P.s. escrita por Margot


Capítulo 7
Olhos azuis de medo


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, mais um capítulo ai, espero que gostem ♥
Quero agradecer á: gabriela23, BlackFairy, Juh, Juh, claudiaasofiia e Tatyh Malik por comentarem. Obrigada suas lindas!!! Me alegra muito que vocês estejam gostando e comentando!!!
Bom, boa leitura, e espero que gostem!!!



03/07/2013



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A cena que eu vi me chocou bastante.

Castiel estava as beijos, não, quer dizer, aos pegas, com uma garota de cabelo loiro liso. Se antes eu pensava que eu era um brinquedo para Castiel, agora eu tenho certeza.

Lysandre tocou meu ombro,como se disse “siga em frente”, e então, andei em direção ao elevador. Lysandre entrou comigo.

Virei para o monitor, e apertei o numero do meu andar. Olhei para a porta, e quando estava se fechando,  Castiel parou com os beijos na garota e olhou na minha direção, surpreso. Meus olhos encheram de lágrimas.

- Mayu... – Eu ia segurar as lágrimas, não importa – Não fique assim...  – Lysandre me aconselhava, mais é difícil.

Chegamos no meu andar, saí do elevador junto com o Lysandre.

- Posso ir pro seu apartamento? Você não me parece bem pra estar sozinha – Lysandre, ai que você se engana, sempre estive sozinha.

Eu poderia recusar sua proposta, porém, não queria.

Assenti ao pedido de Lysandre, e abri a porta do meu apartamento, nós entremos e, assim que a fechei, não aguentei, comecei a chorar.

- Lysandre... – Eu perguntava entre lágrimas – Por que ele me trata como um brinqueto? – Chorei mais.

Lysandre nada disse, só nos levou até o sofá, onde deitou me deitou de barriga pra cima, com a cabeça sobre seu colo, e começou a fazer carinho na minha cabeça. Era bom, e isso foi me acalmando.

- Mayu, não ligue para Castiel, agora, somente feche os olhos, e relaxe... – Ele pedia, então, fechei os olhos e relaxei meu corpo.

Então, adormeci.

Quando acordei, minha cabeça não estava mais sobre o colo de Lysandre, e sim sobre uma almofada.

Leventei-me e fui até a cozinha, e lá encontrei um bilhete:

“ Mayu querida, fui até o apartamento de Castiel, tinha assuntos para tratar com ele. Me desculpe não estar aqui quando você  acordar, mais é necessário.

P.S. Você é linda dormindo.

Assinado: Lysandre”

Corei na hora, ele disse que eu era linda dormindo? Ér... ri comigo mesma.

Dobrei o bilhete cuidadosamente e fui até o meu quarto, o coloquei sobre o criado mudo, ao lado do relógio. Por que? Eu nunca tinha recebido um bilhete, então, acho que é natural que eu queria guarda-lo e ter por perto.

Olhei o relógio, já era de manhãzinha, então, preferi já ficar acordada, daqui a pouco eu iria pro colégio mesmo.

Decidi comer alguma alguma coisa, eu estava faminta!

De repente, lembrei do meu celular. Não sei porque, mas tinha que ve-lo. Fui atras da minha bolsa, e, para minha surpresa, tinha uma mensagem de Mary, decide abri-la.

“Mayu, seu pai está indo na sua cidade há negócios, irá ficar no seu apartamento. Kyra ainda não irá, mas, por favor minha querida, tome cuidado, tenho medo do que ele possa fazer. Ele chegará amanhã, no horário da manhã.

P.S. Se cuide!

Com amor, vovó.”

Olhei a data da mensagem enviada e foi e o dia que ele chegará é hoje! Minhas pernas ficaram bambas, cai no chão.

Ele vai vir... ele vai vir... o que eu faço? E se ele bater em mim?

Ninguém pode me ajudar...

Coloquei minhas mãos no rosto, logo sentindo elas ficarem molhadas, por minhas lágrimas.

Corri até o banheiro, lá tranquei a porta. Meu Deus, estou desesperada.

Tirei minha roupa, e entrei no box para tomar banho.

Assim que sai, me olhei no espelho e vi que eu estava pálida. Muito pálida. Meu coração não parava no bater muito acelerado. Tudo isso porque? Medo.

Demorei mais do que esperado no banho. Me enrolei como de costume na toalha, e passe pelo corredor normalmente. Se não fosse pela presença de...Gerald.

