A Domadora - Os Prenúncio dos Quatro Elementos escrita por Maria Beatriz


Capítulo 8
Capítulo 7 - O Conselho




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/370925/chapter/8

Havia um extenso gramado ao redor, cercado por muros altos e com um trilho de cascalho que se iniciava no portão de entrada e seguia até a porta de entrada da fortaleza. Acho que posso dizer que Argos se assemelhava bastante a um castelo, entretanto, não havia um rei e nem uma rainha, apenas os seus lideres, o Conselho. Havia também, ao nosso redor as torres de observação que ficavam nas muralhas, provavelmente, deveria ter guardas nela. A nossa frente, bem distante alias, ficava a entrada da fortaleza, tinha uma adorme porta feita de madeira maciça com algumas partes de metal, para reforçar a estrutura, nela estava marcado o brasão de Argos. O pátio era pouco iluminado, pois apenas a luz da noite servia como iluminação, mas não havia tantos detalhes, apenas um gramado extenso. A fortaleza em si, era bastante grande, a entrada dava diretamente para o grande salão, e havia também duas portas pequenas, uma de cada lado do pátio - não é preciso dizer que ficavam distante uma da outra -, aquelas portas davam entrada para o pátio dos fundos da fortaleza, juntamente com os corredores internos das muralhas e uma das varias entradas para as torres e calabouço. Confesso que não faço a menor ideia do tamanho da fortaleza por dentro, nem conheço todos os locais.

Estávamos em silencio, Yoru e Yume fitavam as coisas curiosamente, o que de fato, já era de se esperar vindo deles e Denzel, bem, ele estava como sempre. Atravessamos o pátio de entrada rapidamente, seguindo diretamente para a porta de entrada da Fortaleza, normalmente eu iria para o pátio dos fundos da fortaleza e/ou para a casa de Terence ao chegar a Temesia. Quando digo que moro em Argos, não é exatamente na fortaleza de Argos, pois nenhum domador é obrigado a morar aqui - até mesmo quando são crianças, porque Argos também serve como uma espécie de escola interna-, entretanto, há dois prédios dentro do pátio da fortaleza que foi feito somente para aqueles que quiserem morar aqui. Mesmo assim, como estou quase sempre em Argos do que em casa, aqui serve como se fosse uma segunda casa para mim, mas moro com Terence na cidade.

Empurrei a enorme porta de madeira maciça sem me preocupar em bater ou chamar alguém, em seguida esperei que eles entrassem, então fiz o mesmo e deixei a porta se fechar atrás de mim.

Estávamos no grande salão, tinha as paredes e chão feito de tijolos de pedra, o teto era arredondado e com a maior parte feita de vidro, o que dava uma boa vista do céu à noite, com um enorme lustre feito de cristais no centro, que servia para iluminar praticamente todo o salão, juntamente das tochas que estavam espalhadas pelas vigas. Nas extremidades do salão haviam corredores divididos apenas com vigas da parte central e sobre esses corredores, havia mais corredores, igualmente divido pelas vigas, o que dava uma boa visão de todo o salão de cima. A alguns metros a nossa frente, ficavam as escadas que levavam para a parte de cima do salão.

Suspirei e continuamos a seguir caminhando em direção as escadas.

–Nós vamos para a sala do conselho, - comecei a falar enquanto subíamos os degraus - eles provavelmente irão fazer um questionário sobre o que aconteceu enquanto estávamos vindo para cá. Por isso, peço-lhes para que deixe apenas para eu falar e respondam apenas o necessário quando perguntarem algo para vocês e se perguntarem, claro. E Yume, se perguntarem algo para vocês sobre a fera, não diga sobre a garota que nos ajudou.

–Por quê?

–Porque eu e ela poderemos ter problemas por causa disso, principalmente ela... - Percy era uma ladra, e se soubessem que a vi, iriam perguntar sobre o paradeiro dela e provavelmente isso resultaria com ela presa. Sem contar, que a fênix que ela leva e trata como um animal de estimação é um animal extremamente raro, animais raros e perdidos nem sempre são bem tratados caso alguém ache. E eu também poderia acabar ficando “mal” por causa disso.

Eles assentiram e chegamos ao fim do único lance de escadas, a nossa frente havia mais uma porta de mármore, era igual à de entrada, entretanto menor. Mas não era para ali onde estávamos indo. Seguimos caminhando no corredor da direita, nele também era possível ver todo o salão, uma visão privilegiada dele. Novamente viramos a direita, ainda seguindo no mesmo corredor e pela terceira vez viramos a direita e chegamos a mais um corredor. No entanto, este não tinha vigas que davam vista para o grande salão, apenas uma parede longa feita de tijolos e três portas distantes uma da outra do lado esquerdo.

