A Irmã De Renesmee escrita por Thatty


Capítulo 33
Sem Escapatória


Notas iniciais do capítulo

Dois em um galera ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/379038/chapter/33

PARTE 1:

 

Pov. Elizabeth

—Ótimo, estou toda suja com o seu sangue podre – disse tentando me limpar.

—Para de encher o saco e vamos embora. O plano ainda não acabou, podemos fracassar, então faça o favor de colaborar. – Disse empurrando o corpo do vampiro para dentro da cela, e depois o trancou lá dentro.

—Eu sempre colaboro.

Subimos a grande escadaria até chegar no hall do castelo. Andamos à espreita pelo jardim e depois entramos sorrateiramente pelos outros cômodos, conferindo se estava tudo vazio.

Meus sentidos não estavam tão apurados como de costume, mas serviu para alguma coisa.

Quando chegamos na parte do castelo que nos interessava, eu percebi que por enquanto não tinham muitos vampiros por ali. Respirei aliviada.

— Primeira fase concluída – Sussurrei – Eu preciso de sangue, se não, não vou ser de grande ajuda.

—Eu sei – ela concordou - Agora temos que nos separar. Nos vemos na sala central. Não faça besteira e tome cuidado.

—Preocupada comigo Roller?

—Vai para o inferno – ela disse dando um sorriso e eu retribui.

Dali em diante nos separamos e correremos em direções opostas.

Ela foi por um lado e eu para o outro. Eu corri até a cozinha para pegar sangue, precisava estar forte, se não seria apenas um peso morto, literalmente morto, quando Ícaro me pegasse.

Aquele castelo era um labirinto enorme, demorei algum tempo para achar a cozinha tomando o maior cuidado possível para não ser vista.

Assim que achei o lugar, tinha um vampiro lá dentro. Não tinha como me esconder, eu precisava de sangue.

—Ora, ora, olha quem fugiu. – Ele sorriu empolgado quando entrei na cozinha. – Vou ganhar muitos bônus por isso.

Ele pegou uma faca em cima da mesa e eu o encarei revirando os olhos.

—Fala sério...

Ele atirou a faca em mim, mas eu desviei.

Ele começou a tacar tudo que era ponte agudo na minha direção e teve uma hora que ele acertou meu ombro me fazendo gemer. Eu puxei a faca grudada em mim com raiva.

Sangrou um pouco o que o deixou feliz, mas cicatrizou em menos de 10 segundos para a tristeza dele e agora ele tinha me irritado.

Pulei em cima da mesa que estava separando nos dois. Cai em cima do infeliz e quando ele tentou virar as posições e me dar um mata-leão, eu quebrei seu pescoço o matando na hora.

Levantei correndo antes que outra pessoa aparecesse.

Abri a geladeira e meus olhos brilharam quando vi aquela quantidade de sangue humano fresco. Eu rapidamente peguei duas bolsas de sangue de uma só vez e bebi sem nem sentir o gosto, de tanta pressa que eu estava para ganhar força.

Beber sangue depois de tanto tempo era uma carga de energia, mas beber sangue humano era tipo uma injeção de adrenalina.

Eu podia sentir meu coração disparado pelo excesso de algo, que na verdade eu nem deveria tomar. Eu tenho um histórico desastroso em relação ao sangue humano.

Mas eu não tinha opção no momento.

Meu corpo estava elétrico e eu podia ver pelo reflexo da geladeira meus olhos evidenciando a quantidade de sangue humano que eu estava bebendo, trocando o dourado pelo vermelho em meu olhar.

Quando eu estava no terceiro frasco ouvi um estrondo na porta e me virei. Era uma mulher, ela olhou para o corpo do homem no chão e olhou para mim.

Eu dei de ombros despreocupada, ela ficou enraivecida e partiu para cima de mim.

Nossos corpos se chocaram no chão com o impacto da força dela.

Ela dava murros em meu rosto descontrolada e eu mal conseguia segura-la. Quando o alvo dela foi a minha barriga, me desesperei depois de levar um soco no estômago, rolei para longe dela fazendo ela socar o chão na segunda tentativa.

