Greggory Field: A Vingança escrita por L Chandler


Capítulo 14
Capítulo 14 - Nem Tudo São Flores


Notas iniciais do capítulo

Olá. Eu realmente não sei quando poderei postar o próximo, então... Aí vai.



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- Péssima hora para trocadilhos, Dylan. Bom, vamos! – Sabrina falou, levantando-se do esconderijo da moita e correndo pelo campo. – Não deve ser difícil achá-la, essas flores ficam na altura do tornozelo... – ela disse. Sentia-se um pouco tonta, mas não tinha tempo para pensar nisso.

- Já sei. Agucem os ouvidos. – Greggory falou, e, ao abrir os braços, com as mãos esticadas, um fogo extremamente potente lambeu a maior parte do campo, e pode-se ouvir um grito, depois do monte de flores.

- Ela está lá. – Sabrina disse, vamos, rápido!

Impressionante que quando alguém está com adrenalina em alta, mal percebe o que se passa dentro de si. Agora, os três sentiam-se ligeiramente tontos, e a dor nas pernas e o cansaço seria pouco suportável se não estivessem não fissurados em achar Rose.

Após alguns minutos correndo, Sabrina teve uma ideia.

- Uma... – ela falou, levando a mão a cabeça e fazendo uma leve força. E, do nada, uma bicicleta apareceu. - Duas... Três. – terminou, e três bicicletas prontas para rodarem já tinham sido conjuradas. Ninguém nem teve tempo para agradecer. Em menos de um minuto (os três estavam em disparada) já tinham chegado aos montes. O ar ali era mais rarefeito, e estava mais frio.

- Hora, hora, hora, veja quem veio brincar... – Rose falou, desviando a atenção da planta que controlava para eles. – Ainda não foram afetados? Creio que muito em breve serão...

Enquanto Rose falava, Sabrina lançou uma adaga perto de seu braço, que só deu para cortar. Mesmo assim, Rose urrou e abaixou os braços. Nesse momento, os três tinham certeza que ela tinha perdido o controle sobre a planta.

- Não, não... – ela falou, como se lesse mentes. – Eu controlo Monstra pelo meu cérebro. Ela está ligada à mim.

Greg então tentou atear fogo em Rose.

- Oh, pequeno Field, não sabia? Eu uso pesticida contra fogo. – você consegue fazer melhor do que isso? Hora de dormir, crianças... – ela disse, e as flores começaram a borrifar um pó meio amarelado sobre eles. Ia subindo, e subindo...

De repente, bateu uma sonolência em todos... As pálpebras quase fechando... Quando um grito seco fez com que o sono se fosse um pouco, a ponto de Dylan dizer:

- Greggory, sai daqui! Isso não são flores, são ervas Soníferas! Vá ajudá-los... Vamos fazer o que pudermos, vai, vai! – ele disse, ainda meio devagar.

Sabrina estava quase caindo quando conjurou o mesmo cubo de vidro que tinha feito para a Srta. Evans no dia da morte de Malina. Em seguida, caiu de bruços no chão.

- SABRINA! POR FAVOR, ACORDA! POR FAVOR, POR FAVOR, LEVANTA! EU PRECISO DE VOCÊ... – Dylan pedia, desesperado, acudindo a amiga. Uns instantes depois, ela abriu os olhos e ainda sonolenta lembrou-se do que estava acontecendo. Então, levantou-se o mais depressa que pode.

- Desculpe, eu só consigo conjurar determinadas coisas... E... Eu venho treinando mas...

- Desculpem, amorecos, mas não vão poder ficar aí para sempre... Parecem até a Mimsy... Oh, minha doce ratinha, porque tinha de ir tão cedo...

Nesse momento, ambos aproveitaram para se recompor e atacar. Sabrina eliminou a caixa de vidro. O sono ainda afetava, mas agora tanto ela quando Dylan estavam determinados a acabar com essa mulher.

- Ora, se minhas leais filhas não combateram vocês por bem... Então terei que fazê-lo, POR MAL! – Rose falou, e ia avançando em direção aos dois, mas Sabrina fechou os olhos e como defesa também fez Rose no mesmo cubo de vidro.

- Isso é tudo que consegue? Quantos anos você tem, cinco? Você e seu namoradinho não são páreo para mim! Mesmo se eu morrer vocês ainda sofrerão o poder da verdade... Ainda que eu perca, eu saio ganhando!

Maluca, só pode ser. Ignorando o comentário infame, Dylan pensou rápido.

- O que é que as plantas odeiam em excesso? ÁGUA! – falou, enquanto a caixa enchia d’agua.

A Planta-carnívora soltou um grunhido tão alto que deu para ouvir até de onde eles estavam.

                                                    

- Não, por favor não, eu não poss... – Rose tentou dizer, mas só o que ouvia era uma som de bolhas incompreensível.

- Hã? Desculpa, o que, Rosinha, querida? Não te escuto. Ah, e a propósito, tenho dezesseis. – Sabrina falou.

Do outro lado do campo, Greg ainda tentava lutar, na verdade seu objetivo agora era mais distrair a planta. Só tinha uma coisa que ele não havia tentado. Quando estava prestes a fazê-lo, a planta pareceu murchar, mas ainda sim, abocanhava quase o ônibus inteiro. Então, percebeu o que tinha acontecido, já que a planta havia parado de se mover: Dylan e Sabrina tinham conseguido deter Rose, então, só o que restava era tentar a única coisa que ele não tinha feito com a planta: Fogo. Em poucos segundos, a planta se consumiu em chamas e virou apenas um monte de cinzas, fazendo com que o ônibus caísse bruscamente no chão.

