A Elfa Escarlate escrita por Koda Kill


Capítulo 14
Ceninhas de ciúmes e olhos que enfeitiçam


Notas iniciais do capítulo

Acho que alguém vai ficar com ciumes nesse capitulo hein? Quem será....



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/377234/chapter/14

Acordei no susto, ofegante e muito suada. Que pesadelos terríveis. Foram tão reais. Ainda sentia o frio da lâmina na minha garganta e o beijo de Will na minha testa. Qual o sentido dele estar ali no meio dos meus sonhos? Eu só esperava que tivesse mesmo sido apenas um pesadelo. Depois de alguns segundos me acalmando, meus pensamentos foram voltando ao normal e comecei a lembrar de tudo que havia acontecido. Sentia vontade de morrer, agi que nem uma idiota! Abraçar o Will, que merda foi essa? Eu odiava o cara! Senti minha cara esquentar. Pelo menos eu havia explicado que foi por causa dos cogumelos. A próxima detenção seria especialmente desagradável. 

Ava já havia deixado minhas roupas em cima da mesa ao meu lado e eu as vesti rapidamente. Minhas costas não doíam tanto, respirei aliviada. Se não fosse pelo corte na minha mão eu estaria novinha em folha. Aproveitei que a enfermeira saiu para buscar mais materiais e me mandei dali. Eu sabia que ela me forçaria a ficar mais tempo do que o necessário e queria voltar a treinar o quanto antes. Olhei para o relógio. Ainda dava tempo de pegar a aula de combate e depois teria que ficar para a detenção. Pelo menos dava pra treinar antes. Me juntei ao grupo de alunos que entrava e fiquei discretamente no fundão para não chamar atenção. Gildar se aproximou discretamente e começamos a nos alongar.

— Está lembrada do nosso acordo certo? – Sussurrou na minha direção. Eu realmente não tinha um segundo de paz. Será que o universo não podia me dar um descanso?

— Vamos logo com isso... Quando estivermos em combate, em algum momento eu vou te derrubar, tenha certeza de que ela está olhando na sua direção nessa hora. Você vai reagir e me prender no chão, fique assim por algum tempo e não esqueça de sorrir como se estivéssemos flertando. Deixei o resto comigo. – Ele sorriu satisfeito.

— Tem certeza de que vai dar certo?

— Já está dando. – Sorri para ele e olhei em direção à Stella que fingia não estar prestando atenção. – Mas não olhe pra ela. Apenas a ignore por hoje e ela vai vir correndo atrás de você. Agora me ajude a me alongar. – O preço do alcoolismo é alto, que papelão. Mas eu não tinha escolha, tinha que seguir o que havia combinado. Não queria que ninguém começasse a se meter na minha vida e me arranjar mais problemas do que eu já arrumava sozinha. Não preciso de ajuda nesse departamento.

— Muito bem turma. Agora que estão todos alongados prestem atenção nos movimentos que eu vou passar. Depois formem duplas, serão 200 repetições por pessoa e em seguida 10 minutos de combate livre usando as devidas proteções. Hoje vamos focar em técnicas de defesa. Lembrem-se, quando um oponente ataca é quando ele está mais vulnerável. Usem isso à seu favor. Se você não puder vencer um oponente distrai-o. – Seus olhos se fixaram em mim por alguns segundos quando falou isso. Ele fez uma pausa dramática para ter certeza de que todos estavam prestando atenção. E estavam. – Ok, vamos aos movimentos. Gildar, pode me ajudar? – Gil pareceu surpreso, mas se aproximou. 

O coitado sofreu um pouco nas mãos de Will enquanto ele passava os movimentos que deveríamos executar e o derrubava várias e várias vezes. Eu deveria estar prestando atenção, deveria mesmo. E estaria se não visse o rosto de Yuri na minha mente a cada 10 segundos. Meu coração estava pesado de saudades. Eu queria vê-lo desesperadamente, ainda mais depois de quase morrer. Não consigo entender como poderia me sentir assim por alguém que eu só havia visto uma única vez, não faz o menor sentido. Eu nem mesmo sabia como poderia encontrá-lo. Talvez se eu voltasse à boate eu conseguisse vê-lo de novo. Continuei divagando até chegar o momento de executarmos os movimentos.