—Sua vadia, você matou ele...

Ela veio rápida em minha direção, eu fui para trás pegando distância, então corri na direção dela também. Dei um salto prendendo minhas duas pernas em seu pescoço e girei o corpo com força para o lado.

Nos duas caímos. Mas quando levantei, era a cabeça dela rolando no chão.

Qual é, eu tinha aulas de luta com meus tios e meus pais desde os 5 anos.

Sai correndo da cozinha antes que aparecesse mais alguma surpresa que eu tivesse que apagar. Tomar aquele sangue me deu uma adrenalina fora do normal.

Precisava me encontrar com Lauren na sala central e sair logo daqui.

No corredor que eu passei tinha uma sala que me chamou atenção. Era uma porta grande e toda dourada com um "S" enorme na frente. Curiosa tentei abrir, mas a porta estava trancada com algo de aço. Fiquei pensando o que poderia ter por trás daquele S.

—Oi gracinha. – Me virei e vi três vampiros me encarando.

Enfim, no caminho até a sala central esbarrei com uns 10 vampiros. Apaguei todos eles. Lauren estava na frente da porta quando eu cheguei.

—Demorou – sussurrou entediada.

—Tive uns contratempos no percurso.

—Agora nós temos um problema. A única saída fica ali. – Disse apontando para dentro da sala.

O detalhe é que Ágata estava ali dentro. Eu engoli em seco.

—E agora? – Perguntei observando a mulher que matinha seus olhos na janela da sala, de costas para nos duas.

Ela parecia centrada e focada em algo enquanto observava.

Como íamos sair agora?

—Vão ficar paradas aí, ou vão entrar? – Ouvi alguém dizer.

Viramos imediatamente. Cíntia estava bem atrás de nós, nos encarando com uma cara divertida.

—Olha o que encontrei Ágata. – Falou alto para que sua irmã ouvisse. Ágata se virou na nossa direção e sorriu.

—Sejam bem-vindas – ela disse nos chamando com a mão.

Eu e Lauren trocamos um breve olhar, mas entramos na sala com elas duas.

—Não seja falsa. – Lauren pediu – Eu mal aguento ouvir a sua voz.

—Estou apenas feliz por vocês estarem aqui agora... E sem o Ícaro.

—Querendo ser melhor que seu irmão Ágata? Por que não estou surpresa com isso? – Lauren sorriu ao falar.

—Devo admitir, fazer as coisas com Ícaro é tediante. Ele é muito teatral. – Ágata se aproximou - Ele sempre quer fazer do jeito dele, mas hoje, eu acordei disposta a mudar isso.

—E como pretende fazer isso irmã? – Perguntou Cíntia.

—Eu mesma vou matar vocês. - ela sorriu - E tendo a honra de cortar a sua cabeça, querida Lauren. 

Ela ficou tão próxima, que Lauren pegou a adaga que estava na parede e fincou no peito dela girando com força fazendo ela cair no chão, sangrando e rindo.

—Isso não me mataria... – falou tirando a adaga com esforço.

—Eu sei – Lauren disse tranquila – Só que ver você sofrer me faz feliz.

—Quer me matar como matou sua mãe? Vá em frente e faça uma homenagem a ela. Me mate como matou Suzana. – disse jogando a adaga no chão.

Lauren rosnou do meu lado de um jeito que eu nunca tinha ouvido. Até me preocupei.

—Você não sabe de nada.

—Na verdade, eu sei de toda a história. – Ágata riu andando de um lado para o outro parecendo pensar. Cíntia apenas me observava e eu fazia o mesmo com ela, imaginando de que jeito mata-la. – Me diz, qual a sensação de matar a própria mãe? – Perguntou. Lauren não respondeu engolindo em seco - Oh desculpe, já que você vai morrer, acho que posso te contar um segredo. – Ela sorriu e olhou para Cíntia que ria junto com ela – Não foi você, nunca foi.

—Do que está falando? – A voz de Lauren quase não saiu.

