Mal Feito, Feito! escrita por Anne Lestrange


Capítulo 12
A mui nobre família Lestrange


Notas iniciais do capítulo

Nesse capitulo a Anne estará mais mimada do que nunca, mas é uma Lestrange e é tão mimada quando um Black, não me odeiem. Agora vamos lá, o tão esperado natal dos Lestrange, vamos ter pelo menos dois capítulos com as férias de Natal.

Quer coisa melhor do que acordar e encontrar duas linda e perfeitas recomendações? Ain meu coraçãozinho não aguenta tanto de uma vez só, muito, muito obrigada Andromeda e Michelle você são duas fofas. My heart is yours. ♥

As famílias felizes parecem-se todas; as famílias infelizes são infelizes cada uma à sua maneira. (Leon Tolstoi)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/372657/chapter/12

As nuvens densas e escuras tomavam conta do dia. A neve caia em grandes flocos. Diante de uma colina coberta por uma densa floresta, cinco pessoas estavam paradas em frente a um grande portão de ferro. No centro do portão havia um brasão com um escudo e uma cobra, o símbolo da família Lestrange. Os dois jovens eram altos e musculosos, eles estavam segurando o braço de uma mulher, cada um de um lado, os jovens eram muito parecidos com a mulher que também era alta, morena e robusta. Logo atrás se encontravam um homem de certa idade, sua cabeça estava coberta por cabelos brancos, ele tinha olhos azuis e o mesmo jeito de andar da jovem que vinha ao seu lado.

- Anne querida, tem certeza de que não quer que eu carregue o seu malão? – O homem mais velho disse para a jovem ao seu lado que puxava o malão desajeitadamente.

- Não, eu estou bem papai. – A jovem disse irritada, ela tinha os olhos do pai e o mesmo jeito dele, mas seu longo cabelo moreno e cacheado era idêntico ao da mãe.

- Abra logo esse portão Adolphus. – A mulher falou nervosa olhando para o homem de cabelos brancos.

- Fiat justitia et ruat caelum. – O homem murmurou o lema da família Lestrange e deu um toque com a varinha no portão que imediatamente se abriu com um rangido. Os cinco começaram a seguir o caminho que levava ao alto do morro onde uma grande mansão se encontrava. Era uma casa escura com muitas janelas. Na frente seguiam a mulher de braços dados com seus filhos que puxavam seu malão com muito mais facilidade do que a jovem que vinha atrás acompanhada do pai.

- Por que o vovô tinha que colocar esse feitiço contra aparatação? – Anne perguntou emburrada puxando seu malão colina acima.

- Para que nenhuma visita indesejada invadisse nossa propriedade. – Respondeu Adolphus. – Me deixe levar seu malão! - O pai tirou as mãos de Anne da alça que puxava o malão e começou a puxa-lo colina acima.

- Eu disse que não precisava de ajuda. Eu estava muito bem! – Anne disse, mas não fez nenhuma tentativa de pegar o malão novamente. Depois de alguns minutos de caminhada e milhares de reclamações de Anne sobre o clima úmido que acabava com seu cabelo, sobre a neve que não parava de cair e grudar na sua roupa, sobre a colina que era íngreme demais, a família Lestrange chegou a frente da casa. Adolphus tocou na fechadura e uma chave apareceu em suas mãos, ele abriu a porta e todos entraram apressados. Um pequeno e gorducho cachorro da raça beagle veio em direção de Anne e ficou pulando ao redor da jovem balançando seu rabo.

- Oi bola de neve! – Anne se abaixou e o pegou no colo. – Você engordou uns 20 quilos heim? – A jovem fez uma expressão de dor e começou a falar com uma voz de bebê falando com o cachorro. – Sério, assim não da pra mim segurar você no colo seu gorducho. – Ela falou isso, mas continuou o segurando no colo.

- Eu vou ver se o jantar já está... – A mulher começou a falar, mas Rodolphus a interrompeu.

- Tenho que escrever para a Bella! – Ele disse e saiu apressado escada acima.

