Alguns meses depois...
Stiles' s PoV
Já faz algum tempo que eu e o Derek estamos juntos, e tenho que dizer que é melhor do que eu esperava! Ele tem todo aquele jeito de durão, mas é muito carinhoso e eu nunca estive tão feliz.
Foi meio complicado contar para meu pai sobre isso. Digamos que chegar para o seu pai e dizer que você está namorando um cara é bem difícil. Afinal, ele é o sheriff e tem posse legal de arma e Derek também não é um exemplo de pessoa, já que era suspeito de matar a própria irmã. Sabe, eu não quero ficar viúvo tão cedo. Mas, no geral, até que ele aceitou bem. Não bem tipo " Fico feliz por vocês estarem juntos" ou algo assim, porém ele não pegou a arma e ameaçou meu alfa de morte, então considero isso aceitar bem.
O pack também aceitou bem nosso relacionamento, claro, cada um tem sua própria vida. E seus problemas... A Joy e o Peter tem brigado bastante, Derek até diz que isso é bem, levando em conta que eles voltaram a se falar. Agora eu sei que eles tiveram uma história antes do incêndio, e digo que é meio difícil de acreditar. Sei lá, a Joy parece legal demais pro Peter, mas a gente não manda no coração, né? Ah falando em coração, tenho notado uma proximidade entre Scott e Isaac, acho que eles estão se gostando, mas não tomam nenhuma atitude, coisa chata!
E coisas chatas tem acontecido comigo e Derek. Sabe, já fazem uns meses que estamos juntos mas, digamos que não juntos, juntos. Tá confuso né? Vou ser mais claro, nós não tivemos nenhuma intimidade, não por falta de vontade, até porque é só olhar pra ele né! Mas porque parece que o mundo conspira contra nós!! Toda vez que a coisa começa a esquentar alguém chega ou alguma coisa acontece.
Mas hoje eu resolvi que vou mudar isso, pois sou humano e tenho necessidades! Então estamos no carro a caminho da minha casa. Hoje meu pai vai faz o horário noturno e teremos a casa só para nós.
- Stiles, você tem certeza que é uma boa ideia? - Derek pergunta, me tirando de meus devaneios.
- Ahn? Ah claro que é! Nós não temos sossego na sua casa, então vamos pra minha.
- Mas lá temos o meu quarto...
- Como se ninguém fosse nos atrapalhar lá, né? E outra, eu não quero que nossa primeira vez seja ouvida por um bando de lobisomens, Derek! - digo fazendo bico.
- Tá bom, só não faça essa cara se não quiser que eu pare esse carro e te agarre aqui mesmo.
- Uh não seria ruim... - lhe lanço um sorriso coloco a mão em sua perna.
Ele apenas me olha e sorri também.
Depois de alguns minutos chegamos em casa e como esperado, ela estava vazia e escura.
Ao entrarmos, já me lanço em seus braços e lhe dou um beijo, que é aprofundado por ele. Vamos caminhando até o sofá sem nos separar. Ele me joga e se deita sobre mim, nos separamos por falta de ar e ele ataca meu pescoço me fazendo gemer. Eu começo a tirar sua jaqueta de couro e sua camiseta. Uau, que corpo! Ele também tira minha camisa e começa e distribuir beijos por meu tórax. Já estamos bem "animadinhos" e a sala parece estar mais quente.
De repente ouvimos o som de alguém limpando a garganta e sinto meu corpo gelar, saindo de transe. Ao levantarmos a cabeça, vejo o sheriff parado em frente a porta, nos olhando com a cara fechada. Merda!
Derek sai de cima de mim num pulo e começa a procurar sua camiseta. Ele esta vermelho feito um tomate e tenho certeza que não estou muito melhor, já que meu rosto esta queimando.
- Oi, pai...
- Olá, rapazes. Estou atrapalhando algo? - ele pergunta em tom irônico.
- Ah sr. Stilinski, peço desculpas por isso. - Derek pede de cabeça baixa enquanto colocar a jaqueta.
- Não vou dizer nada, já que tenho certeza que isso foi ideia sua, Stiles. Isso foi traumatizante! Só digo que se voltar acontecer, vou usar minha arma!
- Isso não vai se repetir sr. Stilinski. - diz Derek ainda de cabeça baixa.
- Pai, você não devia estar trabalhando? - ao dizer isso levo uma cotovelada do alfa.
- Para sua informação, Stiles, eu troquei de turno com um guarda que teria um compromisso amanhã. - ele respondeu nos encarando.
- Ah... que legal...
- Acho que vou indo. - disse Derek, depois de um silêncio desconfortável.
-Te acompanho até a porta. - digo e o sigo.
- No meu sofá... meus olhos quase queimaram! - ouvimos meu pai resmungando, indo até a cozinha.
Derek sai de casa e me puxa pra fora.
- Eu te disse que era uma péssima ideia! - ele me olha feio.
- Uh você não achou isso enquanto me agarrava no sofá - ele solta um rosnado - E outra, era uma ótima ideia, mas eu não podia adivinhar que meu pai ia mudar de turno! Qual é, não briga comigo, lobão... - o abraço e começo a beijar seu pescoço. Ele solta um suspiro.
- Droga, por que eu não consigo ficar bravo com você? - ele me abraça e me dá um beijo. Depois de nos afastarmos ele continua - Vou embora antes que o sheriff apareça de novo e atire em mim! - ele me dá um selinho e entra no carro, saindo em seguida.
Peter's PoV
Aqui estou eu, sentado nessa sala vazia esperando por ela. Esperando mais uma vez ela entrar por aquela porta, provavelmente, ligeiramente bêbada. Tem sido assim nos últimos meses, desde a briga na pizzaria, que fez com que muitas outras acontecessem.
Ouço um carro chegar e encaro a porta, esperando que seja ela, porém quem entra é Derek. Ele me olha e diz:
- Você faz isso todo dia?
- Só quando ela sai.
- Não acha que ela pode ficar brava?
- Ela não nunca reclamou. E também nem se lembra...
- Talvez se a Joy soubesse que você cuida dela todo dia, depois que ela chega alta, ela te perdoaria...
- Não faço isso pra ela me perdoar, só quero ter certeza de que ela está bem.
Ele me encara e eu desvio o olhar.
- Isso é nobre da sou parte. Bom, vou dormir. Boa noite!
- Boa noite!
Após meia hora outro carro para e ouço a voz dela, provavelmente pagando o táxi. Algum tempo depois, tempo demais para uma pessoa sóbria, ela começa a tentar abrir a porta com a chave mas, pelo jeito está difícil encontrar o buraco da fechadura.
Vou até lá e a abro. Aí está ela, o cabelo preto preso em um rabo de cavalo, já meio desfeito. Ela está com uma camisa do Metallica, uma shorts jeans e meia arrastão, com usando também uma bota preta de couro.
Ela levanta a cabeça, seus olhos estão sem foco e ela cambaleia um pouco.
- Peeeeeter! - ela diz e sorri para mim.
- Olá, lobinha. Vamos, hora de dormir. - a pego pela cintura e coloco seu braço em meus ombros.
- Sabe, Pet, eu te odeio. - sua voz está fraca.
- Eu sei, lobinha...
- Eu te odeio por não conseguir te tirar da minha cabeça...
Olho pra ela e seu olhar está perdido e desfocado. A levo até seu quarto, abrindo a porta e a colocando na cama, tirando sua bota.
Ela me encara e seus olhos cinzentos parecem me ver pela primeira vez na noite. Então me puxa pra perto de si, sussurrando:
- Fica comigo? - e beija em seguida.