Greggory Field: A Vingança escrita por L Chandler


Capítulo 3
Capítulo 3 - O Poder Queima Em Suas Veias


Notas iniciais do capítulo

Aqui mais um capítulo para vocês. Não revisei porquê eu troquei de computador, então resolvi só postar. Já vou logo me desculpando pelos meus errinhos e peço que me notifiquem.
Boa leitura e nos vemos lá em baixo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/369070/chapter/3

- Então, vocês irão fazer trabalhos em dupla sobre a Luta de 42. Quero Antecedentes, Causas, Líderes, Consequências e Resultados. Vocês vão me entregar daqui há duas aulas. Formem suas duplas e coloquem o papel com os nomes de cada um sob minha mesa.

A turma rapidamente entrou em um murmúrio, e Dylan não perdeu tempo: Pegou a mão de Sabrina em poucos segundos, e foi o primeiro a escrever o nome da dupla. Kevin ficou com o garoto mais magro e desajeitado da turma, chamado Albert. Ele era muito inteligente, e o Brutamonte provavelmente iria obrigá-lo a fazer tudo sozinho. As outras pessoas já tinham arrumado suas duplas, enquanto Greggory fora passado para trás. Aos poucos, o silencio foi voltando.

- Alguém ficou sem par? – perguntou o professor, ajeitando os óculos de armação preta de seu rosto. Uma mão tímida se ergueu, fazendo com que olhares curiosos a acompanhassem. Outra mão fora ao ar, mas essa, era a de Greg. Ele trocou um breve olhar com a dona da mão; Mary Grace. Ela tinha uma expressão temerosa no rosto, como se Greggory fosse devorá-la a qualquer momento. Deveria ser ao contrário, já que fora ela que quase ferira Dylan seriamente – apesar de estar inconsciente disso, já deve saber o que fez-.

O professor pegou um papel e anotou o nome de Greg e também botou o de Mary, que, agora, tamborilava nervosamente os dedos na mesa.

- Bom, como eu falei, Rachel Mitters foi a primeira Heroína a auxiliar em uma Guerra de Heróis. Como vocês sabem, o nosso mundo só teve uma guerra de verdade. Alguém poderia me dizer qual foi?

- A Guerra do Poder. – falou Albert, quase interrompendo a pergunta do professor.

- Correto, e quais foram as causas?

- Havia um Herói no Poder Absoluto: O Ministro Lawdds. Ele tinha como braço direito um dos homens mais influentes em todo o mundo dos Heróis, Lúcifer Mafiel. Ele lhe dava dicas de como governar o mundo dos Heróis, sendo que ele mesmo era mais capaz que Lawdds. Alguns anos se passaram e a relação de ambos ainda era amistosa, mas, em 1952, houveram as Eleições Nacionais dos Heróis, e, secretamente, Lúcifer havia se candidatado, sem a concessão de Lawdds.

“Como era uma democracia, Lúcifer acabou ganhando de seu companheiro, que ficou furioso ao saber que ele havia se candidatado, e, pior, vencido. Fora como uma facada nas costas.Alegando que Lawdds estava errado e havia ficado maluco porque tinha perdido na votação, Lúcifer não tardou a mandá-lo para um reformatório, e, em seguida para uma prisão.”

“Doze anos depois do Governo de Lúcifer, já com o dom de persuadir pessoas muito mais desenvolvido e treinado, Lawdds cumpriu sua pena e conseguiu converter as pessoas a se oporem contra Lawdds, querendo tirá-lo do poder. Porém, esse tinha o apoio do governo, provocando uma Guerra entre o Povo e as Tropas fortemente armadas do Governo.”

“O que Lúcifer não sabia, é que era uma estratégia de Lawdds de distração. Enquanto o Governo concentrava suas forças na Guerra do Poder, Lawdds entrou sorrateiramente na residência de Lúcifer e assassinou-o, pondo fim a Guerra que durou mais de cinco anos.”

- Correto, Sr. Campbell. Muito bom. – elogiou o professor. Ninguém realmente se mostrava interessado na aula, tirando Dylan e Albert. – Turma, vocês terão de fazer um dever sobre a Guerra do Poder, com no mínimo mil palavras. Todos menos Dylan e Albert, que participaram desta aula. Ah, e só para lembrar, valerá um terço da nota de vocês.

Os alunos fizeram um “aaahn” em um tom de reprovação, embora soubessem que não iria adiantar nada, pois seu professor era inflexível.

                                                                                                 

O sinal bateu, e eles tiveram de ir para a aula Prática de Poder. Dylan olhou para Greggory, que fazia a próxima aula com Kevin, sozinho. Sabrina acenou para os dois e saiu da sala, pois tinha aula de Literatura, que era sobre os Heróis escritores mais influentes.

Naquele tempo, Dylan tinha aula de Biologia. Apesar de alguns Normais que sabiam da existência de Heróis acharem que era a mesma coisa que em seu mundo, a realidade deles era bem diferente. Havia uma fauna e flora bem diversificada, se comparada com a do mundo dos Normais. Dylan achava tudo isso fascinante, diferente de Sabrina e Greg, que já tinham se habituado com essa rotina que parece incomum aos olhos de estranhos.

