Mal Feito, Feito! escrita por Anne Lestrange


Capítulo 11
Artimanhas e ideias


Notas iniciais do capítulo

No capítulo anterior eu disse que esse seria o natal dos Lestrange, mas acrescentei alguns detalhes e vou ter que adiar um pouquinho o natal, mas estamos quase lá ok? Então vamos ao capítulo, mais um pouquinho de briga de irmãos.

Marilu minha linda cadê você e seus comentários divos? :(



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Era a última semana antes das férias de Natal, já se passará mais de um mês desde a noite do baile. Do lado de fora do salão principal a neve começava a cair deixando a noite mais fria do que já estava. O jantar estava na mesa e Anne estava sentada ao lado de Regulus. Alyx havia acabado de entrar no salão e dava tchauzinho para os marotos antes de se dirigir a mesa da sonserina para o jantar, desde que Anne parara de falar com ela, a jovem havia começado a andar com os marotos, mais especificamente com Sirius, com mais frequência.

– Eu estou morto da fome. – Regulus disse animado diante do prato cheio de comida a sua frente.

– Eu não aguento mais. – Anne resmungou.

– O que você não aguenta mais? – Regulus perguntou com uma coxa de galinha nas mãos.

– Ficar sem falar com ela. Sei lá, ela foi minha melhor amiga por tipo... todos os meus cinco anos em Hogwarts, mas tem agido como uma idiota ultimamente. – Anne suspirou enquanto remexia na comida intacta em seu prato. – Acredita que fui pedir desculpas para ela e ela simplesmente virou a cara e saiu andando como se eu nem estivesse lá? – Anne também se lembrou de suas tentativas de escapar de seus irmãos e falar com Remo, mas ele sempre encontrava um jeito de desviar dela.

– Acho que eu também faria o mesmo se fosse ela. – Regulus respondeu indiferente.

– O QUÊ?

– Ah, calma ai Anne, eu só acho que ser ameaçada de morte e ser jogada no lago praticamente congelado uma vez na vida já é o suficiente.

– Reg, você está maluco, o que isso tem a ver comigo e com a Alyx? – Ele me olhou com uma expressão preocupada.

– Você não sabe de nada?

– Nada o quê? Desembucha Reg! – Anne deu um tapa no ombro de Regulus.

– Ai, não precisa me espancar! - Ele massagiou o lugar onde a jovem havia batido nele, fazendo drama. - Ok, depois da noite do baile eu fiquei na enfermaria por um dia e Madame Pomfrey só me deixou sair de lá na noite seguinte, eu estava saindo de lá, eu estava lá porque você sabe, meu irmão... – Ele parecia desconfortável enquanto falava, Anne olhava o amigo ansiosa. – Então eu vi o Rasbatan e a Alyx, ele estava apontando a varinha para o pescoço dela e ele não parecia nada amigável, ele falou algumas coisas pra ela...

– Que coisas?

– Ah, não me faça entrar em detalhes, mas ele disse algo como se você encher a cabeça da minha irmã com essas suas loucuras de novo eu... – Regulus simulou um corte em sua garganta com a mão. – Então ele começou a arrastar ela pro lago e eu fui atrás, eu disse pra ele parar, mas ele estava diferente, ele estava louco de raiva e então ele jogou a Alyx no lago. – Ele começou a mexer no seu prato de comida sem colocar nada na boca.

– Você inventou isso não inventou? Meu irmão não faria algo assim. – Anne olhou para o outro lado da mesa onde Rasbatan estava sentado junto como grupinho de Bellatrix.

– Por que eu inventaria uma história dessas? – Anne olhou Regulus sem respostas.

– Eu vou falar com ela. – Anne se levantou decidida pegando seu prato e indo se sentar na ponta da mesa aonde Alyx jantava sozinha.

