Cartas Para Julieta escrita por Luuh


Capítulo 5
Capítulo 5




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/384299/chapter/5

Capitulo 5

Acordei com meu celular tocando, era o Evan.

- Oi – falei com a voz de sono

- Oi meu amor. Desculpa não ter te ligado – falou no telefone – É que está uma loucura aqui, os vinhos estão com um preço muito bom.

- Otimo, como você está? – Peguntei me levantando e olhando para o relógio, 8:30h.

- Tudo bem – ele falou – E você?

- Estou ótima, estou em Siena agora para procurar um cara que ela conheceu a 50 anos atrás. Lembra da carta que eu te falei, ela recebeu e agora estamos nessa aventura e acho que vai dar uma ótima historia – falei

- Isso é ótimo  meu amor. Eu vou tomar café, falo com você depois – ele disse – Te amo

- Também te amo. Tchau – falei e desliguei.

Me levantei da cama e entrei no chuveiro, tomando um banho refrescante e calmo, sai e fui escolher a roupa que eu ia colocar, prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e sai do quarto

Roupa:http://www.polyvore.com/cat_cap_cpj/set?id=92746465

Fui ate o restaurante tomar o café, encontrei Vincent e Claire lá, prontos para mais um dia turbulento na busca á Lorenzo Bartoline.

Vincent parecia mais educado comigo depois da nossa conversa de ontem a noite, acho que ele percebeu que eu não sou a culpada por tudo. Terminamos o café e fomos até o carro, uma hora de viagem.

Paramos em frente a um asilo, onde um dos nossos Lorenzos estava, mas Claire na hora viu que não era ele, so pelo olhar. Ela sabia como os olhos dele eram, mesmo depois de anos, espero que meu amor pelo Evan seja assim também.

Continuamos a viagem, Vincent e eu conversávamos para qual lugar era melhor ir e Claire olhava a paisagem do alto do morro que nós estávamos, mesmo depois de ter visitado mais uns dois Lorenzos ela não perdia a esperança.

Mas a cada um que ia, eu sentia que devíamos perder a esperança, é estranho porque eu insisti tanto em tudo isso e agora eu estava perdendo a esperança. Toquei o meu colar e respirei fundo, eu não podia desistir agora, uma coisa que minha mãe sempre dizia para eu fazer.

Chegamos no hotel depois de uma longa viagem, excluindo mais 4 Lorenzos, entrei no meu quarto e fui direto para o chuveiro, tomei um banho relaxante, coloque uma roupa confortavel e comecei a escrever minha historia.

Roupa:http://www.polyvore.com/cat_cap_cpj/set?id=93030573

- Oi Evan – atendi meu celular no primeiro toque.

- Oi meu amor – ele falou – Como passou o dia?

- Bem, o dia foi cansativo – falei e peguei o cardápio do hotel – Estou indo jantar agora.

- Não quero te atrapalhar – ele falou e riu – Estou com saudades

- Eu também – falei

- Mas daqui a 3 dias nós estaremos juntos novamente – ele falou e eu sorri.

- Sim. Eu te amo – falei

- Eu também. Tchau – ele falou

- Tchau – disse e desliguei.

Liguei para o hotel para pedir o jantar, e me sentei em frente ao meu notebook e comecei a passar o que estava no meu caderno.

Tudo começou com uma simples viagem para Verona, a cidade de Romeu e Julieta, não imaginava que conseguiria mudar a minha vida.

 A casa da Julieta era um lugar perfeito, tirando o fato de que todas as mulheres choram ao escrever a carta a ela, pedindo ajuda sobre conselhos amorosos. Como se a Julieta tivesse tido uma ótima paixão.

Claro que eu falo da tragédia, mas tirando a morte dos dois, foi algo tão repentino, quase magico que aconteceu, ninguém imaginaria que no dia seguinte que você conhece um cara você se case com ele, mas ela fez.

Ela estava apaixonada por Romeu e ate morrer por ele, ela morreu, uma coisa difícil de se ver hoje em dia, um amor forte que faça você morrer. Digo na vida real porque, em filmes, isso acontece.

Mas naquele dia que fui até o restaurante e conheci as secretaria da Julieta e que elas respondiam as cartas foi ainda mais legal, só não esperava me tornar uma delas, ajudar a recolher as cartas e envia-las ao correio, não é muita coisa, mas...