— Faz comigo? – Disse Ava se aproximando.

— Prometi fazer com o Gil hoje. – Ela me olhou confusa e curiosa. – Depois eu te explico. – Disse me aproximando do elfo negro. Ele não era particularmente feio nem nada assim, mas definitivamente não fazia o meu tipo. Não que isso interessasse agora.

Deixei que ele fizesse os movimentos primeiro visto que eu não tinha prestado a menor atenção na explicação. Ser derrubada 200 vezes foi uma experiência interessante, mas um pouco dolorosa.

— Uau, você é muito talentoso, pode me explicar como fez isso? Acho que não entendi muito bem. - Disse apenas alto o suficiente para que as duplas ao nosso redor, incluindo a de Stella, pudessem escutar. Nos convenientemente ficamos próximos à ela e sua dupla espadachim. Gildar veio por trás de mim colocando meu corpo na posição correta. Contive uma careta e a vontade de vomitar.

— Primeiro você fica assim e vai segurar aqui – Disse vindo para a minha frente colocando minha mão no seu pescoço. Então passou o movimento passo a passo lentamente. Will se aproximou.

— Está precisando de ajuda com o exercício Luna? - Ele parecia irritado. Será que ele percebeu que eu estava viajando na maionese enquanto ele falava? Talvez...

— Acho que entendi. – Respondi um pouco constrangida com a velada repreensão. Eu já tinha entendido apenas observando mas a cara vermelha de Stella era prazerosa de se observar. Fiz todas as minhas repetições sem pena aproveitando para descontar minhas frustrações enquanto eu podia.

— Muito bem turma, 10 minutos de combate livre, coloquem as proteções. – Falou Will com autoridade fazendo sua voz ecoar pelo centro. Muito bem, agora era hora do show. Por um lado era decepcionante não poder combater pra valer e ter que deixar um cara ganhar. Mas era um preço pequeno a pagar comparado com Gil me dedurando. Ainda mais se ele souber que eu já dei com a língua nos dentes.

Tentei lhe dar algum trabalho para não deixar muito no cara que era fingimento. Também estava esperando que ficássemos mais suados para que o impacto da cena fosse maior. Quando já havia passado mais da metade do tempo, fiz a minha jogada e o derrubei no chão. Como esperado ele me dominou e me prendeu sedutoramente segurando meus braços no chão.

— Pro seu bem eu espero que isso funcione. – Suas palavras não combinavam com seu olhar maldoso. Se bem que, até poderia ser interpretado de uma maneira suja.

— Vai funcionar. – Respondi como achei que seria uma mulher sedutora e levantei o queixo enquanto tentava me desvencilhar. Lhe empurrei com o quadril de uma vez e com força e girei quando ele perdeu o equilíbrio ficando por cima dessa vez. 

— Gostei dessa posição. – Disse ele com o olhar carregado de maldade. Eca, talvez o feitiço estivesse se voltando contra o feiticeiro. Ou melhor, contra a elfa. Os garotos são tão nojentos. Se ele gostava de Stella porque estava flertando de verdade comigo? 

— Não me faça me arrepender de te ajudar ou te lesiono antes que você possa pronunciar Ai. – Me aproximei ainda mais do seu rosto para soar ameaçadora. Mas ele estava claramente se divertindo com isso. Homens são todos iguais. Não podem ver um rabo de saia. Escutei Will pigarreando ao nosso lado.