Entramos no corredor, um tanto que mal iluminado, dirigimo-nos para a porta que se encontrava entre as outras duas, paramos silenciosamente em frente a ela. Era possível ouvir o barulho de discussão, claro, não era ninguém brigando, apenas eram vozes de alguém conversando sobre algo serio. Será que estava todo o conselho ali?

E querendo, ou não, teríamos que interromper.

Dei duas batidas na porta, fazendo com que as vozes silenciassem e apenas o murmúrio de alguém dizendo algo como “Irei abrir a porta...” pode ser ouvido. Não demorou muito e ela finalmente foi aberta.

–Não imaginei que você chegaria tão cedo... - Era Luna, a conselheira e ela me parecia um tanto que confusa a me ver chegar. - Terence ficou bastante preocupado, achando que você demoraria. - Ela sorriu meigamente, olhando para mim e em seguida para os gêmeos e... Denzel.

Luna era a conselheira e isso não é novidade. A conheço há bastante tempo, na verdade, desde que me entendo por gente, pois fui praticamente criada aqui em Argos. Ela tinha mais ou menos a minha altura, seus cabelos eram castanhos e ondulados, mas estavam presos em um coque desajeitado que haviam tantos fios soltos que poderiam ser facilmente confundidos com uma cola - isso já era de costume. Seus olhos eram igualmente castanhos, Luna deveria ter uns trinta e cinco anos talvez, ou mais, não posso ter certeza. Usava um vestido longo que arrastava no chão de cor azul marinho, um pouco acinzentado e era de mangas curtas, entretanto, ela usava uma blusa branca de mangas compridas e largas sob ele. Seu Youkai era uma raposa, se lembro-me bem, na vez que vi, era de pelagem amarela levemente alaranjada e olhos que brilhavam em um tom de azul, acho que a sua aura era alaranjada, mas não posso dizer com certeza.

Luna abriu espaço para que passássemos, entramos na sala de Arcádio e em seguida ela fechou a porta.

Como imaginei, eles estavam realmente discutindo algo importante. Até porque, havia varias pilhas de papeis sobre a escrivaninha, na qual atrás Arcádio estava sentado com o semblante serio e Argalon também estava ali, poderia dizer que o Conselho estava todo reunido, mas as anciãs nunca apareciam nunca as vi, para ser mais especifica.

–Como sempre impecável, não é Sora? - Por algum motivo, senti uma leve “pitada” de sarcasmo no que Argalon falara como se fosse uma cobra com veneno escorrendo no canto da boca. Sim, não simpatizo com ninguém da família Outrora.

Cerrei meus punhos e encarei-o apertando os olhos.

–Sem discussões General Outrora! - Arcádio disse enquanto levantava-se e batia as mãos na escrivaninha, fazendo com que Argalon se silenciasse.

E por um breve momento, pude jurar ver os olhos róseos de Argalon queimarem. De fato, ele era um homem com um cargo alto e respeitado, mesmo assim, o respeito apenas por causa disso. Diferente de Mesura, Argalon tinha cabelos loiros, em um comprimento acima de seus ombros. Admito que ele não lembre nada com a filha na aparência, apenas a cor dos olhos. Era alto - mas Arcádio ainda ganhava -, vestia uma camisa branca, sob um colete cinza de botões pretos. Usava uma calça preta e botas de couro marrom. Como sempre, ele estava usando um lenço no pescoço de cor branca, preso com o broche prata no qual o brasão de Argos estava gravado, também usava luvas marrons de couro. O youkai de Argalon era uma serpente e a pele era escamosa em um tom esverdeado. Por algum motivo, pude ver Argalon exalar sua aura verde musgo e a imagem de seu youkai se formar atrás dele. Para controlar nossos youkais, temos que ter controle sobre nós mesmos, Argalon parecia não estar completamente controlado no momento.

Argalon deu uma breve olhada para Arcádio e em seguida, aos poucos a sua aura foi sumindo por completo.

–Quantas vezes já disse que não quero brigas General Outrora... - acho que Arcádio também notou a aura que exalava de Argalon. - Espero não ter que repedir mais isso. - Ele colocou uma das mãos na testa, em sinal de total desaprovação. - Mas o assunto não é esse. Senhorita Hill, esses são os elementos?

Por algum motivo, fiquei nervosa ao perceber que ele se referia a mim desta vez.