Assim como a planta, Rose também virou cinzas, e Sabrina conjurou um ralo ali mesmo, e a água se foi, mas, como se houvesse um filtro dentro daquele ralo, as cinzas ficaram. Em poucos instantes onde tinha os restos de Rose, abriu um espaço e todas as Ervas que ali estavam desapareceram, dando lugar para um solo seco de cor marrom. Não que eles tivessem tempo de reparar naquilo. A caixa de vidro se foi logo em seguida, e ambos voltaram de bicicleta, anestesiados.

Depois de algum tempo, Sabrina disse:

- Conseguimos! Você foi incrível! – falou, cumprimentando o amigo e dando uma risada gostosa. – Pena que você pedala feito uma girafa de monociclo! Eu vou ganhar! – disse, competitiva, dando um gás da bicicleta. Ela acelerou e pedalou mais rápido do que pudesse imaginar, e, às vezes, quando olhava para trás, via apenas um pequeno pontinho, que também atendia por Dylan. O dia ainda estava nublado e agora ameaçava chover. Quando chegaram ao local da planta carnívora, toda a alegria simplesmente se esvaecera.

Quando se deram conta do que estava acontecendo, perceberam que seria um grande erro comemorar vitória, já que o clima não estava nem um pouco alegre. Mason, Greggory, Sra. Brown e o Sr. Payne estavam em uma roda, cercando alguém, que estava no centro. Na verdade, eram dois alguéns. Uma pessoa era a Srta. Sanders, que chorava compulsivamente, e a outra, era Walter. Ele estava sobre o chão (aquela parte do canteiro também se encontrava sem ervas, assim como com as cinzas de Rose, sem motivo algum), e seu corpo estava estirado.

- ... Como assim você o matou? – Sr. Payne perguntou, surpreso com a confissão da Srta. Sanders.

- Eu... Eu não o matei... Eu... – ela tentava falar, em meio aos soluços, enquanto se debruçava sobre o corpo de Walter e o sacudia, como se a qualquer hora ele fosse acordar. – Vocês sabem, eu me transformo... Em animais, então... Para sair da cabine do motorista, eu... Tive de virar uma cobra, porque foi... Foi a única coisa que pensei então... – ela tentava falar, mas pouco se entendia.

- Fique calma. – Mason tentava tranquilizá-la. Os fatos ainda estão muito recentes, mas para começar, você tem de se acalmar. É um milagre, você está viva. Não existe motivo para chorar, nesse momento. Devemos ficar felizes. Sim, é uma perda, não, não sou insensível, mas creio que quando você embarcou nessa jornada, saberia que iríamos perder pessoas, não é mesmo? Que seriamos postos a prova... – ele disse, botando uma das mãos no ombro dela e apertando, tentando confortá-la.

Por alguns instantes ela parou um pouco e tentou respirar, vez ou outra dando um soluço em busca de ar.

- Certo... – ela respirou fundo e tentou novamente. – Eu virei uma cobra e me enrolei nele... Só que eu o segurei muito apertado, por causa do nervosismo e ele gritava, eu estava... Eu o asfixiei primeiro... Depois... Depois a Planta mastigou os bancos para cima de nós, e... Um caiu sobre mim e doeu, então, involuntariamente o soltei... E... E quanto percebi o banco estava também sobre ele... Estava por cima dele... Então eu me vi em frente a boca da Monstrenga... E... Apavorei-me, e resolvi pular... E... Ele ficou, apenas escorregou pela janela, depois de mim. E se não estava morto nem asfixiado nem esmagado, morreu na queda. Acho que eram uns 5 metros de altura. – e a partir daí, tudo que a Srta. Sanders falou foi inaudível. O silencio era mortal. Tudo que ouviam era ela abraçada a Mason, e seu choro abafado, pela blusa dele.

Então, algo extraordinário aconteceu: Raízes envolveram o corpo de Walter e lentamente ele foi puxado para dentro da terra.

- É isso. – Dylan falou, quebrando o silencio e o olhar de terror de todos. – As plantas precisam de nutrientes, geralmente minerais, adubo, fertilizantes... A carne humana tem seus nutrientes. Ele foi praticamente abduzido por isso. Assim como aconteceu com a Rose, lembra, Sabrina?

- Sim, é verdade. – confirmou a menina.

- Sabe do que eu me lembrei? A comida que a gente estocou. – Dylan falou, cutucando ela.

- E ainda tem o frigobar. – Sra. Brown falou, meio desnorteada e de braços cruzados. Todos estavam sujos e exaustos.

- Que tal a gente pegar a comida, que está no compartimento de bagagem e tem mais fácil acesso e depois procurarmos pelo frigobar, que pode ter virado patê na cabine do motorista? – Sabrina propôs. Ágata assentiu, ainda olhando para o nada. Então, Dylan e Greg foram ajudar a menina com os mantimentos.

Eles caminharam até onde o ônibus estava (não era longe de onde eles estavam), e abriram o compartimento com facilidade, pegando a comida. Tinha biscoitos, fruitas e até umas fatias de pão. Tinha também uma pequena garrafa d’agua e uma caixinha de suco de laranja (que Dylan tinha guardado do café da manhã da Sede).

- Bem, as coisas foram super complicadas, não é? – Sabrina falou.

- O bom é que nós conseguimos resolver. – Dylan disse, andando para onde o resto dos Heróis estavam.

- Não sei não, gente. Tenho a impressão de que isso é só o começo. – Greggory falou. Na verdade, ele não tinha a impressão. Tinha a certeza de que dali para frente, as coisas só tenderiam a piorar.


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Notas finais do capítulo

Não revisei, perdoem-me pelos erros. Tempo de fazer provas para colégios bons de ensino médio, para ter uma boa base para o vestibular e facul. Desculpa mesmo minha ausência.



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