Sarah Adams escrita por Marina Andrade


Capítulo 4
Capítulo 4 - Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Gente, criei o blog da fic, acessa aí pra ver a capa (Obs: o tamanho da capa não estava cabendo aqui e eu não consegui reduzir.) Se vocês conseguirem reduzir o tamanho da foto por favor me mandem por email: sarah.m.adams@Hotmail.com

http://sarah-m-adams.blogspot.com/2009/08/introducao-e-capa.html



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 31 de janeiro de 2009, Estação de Embarque, plataforma 9 ¾ , 17:55.

 

-Anda Gina! – Exclamou Ron, irritado pela demora da irmã que tinha empacado na porta do trem que partiria para Hogwarts em 5 minutos conversando com Dino Thomas.

 

-Passa logo, cabeça de fogo! – Retrucou Gina, liberando a passagem para ele, Sarah, Hermione e Harry passarem.

 

-Eu juro que te escrevo essa semana, Fred! – Disse Sarah pela milésima vez, tentando se soltar do abraço esmagador de Fred e entrar no trem.

 

-Promete? – Disse Fred em meio aos seus cabelos.

 

-Prometo! – E dizendo isso, entrou no trem.

 

Ninguém vai me reconhecer. Foram só duas matérias nos jornais... Na manhã de natal. Mas já faz tempo e todos devem ter coisas melhores para fazer do que me encarar.  – Pensava Sarah, não convencendo nem a si mesma.

 

Assim que ela entrou no trem, se destacou entre os demais, primeiro porque como esse ano o trem partiria quase na hora do jantar, todos os alunos foram orientados a já irem uniformizados para a escola, e como ela era novata, estava vestindo a saia preta da escola, a camisa social do uniforme sem gravata e a capa inteiramente preta, assim como os sapatos. Segundo, é claro, porque ela era famosa na Transilvânia e tinha saído em duas manchetes em pleno natal! Terceiro, por ser a primeira Adams a voltar para Hogwarts depois de anos. Os alunos da Sonserina a olhavam esperançosos e até meio cúmplices, como se soubesses que Adams + Hogwarts = Sonserina.

 

-Essa aqui está vazia. – Disse Hermione, abrindo a porta de uma das cabines. – Nós vamos nessa.

 

-Eu vou para a cabine do time de quadribol. – Disse Harry. – E Ron, se quiser entrar pro time, melhor vir comigo.

 

-Cabine do time de quadribol? – Perguntaram Sarah e Hermione juntas.

 

-É, no final do ano passado ficou decidido que a cabine para os monitores seria ocupada pelo time nesse ano para decidir quem é o novo capitão e quem está interessado em jogar.

 

-Todas as Casas decidiram isso? – Perguntou Sarah.

 

-Não, só a Grifinória. Esse ano, a taça é nossa. – Disse Ron, presunçoso.

 

-Homens! – Disseram Sarah e Hermione entrando na cabine.

 

-Então Sarah, pra qual casa você acha que vai?

 

-Não sei, talvez pra Sonserina, como todos os outros Adams.

 

-Eu espero que você fique longe da Sonserina. – Disse a voz irritante de Pansy Parkinson, invadindo a cabine.

 

-Não enche, Parkinson! – Hermione disse, largando a edição do Profeta Diário ao seu lado no banco.

 

-Parkinson, não é? – Perguntou Sarah. Deixa comigo.

 

-Sim, e eu espero honestamente que você tenha o bom senso de não se juntar a nós, sonserinos.

 

-Posso saber o por quê?

 

-Os Adams podem ter sido muito bem vindos na sonserina há alguns anos atrás, mas a sua geração está sujando o nome dos Adams prendendo comensais. Uma digna atitude de sangues-ruins. – Disse Pansy, destacando as últimas palavras e olhando fixamente na direção de Hermione, que se mostrou um pouco constrangida e apenas olhou pra janela.

