Friendly Living escrita por Meire Connolly


Capítulo 33
Capítulo XXXIII. Hiccup


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeei pessoal! Como vocês estão? Natal chegando, uhul!
Então, eu tive que mudar praticamente todo o roteiro, e já decidi o que vai acontecer com o triângulo amoroso Merida/Hiccup/Astrid. Eu também já acrescentei o Natal e o Ano Novo aqui. Como algumas pessoas responderam, eu decidi fazer um especial — êh! Eu preferi fazer de Natal, pois queria dar um destaque maior a presentes que eles vão ganhar e alguns outros esclarecimentos.
Então, o Natal vai ser citado na fanfic. Sim. Mas, não terá nada de Natal aqui no Nyah. Eu decidi fazer um Especial — e acreditem, pretendo deixar bem grande — e irei postar no tumblr. Mas, antes do Especial, pretendo postar mais um capítulo! Isso aí! Mas não tenho certeza.
Ok, eu mudei a capa da fanfic novamente, mas ainda não estou satisfeita. Nunca ficarei satisfeita com uma capa. Argh, isso me irrita. Em todo caso; aqui está mais um capítulo!
O capítulo acabou de sair — tirei o dia para escrever em FL, fiquem felizes! Então, se tiver algum erro, falem-me, ok?
Oh, claro, eu ainda não respondi os reviews, mas responderei em breve — no momento, tenho que ajudar minha mãe, e me concentrar em escrever o próximo capítulo e o Especial de Natal. Espero que consiga.
Mas, prometo, que responderei a todos, juro juradinho.
Agora, o capítulo do Soluço.
Boa leitura!



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HICCUP HADDOCK HORRENDOUS

 

Soluço passou a mão no cabelo, bagunçando-o novamente. Astrid tinha sua mão no ombro do menino, apertando de vez em outra, mostrando que estava ali, e que o ajudaria no que fosse preciso. Seu pai estava sentado em outra cadeira. Parecia calmo. Mas Soluço sabia que ele estava nervoso. Merida batia o pé no chão, fazendo um barulhinho acolhedor.

Eles já estavam ali fazia uma hora quando Rapunzel entrou pela porta sendo acompanhada por Henry.

Soluço levantou os olhos, fitando a amiga, que correu na direção do moreno. Soluço levantou-se e abraçou Rapunzel. Sabia que essa situação não era tão preocupante quanto se Jack tivesse levado um tiro, ou algo assim; entretanto, o rapaz se assustou ao perceber que Rapunzel estava realmente preocupada. O moreno tinha certeza de que a loira odiava o albino.

— Desculpe pela demora — pediu num sussurro soltando o rapaz. Henry se aproximou.

— Ei, eu conheço você — o loiro falou num sussurro. Soluço apenas assentiu, esticando sua mão para Henry, que apertou ainda duvidoso. — Era você que o Jack... — sua voz parou no momento em que Henry se lembrou do acontecido.

Soluço apenas assentiu.

— Jack sempre me conheceu — explicou sentindo uma dor aguda no coração. — Ele só conseguiu ser idiota demais para fingir que não me conhecia — comentou cruzando os braços e baixando a cabeça, levantando-a logo em seguida. — Para não perder a popularidade, sabe — falou dando um sorriso forçado.

Henry o olhou com pena.

— Desculpe-me — pediu logo em seguida. Soluço apenas assentiu. Sabia que o pedido de desculpas de Henry era pelo o que havia ocorrido depois. Ele ficou ali, falando palavras para Soluço, dizendo que talvez Jack o houvesse esquecido.

Soluço virou-se para Rapunzel.

— Não sabemos de nada ainda — informou a menina, que apenas assentiu. — O médico falou que assim que tivesse notícias viria nos avisar.

Rapunzel apenas balançou a apenas e sentou-se ao lado de Merida, que pegou na mão da loira e lhe deu um olhar carinhoso. Henry sentou-se ao lado da loira, e começou a bater o pé no chão, fazendo aquele barulhinho confortável que Merida estava fazendo antes.

Soluço voltou a se sentar.

Não sabia o real motivo de estar ali. Quando Rapunzel lhe ligou e falou que Jack estava no hospital, o menino não pensou duas vezes em avisar Stoick e ambos irem correndo ao mesmo. Astrid ficou sabendo depois, quando Soluço a telefonou, e veio o mais rápido que pode.

Entretanto, assim que Soluço chegou ao hospital, perguntou sobre Jack Frost, ouviu as palavras do médico, dizendo que o menino iria fazer alguns exames, mas que assim que tivesse um resultado ele voltaria e avisaria; o moreno se perguntou o porquê de estar ali.

