A porta do banheiro estava fechada,mas eu não precisaria ter uma audição apurada para saber que ele estava lá dento. Seu cheiro amadeirado empesteava o dormitório todo deixando minhas pernas bambas, ele sabia que eu estava do lado de fora porém não fez nenhum movimento para sair de lá. Apesar da porta estar trancada, eu somente apliquei mais de força que o normal que a porta se quebrou na parte da fechadura.

O encontrei sentado com a cabeça enfiada entre os joelhos.Sua respiração ofegante.

—  Edward?

— Não chegue perto de mim.

Ele não levantou a cabeça para olhar pra mim, eu sabia da raiva que ele estava de mim e também que ele estava se controlando para não tomar do meu sangue. Havia algo totalmente diferente entre nós, ele apesar de ser um novato em transformação e ser normal sentir sede de sangue, eu quase podia sentir o sofrimento dele por tentar controlar sua sede por mim.Comigo não era tão diferente,porém sou uma sacerdotisa e sei me controlar.

—  Não adianta tentar resistir Edward.Você não irá conseguir sabe por que?

Quando termino de falar ele levanta a cabeça seus olhos pegando fogo. Raiva e desejo batalhando para ver quem venceria. Ele não me respondeu, então fui em sua direção,andando lentamente e a cada passo que eu dava ele se encostava mais a parede, sua respiração fazendo um ruído alto. Sorri cínica e levei meu dedo indicador a boca, seus olhos acompanhando cada movimento que eu fazia. Agachei ao seu lado, estávamos tão pertos que eu podia sentir seu hálito quente bater de encontro com meu rosto me deixando inebriada. Meu dedo continuava na boca, e o aproximei de uma das minhas presas furando-o. O cheiro no meu sangue se fazendo presente no ambiente, Edward retesou no mesmo instante e se encolheu mais a parede como se fizesse parte dela, fechando os olhos logo em seguida. Tirei o dedo da boca encharcado de sangue.

— Olhe para mim Edward, - e ele olhou seus olhos que até então era de um verde profundo agora estavam com suas pupilas dilatadas, tão negras quanto a noite. Ofeguei, minha respiração acelerou no mesmo instante. - você não respondeu a minha pergunta.

— Eu não sei a resposta.  – Levei meu dedo ainda com a ferida aberta e o sangue pingando até seus lábios fazendo seu contorno, ele gemeu e eu sorri triunfante. Ele passou a língua por onde meus dedos antes estiveram logo depois pegou meu dedo e chupou.

Meu corpo com esse simples toque entrou em combustão, no estante seguinte eu estava no colo dele, porém antes que eu perdesse o controle inclinei-me sobre ele e sussurrei no seu ouvido:

— Por que eu não quero.