 

-Pra sua informação – Disse Sarah, se levantando e largando no banco a edição do Arauto que tinha nas mãos. – quem decide pra qual casa nós vamos, chama-se Chapéu Seletor, e ele vai me mandar pra onde eu merecer ficar, não pra onde você quiser, sua idiota. E o seu sangue, mesmo vindo de uma família inteiramente bruxa, vale menos do que o de qualquer pessoa que está dentro desse trem, independente de qual Casa pertença ou vai pertencer. – Nesse ponto da conversa, outros alunos já estavam nos corredores ouvindo atentamente a conversa e comentando entre si. Até a moça do carrinho de doces parou para assistir. – E só pra constar, como é que vai o seu pai? – Terminou Sarah, com um sorriso sarcástico no rosto. Todos do mundo bruxo sabiam que Ken Parkinson foi um dos comensais que a Ordem de Merlin prendeu no natal, inclusive, um dos três que Sarah prendeu. Os Parkinson eram uma família que herdou uma mina de esmeraldas, e Voldemort os ofereceu mais dinheiro ainda se trabalhassem para ele como comensais, e como eles são gananciosos, aceitaram o emprego, encorajados principalmente pela queridinha da família, Pansy Parkinson. – Mande lembranças a ele por mim.

 

-Ele vai voltar para te visitar em breve. – Disse Parkinson, se corroendo de raiva por dentro.

 

-Não se preocupe, eu estarei esperando.

 

Parkinson saiu chutando tudo e gritando com todos que estavam em seu caminho. Sarah fechou a porta da cabine e voltou a se sentar em frente à Hermione, que sorria boquiaberta.

 

-O que foi aquilo?! – Perguntou, largando outra vez o jornal.

 

-O quê?

 

-O quê?! Como o quê? Você acabou com a Parkinson no meio de um trem em movimento, na frente da escola toda e ainda me pergunta o quê? – Disse ela rindo.

 

-Ninguém mexe com os meus amigos saindo ileso. – Disse Sarah, rindo também. – E aliás, o pai dela me mandou um crucio no peito que doeu por muuuuito tempo. Ela mereceu.

 

-Ainda acho que foi o máximo!

 

-Foi mesmo não foi? – As duas começaram a rir juntas se lembrando da cara de besta da Parkinson.

 

-Rindo do quê? – Perguntou Ron, entrando na cabine, seguido de Harry.

 

-Você não viu? – Perguntou Hermione. – A Sarah acabou de humilhar a Pansy em pleno expresso de Hogwarts!

 

-Também não foi assim... – Disse Sarah, ruborizando e fingindo se concentrar no jornal.

 

-De qualquer forma, vamos acabar sabendo quando chegarmos à escola.  – Completou Harry.

 

-Gente, escuta isso. – Disse Hermione, lendo o jornal. – “Cornélio Fudge, atual ministro da magia, depois do ataque à Transilvânia, que confirmou com todas as letras que Você-Sabe-Quem retornou, está extremamente preocupado com a segurança das escolas, por isso, todas as escolas para bruxos estão novamente sendo guardadas por dementadores, como foi feito há dois anos atrás.”

 

-E lá vamos nós outra vez. – Disse Ron. – Passar o dia inteiro aturando os panos de chão flutuantes nos jardins e nos jogos de quadribol.

 

-Panos de chão flutuantes? – Perguntou Sarah, rindo, sendo acompanhas por Harry e Hermione.

 

-É, tenho vários apelidos para eles: saias velhas da Lestrange, sugadores de pia desenvolvidos, Malfoys de mau humor, etc. – Todos desataram a rir e a viagem percorreu assim, entre risos e conversas atoa.

 

[N/A: vou explicar como a “minha” Hogwarts vai funcionar:

 

O ano começa em fevereiro, tem férias em julho e em dezembro, como no Brasil.