–Yume é o elemento terra – indiquei o garoto que no momento estava parado ao lado da irmã e depois para Yoru. - E Yoru é o elemento ar.

Os gêmeos acenaram a cabeça timidamente em resposta.

–Eles provaram terem tais poderes? - Arcádio parecia estar interessado nos dois irmãos.

–Sim, Senhor Kingdom.

–Então você me da a sua palavra? - Ele arqueou uma sobrancelha e me encarando com os olhos negros e sérios. Arcádio tinha cabelos longos que batiam em sua cintura, eram castanhos escuros e estavam sempre divididos ao meio, com algumas mexas que caiam em seu rosto, admito que isso lhe dava um ar bastante serio, mesmo com os cabelos compridos. Vestia um casaco comprido e negro por cima de uma túnica vermelha, usava calças pretas e sapatos marrons. Nunca vi como é seu youkai, e se vi, não lembro.

–Sim.

–E este rapaz que está com vocês? Quem ele é? - Disse Argalon, com sua “gentileza” costumeira.

Denzel pareceu não gostar muito do que Argalon falara isso fez com que ele parecesse ponderar em dizer algo, mas intervi:

–O nome dele é Denzel, é o responsável pelos gêmeos.

Arcádio coçou o queixo e ficou pensativo, parecia estar analisando cada palavra que era dita.

– Prazer em conhecê-lo. Sou Arcádio Kingdom, o domador alfa. - Eles cumprimentaram-se. - Aquela é Luna Leghten, a nossa conselheira. - Luna acenou gentilmente. - E aquele é Argalon Outrora, o general. - Argalon sorriu debochado, Denzel por sua vez apenas deu de ombros. Em seguida Arcádio voltou a falar: - Senhorita Leghten, sobre o grupo que mandamos até o oraculo, eles já voltaram? - Oraculo?! O que isso tem a ver...

Luna pegou seus óculos que estavam sobre a escrivaninha repleta de papeis e em seguida os colocou. Então, pegou um dos papeis que estavam ali e começou a lê-lo, depois voltou a atenção a nós.

–Rezon Shattesphere, Cellesty Tyllaber, Randy Acker, Amelia Roxane e Ciel Becker. - Ela citou todos os nomes rapidamente. Eram-me familiares, na verdade, quase todos eles. - Foram mandados até o oráculo com a missão de conseguir uma joia sagrada e matarem duas feras que estavam naqueles arredores. Eles partiram a três dias e ainda não voltaram.

Uma joia sagrada, ao que me lembro, elas são usadas para viajar entre os mundos e são encontradas em um templo guardado por um oráculo, essas joias são o único meio de viajar entre os três mundos, além dos portais, claro. Mas para chegar até o oraculo deve levar um dia de caminhada de Temesia até um pântano onde se encontra o templo.

–Entendo. - Arcádio sério como sempre. - Se eles não chegarem amanhã, vocês terão que ir até o portal mais próximo.

–Nós?! - Indaguei. Como assim, nós? Achei que eu iria sozinha...

–Sim. Ainda não temos certeza se eles são realmente os elementos, por isso eles irão com você, assim até mesmo você pode aprender mais sobre eles. - Ok, se os gêmeos teriam que ir comigo até a Luz, isso significa que Denzel irá junto também. Realmente, não esperava isto. - E quando vocês estavam vindo, como foi a viajem até Temesia? - Arcádio disse por fim.

Por algum motivo, eu tinha certeza que ele iria perguntar algo do gênero.

E eu teria que responder da maneira mais completa e curta ao mesmo tempo.

–Em minha viagem até o vilarejo onde eles estavam, foi normal, não ouve nada de inesperado. E quando voltamos, encontramos apenas uma fera.

–Uma fera? - Argalon arqueou uma das sobrancelhas, parecia interessado nisso, mas dei de ombros em resposta a sua pergunta.

–Elas não deveriam estar aparecendo com tanta frequência... - Arcádio disse pensativo. - O que fez com ela? -Completou.

–Matei. - Curta e grossa.

–Entendo. Fez certo, não deveria ter deixado um animal como esse solto. - Ele voltou a sua atenção para Luna. - Poderia verificar se há algum quarto disponível?

Luna pegou um dos livros das estantes, se não me engano eram os arquivos onde eles guardavam escrito tudo que acontece na fortaleza de Argos. Ela abriu o livro e começou a folheá-lo.

–Há apenas um quarto disponível na ala leste. O restante está ocupado. - Luna fechou o livro e o colocou novamente na estante.

