Onde Ela Deveria Estar... escrita por Isa Salvatore Cullen


Capítulo 5
Capítulo 5 - Saindo Pela Primeira Vez Para Compras


Notas iniciais do capítulo

Hoje, uma dedicatória muito especial...

Cami Cali:

"Amiga linda...feliz aniversário!!! Que Deus te abençoe cada dia mais, realizando todos os teus sonhos pessoais e profissionais, te fazendo cada dia mais feliz. Você é iluminada e merece toda a felicidade desse mundo em seu coração!!! Sua alma é linda e cheia de amor!!! Parabéns!!! Bjs"



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O dia estava lindo, com sol e provavelmente faria muito calor, como acontecia diariamente na cidade linda que tinha acolhido nossa querida brasileira com muito carinho. Os cachorros já estavam alimentados e agora corriam pelo jardim, brincando de rolar na grama, e se provocando em meio a rosnados e latidos alegres. Os pensamentos de Isabella foram interrompidos por uma voz aveludada mas num tom grave, que entoava uma canção conhecida por seus ouvidos e que a agradava muito... ”When I Was Your Man”...lindamente interpretada pelo músico “Bruno Mars”...


Same bed, but it feels just a little bit bigger now


Our song on the radio, but it don't sound the same

When our friends talk about you

All that it does is just tear me down

Cause my heart breaks a little

When I hear your name

And all just sounds like ooh, ooh, ooh, ooh, ooh

Too young, too dumb to realize

That I should've bought you flowers and held your hand

Should've give you all my hours when I had the chance

Take you to every party

Cause all you wanted to do was dance

Now my baby is dancing, but she's dancing

With another man

My pride, my ego

My needs and my selfish ways

Caused a good strong woman like you

To walk out my life

Now I never, never get to clean up

The mess I made

And it haunts me every time I close my eyes

It all just sounds like ooh, ooh, ooh, ooh, ooh

Too young, to dumb to realize

That I should've bought you flowers and held your hand

Should've give you all my hours when I had the chance

Take you to every party

Cause all you wanted to do was dance

Now my baby is dancing, but she's dancing

With another man

Although it hurts

I'll be the first to say that I was wrong

Oh, I know I'm probably much too late

To try and apologize for my mistakes

But I just want you to know

I hope he buys you flowers, I hope he holds your hand

Give you all his hours when he has the chance

Take you to every party cause I remember

How much you loved to dance

Do all the things I should've done

When I was your man

Do all the things I should've done

When I was your man

http://www.youtube.com/watch?v=ekzHIouo8Q4



Nosso pequeno projeto de heroína independente ficou emocionada com a interpretação apaixonada, e para sua surpresa, ao caminhar para os fundos da casa, encontrou Alec, colhendo algumas rosas, enquanto cantava a melodia completamente perdido em seus pensamentos. Ele nem percebeu a presença de Isabella ao finalizar a música, absorto em lembranças e pensamentos, mas foi interrompido pela voz suave da babá, que começou a traduzir em voz alta, apenas para ela mesma, o significado da música em português.




