Greggory Field: A Vingança escrita por L Chandler


Capítulo 21
Capítulo 21 - Acidente Nas Montanhas


Notas iniciais do capítulo

Como sempre, peço para que prestem atenção nos pequenos detalhes, pois eles são a chave de tudo. Boa leitura :)



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Todos terminaram de comer e foram para a sala, com exceção de Bartira – que fora para seu escritório-, Greggory e Anelouise.

– Ei, será que dá pra ficar com os seus amiguinhos e parar de me seguir? – Ane pediu, enquanto tentava subir as escadas, com dificuldades.

– Deixe-me te ajudar. – ele falou, pegando-a no colo. Anelouise riu. Na verdade, ela gargalhou.

Cansado ao chegar ao ultimo degrau, ele a pôs no chão.

– Do que você... Está rindo? – Greg perguntou, arfando.

Ela continuou rindo, abriu a porta de seu quarto e sentou-se num pufe, que parecia ser bem macio, no chão. Tinham três deles. Um laranja, outro vermelho, e um amarelo. Ela pegou o vermelho o pôs para apoiar sua perna, sem parar de gargalhar.

– Você não vai me responder? – perguntou de novo, apoiando-se na porta.

– Eu vôo, seu panaca! – ela disse, rindo mais ainda da expressão de fúria de Greggory.

– Que bom que estou te divertindo! Pois saiba que perdi meu treino todo para cuidar de você. – ele disse.

– Obrigada...? – Ane falou, confusa. Ela deveria estar grata? Se ele não estivesse ali, nada disso teria acontecido.

– Ta, agora você vai me contar: Por que não me dedurou? – Greg perguntou, entrando no quarto e sentando-se na cama.

– Porquê... Minha mãe ia brigar. Ia falar que eu sou fraca e esse tipo de coisa. – ela disse, sem olhar diretamente para o menino.

– Mas isso não lhe causaria mais problemas do que para mim. Eu ferrei sua perna! Eu me vingaria. – Greggory falou.

– Ora, e quem disse que eu não vou? E até que para um Herói, o senhor é bem... Vingativo. – ela falou, com um sorriso malicioso.

– Pois é... Minha família tem um gênio forte, pelo que parece. – Greg admitiu.

– Bom, e a minha família, eu nem sei ao certo como é. – Ane disse.

– Como assim? – ele perguntou.

– Não pertencem a uma classe só, entende?

– Não são apenas Ninfas? – tentou entender o menino.

– Isso. Meu pai é... Bem, não sei como ele é. Sei que ele é um Mago.

– Por isso você diferente das outras da sua idade. Você usa roupas normais, como eu... Mas como seus pais se conheceram? Até onde sei, cada um não deve sair de seu... Não sei como chamam... Bem, de sua classe, País, de sua Cidade...

– Pois é. Não é aconselhável. Não sou muito bem aceita aqui. Inclusive, minha mãe tem acessos de raiva, às vezes. Porque sou apenas fruto da diversão dela com a droga de um forasteiro. Desculpe mamãe, não posso controlar quando você engravida! – Anelouise disse, quase gritando. Sua voz estava embargada. – Aliás, eu nem sei porque eu estou te contando essas coisas! Você devia cair fora daqui.

– Ei, acalme-se. Ela pode ouvir lá de baixo.

– Pois eu quero mais é que se dane! Ela que fez besteira e me culpa a vida inteira por isso! Ela que foi uma verdadeira de uma...

– Ou! Não falemos bobagem, ok? Quando estamos com raiva, fazemos ou falamos coisas sem pensar. Coisas que... Podemos nos arrepender depois. Acredite, sei do que estou falando – Greggory disse, levantando-se e fechando a porta. – Pronto, agora não podem mais nos ouvir. E eu não vou sair daqui enquanto você não me responder: Você faz bruxaria ou esse tipo de coisa? Digo, você não é como relatam no mundo dos Normais: Nariz comprido, verrugas...

– Isso é um elogio? – riu-se a Ninfa, com os olhos ainda marejados de raiva, que emancipava aos poucos. – Pois você fala de Bruxas. Não sou Bruxa, nem Feiticeira... Nem Macumbeira. Sou Maga. Magas são as mais sábias. Como... Como Merlim! O Rei dos Magos. Ele começou a descobrir nossa raça. Basicamente, faço pequenas coisas a base de poções, e alguns encantamentos simples, como fazer as coisas levantaram... Ah, sim, cortar a grama! Muito útil esse!

– Ah, então você trapaceia enquanto eu quase arrebento minha mão aprendendo a usar aquela coisa! Pois então eu quero ver! Faça algum encantamento. – Greg disse.

– Eu não preciso provar nada a ninguém. Se não acredita, uma pena. Agora já sabe. Sai. – ela falou, e já estava pronta para rebater, quando o garoto simplesmente levantou do pufe e caminhou em direção a porta.

– Se não me quer aqui, não vou ficar te forçando a conversar. – ele disse, antes de sair. Então, rapidamente ela olhou para os livros da prateleira de seu quarto. Tinham vários e vários livros. Murmurando algumas palavras estranhas, todos saíram na estante e foram para o chão. Em seguida, as roupas das gavetas. O mesmo com a roupa de cama, os lápis da escrivaninha e os pergaminhos também.