Oras, Jack já não era mais seu melhor amigo.

Poderiam morar na mesma casa, se ver todos os dias, e irem para a mesma escola; porém já não se falavam mais, ignoravam um ao outro, e fingiam que a existência do outro era simplesmente algo irrelevante. Soluço nunca quis isso. Mas depois de Jack ter o ignorado, e falado coisas que fez o moreno se sentir realmente magoado, Soluço sabia que Jack agora era irrelevante.

Mesmo assim, veio o mais rápido que pode para saber o que estava acontecendo com o menino.

Soluço levantou-se, cansado de ficar sentado. Andou até a cafeteria do hospital e pediu por uma xícara de café. Esperou alguns minutos para poder pagar e sair. Preferiu ficar ali. Sentado, sozinho, bebericando seu café.

Estava preocupado com as coisas que vinham acontecendo com sua vida.

Uma mulher misteriosa havia batido na porta de sua casa mais cedo. Ela o olhou assustado, e mesmo assim com um olhar fraternal que deu medo no moreno. Após chamar seu pai, e ver a reação de Stoick, Soluço decidiu subir. Não escutou conversas, ou qualquer outra coisa. E realmente não deveria escutar.

E isso nem era o pior. Stoick, depois da visita dessa mulher, começou a agir de modo estranho, e a falar sobre a sua mãe. Soluço não gostava quando tocava nesse assunto. Sentia falta de sua mãe, mas mesmo assim, não gostava de falar sobre ela. Stoick havia dito que ela tinha morrido no parto do rapaz. Entretanto, naquele dia em especial, ele disse que ela o havia abandonado. Os dois. O que deixou Soluço preocupado com o pai, e o questionou se aquilo era realmente verdade.

Mas a dor nos olhos de Stoick dizia que aquilo era verdade.

E depois daquilo, Soluço foi para o seu quarto e chorou. Passou mais de anos se culpando pela morte de sua mãe, e quando realmente descobre que não foi o culpado, fica sabendo que ela o abandonou. Que abandonou os dois. Seu pai, e ele. Aquilo era uma notícia e tanto para um dia.

— Soluço — Astrid o chamou aparecendo perto do menino. O moreno se virou para a garota, com uma sobrancelha arqueada. — O médico veio dar notícias — informou o garoto, que rapidamente parou de bebericar seu café e saiu dali, deixando o mesmo na xícara em cima do balcão.

Assim que os dois chegaram à sala de espera onde estavam, um homem, de fios loiros, jaleco branco e olhos azuis cansados; estava falando sobre o paciente que eles estavam esperando.

— Não foi nada muito grave — foi o que Soluço escutou assim que chegou próximo ao grupo reunido. — Ele está descansando agora, mas vocês poderão visitá-lo — o homem falou e então deu um sorriso calmo, saindo dali.

— O que ele tem? — Soluço perguntou a seu pai, que se virou para encarar o filho.

— Nada muito grave — repetiu as palavras do médico que estava segundos atrás ali. — O braço dele estava de mau jeito, mas conseguiram dar um jeito. Ele não quebrou nada, só está com dor pelo corpo todo — informou o filho, que apenas assentiu. Stoick pegou no braço do moreno e o levou para um canto mais afastado. — O Doutor Gobber quer falar com a gente depois — o homem sussurrou, e Soluço apenas assentiu. — É um assunto grave, Soluço, então não conte a ninguém — pediu com a voz grave.

— Ok — sussurrou de volta, sentindo uma curiosidade tremenda dentro de si.

Soluço viu Rapunzel, Merida e Henry adentrando mais ao hospital, e puxou seu pai e Astrid para irem atrás deles e verem o que houve com o rapaz. Seguiram por um corredor bem iluminado, mas que dava calafrios em Soluço. Ele simplesmente odiava hospitais. Eram horríveis. Claro, eram pro bem para a população. Mas mesmo assim, eram horríveis.

Merida abriu uma porta, e então eles entraram em um quarto grande. Haviam dez camas todas posicionadas e com cortinas próximas as mesmas. Viu que três cortinas estavam totalmente fechadas, e a de Jack estava entreaberta. O rapaz segurava um pedaço de bolacha e brincava com a comida, em vez de colocá-la na boca.

