I Would Bring You The Stars To See You Smile escrita por Lithium


Capítulo 45
44. Escadaria Para O Paraíso


Notas iniciais do capítulo

Acho que deixei vocês todos carecas de preocupação por ter demorado... um mês?, mas tenho meus motivos: escola. Quem está no Ensino Médio sabe. Estou estudando a tarde, seis aulas por dia (todas de matérias diferentes exceto na quarta-feira - não é a toa que é o pior dia da semana) e muita, muita lição e muitas provas. Mas mesmo tendo meus motivos eu me sinto muito mal por isso. Vocês são os melhores leitores do mundo e eu amo vocês incondicionalmente, e o que eu faço? Demoro um mês. Sinto muito por isso. Vocês me deram a maior prova de amor que um autor poderia receber ficando do meu lado, lendo e comentando, depois de um bloqueio criativo de mais de um ano.

E eu sei que ainda não respondi os comentários do 42. Eu sei, e peço desculpas de novo, mas eu já tinha atrasado muito e não queria segurar vocês por mais tempo, mas eu juro, juro mesmo, que vou respondê-los todos! Não se preocupem, eu estarei lá respondendo um por um.

E também sei que todo mundo está muito bravo comigo por causa do James... mas não se desesperem. Eu mesma quero me bater, mas não pirem, não se estresem comigo. I Would está em contagem regressiva - restam apenas seis capítulos contando com o Epílogo, e Jesus, eu nem sei o que eu estou sentindo.

Mas eu queria pedir algo. Algo a todos vocês. Desde os leitores mais presentes aos fantasminhas: deixem um review nem que seja para deixar um "gostei" ou um "odiei". Nessa fase final eu quero saber a opinião de vocês mais do que nunca. É muito importante para mim.

Leiam as notas iniciais. Tenho o que pode ser uma surpresinha para vocês lá.

Hope you'll enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/373595/chapter/45

No capítulo anterior...

“James estava no chão, incosciente e sangrando. E a adaga prateada de Claire estava cravada em seu peito.”



POV – ANGIE McKORMICK

As imagens na minha cabeça eram um borrão. De algum modo, Fred apareceu e conseguiu controlar o pânico ao ponto de chamar Neville. Eu não sei ao certo o que aconteceu depois disso.

Mas o meu desespero ainda é claro. Havia uma cachoeira de sangue jorrando do peito de James como um chafariz, e não importava o que eu fizesse – nada, nada conseguia controlar ou estancar o sangue nem por um segundo. Seu rosto estava branco como papel; nem mesmo seus lábios tinham cor. Esqueci-me de Claire, me esqueci de tudo. Tudo o que eu sentia era o pânico, a tontura causada pelo desespero, e a imagem de James desfalecendo na minha frente. Tudo isso enquanto eu, impotente, não podia fazer nada.

Nada.

Nada.

Absolutamente nada.

Minha cabeça rodava e meu coração batia tão forte que parecia ser capaz de quebrar as minhas costelas. E cada uma dessas batidas era como um soco. Eu estava sentindo uma mistura de dor, medo e pânico. Tudo ao mesmo tempo e de um modo tão intenso que eu mal conseguia me manter em pé.

Neville tinha chamado o St. Mungus, mas por algum motivo, eles demoraram. Demoraram muito. Foi tempo o suficiente para eu perder a cabeça de vez. Desabei na grama, sem mal conseguir respirar direito, apenas ao lado de James.

Depois da espera mais longa da minha vida, James finalmente foi levado ao St. Mungus e Neville nos levou a sua sala, onde ele deixou que Fred, Lucy e eu usássemos sua lareira para ir até lá.

Eu nunca gostei de viajar com pó de flú, que dirá em um momento como aqueles. A claridade o St. Mungus nunca me pareceu tão cegante como naquele momento.

E foi substituída por uma escuridão mais sombria que uma noite de lua nova.

Quando eu acordei, a primeira coisa que eu vi foi, obviamente, a luz branca do St. Mungus. Mas eu não estava em um leito nem nada assim. Era uma espécie de sala de espera toda decorada com móveis brancos – e de paredes brancas também. Dois sofás pequenos, algumas plantas ornamentais. Revistas. Uns pequenos detalhes em preto aqui e ali.

A próxima coisa que reparei foi que eu estava com a cabeça apoiada em algo macio. Mas não era um sofá. Era algo... quente.

– Angie.

Meus olhos se moveram para a direção da voz automaticamente. Acima. Era Fred. Era ele quem estava no sofá, era no colo dele que eu estava deitada.

Fred estava tão desesperado quanto eu. Absurdamente desesperado. Tão desesperado que era difícil de descrever, mas só de fixar o meu olhar no dele, eu pude sentir o meu voltando de uma vez. Fred estava assutado. E não era só isso. Ele estava chorando. Não de um modo exatamente descontrolado, mas chorando. Lágrimas desciam por seu rosto, e seus olhos e nariz estavam vermelhos.

