Armistice escrita por Jewelry Bonney


Capítulo 4
Seu segredo




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– Seu segredo? – Ace ergueu sua sobrancelha esquerda interessado no assunto. – Sim eu me lembro. – disse atento ao que Bonney dizia.


Bonney rodava o chapéu de Ace de forma distraída, enquanto começava a falar:

– Quando eu era criança, nasci em uma família nobre. Um dia acidentalmente, comi uma Akuma no Mi. – Bonney suspirou. – Por conta disso, meus pais me abandonaram, não suportaram a vergonha de eu ser uma usuária... Quando eu tinha oito anos me largaram naquela vila na qual nos encontramos e, infelizmente, meu poder era muito interessante para a nobreza.

Bonney fez uma breve pausa, aquele assunto não era o seu favorito. Logo depois ela continuou:

– Eu altero a idade física... Minha e de qualquer um... - Ace virou-se para observá-la. Bonney era uma garotinha que brincava com seu chapéu, aparentava ter aproximado uns dez anos. Ele pareceu assustado, ela estava idêntica, apenas menor, mas sem as belas curvas do corpo feminino, enfim era uma criança que estendia os bracinhos para lhe entregar seu chapéu.

Ace tomou-o colocando em sua cabeça e Bonney voltou a sua aparência de uns vinte e poucos anos.

– Uma vez por ano, minha mãe me visitava para eu deixá-la mais jovem e pagava para me alimentarem. – Suspirou ela. – Ela nem me olhava, só queria ficar jovem. – Ela olhou para Ace. – Talvez por ter nascido nobre eles não me transformaram literalmente numa escrava, mas meus pais não me quiseram depois que me tornei usuária...

– A noticia de que eu rejuvenescia as pessoas espalhou-se e comecei a me torna interessante. Então eu era levada para de população nobre todo mês, fizeram pesquisas comigo para dominar minha força, me torturavam e me batiam quando não os obedeciam... Até que a noticia chegou ao Governo Mundial. Passei a visitar anualmente os Gorousei e até os Teryuubitos.

A capitã lacrimejava, mas tentava não chorar enquanto contava sua história. Parecia que aquilo lhe doía muito, por isso Ace segurou uma das mãos de Bonney tentando dar-lhe segurança para continuar a falar.

– Ace, minha vida era o inferno quando era levada. E você ir até a ilha me motivou a querer partir... Você me deu um motivo para viver.

Ace parou para pensar "Eu dar um motivo para alguém viver?", o comandante mantinha-se sério enquanto olhava-a, mas por dentro, sua mente tornava-se confusa.

– Na época, eu não fui com você por medo, não poderia arcar se algo acontecesse aos seus homens e a você. Eu mal sabia lutar, seria uma inutil e dependeria de vocês para tudo! – Disse Bonney quase de forma abismada. - Mas logo que você partiu, eu também comecei a me esforçar ! – comentou orgulhosa de si. – Eu comecei a guardar dinheiro, e roubei um barco de um pescador. Rejuvenescia pessoas em troca de algumas bellies para meu navio, treinava diariamente para aprender a lutar. Imagino como foi quando deram pela minha falta na ilha.

Bonney sorria ao contar essas partes.

– Nos barcos da Marinha, deixei todos como bebês, Ace! Foi incrível. Por isso eles desapareceram! Está em algum lugar do mar, cheio de bebezinho!

Ace a olhava, tal que não poderia julgá-la, mas era um poder incrível e interessante.

– Você está feliz agora? – Perguntou ele.

Bonney sorria, talvez nem precisasse da resposta para esta pergunta, então logo depois ela o abraçou.

– Obrigada Ace. – Ace correspondia seu abraço, mas sentia-se confuso. "Ser motivo para alguém viver" aquilo martelava em sua mente então Bonney falou: - E aqueles teus homens?

– Uniram-se a mim, ao bando do meu pai. – Respondeu Ace.

–Barba Branca?

– Capitã Bonney, o banquete será servido. – O imediato apareceu onde os dois conversavam para chamá-los.

– Obrigada. – A capitã levantou-se e estendeu a mão para Ace. - Dar-me a honra de sua companhia nesta festa Comandante da Segunda Divisão dos piratas do Barba Branca?

Ace segurou a mão de Bonney e acompanhou-a ao centro do navio.

~/ ~

Algo que não deixava de ter no grande bando dos piratas de Bonney, a glutã, era comida. Ace já havia participado de grandes banquetes, mas aquele era o suficiente para toda tripulação de Barba Branca e mais a de Bonney.

Bonney sorria ao olhar aquela mesa tão cheia de comida, estava orgulhosa.

– Escolhi os melhores cozinheiros do mar para meu bando. Sinta-se a vontade.

O músico começou a tocar um grande violoncelo enquanto cantava, os homens bebiam, riam e comiam. Bonney sentava-se ao centro da mesa e devorava tudo ao seu alcance e Ace não ficava para trás, tudo da mesa parecia sumir em instantes próximo aos dois.

– Comandante Ace. – Disse um dos cozinheiros trazendo uma enorme pizza. – Por favor, experimente nossa pizza.

Bonney ria, enquanto servia-se de uma grande fatia e dizia:

– Duvido que algum dia encontre pizza melhor que essa!

O comandante pegou uma fatia da pizza na mão também e aproximou-a de sua boca para dar a primeira mordida, cochilando no momento em que terminava a ação. Todos pareceram chocados pensando “O que aconteceu com ele?! Desmaiou?!”.