Quando eu era o seu homem


A mesma cama, mas parece um pouco maior agora

Nossa canção no rádio, mas ela não soa como antes

Quando nossos amigos falam sobre você

Tudo o que isso faz é me arruinar

Porque meu coração se parte um pouco

Quando ouço o seu nome

E tudo soa como uh, uh, uh, uh, uh

Jovem demais, tolo demais para perceber

Que eu deveria ter lhe comprado flores e segurado sua mão

Deveria ter te dado as minhas horas quando tive a chance

Ter levado você a todas as festas

Porque tudo o que queria era dançar

Agora minha garota está dançando, mas está dançando

Com outro homem

Meu orgulho, meu ego

Minhas necessidades e meu jeito egoísta

Fizeram uma mulher boa e forte como você

Sair da minha vida

Agora nunca, nunca conseguirei limpar

A bagunça em que me meti

E me assombra sempre que fecho meus olhos

Tudo isso soa como uh, uh, uh, uh, uh

Jovem demais, tolo demais para perceber

Que eu deveria ter lhe comprado flores e segurado sua mão

Deveria ter te dado as minhas horas quando tive a chance

Ter levado você a todas as festas

Porque tudo o que queria era dançar

Agora minha garota está dançando, mas está dançando

Com outro homem

Apesar de doer

Serei o primeiro a dizer que eu estava errado

Oh, sei que provavelmente estou muito atrasado

Para tentar me desculpar pelos meus erros

Mas eu só quero que você saiba

Espero que ele lhe compre flores, que ele segure sua mão

Que lhe dê todas as suas horas quando tiver a chance

Que leve você a todas as festas porque eu me lembro

De quanto você amava dançar

Que faça todas as coisas que eu deveria ter feito

Quando eu era o seu homem

Que faça todas as coisas que eu deveria ter feito

Quando eu era o seu homem



O mordomo não entendia o que a babá estava falando, mas por intuição, deduzia que falava em sua língua de origem, mas isso não importou naquele momento. A solidão em seu coração era tão grande, que a presença da moça e sua língua estranha não o incomodavam, pelo contrário, pareciam acalentar seu sofrido coração. Às vezes a vida era muito dura, muito triste e totalmente indiferente aos corações apaixonados. Ele podia não aparentar, mas por trás de sua máscara de perfeição de mordomo, existia um homem que sofria por amor, e Deus, como esse sentimento era perverso, mesmo que seu significado fosse totalmente oposto ao que sentia naquele momento. Seus pensamentos foram interrompidos, quando subitamente, Isabella começou a cantar a melodia novamente. Sua voz era suave e doce, carregada de entendimento e aconchego, e sem perceber, Alec começou a acompanhá-la, num dueto inusitado e muito agradável para os amantes de uma boa interpretação musical. Suas vozes se completavam, harmoniosas e afinadas, ritmadas e cheias de emoção, e quase ao final da canção, foram inocentemente agraciados com dois uivos estridentes, que não estavam muito afinados, mas pareciam empenhados em trocar o dueto por um quarteto no mínimo curioso. E assim, a música romântica terminou com risos e muita bagunça por parte de Bear e Bernie, que pulavam muito animados ao redor de Alec e Isabella.



– Que voz linda que você tem Alec! – falou Isabella animada – Eu acho linda essa canção, mas no seu timbre ela ficou apaixonante!

– Obrigada minha querida, mas não faça isso. Não sou cantor, apenas gosto de extravasar meus sentimentos de vez em quando.

– Me perdoe à intromissão Alec, mas pela música que você escolheu e pela atividade desenvolvida enquanto cantava, percebo que seus sentimentos são tristes, típicos de um coração apaixonado e não correspondido.

– Isabella, minha cara, agradeço sua preocupação e sua amizade, mas não estou pronto para um assunto tão delicado.

– Entendo... me desculpe pela curiosidade desmedida.

– Não fique chateada. Eu que peço desculpas por meu coração calejado não ser capaz de dividir sua tristeza. Sei que você será uma grande amiga, merecedora de minha total confiança. Quando este coração bobão estiver pronto, ele saberá pedir socorro... e quem sabe conselhos... a uma amiga. Agora, vou voltar ao trabalho, pois essas flores ficarão mais lindas ainda no escritório do Sr. Cullen.

– Alec, obrigada pela confiança. No Brasil, temos um ditado que mais ou menos diz: “Mente vazia... oficina do diabo...”. Então, faça o que você mais gosta. Automaticamente, seu coração e sua mente encontrarão todas as respostas que você tanto procura. Quando precisar, estarei sempre por perto.

– Obrigada my darling. Aqui nós também temos um ditado: “Uma flor... para uma flor...”. Aceite esta rosa com toda a minha amizade e admiração pela pessoa maravilhosa que você demonstra todos os dias, desde que chegou a esta casa. Bye.

