Clichê. Mas Nunca Igual. escrita por Biscoita Bis


Capítulo 4
Sequestro?




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I’m waking up

I feel it in my bones

Enough to make my system blow


De onde está vindo essa musica? Pensei um pouco confusa. Meus olhos ainda estavam fechados e então sinto uma pontada na minha cabeça. Sinto uma respiração na minha bochecha, abro os olhos e me levanto tão rápido que minha cabeça colide com algo muito duro.

— Ai! -disse Matt colocando a mão na testa.

Olhei para todos os lados freneticamente e comecei a falar sem pausas:

— Ai meu Deus! Matt, você me sequestrou? Ai socorro, alguém me ajuda! - procurei uma porta e comecei a gritar correndo até ela. Matt veio atras de mim, me segurou pelo braço e me encostou na parede.

Olhei para ele ainda ofegante e continuei dizendo:

— Eu esperava tudo de você Matt, mas sequestro é dem... -Ele colocou uma das mãos na minha boca e me calou.

— Pelo amor de Deus Mel, você fala demais!

Fiquei olhando perplexa pra ele. Tudo estava muito confuso: eu estava dentro de um quarto desconhecido, Matt estava lá e segurava minha boca com uma das mãos, minha cabeça doía e dentro da minha mente ecoava uma música... "I’m radioactive Radioactive".

Está mais calma? -disse ele olhando dentro dos meus olhos. Assenti com um leve aceno de cabeça. — Ok, então vou te soltar e tentar te explicar tudo.

Assim que me vi livre das mãos deles, corri até a porta mas Matt me segurou pelo braço, me derrubou no chão e me segurou.

— Poxa vida Mel, tu é mais louca do que eu imaginava.

— Louca? Tu ta me chamando de louca? O cara que me da uma paulada na cabeça e me sequestra está me chamando de louca? - não sei o porquê mas Matt virou a cabeça de lado e começou a rir, fiquei incomodada com isso, ele estava rindo de mim?

— Cala boca aborto mal sucedido! Me tire logo daqui se não vou direto dar queixa na polícia!

— Mel, para, deixa eu te explicar! Você não lembra de nada mesmo?

— Claro que lembro, tu me deu uma paulada na cabeça e depois me trouxe pra esse cativeiro e agor...- ele tapou minha boca, mas dessa vez não foi com as mãos, e sim com um travesseiro, e segurou por tempo suficiente pra eu ficar sem ar.

— E AGORA QUER ME MATAR ASFIXIADA!

— Porra Mel, tu é mais maluca que eu imaginava! Eu não te sequestrei coisa nenhuma. Eu estava voltando do ginásio, quando ouço gritos no meio da rua, e reconheci sua voz. Dei um soco no cara e ele te jogou na rua e tu bateu com a cabeça na guia da calçada. Não foi fácil conter o cara. Apanhei um pouco mas consegui deixar ele desacordado. Andei com você no colo por três quarteirões até chegar em casa e tu me acusa de sequestro, carcere privado e agora de tentativa de assassinato!

Só depois de ele despejar tanta informação que eu fui me lembrar do que tinha acontecido há cerca de algumas horas atras. Pera i, algumas horas?

— AI MEU DEUS MATT, QUE HORAS SÃO?

— 21:40 mas você não deveria se preoc...

— Como não devo me preocupar Matt? Eu sai escondida de casa pra conversar com a Meg e adivinha por quê? Isso mesmo, por sua culpa Matt Evans. E por sua culpa meu pai vai falar um monte quando eu chegar em casa e a minha mãe tamb...- ele tapou minha boca de novo. Esse cara tava me irritando profundamente (apesar da boa ação que ele me fez há algumas horas).



— Meu deus Mel. Tu é calada o dia todo e agora despencou a falar tudo pra mim? Ah, e de nada por andar com você no colo por três quarteirões Apesar de eu ser forte tu também não é das mais leves...

Ele calou a boca bem na hora que acertei um soco na boca dele e consegui tira-lo de cima de mim.

O soco não foi muito forte, mas o lábio dele inferior tinha uma gotinha de sangue.

— AI MEU DEUS MATT, EU TE MACHUQUEI, DESCULPA! É QUE VOCÊ DISSE QUE EU ERA MUITO PESADA E ISSO ME INCOMODOU UM POUCO E...

— Relaxa Mel. Foi só meu aparelho que me machucou. Tá que seu soco ajudou um pouco, mas tá tudo bem.

Parei por dois minutos e pensei no que Matt tinha falado sobre andar comigo no colo por 3 quarteirões e comecei a processar a informação. Fui lembrando das coisas aos poucos e quando percebi como tratei Matt nos últimos minutos, me senti muito mal.

Olhei pro lado desviando meu olhar de Matt e disse baixinho:

— Obrigada.

— O que? Não consegui ouvir direito.

— Obrigada. - disse no mesmo tom de voz.

— Oi? Dá pra repetir Mel? É que é meio dificil de acreditar vindo de você

— Dificil? Por quê?

— Ah, é que só nos ultimo 10 minutos você me acusou de três crimes diferentes e me deu um soco na boca. Mas fora isso, nada de mais.

— Desculpa senhor perfeito. E muito obrigado herói do dia! Mas agora a garota ingrata aqui precisa ir pra casa.

— Eu te acompanho, pra você evitar de criar mais problemas.

— Eu to bem. Consigo ir sozinha.

Descemos as escadas e eu não pude deixar de reparar na casa de Matt. Era grande, e no fim da escadaria tinha uma sala de jantar grande. Uma mesa com doze cadeiras. Lustres e objetos de cristais por todos os lados.

Apesar de Matt sempre ir bem vestido, e ter os melhores aparelhos eletrônicos eu nunca pude imaginar que ele teria uma casa assim.

Ele parou na soleira da porta e acenou se despedindo de mim. Sai e bati o portão. Dei 5 passos em direção a esquina, parei, dei meia volta. Toquei a campainha da casa de Matt e ele apareceu na porta meio confuso. Então eu disse:

— Não sei o caminho de casa.- ele deu um sorriso largo e veio em direção à mim.




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Notas finais do capítulo

Aqui vai mais um capitulo!
Eu realmente estou empolgada. Escrevi mais de 1000 palavras sem dificuldade nenhuma. Sei que quantidade não é qualidade, mas espero ter alcançado a expectativa de vocês.

A música citada no capitulo é Radioactive, da banda Imagine Dragons.

Espero que tenham gostado. Comentem! 3: