A Viagem De Chihiro 2 escrita por lucy romanoff


Capítulo 2
Capítulo 2- Visões e pesadelos


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse capitulo



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Lar, doce lar- Foi o que disse quando abri a porta da minha antiga casa. Fui direto para o meu quarto colocar as malas e depois fui tomar um banho, já que tinha passado muito tempo no avião.
Desci as escadas e fui preparar o almoço. Depois de comer fui dormir um pouco.Tive um sonho bastante estranho.
"Estava andando pelas ruas do meu bairro, quando vejo Sem Rosto me encarando atrás de uma árvore. Gritei seu nome, só que ele se escondeu. Corri até lá, só que ele havia desaparecido. Quando olhei mais adiante, o avistei, gritei o seu nome novamente, porém, dessa vez ele ficou me chamando e então comecei a segui-lo.
Sem perceber estava em frente ao túnel, onde tudo começou a 8 anos atrás. Do outro lado estava Sem Rosto me chamando, então comei a andar dentro daquele túnel, que parecia que nunca ia acabar, olhei para atrás, por onde tinha entrado e tive a sensação de que ia dar merda, mesmo assim continuei a andar.
Ao sair do túnel, me deparei com aquele lindo campo e avistei Sem Rosto do outro lado do riacho, continuei o seguindo. Então ele me levou até a ponte, só ali percebi que havia algo entranho, nenhum dos restaurantes estava aberto, nem mesmo dava para sentir o cheiro de comida, e não tinha fumaça saindo pela chaminé da casa de banhos.
Sem Rosto começou a me chamar novamente e o segui até a entrada principal da casa. Ele ficou apontando para a porta e eu perguntei queria que eu a abrisse, fez sinal positivo com a cabeça.
Não dava para enxergar nada, nem um palmo em minha frente. Ao entrar senti um cheiro horrível. Continuei caminhando com muito cuidado para não esbarrar nem tropeçar em nada, só que acabei escorregando e cai no chão com tudo, parecia que esse estava molhado. Comecei a a passar as mãos pela parede, e detalhe, o cheiro só piorava, então encontrei uma janela e consegui abri- lá e a luz do sol entrou. Olhei para a janela e vi que tinha marcas estranhas. Olhei para minhas mãos e estavam cobertas de sangue. Me subiu um arrepio pela espinha e comecei a virar a cabeça lentamente para trás e quando olhei para o chão, ele estava cheio de sangue e corpos multilados, foi quando escutei um grito de agonia. Corri até o local em que parecia que esse tinha vindo e me deparei com a porta de uma sala. Ao abri-lá, vi que tinha uma mulher- lesma deitada no chão coberta de sangue e uma criatura medonha em cima dela. Ao olhar mais diretamente para a criatura, vi que essa estava comendo o coração da mulher. Comecei a andar para trás em direção a porta da sala sem conseguir tirar os olhos daquela cena macabra, porém a criatura sentiu a minha presença e me dirigiu um sorriso de dar medo e veio em minha direção, nisso corri até a saída da casa de banhos gritando pelo nome de Sem Rosto, nisso avistei-o deitado na ponte com uma estaca cravada em sua mascara. Corri até ele e pedi para que resistisse, foi quando vi uma sombra estranha no chão. Olhei para o céu e vi um enorme dragão branco caindo e quando esse se chocou no chão começou a se transformar em um menino, só então percebi que era Haku. Fui correndo desesperada e gritando até ele, colocando em meus braços. Ele me deu um sorriso e disse alguma coisa que não conseguir entender, só que ele ficou sério ao olhar por cima de meus ombros e me mandou fugir, recusei, afinal demorou tanto tempo para que pudéssemos nos rever que eu não conseguia deixa-lo, nisso uma mão pousou em meus ombros e me jogou deitada no chão, quando virei de barriga para cima vi que era a criatura, dei um grito e ele abriu a boca.
Acordei com um pulo, estava toda suada. Olhei para o relógio que ainda marcava 05:30. Não consegui voltar a dormir, fiquei pensando em que significaria aquilo.Durante toda a semana tive o mesmo sonho e a cada rua que passasse via a imagem de Sem Rosto me chamando, acho que estou ficando maluca.
Na noite de sexta,tio John me ligou, perguntando como eu estava, menti dizendo que estava bem. Ao desligar, coloquei uma roupa de ginástica e fui dar uma caminhada pelo bairro.