Nossa babá ainda ficou alguns minutos no jardim, pensando na música, nas palavras de Alec e sentindo o aroma da rosa que havia recebido com tanto carinho. Ela sempre amou rosas, sempre gostou do perfume, da textura e das cores. Mas nunca em sua vida, ganhou rosas com o real significado que tanto a encantava... de um amor verdadeiro. Mas, de que adiantava pensar nisso agora? Nada! Então, hora de trabalhar. Havia ganho um amigo de verdade, mas os bebês precisavam de atenção e carinho agora, pois ainda estavam ao seu lado, esperando por sua companhia.

O dia estava sendo bem produtivo para Isabella e para Alec. A reforma do canil chegava ao fim e precisavam agora escolher as cores novas das paredes e o tema da nova decoração. Alice estava ocupada com a nova coleção, então, deu carta branca para que Isabella decidisse tudo, alegando que não iria decepcioná-la, pois ambas tinham gostos parecidos. Alec, por sua vez, tinha muito trabalho a fazer e não tinha muita vocação para decoração canina. Então, ele decidiu que Isabella sairia acompanhada por Jacob para comprar tudo que fosse necessário. Para isso, mandou a babá trocar de roupa e lhe entregou um cartão de crédito preto com letras douradas.

– Para que isso Alec? – perguntou Isabella receosa.

– My darling, você não pode sair para fazer compras usando bermuda, tênis e camiseta. Precisa se arrumar, afinal, trabalhar na Mansão Cullen exige um pouco de vaidade, mesmo que você já seja maravilhosa naturalmente. E para fazer compras, você precisa de um cartão de crédito, e preferencialmente, sem limite como esse. Aproveite!

– Eu não posso gastar o dinheiro que não é meu. Onde já se viu isso?

– Isabella, esse cartão existe justamente para isso. Como você acha que compramos comida e pagamos as contas da casa? Eu confio em você e sei que comprará apenas o que for necessário. Escolha tudo que precisar, pague e me traga apenas as notas fiscais, para que eu faça o controle dos gastos. A senha está atrás do cartão. Entendeu?

– Mas é sacanagem. Você e Alice me abandonaram com essa missão suicida. E se o Sr. Cullen não gostar do que eu escolher?

– Não se preocupe com isso. Eu tenho certeza que quando tudo estiver pronto, ele vai aprovar sem pestanejar. Compre tudo que você achar necessário e não se preocupe com o custo, temos carta branca para essa reforma. É para as crianças, esqueceu? Agora vá se arrumar.

– Alec, por que preciso me arrumar e por que o Jake precisa me levar? Eu posso muito bem ir sozinha, vou andando mesmo e aproveito para me exercitar.

– Acredite em mim querida. Fique linda e deslumbrante, não se arrependerá. Explique para o Jacob o que tem em mente para comprar, ele saberá aonde ir e o que fazer. Vocês vão utilizar a picape vinho que é a menos chamativa e ainda poderão trazer praticamente tudo que comprarem. Agora, pela última vez, vá se arrumar.

Mesmo contrariada, Isabella obedeceu. Podia conhecer pouco o mordomo, mas ele sabia o que fazia. E para o seu bem, era melhor obedecer, não é mesmo? Tomou um banho rápido, escovou o cabelo, fez uma maquiagem leve, bem verão, escolheu uma blusa básica branca da Calvin Klein e uma saia longa estampada em verde e branco. Algumas pulseiras douradas no braço direito, dois pares de brinco pequenos, seu inseparável anel de formatura no dedo anular direito, rasteirinha e bolsa grande branca, onde colocou estojo dos óculos de sol, escova de cabelo, garrafa de água, celular e sua carteira onde já estava guardado o famoso cartão de crédito. Seu perfume favorito, escova novamente no cabelo, óculos escuros e estava pronta. Olhou no espelho e gostou do resultado. Deixaria o mordomo feliz com sua produção simples mais bem feminina. Cheirou novamente a rosa que havia ganho algumas horas antes, e saiu então em direção à garagem, procurando por Alec e Jacob.

– Uau Bella! Você está gata! – falou Jacob quando a viu entrando na garagem. – Vejo que terei problemas hoje para fazer meu trabalho.

– Não seja tão mentiroso Jake, é feio.

