Cartas Para Julieta escrita por Luuh


Capítulo 4
Capítulo 4




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Capitulo 4

Acordei as 7 horas, tomei um banho e coloquei a roupa que eu tinha separado e deixei meus cabelos soltos, guardei o que tinha ficado pra fora da mala e sai do hotel, não fechei a conta, já que em 3 dias eu estaria de volta e o Evan chegava um dia antes que eu.

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As 8 horas Vincent apareceu em frente ao restaurante, ele colocou minha mala no porta malas e eu se sentei no banco de trás, Claire me recebeu com um sorriso e Vincent voltou ao banco do motorista e começamos a viagem.

Mandei uma mensagem pro Evan falando que estava tudo bem e recebi uma resposta dele falando que ele não podia falar mais porque estava muito ocupado. Já estava ficando perto da hora do almoço e Vincent parou o carro em um morro com uma mesa de pedra e uma arvore com uma ótima sombra.

Claire pegou os lanches que eles tinham comprado antes e nós começamos a comer, Vincent se mostrou ser um jovem que ama sua avó, mas é muito metido.

- Quanto tempo você passou com o Lorenzo? – perguntei

- Cada segundo que podíamos – ela respondeu – Eu o encontrava nos intervalos da aula ou as vezes ia ate a fazenda onde ele trabalhava, sentávamos em uma sombra de arvore e comíamos pão com tomate e azeite.

- É tão romântico – falei imaginando a cena.

- O que tem de romântico ficar comendo na terra? – Vincent falou arrogantemente.

- Na terra?

- A terra, que ele amava. Ele adorava falar comigo sobre a chuva e sobre as fontes de agua fresca, nós caminhavamos bastante e deitávamos na grama seca e eu ainda lembro do cheiro do seu suor, de terra e ar puro – ela falava de olhos fechados, como se estivesse vivendo o momento.

- Chega vovó, eu já entendi – Vincent falou interrompendo a avó

- Então é como se você estivesse pronta pra reencontrar sua alma gêmea? – perguntei

- Para, a alma gêmea da minha vó foi o meu avó. Não vamos invalidar a minha existência – Vincent quase gritou e saiu de perto da gente.

- Desculpa, eu sinto muito sobre o que eu disse, eu não queria.. – comecei a pensar na minha desculpa

- Não ligue para o Vincent. Ele é como o meu marido, acha que o amor é apenas hormônio, mas no fundo tem um coração quente e cheio de amor – Claire me disse e nós olhamos para Vincent – Agora me fala sobre o rapaz que você ama.

- Evan – falei e suspirei – O Evan é um cara incrível, ele trabalha comigo na policia, como medico legista e agora ele vai abrir um restaurante, é bom pra ele. Ele vai sair um pouco do necrotério, é meio nojento lá em baixo, mas ele é um excelente cozinheiro. E essa viagem é para ele visitar os fornecedores dele. Na verdade, ele está em Livorno em um leilão de vinhos.

- Deve ser divertido – Claire falou

- Pra ele é – respondi abaixando a cabeça.

- Mas seus pais gostam dele? – ela me perguntou.

- Meu pai e minha irmã sim, minha mão foi assassinada na minha frente quando eu tinha 18 anos, minha irmã tinha 15 anos. Foi por isso que eu entrei na policia, a morte dela mexeu comigo e então. – falei

- Eu sinto muito – Claire me falou

- Tudo bem, faz bastante tempo, 10 anos – falei.

Vincent se recompôs e nós voltamos a nossa viagem por Siena.

Foi uma viagem de mais uma hora e meia e paramos em frente a uma casa, Claire bateu na porta e ficamos esperando, Vincent ficava me olhando com raiva e ódio, seus olhos falavam que aquilo era culpa minha.

Um homem apareceu e seu nome era Loreno Bartolini, assim como Claire disse, mas segundo ela, não era o seu Lorenzo.

Achamos um hotel em Siena, abrimos a hospedagem e Vincent decidiu ir para a piscina, coloquei um biquíni e uma saída de banho, peguei minha bolsa e coloquei meu notebook, um mapa, protetor solar e dinheiro.