- Eu tenho lição pra fazer. – Rasbatan disse seguindo o irmão mais novo.

- Eu.. – Anne começou a falar e deu alguns passos em direção a escada, mas foi segurada pela mãe.

- Você vem aqui. – A mãe e o pai puxaram Anne para um abraço esmagador. A mãe começou a dar milhares de beijos na filha. - Você está tão pálida, tão magrinha, com certeza eles não estão te alimentando bem naquela escola.

- Eu disse que era melhor termos enviado ela para estudar na Beaubatox!

- Por Melim! Não seja maluco Adolphus, iria morrer com minha pequena tão longe de casa. – Ela ainda abraçava e beijava a testa de Anne que tentava se desviar dos braços da mãe.

- Mãe, você está matando o Bola de neve sufocado. – Anne reclamou. – Por que você não vai ver o jantar? Eu estou morta de fome.

- Ah, a pobrezinha está morrendo de fome, sabia que eles não estavam te alimentando bem. – A mulher saiu em direção a um corredor a esquerda, ela continuou falando sozinha enquanto Anne se jogou no sofá e ficou acariciando o pelo do Bola de neve.

- Então, como está em Hogwarts? – O pai se sentou no sofá diante de Anne.

- Tudo na mesma. – Ela respondeu indiferente.

- Quando eu estudava em Hogwarts era uma aventura. – O homem disse sonhador.

- Huum...

- E a varinha que sua mãe lhe mandou? Como está funcionando? Era uma das melhores varinhas da loja! – O pai parecia empolgado, mas Anne ficou em silêncio sem saber o que responder, ela jogara a varinha de baixo da cama, hábito de jogar as coisas em baixo da cama que pegará com Alyx, e acabou se esquecendo dela lá.

- Está bem. – O pai fez uma carranca, a jovem era uma péssima mentirosa.

- Você tem que se esforçar querida, você é tão inteligente em poções, só precisa se esforçar um pouco mais em feitiços.

- Eu me esforço pai, mas esses nomes dos feitiços são ridículos. – Anne revirou os olhos e tentou pensar em algo para mudar de assunto. – Então a mamãe ainda está dormindo no outro quarto? – O pai ficou vermelho com a pergunta da filha.

- Eu estava pesquisando em uns livros e descobri uma poção perfeita para acabar com esse meu probleminha, mas sabe como sou ruim em poções, então eu estava pensando... – O rosto de Anne se iluminou. Ela adorava fazer poções.

- Você já comprou os ingredientes?

- Estão no meu escritório. – Ele sorriu.

- Depois do jantar eu começo a preparar ok?

- As noites de sono se sua mãe dependem dessa poção. – Ele riu. - Então me conte, nenhum pretendente em Hogwarts? – O pai perguntou encarando a filha muito concentrado. A jovem desviou o olhar, ela já ouvirá falar de legismencia e sua mãe dizia que seu pai era muito bom nisso, na dúvida era melhor não olhar muito nos olhos dele.

- Não tem ninguém de quem eu goste. – Anne respondeu um pouco corada.

- O que acha do Black?

- Ah, o Reg é muito bom no quadribol e ele é engraçado, mas somos só amigos.

- Não quis dizer o menino Regulus, estava falando do mais velho.

- O Sirius? – Anne perguntou surpresa pelo pai perguntar pelo jovem.

- É, ele mesmo. Uma pena que seja da grifinória, mas nada que uma boa educação não resolva.

- Ele é... – Anne pensou em uma palavra para descrever Sirius, mas tudo que conseguiu pensar foi em Sirius em forma de um grande cachorro preto na floresta proibida. – Legal!

- O jantar está pronto, Anne chame seus irmãos. – A mãe interrompeu a conversa.

- Aff por que eu tenho que fazer isso? A Diva pode fazer isso.

- Da onde você tirou esse nome? O nome dela é Gwineth.

- Não gosto desse nome, prefiro Diva. – A mãe supirou.

