Todas Contra O Damon escrita por Sonhos de inverno


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Delenas, se segurem!
Mais um editado!!
Se alguém ainda é vivo, comente!
Um super beijos.
Att: Sonhos de inverno.



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Ponto de vista da Elena 

Havia dores em lugares que eu nem ao menos sabia que existiam. Estávamos catando o resto de dignidade no jardim da mansão Salvatore. Havia sido por um viasco, se ele entra-se mais no banheiro, se olha-se para baixo, se puxasse a porta em que Bombom estava escondida... Tudo estaria perdido. 

—Operação B concluída - Barbie observou com os cantos dos lábios levemente levantados.

Saímos aos tropeços até podermos de vista o casarão e montarmos no estranho carro de Kath. Havia fotos de bichinhos por todos os canto, um estranho cheiro de ração e um punhado de sutiã jogado no banco traseiro.

—O que tinha naquele pote? - perguntei.

Observei a vadia sorridente  e toda machucada dar ré e umedecer os lábios.

—Uma mistura de ervas - respondeu me olhando de soslaio.

—E pra que que serve?! - juntei as sobrancelhas ao perguntar.

—Bem... Você vai ver - ela conteve um sorrisinho maroto que escapava por deus lábios.

Em demorados vinte minutos estávamos em casa, ou melhor, na minha casa. Ligamos as câmeras e nada aconteceu. Havia apenas um quarto vazio. Depois de 7 horas inteiras analisado cada canto daquele quarto sem que o dono voltasse foram o limite para que elas desistissem. 

Tomei um longo banho quente, soltando gritinhos cada vez que a água entrava em contato com alguns machucados. Quase deitei ali mesmo e dormi, mas com o fiasco de força que, misteriosamente ainda possuía,  fui direto pra cama puxando o edredom dos meus pés ate a cabeça.  

Merda. Estou quebrada! Foi o meu primeiro pensamento. O sol invadia as minhas janelas abertas e queimava uma parte da minha bochecha. Preguiçosamente, me remexi de um lado a outro na cama, espreguicei algumas vezes e olhei o relógio enquanto bocejava. Os ponteiros diziam ser sete e meia. Cristo, estava meia hora atrasada.

Me jogo da cama. Foi uma ideia estupida, se jogar dos lugares não é solução alguma, apenas te fornecem alguns machucados e cicatrizes. 

Agarrei a mochila e sai em passos largos batendo a porta. Não havia nem bisbilhotado aquelas câmeras hoje cedo. Droga!

Carros estavam todos estacionados. Ninguém na entrada, ninguém no estacionamento, nem nos corredores e nem mesmo no banheiro. Pego a chave do armário e em meio a um punhado de solavancos e palavrões eu o abri, agarrei todos os livros e sai em disparada. Sabe, existe algumas plaquinhas em cada corredor com um pedido claro para que não corra e, neste momento, eu descobri que as vezes é bom se ler e respeitar as plaquinhas. Enquanto dobrava o ultimo bebedouro até que esbarro em alguém e tudo vai para cima, inlusive meu sapato.

—Mas que droga! - praguejo.

Abaixo e vou recolhendo livro por livro, reunindo aquele monte de papelada desnecessária. Um par de mão se abaixaram comigo e começou a me ajudar a recolher todas as coisas.
—Perdão, estou tão atrasada que nem estou prestando atenção por onde vou passado e por isso acabei te atropelando - com a testa enrugada, continuei falando enquanto terminava de pegar todas as tranqueiras.

Olhei para cima e fiquei boquiaberta. Ele era loiro, um par de olhos verdes, bochechas rosadas e ainda era uma cabeça mais alta que eu. Andei tão obcecada com o Salvatore que nem ao menos tive tempo para observar os garotos. Não era boa com namoros e nem paqueras, mas eu sempre podia olha-los de longe. Mas aquele que me media agora estava me olhando! Olhando muito de perto ainda. Ele levantou uma pesada sobrancelha e seus olhos estreitaram-se calmamente. 

—Não se preocupe, dias ruins acontecem - ele comentou segurando um sorriso. 

—Dia? é semana errada! Mês errado! Cidade errada - tapei a boca com o que havia deixado escapar.

Isso mesmo Elena, você nem conhece o cara e já sai falando pelo cotovelos e reclamado de tudo na vida. Vê? É exatamente assim que brota uma amizade sincera! 

Mentira. É exatamente por isso que ninguém lembra de você, otária.

Ele ri. Não uma risadinha forçada ou contida, em vez disso, solta uma gargalhada de umedecer os cantos dos olhos.

— Stefan - ofereceu-me uma enorme mão.

—E .. Elena - agarro toda aquela mão com uma enorme satisfação.

Seus olhos se iluminaram quando ele baixou o olhar e ele piscou uma, duas e três vezes. Sua boca se curvou num sorriso muito bonito e um rubor subiu pelo meu rosto. Deu dois pequenos passos, encurtando o espaço entre nós, e aproximou sua boca perigosamente dos meus ouvidos como se fosse me revelar um segredo.

—Você se esqueceu de trocar - ele fala baixinho enquanto eu ainda seguro sua mão - Não deixou os coelhos em casa.

O canto dos meus olhos estavam franzidos enquanto, meio encabulada, tentava refletir sobre o que ele deveria estar falando. Coelhos? Isso deveria fazer algum sentido? 

—Ainda esta de pijama - ele explicou se afastando um pouquinho.