—Quem matou sua mãe foi Ícaro. Ele te envenenou, depois matou Suzana e colocou a culpa em você. E você estava tão dopada que acreditou... – contou Cíntia.

Eu estava com medo de Lauren. Ela não esboçava reação alguma, apenas as encarava rosnando.

—Lauren – a chamei sussurrando. Ela não respondeu e eu me pus a sua frente – Temos que sair daqui.

Cíntia me puxou pelo braço me jogando no chão. Eu cai e bati a cabeça com força ficando tonta.

Logo Ágata me olhou como se eu fosse uma refeição e veio em minha direção também. Acho que Lauren acordou de um transe, antes que ela pudesse tocar em mim, ela se atirou em cima dela.

Cíntia olhou para mim com um sorriso e pegou outra adaga na parede arremessando em mim. Antes que me acertasse me levantei desviando.

—Mas qual o problema de vocês com facas? – perguntei irritada.

Como eu já estava no inferno, resolvi dançar com o capeta.

Tinha uma estátua de mármore bem ao meu lado, eu a arranquei do chão e joguei na direção dela que não conseguiu desviar a tempo e caiu afundando no chão.

Do outro lado da sala Lauren e Ágata se matavam.

—Vamos acabar logo com isso – Cíntia disse se levantando.

—Concordo, to meio sem tempo – falei ofegante – Vou acabar com isso, do jeito Elizabeth.

Ele correu em minha direção e eu a chutei com tanta força que ela foi parar em outro cômodo do castelo.

Quando fui até ela, a mesma já tinha se levantando e me atravessou em 3 pilastres de um corredor fazendo nos duas cair no chão. Eu senti muito ossos do meu corpo quebrar nessa hora e se curar segundos depois.

 Eu girei rápido e fui para cima dela dando um soco em seu rosto. Não aguentei de raiva quando ela me deu uma cotovelada e me chutou para a longe.

Eu já estava sangrando e toda dolorida. Não tinha noção de quantas partes do meu corpo tinham se quebrado e estavam se curando ao mesmo tempo.

Cíntia era forte demais, mas eu sabia que também era.

Na mesma hora Lauren e Ágata atravessaram a parede de onde estávamos em meio a socos.

Cíntia ainda enraivada veio na minha direção e eu desviei tão rápido que fez ela bater de cara na parede e cair de joelhos. Eu a puxei pelas pernas fazendo ela voar no ar e atravessar uma janela de vidro.

Enquanto Ágata parecia ocupada em meio a escombros no chão, Lauren correu até mim e foi na direção de Cíntia. Eu a segurei e Lauren arrancou seus braços num estirão só. Cíntia deu um grito agudo e ensurdecedor. Logo em seguida eu arranquei sua cabeça.

Ágata nos encarou com os olhos arregalados e furiosos.

Partiu na nossa direção e me empurrou, me fazendo cair de cabeça de novo. Mais uma vez eu estava zonza.

Lauren avançou nela e minha barriga começou a doer.

—Não, agora não. - Falei para mim mesma me levantando com esforço.

Vi Ágata machucando Lauren e corri.

As duas estavam se matando, mas eu dei um salto eu cai em cima de Ágata com tanta força que senti sua coluna quebrar e ela dar um grito. Foi tempo suficiente para levanta-la de joelhos e segura-la.

—Faça as honras! – Disse a Lauren que sorriu enquanto Ágata tentava se soltar, mas meus braços pareciam ferros em volta dela. 

Lauren foi sem pressa nenhuma e arrancou sua cabeça do modo mais doloroso e lento possível.

Quando olhei em volta o castelo estava em ruínas. Os corpos dos vampiros que eu apaguei, os corpos das irmãs Headkros sem vida, os escombros espalhados por todo lado. Tudo aquilo me deu um alívio, e um desespero ao mesmo tempo.

Tudo em mim doía. Até respirar estava difícil.

Muita coisa estava se refazendo dentro de mim agora e eu me sentia perdendo as energias.

Aquele sangue todo já parecia ter sumido do meu organismo.

—Você está bem? – Perguntou Lauren vendo que eu estava sangrando e andando estranha.