– Capitã? O comandante Ace... - Bonney ria voltando a comer mais

– Porque vocês estão com essa cara? Comam a pizza também! Esta ótima! –

Disse Ace rindo.

– Idiota.

– Que que foi? – Perguntou Ace também caindo na risada. - Mulher maluca!

Todos pareciam espantados, mas riam. Muita alegria reinava naquele navio e assim a grande festa da visita de Ace rolava por todo o dia.

– Ace! Vamos ver quem come mais! – Anunciou a capitã – Tragam mais comida! Gritava Bonney aos cozinheiros que traziam mais e mais pratos. Ace aceitava o desafio. Tanto ele, quanto ela pareciam bárbaros a mesa. Ela não se portava nem momento algum feito uma dama, nem Ace pareia se incomodar com isso. Ela comia bem como um de seus companheiros.

No meio Ace caia no sono dando automaticamente a vitória a Bonney que já comemorava!

– Ei!

– Ninguem mandou dormir! Gabava-se a capitã no meio do brinde de seus homens que também se servia comemorando a vitória da capitã.

– Na próxima não te deixarei ganhar - Disse Ace enfiando um pedaço de carne na boca.

– Quem disse que você deixou!? – retrucou Bonney levantando-se e rosnando a Ace que lhe encarava de volta.

– Ei comandante-san! – Chamou um dos homens tentando evitar aquela briguinha - Conte-nos, o que faz aqui no Paraiso? – Bonney sentava-se de volta fazendo bico.

– Estou atrás de um criminoso agora, conhecido por "Barba Negra". Ele cometeu o pior crime de um navio pirata. – Respondeu ele

A capitã virou-se para prestar atenção naquela conversa então disse seria:

– Tome cuidado, se algo assim aconteceu, com certeza não foi por um bom motivo...

Os homens olhavam Ace, alguns pareciam confusos, desentendidos, outros abismados, um dos cozinheiros virou para Ace e perguntou:

– Desculpe Comandante-san, mas o que ele..?

– Matou um “nakama”. – respondeu um dos tripulantes de Bonney extremamente serio.

– Ele era parte da segunda tropa do Barba Branca e matou um de nossos companheiros há alguns dias atrás. Sujou o nome do nosso pai... E como meu subordinado, eu devo cuidar dele. Por isso estou aqui neste trecho do oceano.


O navio manteve-se em silêncio e Ace parecia sério. A determinação estava em seus olhos, ele parecia disposto a caçar Barba Negra até os confins do inferno se necessário. Percebendo a tensão, Bonney levantou-se, encheu sua caneca de sake e pegou mais uma fatia de pizza.

– Mas hoje estamos comemorando não? - Bonney levantou o copo. - Um brinde, ao Ace! – Todos levantaram suas canecas acompanhando-a. Ace sentiu-se aliviado com Bonney tentando mudar aquele clima pesado que haveria ficado o navio, então ergueu sua caneca junto com os tripulantes gritando: – Kanpai! - Eles viraram tudo num só gole e ela saiu caminhou para dentro do navio. Ace acompanhou-a.

– Pode me contar uma coisa?

Bonney virou-se a ele curiosa.

– Quantos anos você realmente tem Bonney?

– Isso, meu querido, é um eterno segredo. Mas para você, 22.

Ace riu e Bonney continuou andando. Parecia um pouco tonta.

– Você acredita que eu... Realmente deveria ter nascido?

Bonney parou no caminho, confusa, e disse:

– Num pensamento egoísta, você virou o motivo pelo qual quero viver, pelo qual quero conquistar meus sonhos, Ace. Quero que você orgulhe-se de mim, quero superá-lo, quero surpreendê-lo mostrando do que sou capaz... – Ela fez uma breve pausa. – Mas eu não posso escolher isso por você. Só temos uma vida, não? Curta ou longa é nossa única vida. Então independente disso, não a desperdice por qualquer coisa.

Ela sabia que não havia respondido direito àquela pergunta, mas era o melhor que ela poderia dizer. Na verdade ela nem sabia o motivo daquela pergunta tão de repente. Bonney não entendia, mas não queria aquele clima pesado. Então virou-se para ele e disse:

– Obrigada... - Agradeceu carinhosamente.

– Pelo que? – Perguntou Ace.

– Aquele dia em minha casa... – Recordava-se ela, sorrindo. - Foi à primeira festa de minha vida. Esperei todos esses dias para te devolvê-la.

Agora ela estava contente, Ace sorriu, Bonney virou-se e continuou andando cambaleante.

– Bonney...

– Vou descansar, dorme comigo?


Ace ficou corado, Bonney nem se virou para olhá-lo, mas dava uma pequena risada enquanto entrava em seu dormitório parando na porta.

– Você vem? – Ace levantou a cabeça e acompanhou-a. Deixando que Bonney fechasse a porta após ele passar.


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Notas finais do capítulo

Oiii amoress ♥Vocês vão comentar neh? ^^Vou deixar uma curiosidade aqui.https://fbcdn-sphotos-c-a.akamaihd.net/hphotos-ak-ash4/q71/999245_10201384728243848_1048361592_n.jpgVocês vão notar ao decorrer da fic (que esta no capitulo 20) que eu não curto muito da nome aos bois neh?mentirinha é intencional, como quero seguir o manga eu nao quero inventar nome para quem não tem.Mas enfim, eu pensei bem e fico chamando cada tripulante da Bonney por uma função, então resolvi fazer uma tabelinha para vocês verem mais ou menos o que imagino.Link da tabela original:http://onepiece.wikia.com/wiki/Bonney_Pirates



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