- Vá logo chamar seus irmãs, antes que eu perca a paciência. – A mãe disse muito séria. Anne se levantou do sofá e subiu as escadas com Bola de neve nos seus calcanhares. Quando chegou no quarto de Rasbatan, o primeiro no corredor, não havia ninguém então ela foi para o quarto de Rodolphus onde a porta estava entre aberta. A jovem avistou os irmãos rindo muito empolgados diante da mesma caixa que Rodolphus segurava a alguns meses atrás na sala comunal da sonserina.

- Ele vai adorar. – Rasbatan disse.

- A Bella me disse que ele é poliglota. – Rasbatan soltou um assovio de admiração.

- O que é que cês tão fazendo?

- Não sabe bater da porta tampinha? – Rasbatan perguntou enquanto Rodolphus fechava a caixa e colocava do lado de sua cama.

- Eu já te disse para falar direito monstrenga! Se fala: “O que vocês estão fazendo?” – Os dois se levantaram e começaram a empurrar Anne para fora do quarto.

- O que tem naquela caixa que é tão engraçado? – Anne tentou empurrar os irmãos, mas foi inútil, eles praticamente a carregaram escada a baixo, enquanto Bola de neve latia empolgado com a agitação da casa. – Ninguém nunca me conta nada. – Anne disse emburrada. O jantar foi movido por muitos risos e brigas entre irmãos.

- Eu quero a coxa do frango. Por que eles sempre ficam com a melhor parte? – Anne disse pegando a asa do frango que havia restado, enquanto seus irmãos comiam cada um uma coxa da galinha. Durante todo o jantar Anne jogava os restos de sua comida para Bola de neve que ficava deitado ao lado da sua cadeira.

- Anne meu bem, é melhor ir dormir, amanhã bem cedo vamos ao Beco diagonal comprar os presentes para os Black e os Malfoy. – A senhora Lestrange disse ao terminarem o jantar.

- Boa noite pai! – Anne deu um beijo na bochecha do pai e fez o mesmo com a mãe. – Boa noite seus chatos! – Anne falou se dirigindo aos irmãos e fazendo uma careta.

Anne se subiu para o seu quarto que ficava a frente do quarto de Rodolphus. A porta do quarto do irmão havia ficado aberta e Anne não resistiu a sua curiosidade. Entrou no quarto com Bola de neve logo atrás. A caixa estava fechada e quando a abriu se deparou com um pequena cobra, a cobra deu um salto em direção a Anne que caiu para trás em cima de Bola de neve que latiu desesperado.

- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? – Rodolphus chegou ao quarto, ele pegou a cobra e a colocou de volta na caixa. Anne ainda está no chão, os esbugalhados de medo. – Por Merlim! Ela te mordeu? – Ele deu a mão para Anne se levantar.

- Por-que-você-tem-uma-cobra-no-seu-quarto?

- É um presente de natal e fique avisada nunca mais mecha nas minhas coisas. Ouviu? – Anne fez uma careta de desgosto. – Se não eu conto para o papai e para a mamãe que você foi ao baile com aquele mestiço esquisito. - Ele disse com nojo.

- Vai começar de novo! – Anne revirou os olhos. – Eu não entro mais aqui tá? Até porque não gosto de cobras. Você é maluco dar um presente de Natal desses! – A jovem saiu resmungando do quarto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Estou louca para postar o próximo capítulo, vai ter muita bagunça kkkk mas como minhas aulas estão prestes a começar vou escrever mais um pouco e adicionar o próximo capitulo apenas segunda feira.

Algumas observações:

Qualquer semelhança com a mui nobre casa dos Black é pura coincidência, falto criatividade para pensar em nome melhor para o capítulo.

Todo mundo descreve as famílias Malfoy e Black, essas famílias de sangue puro, como pessoas de mal humor e malvadas, não que os Lestrange não sejam do mal, mas eu vejo eles como uma família unida, que tem um carinho um pelo outro, por isso Rasbatan e Rodolphus são tão neuróticos em cuidar da Anne em Hogwarts.