–Os gêmeos poderão passar a noite aqui. - Denzel pareceu não gostar muito do que Arcádio falara. - Teria problema ele ir para casa com você?

Eles são abusados...

Sempre foram. – Respondi para Arcano.

–Acho que não. Terence não irá se preocupar. - Falei.

–Luna, poderia acompanha-los até os quartos?

Luna respondeu algo como “sim” e depois foi até os gêmeos, aparentemente disse algo a eles, talvez estivesse se apresentando, apenas isso. Contudo, pude ver que Denzel estava levemente desconfortável com tudo aquilo, na verdade é de se esperar. Afinal, ele estava no meio de estranhos e teria que passar a noite na casa de um estranho... Não que Terence seja uma pessoa estranha, mas ele também não é a mais normal...

–Acho que nós iremos também. - Me pronunciei enquanto Luna dirigia-se para a porta com Yoru e Yume.

–Antes disso, como você provavelmente terá que viajar para chegar aos outros portais. - Arcádio começou a falar antes que saíssemos da sala. - Os garotos estarão junto de Luna no portão de entrada da fortaleza, as oito horas da manhã. Vocês devem se encontrar lá nesse horário. - Não imaginava que eles estavam tão desesperados em encontrar os elementos.

Além de desesperados e abusados gostam de mandar... – Sei que Arcano me irrita em certos momentos com seus comentários desnecessários, mas desta vez tive que desviar o olhar e fitar um ponto no qual não vissem que eu estava prestes a rir.

Suspirei e retomei a postura.

–Então, vamos Denzel?

Ele assentiu sem pensar, talvez estivesse aliviado em poder sair dali finalmente, confesso que eu também estava. Então, seguimos Luna que estava saindo da sala do conselho, ela fechou a porta e continuamos a segui-la pelo corredor mal iluminado.

–E então, quem cuidava de vocês antes de virem para cá? - Luna começou calmamente enquanto saíamos do corredor e íamos para outro.

–Nós morávamos com a Senhora Mabelle – Respondeu Yoru, isso fez lembrar-me do que Mabelle dissera naquele dia, que ela havia deixado os gêmeos escolherem o que queriam, pois sabia que se viesse para cá poderiam ter uma vida melhor.

–Hm... Ela é a mãe de vocês?

–Nunca conhecemos nossos pais... - Yoru pareceu pesarosa ao falar e Yume apenas desvirou o olhar para o interior do salão.

Luna se silenciou e pareceu ficar desconfortável ao ver que tocou em um assunto delicado para os gêmeos.

Descemos os degraus da escada rapidamente e depois a atravessamos o grande salão, passando sob o lustre e nos dirigindo para a porta de entrada.

–Me falem caso algo aconteça com vocês. - Disse Denzel seriamente ao pararmos de caminhar.

–Não se preocupe, eles estão seguros. - Luna sorriu serena em uma tentativa de acalmar Denzel.

E então, ele finalmente desfez a expressão seria e preocupada que estava voltando a sua forma normal: - Espero que sim... - Suas palavras saíram baixas, quase inaudíveis.

–Então vamos indo, não é? - Sim, o que acabei de dizer foi ridículo e acho que um tanto que repetitivo, mas não vejo a hora de sair daqui!

Puxei o braço de Denzel e praticamente o arrastei até a porta, enquanto Luna a abria. Céus, não imaginava que ele era tão apegado nos gêmeos! Por sorte, ele não reclamou então finalmente saímos daquele salão e Luna fechou a porta atrás de nós.

Suspirei sentindo o ar gelado em meus pulmões.

–Não aguentava mais ficar lá dentro... - Desabafei enquanto descíamos as escadas que havia em frente à porta e seguimos caminhando.

–Tem certeza que eles vão ficar bem?

–Não imaginava que você se preocupava tanto... - comentei - Mas Luna provavelmente irá cuidar deles, mesmo que não peçam.

Passamos pelo portão de entrada e seguimos caminhando pela rua extensa de pedras. - Eu poderia passar a noite em uma hospedagem, não preciso ir para a sua casa. - Ele pareceu envergonhado ao dizer isso? Sorri ao perceber sua expressão confusa e disse:

–Não vai ter problemas. Tudo bem que o conselho é bem abusado e adora mandar, mas Terence meu pai adotivo não vai se importar.

–Pai adotivo?

–Sim, não falei dele?

–Falou, mas muito pouco.

