Mason chegou em casa e a lua já estava alta no céu. Aquela papagaiada toda de amor do Spencer o estava deixando embrulhado. Era repulsivo.

  Mas, todo aquele clima de amor intenso, fez com que Mason sentisse fome... Era hora da caça.

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  Dessa vez, era no banho. Via-se a silhueta de duas pessoas se agarrando através do box do banheiro. O vapor quente deixou o vidro embaçado.

  As pernas já bambas da garota cederam e ela se apoiou no box. Estava rindo, exausta. Mason começou a se aproximar de novo. Ele puxou a menina para debaixo do chuveiro. A água caía no corpo de ambos, quente. Mason cheirou o pescoço dela e o odor de sangue o fez pirar. Com o rosto já mudado, abocanhou a área da omoplata da menina. O sacrifício de se livrar foi em vão. Logo, a água que caía do chuveiro virou uma cachoeira de sangue e o corpo de Mason foi lavado pelo líquido viscoso. Ele calmamente terminou o seu banho, enquanto o cadáver estava ali ao seu lado, caído no chão.

  Uma semana depois, o corpo de Liv Bishop foi encontrado num terreno baldio.

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  O mês de dezembro já estava nascendo. A neve tomara conta das ruas da cidade. Todos usavam porções de blusas grossas para sair nas ruas. As casas estavam sendo preparadas para o natal. Muitos pisca-piscas, bonecos de neves, guirlandas. Durante as noites, a cidade parecia cheia de vida devido às luzes.

  Era por isso que Mason detestava o natal. Apesar do frio, mesmo de madrugada, as ruas sempre ficavam muito movimentadas e nunca parecia existir noite por causa das luzes flamejantes dos pisca-piscas.

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  Faltavam cinco dias para o Natal. As escolas já tinham parado suas aulas em função dos feriados de fim de ano.

  Matt estava na porta da casa de Annie.

 - Tem certeza de que não pode ficar?

 - Eu também não queria ir, An, mas sabe como é. Tenho meus pais e já não os vejo desde agosto. Preciso voltar. É só por uns dias. Prometo estar de volta logo.

 - Eu entendo... Sentirei saudade, Matt!

 - Também sentirei saudade, minha flor!

  Eles se despediram e Annie voltou para dentro de casa. Ficou na janela observando a silhueta de Matt desaparecer em meio à neve.

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 - Ele voltou para Decatur. Talvez para ver os amigos ou simplesmente voltar para sua terra de origem... Sabe como é o nosso queridinho Spencer, sempre comemorando o Natal.

 - Você o julga por isso? Não é só por que ele está morto que não vai comemorar o Natal, Mason.

 - Você comemora, Heinrik?

 - Ora, eu não, mas...

 - Então pronto!

  Quando Spencer voltou para Decatur, Mason aproveitou para ir até Chicago e rever seu líder Heinrik. A cidade estava muito movimentada, cheia de turistas e pessoas procurando presentes para seus amigos e familiares. Fora um inferno chegar até a moradia de Heinrik. O táxi ficou parado no tráfego.

 - Quer dizer então que Spencer está namorando?

 - Exato! E achou vários novos amigos... O grupo da namorada.

 - Que me conta deles?

 - Bom, tem um garoto em especial que eu venho observando... Acho que ele seria uma boa adição à nossa causa.

 - Transforme-o!

 - Ainda não. Spencer mal sabe que eu estou atrás dele, Heinrik. Veja bem, transformar o colega dele em vampiro seria o mesmo que eu aparecer na frente do bom moço "não bebo sangue humano" dançando ula.

 - Spencer não desconfia de nada? Mason, veja, isso já se prolongou demais... Talvez seja hora de colocar um fim nisso tudo.

 - Ele não faz ideia, Heinrik. Além do mais, eu cubro meus rastros. Não tem como ele saber que há outro vampiro na cidade e, se souber, não vai achar que sou eu.

 - E se achar?

 - Então eu irei caçá-lo. Mas, por enquanto, está divertido bancar o detetive e ver o relacionamento dele com a namorada e os amigos. Logo, logo, irei pegá-los um por um...

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  A estádia em Chicago não podia passar batida. Mason foi atrás de uma nova presa.