- Te vejo no próximo tempo, cara. – Dylan falou, dando um tapa no ombro do amigo, e começou a caminhar pela direção oposta da de Greggory.

Ele respirou fundo. Ele não gostava de ficar sozinho, mas às vezes precisava de um tempo só para si. Às vezes, ele mesmo se contradizia.

Depois de alguns minutos de uma caminhada curta e lenta, Greg chegou à sala de Prática.

Derek, o professor de Greggory, já estava em sala, e grande parte de suas alunas também. Ele fazia grande sucesso com elas, pois além de ótimo educador, ele ainda tinha uma excelente aparência: Ele era novo, aparentava ter menos de vinte anos; Loiro e tinha a pele clara.

A sala era a mais iluminada de toda as outras da AAH: Tinham uns bancos, feito uma pequena arquibancada, e algo no meio, semelhante a um palco, onde o Derek dava sua aula. Ele já estava em seu posto e parecia tudo preparado.

- Bom dia, classe. – ele disse.

- Bom dia, Sr. Andrews! – a turma cantarolou, mais animada do que deveria soar, especialmente as meninas.

                                                                              

- Hoje iremos aprender sobre como usar o poder do seu oponente a seu favor, e tomá-lo em uma luta, através de um objeto. Pode ser qualquer coisa. Como por exemplo... – Derek disse, olhando ao seu redor, procurando algo. – Hanna, me empresta o seu prendedor de cabelo? – falou, estendendo a mão. A garota corou, entregou a presilha ao professor.

- Pois bem. Vocês devem aprender algo parecido em Defesa, mas aqui temos outros truques, portanto, vocês terão duas formulas de como fazer isso. Bom, vou precisar de dois voluntários. Que tal você, Sophie? – ele disse, apontando para ela, que começou a dar gritinhos fingindo estar nervosa, mas ela na verdade estava rindo. – E... Kevin? – ele pediu. Kircky grunhiu e levantou-se ruidosamente, indo para o lado do professor.

- Isso vai doer? – perguntou Sophie tímida. Mal dava para ouvir sua voz. Ela parecia envergonhada por estar de frente para a turma.

- Nem um pouco, Soph. – Derek respondeu, e a menina ficou encabulada pelo “apelido”. – Muito bem. Fiquem um de frente para o outro. Vou deixar esta presilha aqui no meio, certo? Pois bem, agora concentrem-se neste objeto. Sintam o objeto. SEJAM o objeto. – ele ia dizendo, e cada vez tomava mais distancia dos dois. Ambos fecharam os olhos e uma quietude ia se expandindo pela sala. Os alunos observavam atentamente os movimentos de seus colegas de classe, com a exceção de Greg, que prestava atenção na presilha.

“Eu sou o prendedor.” Ele repetia para si mesmo. Respirava fundo e se concentrava ao máximo. Chegou até a fechar os olhos.

Algum tempo depois, um garoto ruivo que estava ao lado de Greggory gritou, apontando para o objeto. Todos pararam de olhar para os voluntários e se viraram para a presilha. Havia um tornado de fogo em volta dela. Até que começou a flutuar. Os olhos de Greg se abriram. O menino ruivo tornou a gritar, porém, desta vez apontava para Greggory. Suas pupilas estavam dilatadas e suas córneas estavam em chamas, mas ele parecia não se importar. Parecia estar hipnotizado.

Ele andou até o centro da sala, e, mesmo que o fogo tocasse seu corpo, ele permanecia em transe. Ele movia as chamas. Ele controlava o objeto.

A presilha começou a fazer um circulo em volta do garoto. Todos da turma já estavam aterrorizados. O professor Derek ordenou para que o objeto se assentasse, mas Greg já o havia dominado, e sua ligação era mais forte.

- PARE COM ISSO, FIELD! – berrou, desesperado.

Por alguns segundos, parecia que fora eficaz. Greggory olhou para o lado, onde estava o seu professor. Em seguida, o prendedor voou em direção a Derek, que, por milímetros não fora atingido, mas sentira a quentura do objeto flamejante.

- Curvem-se diante a mim, eu sou superior a todos vocês! – uma voz disse. Vinha da boca de Greg, mas não era a voz dele. Era algo alterado. Uma voz rouca e sombria.

- Saiam todos daqui! – ordenou Derek, para seus alunos. Ele mesmo saiu e fechou a porta.

Todos da classe observavam Greggory pelo lado de fora da sala, por um vidro, como se fosse uma jaula de zoológico.

Aos poucos, o fogo começou a se alastrar por todas as coisas que haviam na sala. Aparelhos para treinamento, bolas para melhorar o reflexo dos alunos, o grande contador de pontos de cada um... Praticamente tudo. A sala só não pegava fogo porque era feita de um material exclusivo e raro, que isolava o poder dos Heróis e impedia que se alastrasse pela sala.

Depois de algum tempo, as chamas já haviam lambido todos os materiais possíveis, e Greg parecia cansado. Ordenou, então, que a presilha fosse para o chão, e ele mesmo caiu, fraco.

Uns homens de preto entraram e apagaram os resquícios das chamas com seus extintores. Tudo rodava. Os olhos do menino se fecharam.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? O próximo será: Capítulo 4 - Uma visita ao Coordenador Pedagógico. Te vejo nos reviews.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Greggory Field: A Vingança" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.