Comecei a respirar e expirar muito rápido. Então, eu, parada na porta do corredor, Gerald me viu:

- Assassina, até que esse apartamento é bom, comparada que você deveria estar em um bordel – Riu, e levantou-se de onde estava confortavelmente sentado do sofá – E aí, já fez pontos por aqui? Já perdeu a virgindade com qualquer um?

Isso não pode ser real...

- Sabe, senti falta de te bater – Ele começou a acariciar a mão – Sua pele tão branca, tão pura, parece quer sentido também – Ele estava se aproximando.

Não dei tempo dele se aproximar o bastante, corri para meu quarto, e Gerald correu atras de mim.

Quando eu fui fechar a porta, Gerald colocou o pé nela, para não fecha-la, eu queria gritar!!!

- SAÍ DAQUI!!! – Disse bem alto.

- O quê? Você gritou comigo? – Ele começou a empurrar a porta com muita força – Agora você vai ver!!! – Nisso, ele conseguiu abrir a porta.

Corri para o outro lado do quarto, com ele rindo.

- SOCORRO!!! – Gritei o mais alto que consegui, as lágrimas rolavam livremente pelo meu rosto.

- O que? Pediu socorro? Não, não... – Ele balançou a cabeça em negativa – Se esqueceu das regras? Quer que eu a lembre como funciona? Sabe, aqui vai ser meio difícil, por estarmos com um apartamento ao lado, mais não deve ser impossível, afinal, quem te ajudaria?  - Riu e começou a andar em minha direção, e começou a tirar o cinto, chorei mais.

Ele ia me bater de cinto? Por favor, que alguém me ajude.

Ele conseguiu se aproximar o bastante, não tinha como fugir.

- Bom, vamos as regras! – Ele sorriu – Regra número um: Sem gritar, sem dor maior – Ele disse a bateu com o cinto nas minhas pernas, gritei – Não não... sem gritar – Riu – O que nos leva a regra numero dois: Quanto mais você gritar, mais a dor vai aumentar – Me bateu de novo, eu ia gritar até que alguém me ajudasse – Bom, regra número três – Não....- Se você não respeitar as regras... entramos na área de tortura com sangue, nunca precisei entrar nessa parte, mais vejo que hoje será preciso, não é? – Ele tirou do bolso, o que parecia um canivete.

Gritei, gritei, gritei e gritei, como ninguém me escutava?

Caí no chão de tanto desespero, o quê não impediu dele se aproximar...

POV – Lysandre

Hoje eu dormiria na casa do Castiel, já que Rosa iria passar a noite com Leigh, e nessas ocassiões, prefiro não estar lá...

Lembrei-me de Mayu dormindo, como ela pode ser tão linda e mesmo assim, parecer, ao menos pra mim, uma pessoa tão sofrida, mais a todo custo, tenta esconder esse sofrimento? Eu poderia ajuda-la?

Perguntei para Castiel sobre aquele beijo com a garota, ele disse que nem a conhecia, e que era só mais um de seus casos... Só mais um...

Nesse momento, Castiel estava no banho, eu estava na sala, vendo Tv, quando escuto gritos no apartamento ao lado.

Mas espera. O apartamento ao lado não é o da Mayu?

Castiel saiu do banho com uma toalha amarrada na cintura e uma sobre seu ombros. Com um lado dela, estava enxugando seus cabelos ruivos molhados.

- Castiel, você ouviu os gritou? – perguntei e ele assentiu, então, mais um grito – Não parecia a voz da Mayu? – Arregalei os olhos. Nada precisava ser dito, Castiel só foi até seu quarto se vestir, enquanto em saia correndo até o apartamento de Mayu.

Quando eu virei a maçaneta da porta de entrada do apartamento dela, já estava aberta, o que me ajudou bastante.

Os gritos pareciam vir do quarto, corri apressadamente até lá, e a cena me surpreendeu.

Mayu estava no chão, só de toalha (vamos ignorar esse detalha), enquanto um homem de terno e gravata esta de pé, segurando na mão direita um canivete, e na outra, um cinto, percebi também, que as pernas de Mayu estavam vermelhas. Não demorou muito para ligar os fatos.

- Vem Mayu, você não respeitou as regras, deve ser punida...- ele dizia isso pegando o pulso da dela e aproximando o canivete, tudo na minha cabeça foi como câmera lenta.