 

As refeições serão feitas como são no começo do ano, com cada casa na sua mesa e os professores na mesa deles. Acho que esse é o Salão Principal, ou coisa do tipo, mas pra mim vai ser Salão Comunal (local onde pessoas comem juntas, de acordo com o dicionário) e aquele salão de cada Casa que era chamando de Salão Comunal, pra mim vai ser Salão Principal. Imaginem a McGonagal dizendo com aquela voz rouca “Todos os alunos, para os Salões Principais de suas Casas.”

 

As aulas serão das 7 às 11:30 da manhã, com um intervalo de 20 minutos as nove e meia para o recreio (mais detalhes sobre o recreio serão mostrados no decorrer da história). Cada aula durará 45 minutos e o intervalo de 5 minutos entre cada aula será para a troca de salas (Hogwarts é grande e as escadas mudam, então calculei uns cinco minutos para a troca de sala.) exceto no último horário, que dura os 50 minutos.

 

As refeições são: café da manhã: das 5 às 6:55, almoço: de 12 às 14, e jantar: de 19 às 21 hs.

 

Todos os alunos devem estar nos Salões Principais de suas casas até no máximo as 21:30. (Obs: imaginem isso com a voz da McGonnagal de novo, fica bem mais legal :D, não reparem, eu fico meio boba às vezes.) A Floresta Proibida, como o próprio nome já diz, é proibida, a não ser que um professor de Trato das Criaturas Mágicas leve os alunos em uma de suas aulas. Obrigada pela sua atenção.]

 

O trem parou e todos desceram. Esse ano eles iam de dedão para a escola, pois as carruagens guiadas por testrálios estavam misteriosamente ocupadas. (N/A: explicações em breve.)

 

Ron e Harry foram conversando na frente, esquecendo totalmente das duas nerds que estavam com eles e começaram a conversar sobre quadribol (pra variar!).

 

-Nervosa? – Perguntou Hermione à Sarah.

 

-Apavorada, amedrontada, aterrorizada... Mas fora isso, estou bem.

 

-Hahaha, não precisa ficar assim, eu me senti do mesmo jeito quando entrei em Hogwarts.

 

-Pelo menos a sensação é melhor do que a de quando eu entrei em Darktos.

 

-Por quê?

 

-A idéia de entrar para uma escola na Groelândia, cheia de alunos mal humorados e nervosos, sem poder sair nem pros jardins porque estão cobertos de neve e dragões não me parecia muito animadora... – Disse ela.

 

-Não pode ser tão mal assim...

 

-Juro pelas bermudas floridas de Merlin que era muito pior.

 

-Merlin usava bermudas floridas? – Perguntou Hermione rindo.

 

Sarah riu também e assim elas seguiram pra dentro do castelo. Sarah mal podia acreditar que tudo aquilo era real. O estádio de quadribol era milhões de vezes mais legal do que ela tinha pensado, os corredores pareciam não ter fim e os quadros eram bem mais animados do que os de Darktos. (N/A: por falar em Darktos, as primas da Sarah, Ana e Mary voltaram para lá e a Lilo voltou para a sua escola primária de bruxos, onde eles aprendem matérias normais, como matemática, português, etc.)

 

Todos os alunos se encaminharam para o Salão Comunal, minimizando seus malões e os guardando nos bolsos junto com suas corujas. Sarah fez o mesmo e seguiu a multidão. Ao chegar às portas do Salão Comunal, Sarah se sentiu maravilhada com o esplendor do local. Último mês do inverno (N/A: vocês sabem que no norte do planeta as estações são opostas das nossas, e assim é em Hogwarts, então vou manter assim) já não nevava mais, mas parece que Dumbledore não ligou muito pra isso, já que do teto do salão caiam delicados flocos de neve que sumiam pouco antes de atingir a cabeça dos alunos. Cada uma das quatro mesas estava decorada de acordo com as cores de cada Casa, e bandeiras com o símbolo das mesmas flutuavam em meio às velas e à neve.

 

Todos os professores estavam sentados na mesa conhecida pelos alunos como “a mesa do juízo final” porque era lá que os professores os observavam e fofocavam entre si diariamente, fofocas que muitas vezes viravam detenções e pontos as menos para suas Casas.

