Catherine estava sentada na poltrona esperando a chegada de todos os seus ‘amigos’.

Onze e cinqüenta e nove ela ouve uma batinha extremamente baixa, mas pelo silencio que ela fazia, pode ouvir perfeitamente, se levantou e encaminhou-se para a entrada, abrindo a passagem para seus convidados.

As quatro garotas entraram dizendo apenas um “Boa noite” antes de se sentarem no chão num semicírculo ao redor da poltrona onde Cath se sentara.

“Boa noite, como vocês já puderam conferir, Dolores Umbridge está com mais poderes do que qualquer um julgaria necessário, e por este motivo ela pode se tornar um problema” Catherine começou com a face e voz sérias.

“O que deseja que façamos?” Audrey perguntou interessadíssima.

“Poderíamos torturar ela... Ou quem sabe prende-la, fazer a Ju tomar poção polissuco e com isso poderemos chegar até o ministro e a assim dominar todo mundo antes de Você-Sabe-Quem” Sam sugeriu com um sorriso, apenas de pensar na hipótese.

“E porque exatamente seria eu quem teria de tomar a poção?” Juliane indagou curiosa.

“Porque você tem a desculpa de ter ido estudar com seu namorado lá no Japão, o que iria explicar seu sumiço” Lina explicou entendendo a idéia de Samara.

“Calem-se” Catherine ordenou ríspida e todas se viraram para a morena “Me interrompam novamente e eu esquecerei de algumas regras desta escola” ameaçou.

“Perdoe-nos” pediram todas de cabeça baixa.

“Nós NÃO iremos usá-la como um brinquedinho para chegar até o ministro, até porque posso deixar isto para Voldemort.” Cath explicou perdendo a calma e usando um tom de voz perigosamente frio enquanto falava “quero que você, Samara, siga ela, saiba de cada passo, saiba tudo sobre ela, se precisar finja-se de aluna modelo, puxe o saco, manipule, mas eu quero saber o que esta mulher faz ou deixa de fazer”.

“Pode deixar! Irei aonde quer que esta sapa vá, você não irá se decepcionar” Samara anunciou confiante.

“Assim espero, não perdoarei falhas”.

“E quanto a nós?” as demais indagaram receosas.

 “Vocês...” Catherine iniciou pensativa “talvez haja algo que você possam fazer...” e parou de falar por um instante para pensar. Porém não precisou de muito tempo, instantes depois já estava com seu típico sorriso de que encontrara o plano perfeito “Audrey, quero que você siga o Potter, quero saber tudo sobre ele, não me interessa o que você precisar fazer para descobrir, simplesmente descubra”.

“Sim! Não falharei! Você saberá mais sobre o Potter do que ele mesmo!” Audrey falou arrogante.

“Juliane, você irá fazer um levantamento sobre a opinião dos alunos sobre o retorno de Voldemort e eu não quero saber da Umbridge no seu pé por causa disso, se eu receber uma reclamação sequer sobre isto... Haverá consequências nada boas para você” Catherine explicou com a voz ameaçadora.

Juliane engoliu seco, e concordou com a cabeça. Cath então se virou para Lina com um sorriso cínico no rosto “Lina você irá ajudar Audrey, porém quero saber o que os amigos do Potter planejam também, principalmente a sangue-ruim”.

“Catherine, perdoe a pergunta, mas por que teremos de fazer isto, qual é seu objetivo?” Lina indagou confusa, ela ainda não havia encontrado a lógica das missões.

“Como todas sabem, Voldemort retornou, isto é um fato, não um opinião ou especulação. Quero saber o que o inimigo, no caso o Ministério, está fazendo para encobrir esta informação e o que exatamente ele pensa. A principal porta é Umbridge que é a representante do Ministério em Hogwarts.” Catherine iniciou inexpressiva com sua voz sem a mínima emoção “No entanto, muitos alunos daqui têm pais que trabalham no ministério, por isto saber a opinião de todos, filhos tendem a ter a mesma opinião dos pais. Também quero saber o que potter faz, porque ele é impulsivo e age sem pensar, e não quero que ele estrague tudo”.

“Mas, Catherine, o que você irá fazer para impedi-lo, ele é teimoso, não pensa, além de ser um imã para tragédias” Samara comentou indignada.