Foi ai que eu encontrei a carta, foi repentino, era apenas uma carta, mas o que me chamou a atenção foi o estado da carta, uma das secretarias me olhou curiosa, o envelope amarelado com a escrita meio apagada.

Claire Smith, Oxford – Inglaterra.

So abri quando estava com as outras secretarias, eu li em voz alta, aquelas palavras foram tão profundas e românticas que me fez querer ajudar aquela mulher que eu não conhecia.

“Não fui me encontrar com ele, Julieta.

Não fui me encontrar com o Lorenzo, seus olhos inspiravam tanta confiança, prometi que me encontraria com ele para que fugíssemos juntos porque meus pais não aprovam nossa união, em vez disso eu o deixei esperando por mim debaixo da nossa arvore, pensando onde eu poderia estar.

Agora estou em Verona e volto para Londres de manha e estou com tanto medo por favor Julieta me diga o que fazer. Meu coração esta partido e eu não tenho ninguém pra falar.

Com amor, Claire.”

Ficou lá por 50 anos, e nunca ninguém achou e eu sei que foi o destino que me colocou diante aquela carta.”

Alguem bateu na minha porta e tinha um garçom em frente a ela, com a minha janta, ele colocou a janta na mesinha e eu coloquei tudo na minha conta. Na hora que ele saiu apareceu o Vincent em frente a minha porta, o garçom saiu e Vincent entrou.

- Oi – falei – A Claire está com você?

- Não, ela foi dormir mais cedo – ele falou – Na verdade eu queria chamar você para jantar, mas.. – Ele apontou para a mesa.

- É que eu comecei a escrever a minha historia – disse olhando para o meu note.

- E como ela está indo? – ele perguntou sorrindo

- Ótima – falei

- Eu estou nela? – ele perguntou

- Provavelmente sim – falei e ele foi ate o note

- Deixa eu ler então? – ele pediu já puxando o note pra ele.

- Mas é claro – falei e fechei o note – que não

- Como vou saber que eu estou sendo retratado da forma correta? – ele perguntou

- Posso te falar que eu vou escrever você direitinho – falei e comecei a empurrar ele pela porta – Boa noite Vincent

- Boa noite  - ele falou e ficou parado na porta

- Boa noite – falei e ri pra ele – Boa noite Vincent

Abri a porta e emburrei ele para fora.

- Boa noite então – ele falou e eu fechei a porta na sua cara

- Boa noite Vincent – falei da porta

- Essa é aquela ocasião em que a pessoa diz o oposto do que ela quer dizer? – ele perguntou do outro lado.

- Não. Boa noite Vincent – falei de novo rindo.

- Boa noite Catherine – ele falou e eu escutei ele saindo de perto da porta.

Voltei para a mesa e continuei a digital, comendo a minha janta.

Acordei na manha seguinte e pus uma roupa qualquer, fui no banheiro e sai para tomar café, estava sentada na parte aberta do hotel, o sol já estava alto e o dia sem nuvens, estava escrevendo o rascunho do meu livro quando Vincent se sentou na minha frente.

Roupa:http://www.polyvore.com/cat_cap_cpj/set?id=92750860

- Bom dia - ele falou

- Bom dia – respondi olhando para ele

- Hoje a vovó resolveu ficar na cama – ele falou mordendo uma maça

- Esta tudo bem com ela? Ela precisa de alguma coisa? – perguntei

- Não, ela esta ótima – ele falou – eu estava pensando em dar uma volta por Siena, já que estamos aqui.

- Boa ideia – falei pra ele

- Imagino que você vai querer escrever o seu livro? – ele perguntou e eu olhei para o caderno – Tudo bem, continue trabalhando. – e se afastou.

- Vincent – o chamei e fechei o caderno – Já que estamos aqui...

Guardei o caderno na minha mochila e fomos até o carro dele, Siena não ficava tão longe do hotel, uma meia hora, mais ou menos. A cidade é magnifica, os prédios antigos e bonitos me deixou encantada.

Vincent estacionou o carro em um lugar e ficamos andando a pé, passamos em frente a varias lojinhas e eu tive que comprar coisas para a minha irmã Heather, que ficaria louca se eu chegasse em casa sem nada de lembranças da Italia.

Comprei uma garrafa de vinho para o meu pai e para o Joe, que devia estar morrendo de saudades de mim, tirei varias fotos e fotos até com o Vincent o que foi engraçado.