– Que bom que você acordou.

Senti algo se revirar dentro de mim. Acordou?! Então eu havia desmaiado?

– Espere, eu- eu desmaiei? Oh, meu Deus, Fred, o que aconteceu? Alguma novidade, algo assim?

– Acalme-se, Angie, acalme-se. Você está muito nervosa.

– O que você esperava?! – eu quase gritei. – Eu acabei de ver o meu namorado com uma adaga no peito!

É naquele momento em que eu finalmente coloquei as mãos cobrindo o meu rosto e fechei meus olhos com força, sentindo a angústia me dominar por completo – inclusive a parte do meu cérebro que eu estava usando para manter o controle.

James. A imagem de James com aquela adaga prateada no peito. O grito, o sangue, Claire...

James não podia morrer. Eu não podia perdê-lo, ele não poderia me deixar. Nós tínhamos uma vida inteira pela frente. Encontramos muitos amores nessa vida, mas só um desses amores é a pessoa certa. E James é essa pessoa. É com ele que eu quero envelhecer, é com ele que eu quero casar e ter filhos algum dia. Eu vivo por ele.

Eu não posso perdê-lo.

– Como ele está?! – eu perguntei, entre soluços. Eu chorava tanto que mal conseguia falar direito.

Fred acariciou a minha cabeça, colocando as mãos entre os fios dos meus cabelos. Seria algo relaxante se não me fizesse lembrar tanto de James.

– Eles... eles disseram que o caso é grave. – Fred engoliu em seco. – Ele perdeu muito sangue. Poções e os métodos mágicos não ajudam aqui. Eles farão uma transfusão, e uma cirurgia de emergência para tentar fechar o corte o mais rápido o possível. Uma cirurgia de alto risco. Mas... mas ele... ele ainda está vivo.

Não precisava sequer pensar para entender o que aquilo queria dizer. O choro aumentou, e meu desespero perder.

Não, não, não.

Eu não posso perdê-lo.

James não pode me deixar.

– Que tipo de cirurgia?

Fred encarou o nada de modo melancólico.

– O corte passou muito próximo ao coração. Errou por cinco milímetros, mas perfurou um pulmão. E é isso que está complicando tudo.

Cobri o meu rosto novamente. Meu choro era tão intenso que minhas lágrimas desciam como uma cachoeira por meu rosto, e os soluços eram tão poderosos que faziam o meu corpo inteiro sacudir com força.

Mas eu logo as sequei, tentando manter o controle novamente. Da nada adiantava chorar. O choro não vai traria James de volta, nem “limparia a minha alma” como dizem. Tudo o que o choro faria é aumentar meu desespero, e se eu ficasse um pouco mais estressada, logo seria eu quem estaria internada.

– Fred... É doentio pensar que é minha culpa?

– O quê? – ele exclamou. – Por quê?

Fechei os meus olhos. O escuro nunca pareceu tão meu amigo. E pensar que já tive medo dele.

– É injusto! Claire tinha raiva de mim! Eu deveria estar naquela cama, não Jay! Se tem alguém aqui que deve morrer sou eu!

– Não diga besteiras! – Fred exclamou veementemente, o rosto com uma expressão de medo. – Ambas as opções seriam assustadoras e dolorosas do mesmo jeito. – Ele suspirou pesado. – Angie... James salvou a sua vida. O que quer que ele tenha feito, ele fez por você. Se a situação fosse inversa, ele estaria dizendo o mesmo que você, e quer saber? A gente nunca vai saber o que teria acontecido com você se ele não estivesse ali. A gente nunca sabe, Angie. De nada.

– Fred... se eu não te conhecesse, eu diria que você não pode me entender. Eu estou sentindo uma angústia tão grande. Fred, eu encontrei o verdadeiro amor! Eu encontrei alguém para amar pelo resto da minha vida, alguém para envelhecer ao meu lado, alguém para observar os meus netos de uma varanda ao meu lado. Mas se algo der errado dentro daquela sala, eu não poderei fazer nada disso! Não poderei me casar, não poderei ter filhos... eu não existo sem James, Fred. É James e Angie. Angie e James. Um só. Até depois que a morte os separe.

Fred tentou sorrir, sem sucesso. Seus olhos se encheram de lágrimas, mas ele fez um grande esforço para não deixa-las escorrerem mais e parar o choro de vez.

– Você é sortuda, Angie. Mesmo que uma tragédia aconteça... você pôde viver isso. Mesmo que não tenha sido para todo o sempre, você encontrou alguém. Você foi feliz! Eu o amava, de verdade. Ele não era só meu primo, era meu melhor amigo. James era meu irmão.

