Meet You In Heaven escrita por Jubs C, Julia Brito


Capítulo 7
Aparecendo.




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Agora que Thomas havia finalmente aparecido, eu não fazia ideia de como agir, ou do que falar. Me sentia, como sempre quando estava com ele, como uma garotinha apaixonada pelo primeiro garoto bonito que vira. E no final era assim que eu era, certo?

Eu estava me sentindo apaixonada, quase que instantaneamente, desde o primeiro momento em que olhei nos olhos de Thomas. Ele era tudo o que eu sempre havia sonhado, mas não parecia ser meu, apesar de demonstrar sentir o mesmo.

Nossos passos eram lentos, e minha cabeça estava bem além dali. Eu torcia para ninguém nos ver juntos, torcia por isso, porque sabia como as pessoas eram maliciosas com qualquer coisa que viam.

Fechei os olhos e respirei fundo, raspei minha garganta e então olhei rapidamente para Thomas.

– Achei que ia me passar uma lista de livros. - Ele sorriu, e eu o acompanhei. - E não me levar para dar uma volta na escola.

– Eu avisei que lhe mostraria um lugar. - Deu de ombros e depois sorriu torto. - E eu sei, que é um péssimo pedido de desculpas, e mais ainda, um péssimo primeiro encontro.

Meu coração se descompassou e eu engoli em seco. Então era um encontro? Eu não estava imaginando coisas? Thomas realmente estava me levando para um encontro. Um estranho encontro, mas ainda assim, demonstrava algo, significava alguma coisa no fundo, certo?

– Você pode me recompensar com um segundo encontro melhor. - Brinquei. - Ou quem sabe um terceiro...

Thomas riu alto, pela primeira vez no dia. Como se realmente estivesse satisfeito com a minha resposta. Como se jamais tivesse escutado algo assim de uma garota. Mas no fundo, eu acreditava que ele já havia escutado sim, que garoto como ele não tinha ouvido ao menos uma cantada? Talvez menos idiota, mas ainda assim uma cantada.

– Você é cheia de surpresas, não é Luna?

Me contentei em assentir, corando levemente. Como a típica garota que fala o que não deve, e escuta algo que a deixa estonteante. Thomas parecia fazer aquilo com frequência, me fazer senti melhor, e pela primeira vez, única.

– Você nem imagina, senhor. - Respondi assim que Thomas parou, e abriu a porta que dava para o velho ginásio.

Ele não era mais usado, eu não sabia há quantos anos, mas pareciam ser muitos. O cheiro não era ruim, ao contrário do que eu imaginava. O ar ventilava pelas janelas laterais, e o ambiente parecia ter sido limpo há pouco tempo. Era bonito, de uma forma estranha, mas ainda assim bonito.

– O velho ginásio, sério?

Thomas fechou a porta atrás de nós.

– Ninguém vem até aqui, está limpo e ventilado. Qual o problema?

– Nenhum. - Murmurei, o acompanhando enquanto ele sentava na arquibancada. - É o melhor primeiro encontro que uma garota como eu poderia ter. - E completei. - De verdade.

E finalmente Thomas sorriu, verdadeiramente. Parecendo satisfeito com minha resposta.

– Gostaria de beijá-la agora, Luna.

Não me pareceu um pedido, mas enquanto Thomas se aproximava, a única coisa que conseguir fazer, foi assentir. E então seus lábios se alargaram mais, em um bonito sorriso, antes de finalmente se juntarem aos meus.

Era mágico, o momento era extremamente perfeito, e eu não mudaria nada naquele instante. Tudo se encaixava, nossas mãos, nossos lábios, era tudo estranhamente... mágico.

Tudo que eu podia ouvir era as batidas descompassadas do meu coração, me fazendo suspirar por entre o beijo. Os lábios dele eram incrivelmente macios e doces, totalmente diferentes dos de qualquer garoto, por isso, quando ele se afastou de mim, eu não pude deixar de notar a tristeza que me invadiu.

– Obrigada por vir. - Thomas murmurou sorrindo envergonhado.

– Porque eu não viria?

– Não sou o tipo de cara, com os quais garotas como você gostam de sair. - Ele deu de ombros, abaixando seus olhos.

– Garotas como eu?

– Populares.

– Não, não Thomas. - Comecei a rir, mexendo minha cabeça de um lado para o outro. - Não sou popular, e mesmo que fosse, não vejo motivos para não sair com você.

Ele pareceu aliviado, seu rosto branco tomou um pouco de cor, como se estivesse se sentindo envergonhado de suas palavras. Eu sorri com a cena. Thomas era o tipo de cara, que com toda a certeza, eu me apaixonaria.


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