POV Ally

– DEZ! - Cheguei em casa, bati a porta com força e joguei minha bolsa no chão. O Dez estava sentado no sofá assistindo um filme e olhou para mim assustado e levantou-se rapidamente.

– O QUE ACONTECEU? ALGUÉM VIU SUA CALCINHA? FOI ASSALTADA? ACONTECEU ALGUM FURTO OU ALGO DO TIPO?

– Não. - Olhei para televisão. - Espera, você conseguiu colocar os filmes do computador para passarem na televisão?

– Sim, era só arrumar uns cabos e ajeitar uns negócios. Eu sou o gênio da tecnologia lembra?

– É verdade. Valeu

– De nada, além do mais desde ontem eu queria ver um filme, só que como a tela do computador é muito pequena eu me estressei. E o que é essa tal bomba?

– Ah sim. - Respirei fundo e prossegui. - AUSTIN MOON APARECEU NA MINHA LOJA!

– O QUE? SÉRIO?

– SIM!

– E ele é tão gato assim?

– É. Quer dizer, não sei bem, ele estava com um casaco e não consegui ver direito sabe?

– Ah sim.

– MAS ELE ESTAVA NA MINHA LOJA!

– Nossa, você está muito feliz para quem não é fã.

– MAS EU JÁ FUI E ISSO É INCRÍVEL! Eu lembro que eu daria de tudo pra conhecer ele.

– E agora?

– Acho que não. Mas eu acabei o conhecendo hoje.

– E nesta Sexta.

– Como assim?

– Ele adiantou o show no clube para esta Sexta por que semana que vem ele vai fazer um show naquele lugar lá, sabe? - Não faço a menor ideia de onde seja por que ele não me contou aonde era, mas vamos dizer que eu entendi.

– Sim, eu sei. Nós vamos no show desta Sexta né?

– Claro que sim, aquele lugar é basicamente o nosso clube. Só tem um problema.

– Qual Dez?

– O seu encontro com o Dallas. Como vai ser?

– Putz! Eu tinha me esquecido.

– Você ainda está com o casaco dele guardado lá em cima lembra?

– Pois é. Mas eu posso marcar outro dia com ele.

– Por que você não o leva para o clube conosco?

– Você é louco? Vai que eu encontre algum gatinho lá? - Ou eu acabe paquerando o Austin Moon, mas não falei nada.

– Aw que fofa, você está levando meus conselhos ao pé da letra. - Ele me abraçou e fingiu estar chorando. - Minha garota está crescendo.

– Mas acho que nenhum garoto de lá me paqueraria.

– Você é louca? Quantos gatinhos te convidaram para sair? Ah é mesmo, NOVE! Agora arrasa garota.

– Verdade, me sinto diva agora. Agora eu vou tomar um banho, botar um pijama confortável e fazer um espaguetti para nós, o que acha?

– Ótimo, adorei a ideia. Vai querer ajuda?

– Você vai preparando o macarrão que eu faço o molho?

– Fechado.

Subi para o meu quarto e tomei meu banho. Quando estava de baixo do chuveiro, lembrei do "quero te encontrar de novo Senhorita Ally" que o Austin disse. Para mim aquilo foi uma cantada, ou não, talvez uma indireta de que ele não queria me encontrar novamente. Só acho que eu deveria parar de pensar tanto no assunto e continuar minha vida. Ele é famoso, eu não sou. Acho que ele prefere namorar garotas famosas, mas quem sabe eu não possa dar um jeito no garoto?

POV Austin

– TRISH? Você não pode vir aqui em casa tipo, AGORA? - Telefonei para Trish assim que cheguei em casa.

– Acabei de pegar seu endereço e estou a caminho Austin. Lembra que eu disse que eu ia comer uma pizza ai? Ah propósito já vai mandando pedir a pizza.

– Mesmo sabor de sempre?

– Sim.

– Tudo bem, até depois.

– Até. - Assim que desliguei a ligação com a Trish, telefonei para a tele-entrega e pedi uma pizza.

A Trish chegou logo em seguida com a pizza na mão e já invadindo o meu apartamento andando por todo ele.

– NOSSA! Que apartamento incrível o seu. Quero morar aqui!

– Quer vir mesmo? - Acho que eu fiquei mais feliz do que já estava de repente.

– Eu estava brincando. Mas ele é incrível. Com certeza você vai morar com estilo aqui.

– E segurança.

– Nenhuma fã ainda?

– Ainda bem que não kakakakakakakakakakakakakaka.

– Qualquer coisa você contrata mais uns dois seguranças.

– É verdade, num futuro próximo com certeza farei isto.

– Ah Austin, você está me devendo, depois me paga tá?