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Encontrei eles na piscina e comecei a procurar no banco de dados o nome Lorenzo Bartolini na região da Toscana e conforme ia aparecendo eu ai marcando no mapa, no final nós tínhamos 74 Lorenzo’s.

- 74? – Vincent ficou chocado – Acabou. Amanha voltamos para a Inglaterra.

- Vincent fica quieto – Claire falou  - Catherine o que você acha?

- Vovó o que ele acha? Ela não pensa! Essa foi uma ideia brilhante mais fim, acabou, achamos o Nemo.

- Olha, eu posso reduzir as opções considerando o lugar e o que Claire me contar. Eu trabalho com isso. – falei

- Claro detetive – ele falou.

- Quer ver o distintivo? – perguntei

- Não. Mas isso é loucura – falou ele olhando os 74 Lorenzos Bartolines

- Vincent, vai dar o seu mergulho – Claire falou – Estamos trabalhando

Ele foi até a borda da piscina e tirou o roupão, mostrando um corpo definido, se fosse a minha irmã, ela estaria falando que ele é super gostoso, mas como eu não sou, vou apenas dizer que ele é um cara que se preocupa com o corpo.

Mas não da pra negar, ele é mesmo super gostoso, e os braços... FOCO CATHERINE você esta noiva, você ama o Evan. Claire percebeu meu olhar em seu neto.

- Ele é um cara muito bonito não é? – ela me perguntou sorrindo e eu apenas ri.

- Tem certeza que Lorenzo não deixaria essa região? – perguntei desligando meu computador e pegando o mapa.

- Tenho, ele amava esse terra – ela falou olhando o anel em sua mão, que estava preso em uma corrente.

- Será que eu posso...? – perguntei apontando para o colar.

- Claro – ela me entregou.

Peguei a corrente em minha mão com muito cuidado, coloquei sobre os Km da região que estava em baixo da folha e coloquei no ponto do lugar onde estávamos e fiz um circulo, usando o anel para deixar o perímetro perfeito

- Nossos Lorenzos – falei devolvendo o colar para Claire

- Tem certeza que vai ter tempo pra tudo isso? – Ela me perguntou

- Sim, meu noivo vai demorar um pouco para voltar ao nosso hotel – falei

- Então está ótimo – Claire falou.

- O que aconteceu? – Vincent perguntou vindo ate nós na mesa

- Catherine vai poder vir com a gente – Claire falou para seu neto.

- Que divertido – ele falou.

Ficamos mais um pouco na piscina, eu dei uns mergulhos e fiquei ainda mais irritada com o Vincent e com seu jeito e fora as olhadas que ele me dava de ódio. Tomamos um café ali na beira da piscina mesmo e depois fomos nós arrumar para continuar com a nossa viagem.

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Entramos no carro, peguei minha mochila, peguei meu caderno eu comecei a escrever.

“Depois daquele dia no muro, encontrei uma carta, escrita á 50 anos e algo em mim dizia para responder e foi o que eu fiz, eu respondi aquela carta e 2 dias depois, recebi a confirmação de que ela tinha chegado.

A carta era de uma mulher totalmente apaixonada por um cara, eles queriam fugir, se casar, mas os pais dela não iam permitir, então ela recorreu a Julieta e mandou aquela carta e eu respondi.

Claire Smith apareceu 2 dias depois a procura de seu grande amor, Lorenzo Bartolini, junto com seu arrogante neto Vincent Keller. Ele acha que é loucura, ele não acredita no amor.

Me ofereci para ir junto procurar o Lorenzo e eles deixaram, nossa aventura começou hoje e logo achamos um Lorenzo Bartolini, mas não era o Lorenzo da Claire, então vamos continuar a procura dele.”

Vincent parou o carro e Claire foi procurar o Lorenzo em uma casa com uma grande varanda, onde havia dois senhores jogando Xadres, um deles era Lorenzo Bartolini, mas Claire olhou para nós com olhar decepcionado de que não era o Lorenzo ainda.