– Ele tem razão Bella. Você me escutou e caprichou. E agora, com essas bochechas rosadas de vergonha, está mais encantadora ainda. Se me permitem o trocadilho, muito bela minha Bella.

– Desse jeito eu vou desistir de sair, estou muito sem graça com vocês. Parem com isso. Vamos Jacob? Preciso voltar logo e brincar com os meninos.

– Jacob, você sabe o que fazer. Mas cuidado dobrado. A Isabella não está acostumada com os velhos problemas de sempre.

– Pode deixar Alec. Cuidarei dela como se fosse o Sr. Cullen ao meu lado. – brincou Jacob enquanto abria a porta da picape para Isabella.

Antes de saírem, Isabella explicou ao Jacob que primeiramente precisariam comprar tintas sem cheiro, adesivos de parede, manta térmica e material de pintura de parede. Depois, um pet shop completo, pois precisava comprar várias coisas para Bear e Bernie. Jacob então, explicou como funcionavam suas saídas, devido aos paparazzi.

– Vamos manter os vidros fechados e as portas travadas. Nas lojas, vou estacionar em vagas especiais e vamos entrar pelos fundos, ok?! Mas, mantenha os óculos escuros e ande rápido.

– Jacob, até parece que esses fotógrafos vão querer uma foto minha. Esqueceu que eu não sou a estrela da casa? Para que tudo isso?

– Isabella, confie em mim, é o meu trabalho. Faça o que eu disser e estaremos evitando muitos problemas.

– Tudo bem senhor preocupação. Prometo fazer o que me mandou. Mas, tem certeza que não posso olhar nenhuma vez para os lados?

– Vai por mim meu anjo. Você vai me agradecer amanhã por todo esse cuidado. E agora vamos.

O trajeto e as compras na loja de tintas foram tranquilos. O segurança fez todo o procedimento conforme o “MSC - Manual de Segurança Cullen” criado por Emmett, e não tiveram nenhum imprevisto. A babá também cooperou, e quando perceberam já estavam saindo da loja, com tudo que precisavam dentro da picape. Enquanto dirigia, Jacob até se perdeu em seus pensamentos, imaginando que se Isabella fosse famosa como o chefe, teria prazer em trabalhar para ela... sua pele delicada, seus olhos especulativos, seu jeito doce e carinhoso, perfume único, jeito de mulher, mas com todo o charme de uma menina dengosa e misteriosa. Havia se comportado como uma verdadeira diva, uma obra de arte viva criada pelos deuses. Pare com isso Jacob, seu cabeção!... pensou o segurança. Você brigou com sua namorada por uma bobeira e agora está confundindo tudo e achando que poderia se apaixonar pela Isabella. Sonhando justo com ela que sempre te trata com todo o carinho do mundo e sempre tem um tempo disponível para conversar e ouvir os seus problemas? Não seja tão idiota Jacob! Perdeu a noção do perigo é?! Ela é muita mulher para você! Opa, nem tanto assim. Não precisa se desmerecer tanto assim não é?! Você bem que merece um avião como esse ao seu lado... Você já tem seu supersônico Jacob Black, e não se esqueça de que é totalmente apaixonado por ela, mesmo brigando tanto. Acorde seu bobão!

Ao deixar seus pensamentos confusos de lado, voltou a prestar atenção ao trânsito e imediatamente percebeu que poderiam estar sendo seguidos. Estavam quase chegando ao próximo destino, uma loja bem familiar ao segurança, então ele pegou o celular e ligou para um número da agenda, deixando já no viva-voz.

– Dog Store Los Feliz, Mellanie, boa tarde! – atendeu uma voz delicada ao segundo toque.

– Mell meu anjo, Jacob Black, tudo bem com você?

– Olá Jacob, quanto tempo! Tudo bem graças a Deus. Posso te ajudar em alguma coisa?

– Sempre meu anjo. Estou indo para sua loja, mas estou sendo seguido para variar. Você pode me dar mais cinco minutos e abrir a garagem especial? Estou com a famosa picape vinho.

– Sinto que as coisas vão esquentar por aqui hoje... Cinco minutos e o procedimento de sempre. Espero você então. Até logo Jacob.