— Se forem imobilizados comecem de novo de cima. – Levantei rapidamente e Gildar me acompanhou. Will parecia irritado e eu conseguia entender o porquê. Estávamos fugindo do exercício e flertando. Mas não é como se eu tivesse escolhido fazer aquilo por livre e espontânea vontade. Não que ele soubesse disso. E eu também não iria explicar pra ele, claro. Só pude me fazer de sonsa e disfarçar com um sorriso forçado e não muito convincente. Olhei para Gil que sorria todo convencido. Aquele devia ser o ponto alto do seu dia sem sombra de dúvidas. Dava pra ver que ele estava se achando o maioral. Será que eu tinha sido tão convincente assim na minha atuação? Não, com certeza ele só estava acreditando no que queria acreditar. Não sou tão boa assim em fingir.

Voltamos o nosso foco para o exercício passado e terminamos o tempo sem mais incidentes além do sorriso presunçoso na cara de Gil. Eu realmente não queria continuar com aquilo, então é melhor que eu fizesse bem feito. Dava pra ver que já estava surtindo algum efeito. Percebi Stella se demorando próximo a nós, talvez esperando que Gil fosse falar com ela.

— Nossa você é tão bom nisso Gil, talvez pudesse me dar umas aulas particulares qualquer dia... – Disse empurrando o seu peito com a mão inocentemente. Pisquei pra ele que demorou alguns segundos para responder.

— Claro Luna, será um prazer. – Ele piscou de volta e saiu em direção à porta ignorando Stella que parecia emburrada. Respirei aliviada. Fim, finalmente, meu sorriso sumiu e fechei a cara. Minha dívida estava paga. Esperei que todos saíssem olhando para qualquer lugar menos para Will. Ainda estava envergonhada sobre toda a coisa do abraço de biquíni e essa ceninha com certeza não melhorava meu caso. Fui ate o bebedouro para prolongar o inevitável.

— Muito bem, vamos começar a detenção. – Olhei em sua direção, mas não conseguia olhar em seus olhos. - Vejo que você já está de volta ao normal, por um segundo achei que tinha comido mais cogumelos.

— Não pretendo mais comer nenhum cogumelo nunca mais. – Disse irritada.

— Que pena, sua personalidade ficou muito mais agradável. – Finalmente encarei seus olhos profundamente amarelos de gato.

— Não conte com isso. – Acho que eu nunca havia conhecido alguém tão brutalmente sincero como ele. Talvez fosse por ter uma patente tão alta que ele não tinha que se preocupar com esse tipo de coisa.

— Bom já que você está sempre se metendo em encrencas, melhor eu te preparar para não morrer. – Não podia argumentar com sua lógica. – Vou começar com sua agilidade e preparo físico, na próxima semana iniciamos as técnicas de sobrevivência e depois estratégias de combate. Pode começar com 20 minutos de corrida ao redor do tatame, depois 10 minutos de corda. – Disse esticando uma corda de pular bem no meio do espaço e se afastou em direção à sua mesa. Iniciei um trote suave sentindo meu corpo reclamar do treino puxado que eu acabei de fazer na aula. 

O cronômetro na parede começou a contar os 20 minutos sem que ele precisasse tocá-lo. Olhei-o discretamente, mas ele estava com aquela mesma cara de quem estava totalmente imerso enquanto escrevia algo. Aquilo era uma pena? Quantos anos esse cara tinha, afinal, ele parecia tão antiquado. Meu corpo estava cansado, mas minha mente estava a mil por hora. Enquanto corria no centro de treinamento, minha mente me imaginava correndo pela floresta em direção àquela maldita casa abandonada. Será que eu conseguiria encontrá-la sem Ava? E como eu conseguiria ir tão longe sem um transporte? Dá última vez levou um bom tempo e nós estávamos naquela geringonça humana. Além disso, só conseguimos carona graças a Ava, tudo que eu consegui foi uma garrafada na testa. Quantas horas levaria correndo?

Minha mente não parava de bombardear perguntas e examinar possibilidades. Eu nem podia acreditar que estava mesmo planejando reencontra-lo. Será que existia alguma outra opção para chegar lá rápido? E mesmo que eu conseguisse chegar lá, nada garantia que eu iria encontrá-lo. Mas eu TINHA que ver ele novamente. Será que seria melhor tentar a boate? Talvez... Talvez depois de vê-lo novamente eu conseguiria ver que foi só uma paixonite idiota e tudo voltaria ao normal. Sim, provavelmente. Mas enquanto eu tentava me convencer disso, minha mente me lembrava do seu cheiro quando estávamos na boate. Senti um arrepio ao lembrar da sua língua na minha orelha.