 

Duas cadeiras estavam vazias na mesa dos professores, a do diretor e da vice-diretora Minerva, que nesse momento orientava os novatos do lado de fora do salão.

 

-Atenção, todos vocês! Em fila! Meninos de um lado e meninas do outro. Sr. Stuart, guarde essa varinha!

 

-Boa noite, Minerva, - Disse Dumbledore, passando pelos novatos e entrando no Salão Comunal. – Sarah, espere aqui, Minerva vai te orientar. – Disse ele dando um de seus típicos sorrisos simpáticos.

 

Assim que Dumbledore entrou no Salão Comunal, o barulho de conversas cessou e apenas seus passos eram ouvidos. Ele parou em frente à coruja de cobre (N/A: aquela dos filmes, em que ele faz seu discurso todo começo de ano.) e falou:

 

-Meus alunos, sejam bem vindos de volta! Espero que tenham aproveitado as férias. – Um burburinho de negação se espalhou no salão. – De qualquer forma, esse ano será um ano diferente em Hogwarts. Primeiramente, eu gostaria de lhes apresentar nosso mais novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, Rick Hamilton. – O professor citado se levantou e acenou para todos. Praticamente todas as garotas suspiraram diante da visão. O professor Hamilton era alto, forte, tinha pele morena clara e cabelos pretos levemente ondulados, que combinavam perfeitamente com seus olhos verdes e seu sorriso encantador.

 

Depois que o professor voltou a sentar, Dumbledore prosseguiu:

 

-Continuando... Devido ao esplêndido sucesso do Torneio Tribruxo que ocorreu ano passado, os professores de Hogwarts decidiram, com meu inteiro apoio, que nesse ano haverá um novo torneio, porém apenas em Hogwarts, uma disputa entre as Casas, onde o vencedor ou vencedora do torneio ganhará um prêmio de um milhão e meio de galeões e... – Dumbledore foi interrompido pelos aplausos, assovios e conversas animadas vindas de todos os alunos. Até mesmo Sarah, que estava observando tudo encostada nas portas do Salão, aplaudiu. – Silêncio! – Todos se aquietaram com a voz severa de Dumbledore. – E os vencedores do primeiro e segundo lugar ganharão uma viagem a dois para uma ilha deserta do Caribe, com tudo pago, para a primeira semana das férias de julho. – Os alunos não se conteram e voltaram a gritar, aplaudir e comentar entre si. – Silêncio! – E todos tornaram a se calar. – Serão escolhidos dois alunos de cada Casa, um menino e uma menina, para entrar no torneio. Serão 7 provas, e a cada prova um participante será eliminado. Na sétima prova, os dois participantes restantes não serão informados sobre nada em relação à prova, nem poderão ter ajuda de ninguém. Aquele que trapacear será imediatamente eliminado.

 

-Oooooh! – Todos do salão fizeram.

 

-Professor Hamilton, me ajude aqui, por favor. – Disse Dumbledore, se aproximando de um pedestal de pedra, onde no ano anterior estava o Cálice de Fogo, mas agora estava aparentemente vazio. Suspiros foram ouvidos do Salão quando o Prof, Hamilton se levantou e com um aceno de mão, revelou um cálice, antes invisível, no pedestal. Todos do salão fizeram “Ohh!” ao ver que o cálice era bem maior e mais bonito do que o do ano passado. – Este, senhoras e senhores, é o Cálice de Prata. Diferentemente do ano passado, vocês não escolherão se querem ou não participar do Torneio. Esse ano, o Cálice escolherá quem ele acha que deve, e todos os alunos, não importando a idade, estão incluídos em sua lista.

 

-AÊÊÊÊÊÊ!!! UHUUUU! MERLIN É PAI! – Exclamou a maioria dos alunos, todos os que tinham menos de 17 anos, para ser mais específica.