—Acho que sim, e você?

—Estou, vamos sair daqui.

—Espera, vou deixar um recado para ele antes. – Eu não podia perder a oportunidade.

—Então vai rápido, porque nosso maior inimigo está lá fora.

Eu fui breve, porém direta. Deixei o meu recadinho para ele e partimos.

Como Lauren disse, ainda não acabou, nosso inimigo está lá fora.

 

//////////////////////////

 

PARTE 2:

Pov. Ícaro

Estava voltando para o castelo depois de caçar com o restante dos vampiros.

Minha empolgação dava para se ver na face. Agora era o grande momento em que iria me vingar e conseguir o que quis durante tantas décadas.

Essa espera finalmente ia valer a pena.

Quando estávamos nos aproximando do castelo, percebi de longe que algo estava errado.

Uma das janelas da sala principal estava quebrada, o vidro estraçalhado e a cortina voando pelo lado de fora.

—Entrem pelos fundos. Vão arrumando tudo que já encontro vocês. – Ordenei ao grupo.

Eles fizeram o que eu mandei, enquanto eu fui direto para o castelo pela entrada principal.

Ao me aproximar minha mente não ia digerindo com facilidade o que meus olhos viam.

O castelo estava todo detonado. Paredes quebradas, coisas jogadas no chão, adagas, vidros, destroços do chão, parede e teto. E pior...

Minhas irmãs... Minhas irmãs estavam mortas.

Seus corpos dilacerados e espalhados pelo chão do castelo me horrorizou. Aquilo parecia uma cena de terror.

Eu mal conseguia respirar.

—Não – Disse sem entender o que aconteceu nesse meio tempo em que sai.

Foram elas...

Malditas!

Se antes eu ia matá-las, agora nem sei o que sou capaz de fazer se encontra-las.

Aquelas duas mataram minha única família!

—AAAHH! – Gritei de raiva quebrando as coisas na minha frente.

Até que algo chamou minha atenção. Na parede, tinha um recado escrito de vermelho.

"Sempre cumpro minhas promessas. Disse que ia matar todos e uma parte já foi.
E vou te torturar muito até chegar à sua vez.
Pode me esperar, você vai ser o próximo da minha lista.
Ass: E.C"

—Como ela ousa me ameaçar? – Gritei jogando um jarro na parede onde estava o recado. – Maldita!

—Senhor! – Um vampiro acompanhado de mais 2 correram até mim – Elas fugiram.

—Ah sério? Eu juro que nem percebi. – Falei apontando para o estado deplorável do castelo e o corpo sem vida de minhas irmãs bem ali no chão. – Chamem os outros e vão atrás delas. Tragam-nas para mim agora!

—Senhor, perdemos metade das nossas tropas. Há vampiros mortos por todo o castelo

Eu estava cego de raiva. Elas eram o demônio.

—Peguem os que sobraram e vão. Elas não devem estar longe.

[...]

Pov. Liza

—Para, eu não consigo mais – Pedi parando de correr. - Minha barriga.... Está doendo.

Lauren parou de correr também e me olhou preocupada.

Me encostei numa árvore e ali fiquei. Poxa estávamos correndo há muito tempo e eu já estava fraca e tonta.

—O que houve? – Ela perguntou.

—A mulher na cozinha, socou meu estômago. – expliquei me lembrando – E depois disso, eu devo ter quebrado uns 15 ossos só meia hora atrás. Meu corpo está cansado de se refazer.

Olhei para cima entrando em desespero, eu só queria deitar.

Minha energia acabou como uma bateria que para de funcionar. Eu só sentia dor e cansaço, tudo estava começando a girar.

—Ah - suspirei com raiva.

—O que foi agora?

Para melhorar, senti que muitos deles estavam se aproximando de nós. E rápido.

—Eles estão vindo. – Alertei Lauren.

Ela ficou tensa na mesma hora. Olhou para o vazio da floresta silenciosa onde só eu podia ouvir o caos chegando, e me encarou de volta.

—Ok, você fica aqui. Eu vou até eles e tento ganhar tempo para você poder fugir.

