POV Austin

Ontem a noite a Trish ficou mais um pouco comigo fazendo-me companhia até a mãe dela ligar e dizer que estava ficando tarde e que era pra ela não se atrasar para o jantar. Mas a pessoa resolveu ficar me zoando pelo resto do tempo que ela ficou ali no apartamento. Sabe como é os amigos né? Aproveitam uma ótima oportunidade e ficam zoando de você pelo resto da vida, claro só quando estão à sós com você, por que se estão em grupo é uma merda. Dormi depois de ver um filme na televisão.

Acordei com a bosta do despertador tocando e fui tomar meu banho para me arrumar e ir à gravadora, sabe como é, bafo de manhã não é muito legal.

Botei uma camiseta de gola em V preta, uma calça jeans e um all star tradicional também preto. Arrumei meu cabelo já que era uma das coisas mais perfeitas em mim e coloquei perfume (as garotas babam por este perfume). A quem estou querendo enganar? Eu sou completamente perfeito, não tem uma parte que seja menos maravilhosa em mim (POV Narradora: Só o ego que atrapalha, mas todo mundo pode mudar não é verdade?).

Liguei para Trish vir me buscar já que eu não queria dirigir e acabar sendo descoberto pelos paparazzi ou fãs que andam por ai e ela aceitou tranquilamente já que estava saindo de casa naquele momento.

Ela chegou uns quinze minutos depois mandando uma mensagem para mim ir até o estacionamento.

Desci correndo as escadas de emergência porque não queria esperar o elevador, sabendo que certamente ele iria demorar quase uns cinco minutos para chegar ao térreo, e fui correndo em direção à seu carro, sentar ao seu lado no banco do carona.

- Demorou em Austin.

- Eu vim o mais rápido que consegui, além do mais vim correndo as escadas.

- Por quê? O elevador não tá funcionando? Depois dizem que esse prédio ai é chique.

- É que o elevador iria demorar um século para chegar até o meu andar e depois descer até aqui então vim descendo as escadas.

- Ah sim. Agora coloca o cinto.

- Não, sério que tinha que colocar? Achei que era para jogar ele fora.

- Pega meu celular.

- Por quê?

- Liga pra graça que eu não achei ela.

- HA-HA-HA, depois eu que sou o "sarcástico".

- Tá, agora bota logo o cinto. - Fiz o que ela mandou rapidamente. - Vou ter que pisar fundo para chegarmos bem rápido lá.

- Não se preocupe, eu trouxe dinheiro para pagar as suas multas kakakakakakakakakaka.

- Seu veado! Vai brincar com a sua mãozinha vai.

- Hoje não kakakakakakakakakakaka.

......

Não me perguntem como não fomos multados. A Trish chegou a quase 120 km/h. Possivelmente essa louca achou que as ruas eram pistas de fórmula 1 ou rachas e ela tinha que ganhar, por que olha. Mas não se preocupem, eu sobrevivi e continuo gato para vocês.

Quando chegamos a gravadora, a banda, o Ryland (nosso produtor técnico) e o Jimmy (o chefão da gravadora a qual temos contrato) já estavam a nossa espera. Nos cumprimentamos obviamente e depois começamos a nos arrumas para gravar algumas músicas. Em um meio tempo que tínhamos, fizemos uma pequena reunião sobre os nossos próximos shows e gravamos mais músicas logo em seguida.

Quando terminamos, lá pelas quatro da tarde, estávamos todos muito cansados e com muita fome por que que trabalhamos sucessivamente, já que a nossa querida empresária Trish não deixou sairmos em nenhum momento do prédio. No momento eu era o mais animado ali e acredito que ninguém sabia o por que, até o Rocky perceber esta minha alegria.

- É impressão minha ou você está muito feliz hoje?

- Pois é. - A Rydel se manifestou.

- É verdade. - Agora foi o Ratliff.

- Concordo. - Sério? Até o Ryland? Por que o Rocky tinha que perceber? Ele não podia ser um pouco menos curioso não?

- Geralmente você tá uma bosta de chato, grosso e gritando com todo mundo, e hoje resolveu ficar de bom humor, que estranho. - Nossa, como o Riker é legal comigo, isto é que é amor pelo seu amigo aqui.

- Obrigada pessoal, eu já sabia que vocês me amavam. - Acho que está foi a primeira vez desde que cheguei a gravadora que fui sarcástico.

- Pessoal, vocês não perceberam? Obviamente tem garota no meio de toda esta felicidade. - A Trish piscou para mim e logo depois ficou com um sorriso diabólico no rosto. Sabe quando você quer matar uma pessoa apenas com a força da mente? Eu já quis fazer isto várias vezes, principalmente agora.

- Hummmmmmmm! Austin tá paquerando alguém. Coitada da garota. Quem seria a azarada? - As pessoas neste local me amam, principalmente o Riker dizendo isto. Ele sempre arranja um jeito de tirar sarro da minha cara. A minha beleza cega ele só pode, ou o garoto fica com ciúme que a minha gostosura supera a dele.

- Não tem garota no meio porra! - Eles levantaram a mão em sinal de rendição e eu fiquei mais aliviado, assim todos começaram a organizar e guardar alguns dos instrumentos. Em seguida me aproximei do Rocky e perguntei a ele. - Você veio com o seu carro?

- Sim.

- Pode me emprestá-lo?

- Por que você quer o meu carro?

- Eu quero sair com ele.

- E por que não sai com o seu?

- Ele tá no estacionamento do prédio onde estou morando.

- Ui, morando sozinho agora?

- Sim.

- O que rolou?

- Aquelas paradas com meus pais lembra?

- Ah sim. Tu veio com a Trish então?

- Sim.

- Volta com ela ué.

- Mas é que se formos até o meu apartamento ainda, pegar o meu carro e sair, não chegarei a tempo.

- A tempo de que, em Austin? - Tá, ou o Riker tem uma audição de águia ou ele fica bisbilhotando a conversa alheia para poder se intrometer e depois provocar alguém, tipo agora.

- De ir ao shopping.

- Vai fazer compras? Se achou como garotinha né? Eu sabia.

- Cala boca.

- Vai fazer o que lá?

- Vou comprar uma coisa.

- Calcinha kakakakakakakakakakakakaka. Tá, parei de zoar com a tua cara.

- Valeu.

- Já sei o que você vai comprar, um jantar para sua nova namoradinha. Ou um presentinho?

- Claro que não, agora Rocky vai me emprestar? - Ele jogou as chaves do seu carro para mim.

- Cuidado com a minha Mercedes Benz, ela é classe A e é como se fosse uma filha para mim.

- Pode deixar. Agora fui, tchau para todos.

- Bom encontro! Kakakakakakakakakaka - Todos falaram em uníssono fazendo-me mostrar meu dedo do meio a eles e dizer um "Vão todo mundo tomar no cu" antes de sair.

Achei a Mercedes dele na garagem dos fundos, liguei o rádio no volume máximo e me dirigi ao shopping de Miami.

Sonic Boom, ai vou eu.