– Valeu meu anjo. O que seria de mim sem você heim?! Já sei... já sei... eu não seria nada... Até logo. Beijos.

O segurança então voltou a se concentrar no trânsito, entrando e saindo de várias ruas menores como se quisesse se esconder de alguém. Isabella observava tudo atentamente, mas não falava nada, com medo de atrapalhar o trabalho do segurança. Cinco minutos depois, a picape entrava no estacionamento da loja e se posicionava em frente a um portão menor branco, que abriu imediatamente, dando passagem a uma garagem menor, coberta, com vaga para três carros. Jacob desceu, deu a volta rapidamente por trás do carro, abriu a porta ajudando Isabella a descer, e protegendo-a com seu próprio corpo, a conduziu para o interior da loja, por uma porta de acesso lateral.

A loja era ampla, arejada, bem iluminada e com tudo que se possa imaginar para o bem estar canino. Isabella ficou impressionada com a quantidade e variedade de produtos.

– Olá Jacob! Que bom te ver! Algum problema na entrada? – perguntou uma moça loira, alta, muito bonita, bem vestida e com um sorriso sincero em seus lábios rosados.

– Olá Mell! Estava com saudade! Aparentemente nenhum problema, mas só saberemos amanhã não é mesmo?!

– Tomara que não meu amigo. Prezo tanto pela privacidade dos meus clientes e mesmo assim, sempre aparecem fotos nos jornais e revistas. Eu reforcei a segurança na entrada para evitar problemas. Quem é essa moça linda que te acompanha?

– Mellanie, essa é Isabella Swan, responsável pelos bebês do Sr. Cullen. Isabella, essa é Mellanie, proprietária da loja e amiga da família há muitos anos. Tudo que os meninos têm em casa foi comprado aqui. Inclusive, as roupas que os meninos usam, criadas pela Alice, são revendidas aqui também.

– Muito prazer Isabella, seja bem vinda a minha loja.

– Muito prazer Mellanie, pode me chamar de Bella. Estou encantada, aqui tudo é lindo e de muito bom gosto.

– Obrigada, e pode me chamar de Mell. De agora em diante conversaremos muito então. Quando a Alice cria os novos modelos para os meninos, eu acompanho a adaptação deles, para saber se poderá ser comercializado ou não. Então, vamos nos falar bastante a partir de agora.

– Que bom. Será um prazer te ajudar. Para falar a verdade, costumo trocar a roupa deles de três a quatro vezes ao dia, assim ficam sempre bonitos. Inclusive troco a roupa para a nossa corrida, para que fiquem confortáveis.

– Uma nova linha fitness seria interessante então Bella? Ainda não lançamos nada novo esse ano.

– Terei prazer em ajudar. Contem comigo sempre.

– Então venha, enquanto procuramos tudo que você precisa, vamos conversando sobre suas impressões. Jacob fique a vontade, você está em casa.

– Meninas, não se apressem e não se preocupem comigo. Estarei aqui esperando. E Bella, fique longe das janelas e portas de vidro ok?!

– Sim senhor... senhor preocupação. – falou Isabella prestando continência ao segurança.

– Não brinque meu anjo, você irá me agradecer depois.

E assim, as duas novas amigas começaram o seu tour de compras pela loja. A babá escolheu novos bebedores e novos pratos de comida para o canil e para a garagem, pois os existentes estavam velhos. Duas camas novas para o canil, seis cobertores, oito tapetes para o canil, duas camas novas para o quarto do Sr. Cullen, duas almofadas novas para o escritório, duas almofadas novas para a sala de música, duas almofadas novas para a cozinha, duas placas em formato de osso com o nome de Bear e duas placas com o nome de Bernie, gravatas coloridas, biscoitos com sabor de frutas, ração, novas coleiras coloridas, novas medalhas de identificação onde seria gravado o nome dos bebês, e finalmente, muitos brinquedos novos, coloridos e barulhentos. Ao final de duas horas, ambas estavam cansadas, mas aparentemente satisfeitas com o resultado. A funcionária da loja fechou a conta, Isabella pagou com o famoso cartão preto, Jacob carregou a picape, cobriu com a lona preta e eles se despediram de Mell em direção à mansão. Isabella estava muito cansada mais satisfeita. Perdera boa parte do dia com as compras, mas seu objetivo estava quase concluído.