–Bem... Terence mesmo não sendo meu pai de sangue, é ainda mais protetor, serio, ele me perguntou milhares de vezes se eu iria mesmo aceitar esse trabalho. Também não é casado, então, sou somente eu ele. Mas é evidente que ele é apaixonado por Luna, mas nunca se confessou isso já faz anos. Então, em certas vezes ele consegue ser totalmente infantil ou atrapalhado, mas é um domador forte e o mais propicio a se tornar um general, caso aconteça algo com Argalon, claro.

–Você não gosta do Argalon, não é?

–Nem da filha dele. Talvez eu simpatizasse com sua esposa, caso ela ainda estivesse viva. Mas nunca conheci, então, acho que não simpatizo com nenhum Outrora.

Entramos em uma rua pavimentada com terra, saindo finalmente da rua principal, ao fim desta ficava a minha casa.

–Vamos ter que viajar até a Luz, não é? - Sabia que ele se incluiria na viagem.

–Sim, e se o grupo que foi mandado até o oraculo não chegar até amanha às oito horas, vamos ter que viajar até o portal mais próximo. Já ouviu falar do oraculo?

–Já. Pelo que sei elas são extremamente narcisistas, não é? Sem contar que são cegas e que podem controlar um exercito de sombras e mandar um desses guerreiros matar aquele que não aceita ter errado a sua charada.

–Verdade... - disse - Você sabe bastante coisa...

–Eu sempre soube ler e escrever, desde quando Mabelle me encontrou. - Hm... Se Mabelle havia o encontrado perdido e ele sabia ler e escrever, isso significa que seus pais poderiam ser pessoas nobres, certo?

–Você se lembrava de seu nome, quando ela o encontrou?

–Apenas o primeiro e mais nada. Por quê?

–Nada... Apenas uma duvida. - Ele franziu o cenho e se calou. Não me lembro de nenhum nobre que tenha perdido um filho chamado Denzel. Nenhuma historia relacionada a isso.

Mexi minha cabeça negativamente, no que eu estava pensando?!

Silenciamo-nos e seguimos caminhando pela rua, não demorou muito para alcançarmos finalmente a minha casa. Suspirei e fitei ao longe enquanto nos aproximávamos, as portas e janelas estavam fechadas - obviamente, pois já esta tarde -, mas a janela do quarto de Terence ainda estava acesa, então, ele ainda estava acordado.

–Chegamos. - Falei ao parar de caminhar, subi os dois degraus que estavam a minha frente e bati na porta duas vezes, enquanto Denzel me esperada a alguns passos de distancia.

Pouco tempo depois ouvi o barulho de algo caindo no chão e passos rápidos de alguém se aproximando e por fim, a porta foi aberta, revelando um Terence vestindo pijama e com os olhos semiabertos.

–Achei que você iria demorar mais! - E então, sem nem ao menos me deixar dizer algo, Terence me abraçou, quase sufocando-me. Por algum motivo, isso me lembra de quando Mabelle nos recebeu, no entanto, dessa vez eu e Denzel estávamos com os papeis invertidos. - Você está bem? Não se machucou? - Disse por fim ao me soltar e de deixar respirar.

–Estou bem, Terence. -Juro que neste exato momento pude ver de relance Denzel dar um pequeno sorriso, como se ele não tivesse passado por isso!

–Quem é ele?

–Denzel. Ele é o responsável pelos dois elementos, depois falo mais sobre isso. Teria problema se ele passasse a noite conosco? - Perguntei.

–Claro que não. - Ele gesticulou com os braços de maneira divertida, em seguida passou por mim descendo os degraus e ficando de frente para Denzel. - Prazer, eu me chamo Terence Albert.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Tenho uma charada, quem conseguir acertar até o próximo capitulo ganha um bombom! Só que não. Emfim, vamos a ela:
Certas pessoas tentam não magoar as outras, pelo simples motivo de que não querem ser magoadas; Isso acontece frequentemente, assim como diversas outras coisas que as pessoas evitam fazer e dizer; Para você, estes atos podem ser simplificados em apenas uma palavra? E então, alguém tem uma ideia do que pode ser a reposta?
Lembrando que, quem quer que eu poste um capitulo com os personagens que foram até o oraculo? Eu até comecei a escrever umas coisas aqui e acho que ia ser legal, até para ter um pouco mais de ação u.u Enfim, eu também queria narrar como é um pântano (WFT?!), dai eu acabei me interessando em escrever sobre o grupo, só para não ficar meio desconexo caso eles aparecerem depois de novo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Domadora - Os Prenúncio dos Quatro Elementos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.