Como ele não notou minha presença, não teve jeito, dei uma voadora nele. Sei que é estranho, porém, necessário.

O canivete voou longe, e o homem caiu no chão, do lado de Mayu, que estava com o rosto todo molhado, devido as lágrimas recentes, e os olhos azuis assustados.

- L-Lysandre... – Ela chorou mais, e Castiel chegou.

- O que...? – Ele estava assustado, então, viu ao homem caído.

Peguei seu braço e a levantei, não a deixaria ficar lá mais um segundo sequer.

Quando chegamos na sala, cheguei peguei o telefone e comecei a discar o numero da policia.

- Pra quem você vai ligar? – Mayu perguntava aos soluços.

- Vou chamar a polícia – Ao terminar de discar, apertei o verde e quando atenderam, comecei – Alô? É dá Polícia? Gostaria de fazer uma Quei... – Mayu pegou o telefone de minhas mãos e desligou.

- Por que? – Perguntei, pasmo.

- Não posso denuncia-lo... – Ela estava nervosa – Ele é meu pai.

Meu queixo caiu. Como um pai pode fazer isso com uma filha? Isso é surreal.

- QUEM SÃO VOCÊS? – O homem, pai da Mayu, gritou na porta que dava acesso ao corredor – Vejo que minha filha vadia já arranjou quem a protegesse, mas, meus caros, ela não vale o esforço – Ele se aproximou de Mayu, colocou uma cadas mãos apertando o rosto dela – Ela é uma assassina, não vale o esforço, ela não vale nem uma merda perdida no asfalto, então, eu sugiro que saiam daq...- Quando percebi, Castiel já havia dado o soco na cara do pai da Mayu, se é que ele pode realmente ser chamado de pai.

Mayu estava realmente assustada. Seus olhos estavam incrivelmente azuis... de medo.

- Mayu, você vem pro meu apartamento – Castiel disse puxando o braço de Mayu, eu só os segui.

- C-castiel, eu estou só de toalha – Ela corava enquando falava, ri internamente disso.

- Foda-se, te dou uma camisa minha quando cheguarmos em casa- Castiel não era muito de usar essa linguagem, apesar da aparência, então, ele deve estar realmente nervoso.

Quando chegamos ao correndo, uma senhora vinha passando, e nos olhou horrorizadas.

- Tá olhando o que? Nunca viu três amigos saírem com uma garota só de toalha? Isso aqui não é o tempo do onça não viu vovó – Disse e a senhora saiu correndo.

Assim que chegamos, Castiel já foi arrastando Mayu para seu quarto, o que não é correto, já que ela é uma dama.

Mas adianta dizer alguma coisa? Deixei que eles seguissem assim mesmo.

Depois de cinco minutos, ouso eles brigando:

- Castiel, eu não vou por sua cueca! É estranho! – Mayu choramingava

- Ou é isso, ou é nada – Mayu deu um mini-grito, e parece ter aceitado a oferta.

- E o sutiã Castiel? Não vai me dizer que você tem um guardado por aqui? – Ela perguntou

- Olha, até tinha de uma mulher que dormiu comigo, mas joguei fora, não gosto de tralhas... – Imaginei a cara da Mayu ao ouvir isso – AÍ! Não precisava me bater! Enfia duas meias ai... bom, acho que você nem precisa de sutiã né – Parou de novo – AÍ!!!! MAS DÁ PRO GASTO!!! AÍ!!!!

- SAI DAQUI!!! – Mayu disse e eu vi Castiel sendo empurrado pra fora do quarto.

Castiel resmungou um pouco, mas depois ficou calmo, e logo apareceu Mayu, vestida com uma camiseta de banda que lhe cobria até metade das coxas, com seu cabelo castanho liso comprido repartido de cada lado.

Devo dizer, foi uma imagem sexy.

Ela parecia com sono, então, Castiel disse que era pra ela dormir em sua cama, que ainda tinhamos algumas horas até a aula começar. Ele disse que dormiria no outro sofá da sala, já que um estava sendo ocupado por mim.

Mayu aceitou tudo calmamente, mas ela ainda tinha muito o que me explicar.


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Notas finais do capítulo

Oi de novo. Fui muito má nesse capítulo? Não sei... talvez venha um feliz por aí... ou um hot... ai, não sei gente xD
E aí? Gostaram?
Beijos é até a próxima!!!