De repente, enquanto estava completamente perdida em pensamentos sobre Yuri bati a testa contra algo sólido. Fez um barulho estalado. Eu me desequilibrei e caí de bunda no chão. Olhei para cima confusa e vi que bati na palma da mão de Will que estava com o braço estendido bem ao lado de onde eu ia passar.

— Esteja sempre pronta para o combate. Se você se distrair e baixar a guarda, está morta. – Olhei para ele de cara feia. O pior é que ele não estava errado, eu nem tinha percebido ele se aproximar. Esfreguei minha testa que formigava e me levantei. – Pode continuar.

Recomecei a correr emburrada. Odiava que ele estivesse certo. Não vou mentir, não parei de pensar em Yuri e em como eu faria para vê-lo novamente. Mas também não me permiti ficar tão imersa em pensamentos. Olhava ao redor e interrompia a linha de raciocínio para me manter alerta. Sentia algo estranho no peito que eu nunca havia sentido antes toda vez que lembrava da sensação de estar deitada no seu abraço. Como se tivessem prendido meu coração numa cela muito pequena para ele. Talvez fosse por conta de todo esse esforço físico, sim com certeza foi isso. 

Will surgiu de repente com o braço esticado novamente no meu caminho. Foi em cima da hora, mas consegui desviar no último segundo. Não cairia em seu truque uma segunda vez tão facilmente. Sorri triunfante. Então foi assim que ele me pegou da primeira vez, não havia se aproximado normalmente. Ele continuou fazendo isso cada vez mais rápido e frequente até o alarme soar e corri em direção à corda. Meu rosto fez uma careta. Odiava essa parte, por mais que eu entendesse o quanto isso poderia melhorar o meu desempenho. Depois dos 10 piores minutos da semana cai no chão tentando recuperar o fôlego. O oxigênio estava se recusando a entrar nos meus pulmões.

— Você está morta. – Disse Will aparecendo de repente ao meu lado, sentado no tatame e com a mão esticada sobre a minha garganta. Mas dessa vez seu rosto tinha um sorriso discreto. Talvez fosse sua tentativa de fazer uma piada. Não gosto das suas piadas. – 1 minuto de descanso, aproveite. – Eu é claro não conseguia responder, estava ocupada demais tentando mandar oxigênio suficiente pros pulmões e não morrer sem ar. Então ele continuou a falar. – Você nunca pode permitir que o que está aqui atrapalhe suas chances de vitória, ou no seu caso, sobrevivência. – Disse tocando minha testa com a ponta do dedo de maneira delicada. – Se deixar levar pelas emoções é assinar sua sentença de morte no campo de batalha. – O minuto acabou, vamos continuar. 

Levantei a contra gosto. Só duas horas Luna, você só tem que aguentar firme por duas horas e então vai estar livre desse tirano. Ele continuou com aquele treino insanamente intenso me bombardeando de exercícios sem parar de modo que não consegui pensar em mais nada. Quando estávamos perto de terminar senti meu corpo ceder. Meus joelhos fraquejaram e eu caí desajeitadamente.

— Eu... Não consigo continuar. – Disse a contragosto. Odiava admitir derrota, ainda mais para aquele mago presunçoso. Fechei os olhos para não encarar sua cara convencida. Ele partiu de repente pra cima de mim e me imobilizou no chão ignorando meus protestos. Eu não tinha forças para resistir. – O que diabos você está fazendo?

— Se estiver com dificuldades para vencer um oponente, lembre-se. É uma ótima estratégia cansa-lo até que se renda. – Nossa que vontade de rasgar sua cara presunçosa, se eu conseguisse levantar um dedo talvez fizesse mesmo isso. Ele aproximou seu rosto do meu pescoço e disse no meu ouvido. – Você está morta.