—Sozinha? - perguntei inconformada. - Mas é claro que não. Não vai conseguir, vão matar você.

—Você está grávida. Vai ficar aqui. – Disse como se fosse uma ordem.

—Não...

Ela respirou fundo irritada, mas olhou bem para mim quando falou:

—Olha Cullen, o nosso trato foi eu tirar você daquele lugar. E eu já fiz isso. Agora é cada um por si. Você vai embora. E eu vou até lá acabar com eles. – Ordenou e começou a se distanciar.

Eu me desesperei nessa hora sentindo um aperto no peito. Isso não ia dar certo. Isso não estava certo.

—Espera. – Pedi quando ela ameaçou sair. Coloquei a mão em meu pescoço e tirei o colar o estendendo a Lauren. Ela parou me olhando surpresa. – Agora é minha vez de cumprir com o trato. Você fez sua parte, e eu vou fazer a minha. - ela continuou olhando de mim para o colar - Anda, pega logo. Eles estão se aproximando.

Ela ficou indecisa por um segundo, mas o pegou da minha mão. Logo em seguida saiu correndo.

Eu sabia que não ia conseguir impedi-la. Éramos parecidas em alguns aspectos e eu teria feito a mesma coisa.

Depois que Lauren se foi eu continuei encostada na árvore, porque não estava conseguindo ficar de pé sem cair.

Minha visão estava começando a ficar turva.

—Ok. Preciso sair daqui – sussurrei para mim mesma.

Com muito esforço fui andando devagar, me apoiando nas árvores pelo caminho. Comecei a tentar aumentar o passo quando senti a presença de alguém cada vez mais próximo.

Eu estava encurralada. Não conseguia correr, mal conseguia andar...

Lauren não devia estar dando conta de tantos vampiros sozinha.

Eu avisei pra aquela imbecil...

Eu não tinha escapatória, então resolvi parar e esperar. Não foi necessário muito tempo para alguém aparecer. Segundos depois, dois vampiros saltaram na minha frente.

Uma mulher e um homem.

Legal, me ferrei. Agora eu morro mesmo.

—Achei você – a mulher falou sorrindo.

—Ícaro está muito bravo com o que você e a Roller fizeram. – O homem disse se aproximando.

—Essa era a intenção. – revirei os olhos cansada pra conversas.

Eu estava fazendo um esforço imenso para não desmaiar. Eu sentia meu corpo desfalecendo e eu o forçava a ficar firme de volta.

Não sei quanto tempo eu ia aguentar.

—É, só que agora é hora de voltar para o lugar de onde saiu.

—Hum, acho que não... - Ah senhor me de forças para conseguir sair dessa.

Quando a mulher foi tocar meu braço, consegui correr nos meios das árvores.

Eu estava lenta e tonta, então o homem conseguiu pular sobre mim e parar bem na minha frente. Estaquei no lugar vendo tudo girar, mas mesmo assim passei uma rasteira nele que caiu rolando na ladeira.

A mulher vinha atrás de mim e me puxou pelo cabelo me jogando no chão. Bati a cabeça com força. De novo.

Minha visão ficou mais embasada ainda.

Olhei para a frente e vi a mulher vindo até mim com um sorriso vitorioso. Eu devia estar péssima.

Quando ela se aproximou, dei um chute nela que atravessou a floresta. Era o último resquício de energia que eu tinha.

O homem voltou com raiva e veio para cima de mim. Ele travou meu corpo com suas pernas e braços, e eu não tinha mais como revidar.

O peso do corpo dele contra o meu peito me deixou sem ar e eu quase apaguei fechando os olhos.

Eu já não estava mais ali. Porém, de repente, ouvi um estrondo e não estava sentindo mais nada em cima de mim.

Abri os olhos com dificuldade e o homem não estava mais ali me prendendo.

Me esforcei para levantar a cabeça e quando consegui, vi alguém arremessa-lo contra uma rocha.

Era ele. Era Nicolas.

Essa foi à única coisa que vi antes de apagar de vez.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

(E)