- Odeio elogiar você, mas o que você está pela Claire é incrível – falei enquanto andávamos pela rua meio movimentada – Eu sei que você deveria preferir passar as férias em outro lugar, você se ofereceu ou seus pais pediram pra você fazer isso?

- Meu pais morreram quando eu tinha 10 anos – ele falou e olhou para mim

- Eu sinto muito – falei e olhei pra ele envergonhada

- Eu agradeço a preocupação – ele falou – a Vovó perdeu um filho e eu perdi meus pais, infelizmente eu não acredito em finais felizes. A vovó fez um trabalho incrível em me aceitar, eu era meio bravo e ignorante por causa do acidente e fez de mim o cara que eu sou hoje – ele falou brincando

Passamos em frente a grande igreja de Siena, onde varias pessoas estavam reunidas no pati da frente para tomar sol na grande praça.

- E o seu noivo? – ele perguntou – não deve estar se sentindo solitário?

- Evan nem deve estar sentindo a minha falta – falei – ele se diverte quando o assunto é comida – falei – Não tem namorada?

- Mais ou menos – ele falou – O nome dela é Alex, estamos meio brigados e juntos ao mesmo tempo. É uma historia complicada.

- Sempre são complicadas – falei

- Nós estamos namorando há uns 8 anos, nós conhecemos na faculdade e agora nós começamos a ter uns problemas, mas não terminamos totalmente – ele falou e nós sentamos para tomar sorvete.

Ele pediu o meu caderno para ler, e depois de muita insistência eu deixei ele ler, enquanto tomava sorvete, eu estava ficando um pouco nervosa pelo que ele estava lendo, aquilo era so um rascunho, muitas coisa eu iria mudar, mas do mesmo jeito.

- Chega – falei e puxei o caderno de sua mão, guardando dentro da minha mochila

- Você escreve muito bem – ele falou e eu deu uma risada

- Obrigada – falei

- É serio, você escreve muito bem mesmo. Porque nunca mostrou seu trabalho pra alguém? – ele perguntou

- Nunca acho que está pronto – respondi – Sou perfeccionista

- Isso é uma forma de dizer que você é covarde – ele falou para mim – Você é uma ótima escritora, porque ainda é detetive?

- Amo o que eu faço, escrever é so um hobbie – falei e passei o sorvete na cara dele e dei risada

- Porque você fez isso? – ele perguntou,

- Eu não sou covarde – falei e ele passou o sorvete na minha cara

- E eu não sou cavalheiro – ele disse e fizemos uma guerrinha com o resto do sorvete, até que a minha casquinha quebrou.

- Acho melhor voltarmos para Claire – disse pegando um guardanapo e limpando a minha cara.

- Muitos Lorenzos pela frente – ele disse limpando a sua cara

Vincent ligou para Claire, falando que nós estávamos indo buscar ela, para procurarmos o Lorenzo. Claire estava nos esperando e começamos nossa aventura.

O primeiro Lorenzo saiu correndo atrás da gente e so dava par escutar sua mulher gritando.

- Ele é inútil, pode leva-lo – Nós demos risada com isso e voltamos a nossa rota.

Achamos um feirante, um padre, um dono de restaurante que logo de cara mandou um beijo para Claire, demos muita risada com o cara, enquanto estravamos no carro ele continuava a mandar beijos para Claire.

Estava escurecendo e voltamos para o hotel, tomei um banho e coloquei uma roupa para ir jantar, Vincent estava me esperando lá, falando que Claire já tinha ido dormir, nós estávamos comendo algumas coisas de petisco e tomávamos vinho branco.

Roupa:http://www.polyvore.com/cat_cap_cpj_jantar/set?id=92749412

- Você é tipo os Montecchio – falei

- A claro, da historia – ele falou – Pelo menos eu não sou o Romeu.

- Não você não é mesmo – falei rindo

- Não sou mesmo porque se eu achasse o amor da minha vida eu não ia ficar la como um idiota, sussurrando coisas românticas para não ser pego, eu iria arrancar ela da sacada e ficaria com ela – ele falou e me olhou nós olhos

- Acredita em destino? – perguntei sem quebrar o contato visual

- E você? – ele me perguntou em vez de responder.

- Acho que acredito, acho que o meu destino queria que eu estivesse aqui agora, com você, com a Claire – falei e dei risada.

- Claro a Claire – falou e eu ri, terminando o meu copo de vinho.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Desculpe a demora, mais aqui o capitulo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Cartas Para Julieta" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.