– Não vai falar mais comigo? – Anne perguntou e Alyx continuou a comer fingindo não perceber a presença da jovem. – Tudo bem, eu entendo! Só me diga uma coisa e eu vou embora. Só uma coisa! – Alyx parou de comer e ficou encarando seu prato de comida. – O Rasbatan jogou você no lago e te ameaçou ou algo assim? – Anne não queria acreditar na história, mas precisava entender o que estava acontecendo. Alyx continuou quieta. – Não vai me responder? Ok, mas saiba que você continua sendo minha melhor amiga, apesar de não estar falando comigo a mais de um mês e me deixar sozinha em todas as aulas o que me faz ter te aturar o Ranhoso praticamente o dia inteiro. Sim, agora eu chamo ele de Ranhoso também, entendi porque o Potter chama ele assim, eu não entendo como o Black pode ser melhor companhia do que eu, então eu só queria entender essa história. Você vai me dizer ou vou ter que quebrar minha caixola para entender o que está acontecendo? - Alyx riu.

– Vou te poupar trabalho com a sua caixola, sim ele fez isso, e se você é mesmo minha amiga é melhor não falar comigo porque eu não quero ser jogada no lago de novo. Por Merlim! Eu nem sei nadar. Argh! Ele tá olhando. – Alyx olhou para o outro lado da mesa e desviou os olhos rapidamente, Anne seguiu o olhar da amiga e encontrou nada menos que seu irmão Rasbatan olhando bravo para a sua direção.

– Eu juro que hoje eu mato um! – Anne terminou seu jantar ao lado de Alyx, ela tentou falar com Alyx novamente mas a amiga passou o resto da noite fingindo que não tinha ninguém ao seu lado. Assim que Alyx terminou seu jantar saiu em disparada do salão principal, deixando Anne sozinha.

Rasbatan se levantou da mesa deixando seu grupinho e Anne se levantou rapidamente o seguindo para fora do salão.

– Você gosta de assustar meus amiguinhos não é maninho? – Anne perguntou com uma voz que lembrava a de Bellatrix Black.

– U-a-u. Se me dissessem que era a Bella falando comigo eu iria acreditar. – Ele riu e Anne o encarou com fúria. Anne tentou empurrar o irmão sem muito sucesso, ele era musculoso e uns dez centímetros mais alto que ela.

– Eu aceitei ficar longe de meus amigos e da minha melhor amiga, porque você me disse que era o certo a fazer, mas agora eu vou te dizer o que você deve fazer. – Anne olhava nos olhos de Rasbatan que estava em choque, a irmã nunca parecera tão decidida e furiosa na vida. – Fique longe dos meus amigos e nunca mais me persiga por ai, ou eu juro... eu juro que se você ameaçar meus amigos de novo, eu faço da sua vida um inferno. EU JURO QUE FAÇO! – Depois de alguns segundos em choque, Rasbatan começou a rir debochadamente.

– Acabou tampinha?

– EU NÃO SOU TAMPINHA! – Anne estava vermelha de raiva, mas Rasbatan deu as costas pra ela ainda rindo. Anne levantou a varinha em direção ao irmão, mas alguém tapou sua boca antes que ela pudesse dizer a azaração. Ela mordeu a mão da pessoa que deu um berro de dor.

– Ai, sua louca, eu só estava tentando ajudar. – Severus reclamou.

– Nunca ouviu que em briga de irmãos não se interrompe azaração?

– Ãn, não, você acabou de inventar isso!

– Eu inventei e você não devia ser tão metido. – Anne deu a língua ainda vermelha de raiva.

– Se está com raiva do seu irmão, devia fazer uma poção e não usar uma varinha, na verdade você devia ser proibida de usar uma varinha. – Ele deu um olhar malicioso para Anne. – Eu ainda não esqueci o que você fez na aula de Defesa contra as artes das trevas. – Ele falou rindo, mas não foi um riso divertido, foi mais como uma risada maligna.

