno, não? — Isabella Swan foi de encontro ao grupo de Alice McCarty.

 — Os conhece? — Jane perguntou.

— Mary Alice McCarty, se não me engano.

— Para a senhorita é sua alteza real. — Emmett interferiu, percebendo o olhar de desgosto que a irmã fizera. — Quem fala?

— Esta é Lady Isabella Swan, herdeira do Duque do Chá. — Charlotte apresentou Isabella, já que a mesma tinha iniciado uma conversa sem ter sido apresentada.

Os olhos de Edward foram de encontro aos de Isabella. Quem era aquela jovem petulante que burlava as regras da sociedade? Que jovem era aquela que se vestia como uma adulta? Ele perguntava-se.

— Pelo visto nem um baile numa província italiana me livra da companhia da senhorita, não é mesmo? — Alice alfinetou.

— Dificilmente. — Isabella dizia com um ar arrogante. — Meu pai é um importante negociante, é claro.

— Oh, é claro, como pudemos esquecer-nos dos negócios ilícitos do senhor seu pai?

Alice podia sentir o veneno querendo escorrer pelo canto de sua boca. Jamais tinha dito tal coisa para a filha de um duque e, ainda mais, sabendo-se que se tratava de Isabella Swan. Provavelmente sua vida se tornaria um inferno dali em diante, mas não se importava, queria apenas que aquela prepotente e arrogante menina a deixasse em paz.

— Se não fosse pelo real que precede teu nome, tenha certeza que não chegaria a pisar em solo inglês.

— Chega. Não quero desavenças no baile de meu pai. — Jane dizia baixo e ameaçadoramente. Havia algo em sua voz que fez Alice tremer por dentro, todavia, jamais iria demonstrar tal sentimento.

— Por que eu não pego uma bebida para a senhorita se acalmar? — Edward ofereceu-se.

Isabella ficou furiosa, mas logo o rubor da fúria deu lugar a um rubor diferente, um palpitar estranho e uma sensação que ela não sabia nomear... Pareciam borboletas no estômago. E as malditas borboletas desarmaram-na inteira e só o que ela pôde fazer foi acompanhar o formoso rapaz, deixando Jane e Charlotte para trás.

Edward Cullen era um cavalheiro, isso implicava algumas vezes, em fazer coisas que ele mesmo não gostaria de fazer e, ir buscar um pouco de ponche para a senhorita “aparecida” Swan, não era uma delas.

— Não precisava, não é como se eu fosse destruir o baile. — A jovem duquesa teimou.

— Fico mais preocupado com a guerra que se instalaria, caso a condessa saísse prejudicada. — Edward exibiu um sorriso ligeiramente torto. Foi preciso que Bella fizesse algum esforço para manter a concentração.

— Como se fosse necessário. Garanto que tenho mais meios que a realeza. — Ela debochou.

Edward ergueu uma sobrancelha. Quem era aquela garota arrogante?

— É claro, fato que confirma os negócios ilícitos do senhor seu pai e o que realmente está por trás desse baile pomposo dos Volturi. — O jovem duque comentou. — Não seja tola, senhorita Swan. Por mais meios que tenha, nunca vais chegar muito longe se continuar sendo como é.

Enquanto Isabella Swan, a jovem prepotente duquesa, se sentia ultrajada pelas palavras daquele encantador cavalheiro inglês, seu pai tratava com Aro Volturi.

O líder do clã italiano circulava para lá e para cá com uma taça de vinho a mão e sempre acompanhado de uma jovem senhorita de nome Renata. Ela não fora apresentada oficialmente, mas especulava-se que era uma mera acompanhante do italiano.

Aro Volturi, líder de uma rede de tráfico que abrangia toda a Toscana e mais duas ou três províncias italianas, tinha um interesse específico nos produtos que Charlie Swan vendia. Porém, o que Charlie não sabia era que Aro faria de tudo para consegui-lo.

— Tenho um grande interesse em tratar de negócios, senhor Swan. — Aro dizia.

— O que posso fazer pelo senhor, Aro? Folhas?

— As folhas que o senhor trabalha são... Interessantíssimas. Mas o que realmente despertou minha curiosidade, foram os comentários de alguns conhecidos meus.

— E o que eles lhe confidenciaram, Aro?

— Que existe um novo tipo de substância que seu fornecedor misterioso descobriu.

Charlie Swan petrificou. Não demonstrou, porém ficou paralisado por dentro, pois aquela informação não tinha sido divulgada. E as únicas pessoas que sabiam da nova substância era um grupo restrito e, agora, não tão confiável

— Sinto informar-lhe, Senhor Volturi, mas essa informação ainda não é oficial. Meu fornecedor está fazendo testes. — Charlie desconversou.

— Quanto quer para trazer a produção à Itália?

Aro Volturi exibiu um sorriso vencedor. Ele pagaria qualquer fortuna, pois depois esse preço seria ínfimo, perto de seu lucro.

— A produção não está à venda e não será movida.

— Pode escolher qualquer província italiana. Pago o preço que for. Terás o mundo a seus pés. Dominaremos o mundo. Primeiro a Itália e a Inglaterra, depois o resto!