Sua voz parecia tão mais grave naquele momento. Deve ser por eu estar tão exausta e sem forças de resistir. Seus olhos amarelos me encaravam de muito perto. Nenhum de nós dois disse nada por um longo tempo. Apenas permanecemos naquela posição sem nenhum motivo aparente. Nada fazia sentido. Mas era como se seus olhos estivessem me hipnotizando ou algo assim. Por isso minha grande boca teve que se manifestar novamente.

— Você consegue lançar um feitiço em alguém só com os olhos? – Nossa quando eu disse em voz alta pareceu muito idiota. Will soltou uma gargalhada alta. 

— Está se sentindo enfeitiçada...Luna? – Seu olhar se estreitou e ele pareceu um gato por um instante com um olhar travesso e perigoso ao mesmo tempo.

— CLARO QUE NÃO – Gritei irritada tentando me soltar freneticamente. Mas não consegui, é claro. Senti meu rosto esquentar. – Só estava curiosa, só isso. – Virei o rosto para o lado de forma a quebrar o contato visual. Will se levantou ainda rindo da minha cara abertamente.

— Não funciona assim. Infelizmente a única pessoa que consigo controlar sou eu mesmo. Isso é uma boa lição na verdade. – Disse pensativo. Nossa eu queria morrer. – Isso já é o suficiente por hoje. – Dava pra ver que ele estava segurando a risada. Eu sou uma piada pra você? Revirei os olhos e sai dali rapidamente. Esbarrei nele com os ombros no caminho, mas isso só o fez rir mais. Que cara mais irritante! Nossa eu tinha vontade de estrangular ele até a morte. Andava tão rápido que quase esbarrei em Cadman que vinha na minha direção.

— Opa. – Falei recuando apressadamente.

— Luna! Eu estava te procurando. – Disse chegando perto demais de mim pro meu gosto. Recuei em direção à parede do corredor.

— Estava? Porque? – Encarei-o confusa. Ele apoiou sua mão na parede atrás de mim e com a outra mão pegou uma mecha do meu cabelo entre os dedos. Comecei a me sentir enjoada enquanto tentava me afastar.

— Eu estava com saudades suas. – Disse ele se aproximando e cheirando o meu pescoço. Coloquei minhas mãos em seu peitoral para empurra-lo como sempre mas fiquei distraída com o idiota do professor Will saindo do centro de treinamento. Ele me olhou com as sobrancelhas levantadas de surpresa, mas não disse nada. Ah que ótimo, muito bom isso. E logo depois daquela ceninha com o Gildar também, ele devia pensar que eu era uma verdadeira vadia. Minha reputação estava ótima, com certeza. Empurrei o espadachim com toda a força que restava.

— Sai de cima de mim! – Irritada tentei organizar meus pensamentos que estavam uma bagunça. – Não tenho tempo pras suas besteiras. – Ele fez uma cara triste. Ate parece que eu sentiria peninha dele. – Quando você vai entender que eu não quero mais nem olhar pra sua cara? Me erra garoto. – Empurrei-o novamente contra a parede. Will apenas continuou a andar, mas ele com certeza tinha ouvindo tudo. Porque ele sempre tinha que se intrometer nos meus momentos mais constrangedores?

— Você ainda vai voltar pra mim Luna. Senão... – Disse ele enquanto eu ia embora. É, com certeza. Senão minha bunda! Pode esperar sentado pra não se cansar, viu? Porque os homens tinham que ser tão convencidos? Tenho certeza que eles acham que o mundo gira ao redor deles. Mas logo que me afastei em direção ao dormitório, minha mente já estava muito longe daqueles problemas. Pensando em problemas muito maiores diga-se de passagem. O final de semana se aproximava e os alunos tinham dois dias inteiros de descanso. Mesmo que levasse muito tempo para chegar na cidade e voltar, eu não deveria ter problemas. Acho que meu maior problema na verdade me esperava atrás daquela porta.

Gildar, o elfo Negro

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai, Gildar faz o tipo de vocês?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Elfa Escarlate" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.