Stoick foi à frente e abriu a cortina com rapidez, assustando o garoto de fios brancos que largou a bolacha e quase derrubou a bandeja que estava em seu colo. Stoick correu na direção do menino e então o abraçou de leve pegando Jack totalmente desprevenido. Oras, Stoick era pai de Soluço. Soluço havia brigado com Jack. Seria estranho ele agir normal com o rapaz de fios brancos.

— H-hei — Jack sussurrou ainda assustado. Soluço percebeu Henry caminhar na direção da cama do colega de time. O rapaz ficou atrás de todos, próximos as cortinas. Merida foi logo atrás de Stoick, e fitou a bandeja de comida de Jack, o que fez Soluço sorrir. Rapunzel seguiu Henry, entretanto, ficou um pouco para trás também. Astrid pegou na mão de Soluço e apertou.

Soluço sabia que Astrid se sentia culpada. Não por ter feito os dois brigarem, mas por ter feito os dois confessarem a briga sem que algum deles quisesse. Foi ela quem chamou Jack para estudar junto a eles. Entretanto, isso não incomoda Soluço. Gostava do fato de sua namorada saber da briga. Era bom. Não só para ele. Para eles.

— Cara, o que diabos aconteceu com você? — Henry perguntou. Havia sentado em um banquinho e se aproximado o suficiente da maca onde Jack estava. O rapaz de fios brancos estava somente com uma regata, e um lençol azul cobrindo de seus pés até sua cintura. Soluço percebeu que Jack também tinha os fios sujos, assim como o braço que estava sem a tipóia.

— É... — o jovem passou o olhar para todos ali. Soluço percebeu como Jack ficou surpreso ao constatar que Rapunzel estava ali; e como ele ficou mais surpreso ao constatar que seu ex melhor amigo estava ali também. — Uma longa história — completou virando o rosto para Henry. — Vocês ganharam? — perguntou com um tom de voz divertido. Henry sorriu, assentindo. — E eu estou fora? — sua pergunta pareceu ter surpreendido Henry.

— Jack... O que aconteceu lá...

— É, eu estou fora — o de fios brancos respondeu dando um sorriso forçado e voltando a sua bandeja, onde Merida pegava alguns biscoitos. — Você devia parar de pegar todas as minhas comidas — Jack sussurrou para a ruiva, que deu de ombros enquanto mastigava. Soluço sorriu.

— O que houve com você? — Stoick perguntou num sussurro. Jack abriu a boca para responder, mas o celular de Stoick foi mais rápido e vibrou em seu bolso. O homem pegou-o. — Eu vou ter que ir — respondeu dando um suspiro. — Pegue um táxi, Soluço — falou pegando algumas notas e dando para o menino, que apenas assentiu. Stoick acenou para os jovens e então puxou Soluço para fora dali.

— Está tudo bem? — Soluço perguntou ao perceber a cara de seu pai.

— Eu preciso conversar com você — Stoick falou e soltou Soluço. O moreno assentiu. — Urgentemente.

— Tudo bem, pai — Soluço reforçou. O que quer que Stoick tivesse para falar, o estava deixando nervoso e angustiado.

— Fale com o Doutor Gobber depois, ok? E diga que eu tive uma emergência, por isso não poderei comparecer na conversa — Stoick falou e então sorriu para Soluço, que devolveu o sorriso, mesmo estranhando tudo aquilo. O homem bagunçou os fios de seu filho e então saiu dali.

Soluço guardou o dinheiro em seu bolso e então voltou para dentro das cortinas. Jack ria. Rapunzel também, Astrid também, e até mesmo Henry. Exceto por Merida que mantinha os braços cruzadas e com o bico nos lábios.

— A culpa é totalmente sua, Merida — Jack respondeu dando de ombros e pedindo para Henry colocar a bandeja em cima de uma mesa que tinha por ali.

Merida revirou os olhos.

Soluço se aproximou de Astrid, que estava no pé da maca. A garota deu um sorriso doce para Soluço e então pegou em sua mão.

— Senhor Stoick? — o Doutor apareceu próximo a cortina, e todos o fitaram.

— Ele teve uma emergência — Soluço respondeu virando-se para o mesmo. O homem assentiu, parecendo decepcionado ao mesmo tempo em que preocupado. — Pode falar comigo — Soluço acrescentou.

— Oh claro, vamos ali, por favor — pediu. O moreno assentiu, soltou da mão de Astrid e então seguiu o homem. Saíram do grande quarto com as macas e caminharam um pouco, até chegarem a um consultório. Um bem organizado, na verdade. O médico indicou a cadeira para Soluço, que se sentou afronte a mesa do mesmo. — Você sabe o que houve com o Senhor Frost? — o médico perguntou de forma mais retórica.