– Ui que meda! – Anne ficou quieta por um tempo e os dois começaram a andar em direção a sala comunal da sonserina. Quando passaram pela a enfermaria, de lá saiam Madame Pomfrey ao lado de Lupin,  ele estava magro e muito pálido,  Anne abriu seu melhor sorriso para ele, mas ele a olhou e desviou o olhar rapidamente.

– Garoto esquisito, está sempre doente. – Snape resmungou, mas Anne não respondeu, ela continuava olhando para Madame Pomfrey e Lupin que agora já estavam quase no fim do corredor. – Hogwarts chamando Anne! – Snape estalou os dedos na frente do rosto de Anne e ela acordou do transe.

– Você-é-demais Sev! – Ela pulou nos braços de Snape dando um beijo na bochecha do garoto que tinha as bochechas vermelhas.

– Sei disso, sei disso, mas não me mata sufocado! – Anne riu e saiu correndo pelo corredor acenando para o garoto.

– É hoje que eu descubro. - Anne dizia enquanto corria.

– Maluca! – Snape resmugou.

Anne correu até alcançar Madame Pomfrey e Lupin, quando estava bem perto dos dois Anne se escondeu atrás de uma armadura para não ser vista, esperou que os dois andassem mais um pouco e continuou assim por mais alguns minutos, os dois andavam e Anne avançava mais um pouco na direção dos dois e então se escondia em uma armadura ou qualquer coisa que estivesse no caminho. Os dois se dirigiram para fora do castelo onde o chão estava coberto por uma fina camada de neve e a lua cheia brilhava no céu. Quando estavam bem próximos do Salgueiro Lutador, Madame Pomfrey abraçou Lupin e falou algumas coisas que Anne não conseguiu escutar do arbusto onde estava escondida. 

O salgueiro parou de se debater e Lupin entrou em algum lugar perto das raízes da árvore. Anne esperou até Madame Pomfrey ter tempo de voltar para sua sala só então ela se levantou e voltou para o castelo. A jovem andava pensativa pelos corredores, ela pensava em todas as vezes que Lupin ficava doente e tentava entender porque ele entrara no Salgueiro Lutador.

- ALUNOS FORA DA CAMA! - Um voz gritou ao longe no corredor. Os passos apressados do zelador Filch ecoavam pelo corredor.

- Pelo amor de Merlim! - Anne saiu correndo e tentando chegar as masmorras o mais rápido possível. Pirraça apareceu para completar a festa. 

- UMA SONSERINA FOI PASSEAR ALÉM DO CASTELO PARA BRINCAR! - Ele cantava aos gritos pelo corredor.

- CALA A BOCA PIRRAÇA! - Anne puxou sua varinha enquanto corria, balançou sua varinha e gritou: - ESTUPEFAÇA! - Como sempre o feitiço de Anne não saiu como esperado. As orelhas de pirraça começaram a crescer juntamente com seus dentes, provavelmente se transformando em um burro como ela fizerá com Snape, pensou Anne, mas ela não esperou para ver o resultado.

- QUANDO EU TE PEGAR SEU PESTINHA! - Ela escutou Filch gritando em algum corredor perto das masmorras. Anne estava diante de um corredor sem saída quando uma porta se materializou para ela, a porta só se mostrava para os verdadeiros sonserinos.

- Trasgo idiota! - Ela falou a senha e a porta se abriu, Anne entrou na sala ofegante e se jogou no sofá luxuoso da sala comunal. - Vou virar maratonista de tanto correr em Hogwarts! - A jovem suspirou e pegou no sono enquanto observava as chamas na grande lareira.

- Monstrenga! - Anne abriu os olhos e visualizou Rodolphus Lestrange com um grande sorriso no rosto. - Acorda Monstrenga! - Ele começou a balançar Anne que resmungava coisas inaudíveis.

- Que foi? Ainda é cedo, me deixa dormir! - Ela finalmente conseguiu falar.

- Monstrenga você está dormindo na sala comunal. - Ele riu. - Como você consegue dormir em qualquer lugar desse jeito?

- Eu não durmo em qualquer lugar... - Ela se soltou dos braços do irmão e se ajeitou no sofá caindo no sono novamente.