Ao chegarem ao portão da mansão, vários fotógrafos disparavam flash contra a picape, mas seguindo as orientações de Jacob, Isabella permaneceu de cabeça baixa, se escondendo entre os cabelos e de costas para as luzes fortes. Quando finalmente estacionaram na garagem, ela não resistiu e brincou com o amigo segurança.

– Ainda bem que estamos seguros em casa. Essa vida de celebridade me deixou exausta. Por favor, deixe as compras no banheiro dos meninos que eu vou procurá-los para o nosso exercício da tarde.

– Muito engraçadinha a senhorita. Vai sonhando. Pode me ajudar aqui, ninguém mandou comprar tanta bugiganga de uma única vez. Parece que nunca teve um cartão de crédito sem limites.

– Nunca tive e acho que nunca vou ter meu amigo. Mas valeu por me tirar do meu sonho bom e me lembrar de que pertenço à senzala. Seu segurança sem graça.

E assim, eles retiraram todas as compras da picape e cada um foi cuidar das suas tarefas. Isabella devolveu o famoso cartão para Alec juntamente com todas as notas de despesas, contou tudo que comprou e o que aconteceu.

– Você só gastou isso Isabella? Presumo que não tenha comprado tudo que precisava hoje?

– Claro que comprei Alec. Está tudo aqui. Inclusive, comprei ração e biscoitos. Acontece que, devido ao volume de compras, eu pedi e ganhei dez por cento de desconto no pagamento.

– Mas não precisava Isabella, nós não temos esse hábito. Você é hilária mesmo.

– Claro que precisava, ora bolas. O Sr. Cullen trabalha duro, fica meses fora gravando e se privando da sua casa e da família. O mínimo que poderia fazer para ajudá-lo e valorizar tudo que recebo aqui era pedir um desconto e economizar um pouco.

– Tudo bem, você me convenceu. Algum problema com paparazzi?

– Não que eu tenha percebido, mas o Jacob poderá falar melhor sobre isso. Eu conheci também a Mellanie, ela é encantadora e muito profissional, me apaixonei pela qualidade dos produtos da sua loja.

– Eu a admiro muito, e a parceria da loja com o ateliê de Alice ainda será um sucesso mundial. Mas, com licença, eu preciso ligar para o Sr. Cullen, pois ele deixou um recado querendo falar comigo hoje no fim da tarde.

– Sem problemas Alec. Eu vou trocar de roupa, avisar o Jake e vou correr com os meninos dentro de dez minutos. Te vejo no jantar.

– Boa corrida my darling. Capriche no figurino dos meninos.

– Com certeza. Deixar os meninos lindos é minha atividade preferida do dia. E eles estão com saudade de mim, afinal, fiquei boa parte do dia fora.

A babá escolheu uma roupa em tons de preto e amarelo para seu exercício, e para os meninos, optou por boné preto e camiseta do Batman, por ser preta com amarelo, combinando com ela em tudo. Avisou o Jacob sobre o exercício, chamou os meninos e começaram sua atividade preferida. Primeiramente, duas voltas caminhando e brincando para aquecer, e depois uma hora e vinte minutos de corrida. Como sempre, Jacob fingiu que os acompanharia ao lado de Isabella e foi expulso com rosnados e latidos. Aparentemente, ele nunca seria bem vindo àquela família de atletas.

Enquanto isso, no escritório da mansão, o mordomo Alec conversava animadamente ao telefone, sentado em uma poltrona próxima à janela.

– Está tudo tranquilo por aqui. Não tivemos mais problemas com os fotógrafos puladores de muro e a louca da Tanya não aparece por aqui faz tempo também, na verdade, desde que o senhor viajou ela não veio mais.

– Estão todos bem e trabalhando animadamente, não se preocupe. Eu ainda tenho o James em observação, mas ele tem se comportado... por enquanto pelo menos.