 

-O Cálice de Prata foi construído por mim mesmo – Continuou Dumbledore depois que todos se acalmaram – e ele selecionará os alunos que tiverem a maior astúcia, coragem, lealdade e inteligência suficiente para saber lidar com as dificuldades do desafio. Se o cálice escolhê-lo, e você não quiser participar, ele escolherá outra pessoa para te substituir. Tudo o que vocês precisam saber é que esse Torneio não é para fracos nem para pessoas gananciosas. A escolha dos participantes será nessa sexta-feira, na hora do jantar. Espero que todos estejam presentes.

 

-Ô!

 

-É claro que eu vou estar!

 

-Não perco essa por nada na vida! – Exclamaram alguns alunos.

 

-Agora, gostaria de chamar a Professora Minerva com os alunos que ingressarão no primeiro ano.

 

-Vamos, todos vocês! Em fila! – Sussurrou a Prof. Minerva para os alunos ansiosos. – Sarah, espere aqui, Dumbledore vai te chamar.

 

-Tá. – Disse Sarah. A sensação que Sarah sentia era que uma montanha russa estava à toda velocidade dentro do seu estômago, a deixando enjoada.

 

Engraçado é que todo ano era a mesma coisa com os novatos: eles se agitavam até não dar mais conta do lado de fora do Salão Comunal, mas quando passavam pelas portas e recebiam os aplausos, andavam calados e em fila, como anjinhos.

 

Durante a cerimônia de escolha de Casas, a maioria dos novatos foi para a Lufa-Lufa, em segundo lugar para a Grifinória, apenas uns cinco foram para a Sonserina e só dois foram para a Corvinal.

 

-Silêncio! – Disse Dumbledore para a multidão de alunos agitados, sabe-se lá se pelo Torneio, pelos alunos novos, pela ansiedade das aulas começarem ou se pela notícia comprovada de que Voldemort voltou. – Tenho mais a anunciar. – Ele fez uma pausa, olhando fixamente para todos:

 

 - Um dia, um aluno como vocês se sentou nessa mesma sala, na mesa da Sonserina, e para nós parecia ser um aluno normal. Esse aluno cresceu e se tornou um grande bruxo, com muitos seguidores, e hoje ele é conhecido como Lord Voldemort. (N/A: qualquer semelhança com o sexto filme não é coincidência.) Há 14 anos ele desapareceu, e no ano passado, no Tornei Tribruxo, ele voltou. Nesse natal, ele invadiu a cidade da Transilvânia, e atacou a todos que viu pela frente. Um grupo de pessoas, membros de uma família conhecida como a mais azarada do mundo bruxo, lutou e prendeu cinco Comensais. Nesse ano, uma pessoa dessa família estudará aqui em Hogwarts, e eu espero sinceramente que ela seja bem recebida.

 

O Salão se encheu de sussurros e exclamações ansiosas vindas de quem não tinha visto Sarah discutindo com Parkinson no trem. Dumbledore prosseguiu:

 

-Eu então lhes apresento a mais nova estudante, Sarah Mary Adams.

 

Todo o Salão Principal explodiu em “Ooohs!” e o barulho de pessoas sussurrando preencheu o local.

 

Ninguém está te olhando, ninguém está te olhando! – Pensou Sarah, andando até a cadeira de seleção para as Casas. – Tá bem! Todos estão te olhando.

 

Ela sentou na cadeira e Dumbledore colocou o chapéu seletor em sua cabeça. O chapéu permaneceu calado por um instante, como se estivesse pensando.

 

-Huuum, essa é uma escolha muito difícil de se fazer. – Disse ele. – Você é de uma família de sangue puríssimo, e possui a astúcia ideal de uma sonserina. Porém é corajosa como uma autêntica grifinória. – Os Weasley, Harry e Hermione sorriam pra ela da mesa da Grifinória. – Mas é muito inteligente, é claro, se daria muito bem na Corvinal, e possui a bondade necessária para entrar na Lufa-Lufa... Então eu acho que você deve ir para a Corvinal, onde encontrará seus iguais.