Meu nariz enrugou e eu pisquei algumas vezes antes que a cor sumisse do meu rosto. Assim que a compreensão me atingiu eu baixei o olhar. Coelhos!  Havia coelhos estampados por todas partes. Com todo aquele desespero eu havia esquecido de trocar de roupa, escovar os dente e sapato que voou? Imagine gatinhos.

—A gente se esbarra por ai! - e ergue o cantinho dos lábios e pisca pra mim. 

Ah Stefan, se eu imaginasse de quem você é irmão ou onde você mora! Com toda certeza, já teria despachado as três  malucas para montarem acampamento no seu quarto. Teria incluído você nas nossas desventuras e o colocaria para ficar seguindo o outro que carrega o seu sangue. Mas, eu não sabia, nem mesmo desconfiava. 

Olhei mais uma vez para o espelho e fiquei boquiaberta. Meu cabelo estava uma completa bagunça, os dentes sujos, pesadas olheiras e  coelhos. Nós não estávamos acabando com ele, mas, com toda certeza, estávamos acabando comigo. Saquei o celular da mochila e disquei o único número que poderia me ajudar.

—Preciso de ajuda - suspirei.

 

E foi assim que eu consegui desfilar na escola com as roupas delas. Um jeans batido, um moletom preto e sapatilhas. Cada peça retirada de um armário diferente, mas todas delas.

Depois das aulas Bombom nos levou para casa. Para minha casa, é claro.  Isso já era mais do que comum e não mais do que esperado. Lá era a nossa central para planejar nossos planos.

Havia uma TV bem grande no meu quarto, com direito a uma mesa em baixo dela. Havia também um pequeno sofá no canto e mais uma mesa para o computador. 

—Como é que isso veio parar aqui? - perguntei.

Meu quarto que antes mal tinha uma cama agora estava muito mais do que completo. 

—Eu pedi que entregassem hoje de manhã para podermos ter imagens das câmeras - Caroline respondeu sem me olhar - Espero que não se importe.

Ela conectava alguns fios, dizia alguns palavrões, apertava alguns botões, falava mais palavrões e as vezes até suspirava. Em dez minutos estava pronto e era a cara de Damon que estava na TV.

—Ótimo, deu certo! - Kath bateu palminhas e saltou para cima do sofá.

Tinha que admitir, aquilo era mais do que perfeito. Não tinha como saber exatamente o que se passava na cabeça dele, mas agora poderíamos espiona-lo no lugar mais privado dele. Eu sei, estávamos desobedecendo uma lei, mas ora era já havíamos desobedecido tantas outras.

Me ajeitei na cama e dei uma boa mordida no pedaço de pizza. Caroline estava deitada no meu colo e bombom sentada no meu tapete no chão. Todos os olhares ligados na TV. Vez ou outra alguém piscava, mas isso poucas vezes ocorria. 

Damon largou a mochila no canto e puxou a camisa para cima. Posso jurar que ouvi um suspiro, mas não sei dizer de qual de nós foi, talvez de todas. Ele caminhou ate a cama e atirou o celular nela antes de retirar o tênis e empurra-lo para baixo da cama. Talvez ele soubesse que estava sendo observado, pois ele estava nos torturando. Precisou se espreguiçar três vezes antes de desbotoar o jeans preto e desce-lo por suas pernas. O quarto tornara-se mais quente em poucos segundos. 

— Cristo - disse ema voz exaltada em um canto.

De inicio eu sequer pensei em retirar os olhos dele, mas aquela voz ecoou no fundinho da minha cabeça. Era uma muito familiar, não de pessoas que eu havia conhecido a poucas semanas. Não, era uma voz que sempre me acompanhou e não pense que era a voz de Deus.

—Mãe! - foi apenas um sussurro, mas o  quarto estava tão silencioso que ela conseguiu escutar.

Ela estava olhando para ele. Até as santas deveriam ter pedido uma folga nas rezas para poder olha-lo. Eu não as julgava.

—Hun? - ela murmurou, mas nem se deu ao trabalho de desviar a atenção para mim.

Ele usava apenas uma cueca preta. Senti minhas bochechas ficarem avermelhadas, mas aparentemente eu era a única com pudor suficiente para me dar ao trabalho de sentir vergonha.

Mais uma vez o silêncio voltou, nem ao menos ouvia-se alguma respiração. Mais uma vez desconfiei que ele sabia que estava sendo filmado, pois não nos entregou a imagem que queríamos, em vez disso foi para o bandeiro. Maldito seja.

Um pigarreio e cinco suspiros. Todas estavam frustadas, mas apenas eu continuava envergonhada.

—Quem é e o que faz esse homem no seu quarto? - meio encabulada minha mãe perguntou.

Ela sabia quem ele era e o porque dele estar aparacendo na TV no meu quarto, pelo menos imaginava. Recentemente havia entendido que outras três meninas passavam a maior parte do dia aqui em casa e acabou levando isso como uma forma de adotar três adolescentes. 

—Esse é o nosso alvo - expliquei apenas - O motivo da nossa união.

—É ele que queremos derrubar - Bombom disse do chão.

—E o que ele fez para merecer isso? - perguntou alternando os olhos da TV para nós.

Não a culpo, eu também olhava na expectativa dele voltar desprovido de cueca, mas ele não fez isso.

—Enganou a todas nós. Partiu nossos corações e merece aprender uma boa lição.

—Deus, me da medo de saber como essas câmeras foram parar no quarto dele. 

E foi assim que ela amontou no sofá ao lado de Kath e pegou um pedaço de pizza acompanhando a TV. Sim, foi assim que ela se juntou ao time. 


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Notas finais do capítulo

Os capítulos menores estão sendo juntados!!
Comentem!
Um super beijo
Att: sonhos de inverno