– Os meninos estão ótimos senhor. Acabo de vê-los correndo no jardim. Nesse horário eles praticam corrida com a babá, por mais de uma hora, e pelo entusiasmo eu acho que eles adoram essa atividade diária.

– A Isabella é ótima, o senhor precisa conhecê-la. Cuida dos meninos com muito carinho e os trata como se fossem seus filhos. Troca a roupa deles várias vezes ao dia, brinca, faz carinho, pratica atividades diferentes todos os dias e dá as refeições nos horários certos. Eles a adoram de verdade senhor.

– O que eu acho não é importante senhor. Ela foi escolhida pela Alice, então, não precisa de outra referência não é mesmo?

– Tudo bem então, o senhor pediu. Ela é linda, perfeita, parece uma diva de cinema. Muito carismática, atenciosa, dedicada, simples e eu acredito que seus olhos demonstram a luz da sua alma de tão sinceros e singelos. Ela não se impressiona com a sua fortuna e com a sua fama. Ah! Ela também acha o James estranho senhor.

– Desculpe, mas o senhor insistiu tanto. Eu já ia me esquecendo, a Sue diz que a alma dela é linda e brilhante como a sua senhor.

– Exatamente, já são duas boas referências, Sue e Alice.

– Senhor, já ia me esquecendo, mas acho importante saber. Hoje, Jacob levou Isabella para a loja da Mellanie, pois os meninos precisavam de algumas coisas. Tínhamos vários fotógrafos na frente da casa e ele teve a impressão de estar sendo seguido em alguns momentos, mas conseguiu despistá-los, de acordo com o MSC. Primeiramente, a senhorita Isabella não queria aceitar o cartão de crédito, mas o mais interessante foi que ela pediu desconto na hora de pagar o total da compra, e ganhou dez por cento. Quando tentei explicar que isso não era necessário, ela me respondeu: “O Sr. Cullen trabalha duro, fica meses fora gravando e se privando da sua casa e da família. O mínimo que poderia fazer para ajudá-lo e valorizar tudo que recebo aqui era pedir um desconto e economizar um pouco”. Palavras dela senhor.

– Pare de rir senhor, é a mais pura verdade.

– Dez por cento de desconto.

– Eu expliquei senhor, mas ela pareceu ofendida. Achei melhor deixar o assunto morrer. É intrínseco da criação dela. Nas próximas vezes, acho que vou deixar o cartão de crédito com o Jacob.

– Tudo bem então. Se acha melhor assim e não se importa, eu não tenho nada contra. Mesmo porque a senhora Mellanie conhece a família e pelo que Jacob contou, ela e Isabella se identificaram muito hoje.

– Bom, agora que o senhor parou de se divertir com a situação, eu tenho receio da imprensa possa ter conseguido alguma foto e que amanhã divulgue algum boato fantasioso só para gerar notícia.

– Se o senhor está tranquilo quanto a isso, eu ficarei também. Descanse e se alimente direito. A Sue está preocupada com sua saúde.

– Passarei seu recado a todos, não se preocupe. E espero que volte em breve. Sentimos sua falta aqui senhor, sem ser melodramático é claro.

– Até logo senhor.

O mordomo finalizou a ligação e ficou perdido em pensamentos. Estava achando tudo estranho, pois seu chefe nunca ligava para casa, nunca pedia tantas informações e principalmente, nunca havia solicitado sua opinião sobre algum funcionário novo, com tão pouco tempo de trabalho realizado. Será que isso acontecia por ser alguém tão ligada às crianças? Tentou lembrar das babás anteriores mas nada. Será que sua memória já o estava traindo? Claro que não. Sua memória era invejável. Então, concluiu o que parecia óbvio, o chefe estava curioso quanto a Isabella, e isso só poderia estar acontecendo por causa do trabalho em conjunto que ele, Emmett e Alice haviam feito, enviando o vídeo para Edward. Sorriu, ao perceber que haviam atingido o objetivo com perfeição. Agora, ficaria por conta do destino.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por me acompanhar até aqui.

Com carinho

Isa S. Cullen



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