A cada rua que passava tinha a impressão de que tinha alguém me observando ou me seguindo. Voltei para casa e fui direto para o banho. Ao sair, percebi que a luz da cozinha estava acesa, só que não a tinha ligado. Fechei a porta de meu quarto, e troquei o pijama por uma blusa e calças pretas, também coloquei um tênis. Verifiquei se o telefone estava funcionando, mas parece que a linha tinha sido cortada. Lembrei que tio John sempre me fazia carregar spray de pimenta na bolsa.Desci as escadas com o spray em mãos, quando cheguei na cozinha, as luzes se apagaram. Alguém me jogou contra a parede, comecei a esprear e escutei um grito, nisso me deram um soco no rosto e me arremessou pela janela e quebrei-a e estava no jardim da frente. Quando olhei para dentro da casa, vi que havia dois homens que apontavam suas armas para mim.
Consegui entrar na garagem onde estava meu carro que por sorte tinha deixado as chaves reservas no porta-luvas. Dei partida e sai quebrando tudo e só escutava barulhos de tiros e pelo retrovisor vi que tinha um carro me perseguindo.
Eles não paravam de distribuir tiros contra meu carro e um dos tirou quebro meu vidro da frente. Então comecei a sentir uma ardência forte na cintura, quando vi estava saindo muito sangue dela e estava manchando o assento do meu carro. Nisso um dos caras conseguiu atingir um dos pneus traseiros,perdi o controle e capotei.
Por sorte consegui sair do carro e corri até uma esquina. Ao dobra-lá me escondi atrás de um poste. O carro dos perseguidores passou direto, enfim estava segura.
Quando olho para frente, estava Sem Rosto me chamando.
Comecei a segui-lo e ele me levou até a rua de terra que eu conhecia muito bem, realmente, meu pai tinha razão para ter entrado errado no dia de nossa mudança à 8 anos atrás, a sinalização é péssima nesse lugar.
O corte parecia ser profundo, já que não parava de sangrar, comecei a aperta-lo com um pedaço da blusa que rasguei e continuei a seguir Sem Rosto. Chegamos até a entrada do túnel. Hesitei um pouco , mas pensei que estaria segura se me escondesse lá, então entrei.
Continuei seguindo Sem Rosto, mas a dor do corte já estava doendo muito, cai no chão e ele veio me ajudar e eu disse:
Ta doendo muito!- chorando
Hum Hum- disse ele
Você sabe que eu não consigo entender o que você diz, né?
Me apoiei em um de seus braços e continuamos a andar. Saímos do túnel, e o riacho já estava virando o mar. Sem Rosto me pegou no colo e atravessou. Todos os restaurantes já estavam abrindo, os cheiros das comidas estavam realmente muito bons.
Chegamos até a ponte, olhei por cima dos ombros de Sem Rosto, e via o rastro que meu sangue fizera e todos os fantasmas o olhavam.
Olhei para frente novamente e já estávamos no meio da ponte. Então um dos trabalhadores da casa de banho deu um grito e disse:
Mas que confusão é essa? Sem Rosto, o que você está carregando? Mas que cheiro de humano é esse?- Virou para um colega e disse.- Vá chamar o mestre Haku, temos um problema aqui.
"Haku, ele ainda mora aqui? Meu Deus, finalmente vou revê-lo!" Mas então começou uma onda me raiva a subir pelo meu corpo, uma magoa muito grande por ele não ter cumprido com sua promessa.
Então comecei a pensar: " O que será que ele tem feito? Como devo encara-lo depois de tanto tempo? Será que ele se lembra de mim?"
Escutei uma voz de homem dizendo: Qual o problema? Poe que pediu que fossem me chamar? Eu tenho problemas demais para resolver lá dentro. Você deve cumprir com o seu serviço, já que é o chefe da segurança.
Realmente era Haku. Só que eu infelizmente acabei soltando a seguinte frase:
Você não deveria brigar com ele, já que você também não cumpriu com sua palavra em 8 anos.
Nisso, vi o segurança se aproximando e um homem de kimono atrás dele. Ele tinha olhos verdes escuros e um cabelo preto que ia até a altura dos ombros. Realmente era ele.
Haku me encarou com um olhar de espanto e veio correndo em minha direção e da de Sem Rosto, já que ele ainda me segurava.
Chihiro, o que aconteceu?
Haku, eu...- Disse, só que senti uma dor tão forte que dei um grito.
Calma, o que aconteceu com sua cintura.
A ultima coisa que consegui dizer antes de desmaiar foi: Haku, finalmente.


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