“Samara, eu não quero que ele não se meta em confusões, mas sim que essas confusões não afetem meus planos, por isso quero manter ele e a sangue-ruim bem longe. De qualquer modo ele é o rei do meu jogo, e no momento preciso deixá-lo bem longe tanto das peças de Voldemort, quanto das peças do Ministério.” Catherine explicou “além do mais, ano que vem não estarei aqui, por isso com essas informações já poderei ter uma noção do que acontecerá mais para o futuro”.

“Entendo... Catherine, porque você quer saber o que acontece aqui se próximo ano você estará alheia a tudo que acontecerá aqui?” Juliane tomou coragem para perguntar.

“É aí que você se engana, eu não posso estar alheia ao que acontecer aqui... Há duas possibilidades para os próximos anos: a primeira é continuar essa briga Ordem versus Ministério e Voldemort agindo pela surdina, a segunda é Voldemort acabar se revelando e o círculo de caos dos anos que ele esteve no auge voltar. De  um modo ou de outro ele irá fortalecer seus exércitos não só na Grã-Bretanha, por isso que não podemos dar as costas a uma guerra, pois esta guerra pode nos perseguir, e nos derrotar. Neste jogo você deve está à pelo menos três passos na frente do adversário prevendo qualquer jogada que ele possa fazer, e já com o contra ataque preparado. E lembrem-se meu plano inicial é muito mais ligado ao que acontecer aqui, do que em qualquer outro lugar”.

“Qual é seu plano inicial?” Audrey questionou sem perceber.

“Você deveria ler mais livros” foi a única coisa que Catherine falou antes de se levantar e ir até a mesa, onde havia um pequeno pacote. Voltou á poltrona segurando o pacote, que não era muito maior que a cabeça da garota “Vocês sabem o que é isto?”.

Todas acenaram negativamente com a cabeça, Cath com um sorriso de lado como se achasse graça na cara de curiosidade de todas tocou a varinha no pacote, que se abriu instantaneamente.

            Catherine pos a mão dentro do pacote e retirou alguma coisa e apenas quando ela colocou na frente do rosto todos puderam ver o que era, uma máscara, do estilo das usadas no carnaval de Veneza, do lado direito do rosto era verde contornado por detalhes brancos em auto-relevo e do lado direito tinha uma mão encobrindo o olho direito “Futuramente precisaremos disto” Foi a única explicação de Cath entes de entregar o pacote para elas “Escolham a que mais lhes agradar”.

            Não demorou muito até todas escolherem suas respectivas máscaras, Samara colocou uma cuja parte direita era prata com detalhes em azul metálico e a parte esquerda era o inverso, Audrey pegou uma branca que do lado do olho direito era verde e do olho esquerdo era azul, Lina pegou uma branca com os olhos contornados por detalhes em dourado e o batom na mesma cor de ouro, por fim Juliane colocou uma branca com uma Borboleta negra com glitter a decorando.

            “Para que estas máscaras?” Audrey indagou por trás da máscara, sua voz saiu abafada e quase irreconhecível.

            “Neste mundo todos usam máscaras... Mascara de bom aluno, máscara de grande amiga, máscaras de mentiras para se ajustar, nada mais justo que usarmos mais uma máscara, a máscara da proteção” Cath recitou encarando-as por trás da sua máscara, sua voz saía num sussurro frio, que parecia muito com um sibilado de uma cobra.

            Todas a encararam confusas, não haviam entendido como aquele objeto poderia Às proteger, Cath fechou os olhos e deixou escapar um suspiro de decepção “A proteção da identidade, afinal até Tom Riddle se esconde atrás da máscara de Voldemort”.

            Todas as encararam espantadas, era difícil saber se era de surpresa por ela saber o verdadeiro nome do Lorde das Trevas, ou se era simplesmente pelo fato de a cada momento ela revelar saber mais do que aparentava.

            “Está ficando tarde, terminamos esta conversa na próxima reunião” Cath pronunciou-se após um tempo de silêncio “Tirem as máscaras e as escondam, não quero saber de nenhuma delas sendo apreendidas, dêem um jeito, mas as tornem impossíveis de serem encontradas por qualquer um”.