- LEVANTA MONSTRENGA! Eu não vou te carregar até o trem de Hogwarts. - Ele disse cutucando a irmã.

- Seu... chato! - Ela resmungou, mas depois de esfregar os olhos, se contorcer no sofá e dar um bocejo gigante ela se levantou. 

- Você é um monstro mesmo. - Rodolphus riu e a irmã deu a língua como uma criança de cinco anos.

- Vou arrumar meu malão e já vou pro salão, eu te encontro lá. - Anne subiu as escadas e conseguiu chegar ao dormitório depois de tropeçar algumas vezes na escada e nos próprios pés. Uma pessoa se jogou nos braços de Anne e esmagou ela deixando a jovem em uma confusão de cabelos loiros.

- Não acredito que você enfrentou o Rasbatan, por-mim! - Ela ainda esmagava Anne que começava a tossir sem ar.

- Alyx... eu.. tô... ar... - Alyx soltou a amiga que começava a ficar roxa.

- Desculpa, me empolguei um pouquinho. - Alyx deu sorriso torto. Anne respirou e recuperou o fôlego.

- Agora é minha vez de te esmagar. - Anne pulou nos braços da amiga e as duas riram. - É bom ter você de volta. - Anne se soltou da amiga e se jogou na cama. 

- Então, onde você se meteu a noite inteira depois de enfrentar o seu irmão? - Alyx perguntou preocupada.

- Longa história.

- Eu tenho todo tempo do mundo.

- Ah, você vai ficar aqui pro Natal? - Anne perguntou triste. - Queria poder ficar, vou ter que aturar os Black e os Malfoy na minha casa durante um dia inteiro. Aff, como a vida é injusta.

- Então porque não fica? Six me emprestou o violão dele, ele está me ensinando algumas notas, é tão legal, a gente podia cantar juntas. - Alyx disse com empolgação.

- Você quer que eu estoure seus timpanos? - Anne riu.

- Ei da para vocês calarem a matraca? Tem gente tentando dormir. - Kyra falou revoltada da sua cama. Anne e Alyx reviraram os olhos e riram.

- Eu tenho que me arrumar se não vou perder o trem, eu te mando uma carta quando chegar em casa, me escreve contando tudo, sobre o violão, sobre o Six. - Anne riu ao ver as bochechas de Alyx ficarem vermelhas. - E já que você vai ficar por aqui... - Anne começou a remexer no seu malão e retirou um livro grosso lá de dentro. - Toma aqui, tente entender isso daqui, estou lendo esse livro o mês inteiro e não consegui entender bulhufas. - A jovem morena soava desapontada. Entregou o livro para Alyx que escondeu o livro embaixo da cama, era lá que ela escondia praticamente tudo. Anne pegou todas as suas roupas e livros que estavam sobre sua cama e ao redor dela e começou a jogar no malão, em seguida tentou fecha-lo, mas sem sucesso, tirou a varinha das vestes e murmurou: "disponat propinquus!" e o malão se fechou e Anne e amiga olharam assustadas para o malão.

- Será que meu feitiço deu certo dessa vez? - Anne ainda olhava espantada para o malão.

- Pelas barbas de Merlim! Vai chover feijõeszinhos de todos os sabores. - Alyx olhava de Anne para o malão também sem acreditar que pela primeira vez na vida o feitiço de Anne tinha sido efetuado de maneira correta.


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Notas finais do capítulo

TAMTAMTÁAAAAM! O que será que a Anne vai inventar dessa vez? Será que a Anne vai descobrir que o Lupin é um lobisomem? Continuem lendo para descobrir. Ai que malvada que eu sou, essa convivência com o Rasbatan está me deixando maligna kkkk.

PS: havia postado esse capítulo um pouco menos, mas achei melhor adicionar mais alguns detalhes ao final, assim o próximo capítulo vai ser o natal, ansiosos para conhecer a mansão Lestrange? *-*