– Meu quarto está bem bagunçado... – ela disse, chamando a atenção de Greggory, fazendo-o virar-se. Ele se espantou com o que viu, pois nada dessas coisas estavam no chão, antes. - O que minha mãe diria disso aqui? Com certeza me mandaria arruma-lo... E é exatamente o que farei.

Estendendo os dois dedos indicadores, agora com a voz mais alta, começou a apontar para coisas e ordenar para que cada uma fosse para o lugar certo. Logo depois, ligou o rádio. Tocavam musicas que pareciam ser dos anos 80, mas eram bem dançantes. Greggory não tardou a entrar na brincadeira, e ria quando os livros quase o acertavam. Quando canetas o rabiscam “sem querer”.

Um pergaminho bem grande vinha em sua direção, então ele ordenou que ele pegasse fogo. Anelouise ficou boquiaberta por um tempo, mas ao ver que fora o menino, caiu na gargalhada.

– Por Merlim, isso é incrível! Faça outra vez! – ela disse, fazendo com que uma blusa extremamente velha fosse ao seu encontro. Novamente, Greg carbonizou o objeto, e a Ninfa batia palmas, extasiada.

De repente, no meio da farra deles, um grito repleto de angustia foi ouvido, proveniente da sala. No exato instante, todas as coisas caíram no chão e a música fora desligada. Sem pensar duas vezes, ambos foram para sala, Greggory na frente de Ane, que mancava, e o rapaz caminhando devagar. Quando percebeu que Sabrina, Dylan e Sra. Brown estavam de volta, respirou aliviado. A expressão de perplexa de Mason era tão agonizante que dava desespero só olhar.

Ele olhava para o chão, de um lado para o outro, com os olhos arregalados. Respirava rapidamente, quase como se tivesse corrido uma maratona, e suas mãos estavam em sua cabeça. Parecia que procurava respostas no além. Tinha um olhar perdido, confuso e vazio. Logo depois olhou para Sra. Brown a chacoalhou.

– Traga de volta! – e a mexeu com mais força. - AGORA! Mas... Mas não pode ser! TEM UM ERRO! NÃO PODE SER ELA QUE... NÃO, NÃO PODE... ELA... Ela vai chegar daqui a pouco, ela... Só se atrasou, está bem? Você está enganada. – dizia, nervoso, tendo um surto de incredulidade e revolta, simultaneamente.

– Lamento, mas não estou. Estávamos na Montanha da Neblina. Vimos várias coisas estranhas, não sabemos se eram miragens ou se realmente aconteceram... Deve ter algo naquele lugar. E bom, era muito difícil de enxergar, o porquê, o próprio nome já diz... E... Foi como Greg tinha descrito. Mas era com Sabrina. Uma adaga. Mas Dylan estava muito na frente para ver... E... E eu virei a tempo. Mas a Srta. Sanders era a única que caminhava lado a lado com ela... E... Ela se foi no lugar de Sabrina. Não sabemos para onde... Afinal, sabe-se lá o que estão fazendo com essas pobres almas... – Sra. Brown explicou.

– Meu jovem, fique muito tranquilo, pois se é Thomas que está fazendo isso, eu não acho que ele seja tão estúpido de matar seus reféns. Ele está os usando para atrair-nos para lá, logo, teria de mantê-los vivo. – Sr. Payne disse.

– Mas ele não nos dá nenhuma prova de que eles estão vivos! – Mason falou, em um tom de súplica.

– Espera, se ele queria pegar a Sabrina, por que não o fez antes?

– Os uniformes da S.A.H, crianças. Eles os protegiam. Aliás, vocês devem botá-los agora mesmo! – Sr. Payne falou, e Dylan e Sabrina subiram imediatamente para trocar de roupa. – O maldito arrumou um jeito de burlar a segurança da Sede. O único jeito de ter feito isso, é com um Infiltrado.

Greggory abaixou e Sabrina olhou para o lado, suspeitando de alguém ali. Então, deu de ombros e continuou subindo, com Dylan. Greg respirou aliviado.

– Então a minha suspeita de ter um traidor entre nós continua de pé? – disse a Sra. Brown, com um dedo na boca.

– Receio que sim. E também sabemos agora que nem mesmo fora do mundo dos Heróis estamos safos dos atos de Thomas... O que significa que temos que adiantar nossa estadia... E o treinamento de Greggory.

– Ele está bem atrasado com tudo isso e queremos botá-lo para tentar capturar os poderes de um dos Heróis mais temidos de todos os tempos? A população está catatônica com essa tomada súbita de Athos. E o menino só tem quatorze anos! – Sra. Brown disse.

– Thomas pediu o rapaz. Vamos apenas fingir oferecê-lo. Nossas tropas estarão por lá para dar cobertura. Já falei com Oficial Warrior, um da Tropa, e ele disse que irá nos oferecer toda a assistência possível. Ele tem contas a acertar, com o Thomas e Taz.

– Creio que seria mais prudente irmos para o meu escritório, para debatermos sobre este tópico com mais privacidade. – Bartira disse, de repente. Foi uma surpresa ouvir a voz dela na conversa. Então, começaram a ouvir passos, que foram sumindo.

Anelouise, que ouvia tudo escondida, assim como Greg, apertou o ombro do menino, em uma tentativa de confortá-lo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Por favor, deixem comentários!
Próximo capítulo: Capítulo 22 - Fairy Dust.
L. Chandler x



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