Senti um arrepio percorrer meu corpo com tantas palavras no passado.

– Fred... por que você está falando assim? No passado, como se ele já tivesse morrido?

Ele não respondeu, mas eu não demorei para entender o motivo. Fred tinha aceitado. Aceitado o óbvio, o inevitável.

– Não importa se durou pouco, Angie. Você tem que se sentir abençoada! Isso é raro hoje em dia, mas você encontrou essa pessoa! Você foi feliz!

– Eu sou feliz – contestei com veemência. – Eu sou feliz com James. Eu... eu só quero pensar que vai dar tudo certo. Então é isso o que eu estou pensando. Estou pálida de preocupação-

– Literalmente.

– Mas vou pensar que vai dar tudo certo, Fred. Sabe por quê? Você disse que a gente nunca poderá saber o que aconteceria se a situação fosse inversa. Mas eu sei de uma coisa: James jamais desistiria de mim.

A expressão no rosto de Fred sumiu.

– Você está insunuando que eu... que eu por acaso... desisti de James?

– Não! – exclamei rapidamente. Meu Deus, eu estava tão nervosa e com tanto medo e simplesmente tão triste que estava começando a realmente falar asneiras. – É só que...

– Eu estou preparado para o que der e vier, Angie – ele rebateu. Sua voz soou embargada. – Não estou sendo nem otimista e nem pessimista. Eu só espero que se eu pelo menos conseguir enganar a mim mesmo com o fato de que não me preocupo tanto, eu não sofra tanto se tudo der errado. Acredite em mim, eu o amo tanto quanto você.

– Fred... – comecei, mas nunca pude terminar, pois minha voz falhou e logo caí em lágrimas novamente.

Ele deu um jeito de me abraçar de forma um tanto quanto desleixada, mas aquilo foi o de menos. Eu precisava daquele abraço.

***

– E foi assim que aconteceu.

Gina estava tão devastada quanto eu. Ela chegara no St. Mungus há pouco, e não muito diferentemente de mim, estava com o rosto vermelho de tanto chorar e pálida de preocupação ao mesmo tempo. Ver Gina naquele estado também partia o meu coração. Eu ficava imaginando o quão poderosa seria a dor de uma mãe em uma situação daquelas.

– E quais são nossas chances? – ela me perguntou.

Gina tinha acabado de sair do trabalho, então usava roupas finas e profissionais. Seu cabelo ruivo estava preso em um coque que provavelmente era maravilhosamente arrumado, mas que agora estava uma bagunça.

– Os médicos dizem que é bem grave – respondi, devagar.

Fazia pouco tempo que eu tinha conseguido controlar o choro. Fred havia saído para tentar tomar um refrigerante pouco tempo antes de Gina chegar. Ele ainda não tinha voltado.

– Grave... grave como?

Suspirei pesado.

– O ferimento fez com que ele perdesse muito sangue. Não temos noticia há bastante tempo. Tudo o que podemos fazer é esperar.

Ela assentiu. Albus abraçou-a forte e, juntos, mãe e filho se sentaram em um dos sofás pretos, ao lado de Lily e Harry. A sala de espera se encheu em uma velocidade espantosa. Lucy chegara com Percy, Audrey e até mesmo Molly, Rose e Hugo trouxeram os pais, Hermione e Rony Weasley; Dominique, Victoire, Teddy e Louis também apareceram. Todos sentados do mesmo modo que eu: apreensivos, aparentando estar tristes e preocupados.

E, quando o dia estava quase amanhecendo, um médico finalmente entrou na sala de espera.

No próximo capítulo...

“– Srta. Angie McKormick?”

“– Sou eu. O James, ele- ele está bem?”

“– Eu, infelizmente, não estou aqui para dar notícias sobre o Sr. Potter, Srta. McKormick. Há alguém no térreo querendo conversar com a senhorita.”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ficou curtinho, eu sei, MAS lembram-se da surpresa que eu falei? Então. O 45 também vai ser pequeno, e eu espero terminá-lo hoje a noite e fazer algo que pode ser uma att dupla! É a primeira vez que vou fazer algo assim aqui em I Would e espero realmente que meu tempo dê para que eu termine o próximo. O que acham?

E eu tenho algo muito importante a dizer, também: aconteceu um acidente com o meu Word e eu perdi todas aquelas fichas que as leitoras que recomendaram me enviaram. Então, se você que está aí lendo recomendou e mandou a ficha, me reenviem o mais rápido possível. E, sério mesmo, eu tenho a ideia da segunda temporada pronta e se vocês não me enviarem em no máximo dez dias... okay, respire, Melody. Desculpem, eu só estou muito estressada. Não é estressada no sentido de brava, é estressada de... estressada.

Bom, espero ver vocês aqui ainda hoje! Reviews?

Beijos!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I Would Bring You The Stars To See You Smile" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.