– Você pagou a pizza?

– Ia demorar muito o entregador subir até aqui e você pagar ainda. Então depois você me dá o dinheiro.

– Ok. - Ela abriu a tampa da caixa da pizza e sorriu.

– Muito bem Austin. Pediu pepperoni como eu gosto.

– Ei, a metade de mussarela é minha.

– Sim, eu sei kakakakakakaka. Tem refrigerante?

– Na geladeira.

– Vou lá buscar. Senta ai. - Ela pegou dois copos de refrigerante, cortou a pizza no meio e sentou-se ao meu lado no sofá. - Então, o que você queria me contar com tal urgência?

– Eu sai e fui no shopping.

– VOCÊ TÁ MALUCO? E SE SUAS FÃS TIVESSEM VISTO? Levou algum segurança ao menos com você?

– Nenhum. - Ela me olhou apavorada. - Se acalma, ninguém me reconheceu, quer dizer, só uma garota.

– E ela surtou, pediu algum autógrafo ou algo assim?

– Nada.

– Tipo, ela te reconheceu e, nada?

– É que eu fui com um casaco grande de capuz e óculos de sol. Quando cheguei no shopping, vi algumas garotas que pareciam estar me vigiando. Sabe como é? Já sou meio paranoico com este assunto. Enfim, eu vi a loja de música fechada, com umas cortinas cobrindo e tal, mas tinha uma luz vindo de dentro, e eu fui ver se estava mesmo fechada e não estava. Dai eu entrei lá.

– E?

– Eu vi um piano e comecei a tocar. De repente uma garota saiu do andar de cima, provavelmente do escritório que tinha lá já que ela era a dona e começou a dizer que eu não podia tocas nos instrumentos e começou a dizer que eu não sabia ler, que eu tinha que ir em um psicólogo e tudo mais.

– Não acredito! O que mais? - Acho que ela estava mais interessada na pizza que na minha história, mas continuei contando.

– E enfim ela me expulsou. Ainda bem que não tinha ninguém ali perto por que senão me olhariam e descobririam que era eu por que deixei cair meus óculos lá dentro. Eu sentei em um banco de frente para loja e, TRISH!

– O que foi?

– Você não está prestando atenção na minha história.

– Estou sim.

– Ah é? O que eu disse?

– Que não tinha ninguém lá por perto, você deixou cair seu óculos e sentou em um banco.

– Certo.

– Eu to usando a boca, então o ouvido está aberto para te escutar, agora continua.

– Tá. Dai eu me sentei e ela apareceu com o óculos na mão. Ela me devolveu e fechou novamente a porta, só que eu perguntei o seu nome mesmo assim. Ela falou o seu nome e quando eu fui perguntar se ela não queria saber o meu, disse que não por que já sabia e enfim disse o meu nome.

– Então ela era uma fã?

– Não. Ela disse que viu o colar da banda e que meu capuz não cobriu todo o meu cabelo.

– Mas se ela sabia seu nome é por que já tinha escutado o seu nome em algum lugar.

– Eu estou em entrevistas internacionais, óbvio que um dia ela saberia meu nome. Dã!

– É verdade. Prossiga.

– Eu disse que adoraria conhecê-la novamente e fui embora.

– E qual o nome dela? Como ela era?

– O nome dela é Ally. Ela tem olhos lindos, o cabelo dela é comprido com pontas loiras senão me engano. Ela era um pouco menor que eu, mas acho que era por causa dos saltos que estava usando então ela deve ser mais baixa. Tinha um corpo bonito...

– Corpo bonito? Esse é o corpo "gostoso" pra você então.

– Sim, é que eu não queria dizer gostoso, mas ela tem várias curvas definindo o seu corpo perfeito e eu acho que...

– Austin.

– Ela não se importou de eu ser um pop star sabe? Ela brigou comigo, mas acho que acabou...

– AUSTIN! - A Trish quase gritou meu nome em meu ouvido.

– O que foi?

– Seu troço tá querendo voar.

– Como assim? - Olhei para minha calça e vi uma coisa se levantando. É ruim ter uma terça perna com vida própria, qualquer coisa que você lembra ou faz ele já quer sair. - Eu já volto.

– Vai no banheiro do seu quarto, por que o da sala fica aqui pertinho e eu não quero ouvir coisas lá de dentro. - Agora eu fiquei constrangido, mesmo sendo com a Trish.

– Tá. - Fui correndo em direção ao banheiro e, vocês sabem o resto... Todo o tempo pensando na Ally.

Acho que ela vai me dar um puta trabalho, além do mais nem peguei o número dela, mas sabe como é? Com o meu charme tudo é possível.