— Meu fornecedor não mudará de ideia. Não está a venda.

— Mudará de ideia, Charlie Swan, tão logo quanto imagina.

Ameaças à parte e embora o clima tenha ficado tenso entre o principal convidado e o anfitrião, para Isabella a festa não podia ter ficado melhor. E Edward Cullen acabara de descobrir que ele ainda podia se surpreender com as pessoas.

Isabella Swan e ele andavam de braços dados, cortesia do jovem duque. E este se interessava cada vez mais pela jovem senhorita, que lhe contava como era a vida da filha de um dos homens mais temidos de Londres.

— Não vejo meu pai com tanta constância quanto gostaria, mas acredito que ele faz o que deve fazer. — Ela dizia sem nenhum remorso.

— Mas passas muito tempo com a duquesa?

— Um pouco. Minha mãe é deveras ocupada, e eu também. — Isabella dizia com ar de superioridade.

— Imagino que a senhorita deva ser realmente bem ocupada. — Ele disse num tom sarcástico que fez a menina resmungar.

— E o que faz na Itália?

— Aulas de balé e artes. Preciso me aperfeiçoar se quero ser uma dama elegante.

— És deveras elegante, embora o caráter não diga o mesmo.

— E o que o senhor faz, alteza, para que me julgue desta forma? — Ela ralhou.

— Inicio as aulas de música e cuidarei dos negócios de meu pai. Por isso estou aqui, não porque aprecio bailes. — Ele respondeu sensatamente.

Ele não iria dizer, mas mesmo repudiando a forma como Isabella parecia tratar os seus, havia se interessado por ela. Ainda era uma menina, mal fizera seus quinze anos e se achava dona do mundo, mas prometia ser uma bela mulher. E o que mais lhe chamava atenção eram os olhos cor de chocolate.

Todavia, enquanto estava perdido em seus próprios pensamentos e procurando ignorar qualquer resmungo que a menina mimada dava, começou a ouvir vozes exaltadas.

Isabella deu uns passos a frente e estreitou os olhos.

— O que meu pai está fazendo?

Irá se arrepender, Charlie Swan! Vai pagar por não aceitar minha oferta!

— Não importa! Não irei me vender como todos os outros! — Charlie gritava.

— Então irá conhecer o inferno, duque! — Aro rosnou.

— Charlotte, pegue Isabella! — Charlie ordenou.

Imediatamente a dama de companhia corria para a menina e a puxava pela mão. Os dedos de Isabella desprenderam-se do tecido espesso do fraque de Edward e escorregaram, deslizando, por último, pelos dedos longos do rapaz. Ela encarou-o uma última vez, sem saber que a partir dali sua vida mudaria drasticamente.

Os senhores Clemente, Roger e Carlisle resolveram fazer o mesmo e mandaram buscar suas carruagens. Juntaram rapidamente os seus e foram para a saída. Edward correu e amparou Lucy, enquanto Emmett corria para junto de Alice e a levava para a saída. Eles não sabiam o que estava acontecendo, mas sabiam que foi a negativa que Charlie deu à Aro, que causou todo aquele furor.

Isabella entrou rapidamente na carruagem, sendo empurrada por Charlotte, quando viu um dos capangas de Aro Volturi agarrarem Renée Swan pelo braço e a segurarem. Charlie avançou sobre os guardas, mas foi impedido por um dos seus.

— Vá embora, Charlie! — Renée gritava e tentava se desprender dos braços do grande homem que lhe segurava.

— Solte-a! Solte-a! — Ele não podia deixar que ela fosse levada. Não Renée, não sua preciosa Renée.

— Vá, Charlie! Vá! Não deixem que a levem também!

Quando Charlie Swan voltou seus olhos para Aro, Caius e Marcus, percebeu o sorriso nos lábios dele e, ao virar-se para Renée, a viu sendo jogada no lombo de um cavalo e um dos capangas subiu e cavalgou, fugindo com a duquesa inglesa.

— Vá! Vá atrás dela! — Clemente interviu. — Sua filha estará segura em minhas terras!

— Papai!! — Isabella gritou, quis sair, mas foi impedida por Edward e Emmett.

— Vá com eles. Cuide dela, Charlotte! — E então o duque do chá se foi. Subiu num cabriolé italiano que estava parado e chicoteou os lombos dos dois cavalos e foi atrás daqueles que levaram sua preciosa Renée. 


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Notas finais do capítulo

Olá meninas!

Bom, primeiramente eu preciso dizer: Cade os reviews de todas vocês no capitulo anterior? Fiquei bem chateada em ver que tive apenas 2 reviews. Sei que as vezes eu demoro a respondê-los, mas ainda sim o faço e, na medida do possível tento mantê-las atualizadas no facebook e, em troca não mereço nenhum comentário?

Por favor, ao final deixem um review, não demora muito, não dó e não custa nada, só me faz feliz :)

Em relação ao capitulo... FINALMENTE o encontro Beward! Sei que não foi tão extenso quanto queriam, mas ainda vai ter muuuito Edward e Bella pela frente. Gostaram? O que acharam da Bella?

E o que acham que vai acontecer no próximo capitulo?
Quero as suposições!
COmentem! :)



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