Continuamos e achamos um porto, com um cara muito estranho que nos falaram que era o Lorenzo, Claire logo de cara já falou que aquele não era o Lorenzo, isso nós vez voltar para o carro e olhar para o mapa.

Vincent ia olhando as melhores rotas para achar o Lorenzo, ele decidiu o lugar do próximo, seguimos o caminho e chegamos a um luxuoso casarão.

- Não seria incrível vovó, do cara que trabalhava na terra para o cara que manda na terra? – Ele falou com tom de comedia.

Claire apenas riu, assim como eu, não consigo pensar como alguém é tão estranho... Ela falou com Lorenzo, não era ainda o Lorenzo, eu não sabia que era tantos assim e como alguém em uma mesma região pode ter o mesmo nome?

- Eu poderia ter sido feliz aqui – Vincent falou para mim enquanto Claire voltava para nós.

- Não acredito que você disse a palavra Feliz – falei.

- Eu disse que poderia, não que eu seria. Não fique animada – Ele me falou e Claire apareceu para nós.

- Estou cansada. Vamos para o hotel?- Claire pediu

- Claro vovó, nós vamos – Vincent falou.

Vi que já estava escurecendo, cada um foi para seu quarto eu tomei um banho e coloquei uma roupa para ir jantar, encontrei Claire indo para o restaurante no meio do caminho e fomos juntas.

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Vincent já estava lá, bebendo uma taça de vinho e mexendo no celular. Nos sentamos na mesa e pedimos a comida e vinho. A conversa estava ótima, ate dava para ver que Vincent não era tão arrogante assim.

- Vincent fala para Catherine o seu trabalho no hospital Geral de Nova Iorque – Claire falou.

- Nova Iorque? – Perguntei surpresa – Achei que você morava em Londres com a Claire,

- Estou passando as férias em Londres – Vincent falou – Mas trabalho no hospital, na ala das crianças.

- Nossa, não achei que você fosse tão carinhoso – falei e ele sorriu.

- Pensou que eu fosse o que? – ele perguntou.

- Cover de alguma banda, se achando o Bad Boy e coisa assim – falei

- Muito engraçado – ele falou

- Boa Noite crianças, eu vou dormir – Claire falou e se levantou. Me deu um beijo na testa e abraçou o Vincent – Não briguei.

Bebi mais um gole de vinho e Claire saiu do restaurante

- Ela é incrível – falei

- Dessa vez eu respeito a sua escolha de palavras – ele falou

- Muito obrigada – falei zoando

- Não tem de que – ele disse e bebeu o seu vinho – Vamos para a cama também? – ele perguntou e eu o olhei – Por mais que eu quisesse tomar mais uma garrafa de vinho, eu...

- Não, pode ir dormir Vincent, você está precisando – falei

- Então, boa noite – ele falou e se levantou

- Boa noite – falei e ele saiu.

Coloquei mais um pouco de vinho na taça e escutei ele atrás de mim.

- Desculpe – ele falou e eu me virei – Eu não fui educado

- É, eu percebi isso desde do primeiro dia em que nós conhecemos – falei olhando pra ele

- É que você desperta o pior em mim

- Então a culpa é minha? – perguntei rindo

- É todo culpa sua, você escreveu aquela carta, mas mesmo assim, eu te acompanho ate o quarto. – Ele falou e me esperou a acabar a taça e colocar tudo na minha comanda.

Nós saímos do restaurante e caminhamos lentamente ate o meu quarto, a noite estava tão agradável e bonita, era bom escapar da confusão de NY e dos crimes.

-Sabe, eu não sou o garoto certinho e tenso que você pensa que eu sou – ele me falou

- Tá, e fui eu que te obriguei a dizer que o amor verdadeiro é besteira? – perguntei

- Culpado – ele disse- é que eu estou muito preocupado com a Claire, eu sei que ela parece forte, mas a vida dela nem sempre foi fácil. Eu sou arrogante por ser assim?

- Não, mas eu tenho um bom pressentimento sobre isso – falei e paramos em frente ao meu quarto – Boa noite Vincent

- Boa noite – ele falou e saiu.

Me preparei para dormir e olhei meu celular, nada do Evan, dormi com o celular na mão.


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