— Minha amiga me ligou falando que ele estava bêbado, trançando as pernas — Soluço respondeu. Estava lendo quando Rapunzel lhe ligou. Não esqueceu as palavras dela tão facilmente. E tinha certeza de que não esqueceria.

O médico assentiu.

— Nós fizemos um exame de sangue em seu amigo, e constatei que ele ingeriu droga antes do jogo.

— Droga? — Soluço perguntou assustado. — Você diz droga, droga mesmo?

— Sim — o médico respondeu e então pegou o resultado do exame, dando para Soluço. — Constatei que havia pequenas doses de LSD no sangue de seu amigo. Não sei como ou onde ele conseguiu, mas quando o questionamos ele disse que um colega de time deu para ele tomar — Dr. Gobber prosseguiu. Soluço não conseguia raciocinar.

— Ele está bem?

— Está um pouco alucinado, e provavelmente terá alucinações durante seis horas — o homem o informou. — Deixaremos o internado por um tempo, até toda a droga sair de seu corpo — o homem comentou, e Soluço assentiu. Dr. Gobber suspirou. — Você sabe que LSD é uma droga proibida, não sabe?

— Eu não faço ideia de como ele conseguiu isso — Soluço sussurrou. Desapontado, triste, decepcionado... Não sabia o que sentia em relação a Jack e a essa notícia. Pensou nas palavras do médico. “Um colega de time deu para ele tomar”. Fred? Henry? Kaio? Flynn? Soluço não conseguia pensar.

— Não faremos nada por hora — o médico prosseguiu, e Soluço quis abraçá-lo. — Ele pode ter efeitos psicológicos devastadores também — o homem chamou a atenção de Soluço, que ergueu a cabeça.

— O que quer dizer com isso?

— Se o que ele diz for verdade, e ele tomou de forma obrigada, ele passará por efeitos devastadores, como pânico, síndrome serotoninérgica, desencadeamento de psicose, estresse, e outros — falou como se fosse normal. Soluço estava tendo um mine ataque cardíaco. — Entretanto, se ele tomou por livre espontânea vontade, e não tomar mais, ele poderá sentir falta da droga depois de meses ou semanas, ele pode ter flashbacks, onde são sentidos os efeitos da droga — falou.

Soluço assentiu.

— E agora?

— Iremos observá-lo. Caso ele apresente qualquer sintoma de efeito devastador, iremos comunicar com o senhor rapidamente. Eu terei de ser obrigado a comunicar a polícia, e levaremos seu amigo para uma clinica própria para isso.

— Uma clínica de reabilitação?

— Quase isso — o homem deu de ombros. Soluço passou a mão no rosto.

— E se for flashbacks? — perguntou temendo a resposta.

O médico suspirou.

— Somente eu sei sobre o LSD, todos acham que é efeito do álcool — falou. — Deixarei seu amigo livre, contando que ele não ingira mais LSD.

Soluço sorriu.

— Obrigado — falou aumentando o sorriso. Gobber apenas assentiu.

— Stoick não merece passar por mais nada — respondeu de forma tranquila. Soluço apenas assentiu, não entendendo muito bem. Apenas ignorou.

Levantou e então saiu dali. Não foi mais para onde Jack estava, e apenas mandou uma mensagem dizendo a Astrid que já iria embora. A loira perguntou o porquê e ele não respondeu. Não sabia o porquê. Só não queria ver a cara de Jack outra vez.

Mas a verdade é que já estava machucado o suficiente por um dia.


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Notas finais do capítulo

êh! Gostaram? Eu tentei dar mais destaque no fato do Jack estar todo quebrado. Eu sei que ficou um pouco mais capítulo do Jack, do que do Soluço; mas eu queria fazer um capítulo explorando esse lado do Soluço em ter brigado com o Jack e agora estar preocupado com ele.
De qualquer forma, eu fui obrigada — por mim mesmo — a fazer um capítulo bônus. É, eu sei, eu deveria focar no Especial, mas eu não aguentei e tive que fazer esse bônus.
Então, corre lá: http://justmeire.tumblr.com/post/105620066546/capitulo-bonus-jack
Oh, e claro, antes que eu me esqueça. No capítulo do Soluço, o Gobber falou ao Soluço que o Jack irá ficar com as alucinações por seis horas — sem contar antes. Então, no capítulo bônus o Jack está sobre efeito da droga, ok?
Mas, voltando, espero que tenham gostado tanto do capítulo bônus quanto do capítulo normal.
Próximo capítulo: altas emoções! Beijos, e até mais!