 

Os alunos da Corvinal se levantaram e explodiram em aplausos, e ó agora Sarah podia ver Sean, Carl e Ander, que a olhavam e comentavam sorrindo entre si.

 

Sarah se levantou e seguiu em direção à mesa da Corvinal, antes olhando para a mesa da Grifinória, onde Harry, Ron, Hermione e Gina sorriam, acenando pra ela. (N/A: detalhe: olhando da mesa dos professores as mesas das Casas são da esquerda para a direita: Sonserina, Corvinal, Grifinória e Lufa-Lufa.) Quando Sarah estava chegando perto da sua mesa, algo aconteceu. Seu olhar cruzou com o de um loiro que ela só conhecia por fotos em jornais e cujo pai estava neste exato momento preso em Azkaban por causa de sua cunhada Helen: Draco Malfoy.

 

O mundo pareceu desaparecer diante de seus olhos, ela não conseguia ouvir nem pensar em nada que não fosse continuar olhando dentro daqueles olhos cinza-azulados, que pareceram ficar mais cinza ainda, quase prateados, enquanto ele olhava pra ela de pé, sem desgrudar o olhar. Os olhos de Sarah ficaram inevitavelmente em chamas, e ela só tinha uma leve consciência disso. Os olhos de Malfoy ficaram de um prateado líquido e brilhante, e ele por sua vez nem ligava pra isso. Horas pareceram ter passado enquanto eles se olhavam, quando Sarah sentiu seu braço ser puxado por Sean, que entrou na frente dela, quebrando o contato visual entre ela e o sonserino.

 

-Alô? Sarah? Você ta aí?

 

-Ahm... – Respondeu Sarah, se sentando.

 

-Seus olhos estão pegando fogo de novo. – Sussurrou Sean. – Eu sei que é irado, mas os outros podem te achar meio estranha sabe, não estamos na Transilvânia.

 

-Ah, claro. Desculpe. – Sarah fechou os olhos e se concentrou por um minuto. – E agora?

 

-Castanhos de novo. Normal. E a propósito, parabéns por entrar na Corvinal.

 

-Valeu. – Disse ela sorrindo.

 

-Olha só esses dois. – Disse Sean, se referindo aos seus irmãos sentados duas mesas adiante, de frente para eles, que estavam distraídos enfiando bengalas de açúcar nas narinas e nas orelhas. – Parecem dois macacos. Eu sempre disse à minha mãe que eles deviam ir pra um zoológico, mas ela nunca me ouviu. Au! – Carl tinha acabado de mandar uma bengala de açúcar na cabeça de Sean.

 

-Eu ouvi isso, seu idiota! – Ele berrou da mesa da Lufa-Lufa.

 

-Carl, tenho uma sugestão de onde você pode enfiar essas bengalas de açúcar, quer ouvir? – Sean gritou de volta.

 

Sarah estava tão distraída da conversa que nem ouviu o resto do que estava acontecendo. O banco onde ela estava sentada ficava de costas para a mesa da sonserina, e ela tinha certeza de que alguém estava olhando para as costas dela, mas não se atreveu a conferir. Um aviãozinho de papel veio voando magicamente da mesa da grifinória e pousou com classe na frente dela. Ela o desdobrou e leu.

 

Sarah,

 

O que foi aquilo com o Malfoy, hein? Você viu os olhos dele? Vocês já se conheciam antes?

 

P.S.: Parabéns por entrar na Corvinal!

 

H.G.

 

Hermione nem precisava ter assinado o papel, Sarah já conhecia a caligrafia dela há tempos. Escreveu embaixo do bilhete de Hermione, já que ela não tinha pergaminho por perto, só uma pena azul que ganhou por entrar na Corvinal. (N/A: nova tradição que eu criei: todos os novatos ganham uma pena da cor da sua casa quando entram em Hogwarts.)

 

Hermione,

 

Não aconteceu nada entre eu e o Malfoy. Eu só estava correndo os olhos pela mesa da sonserina e o vi. Sim, eu vi os olhos dele, deve ser a luz de uma das velas que bateu pra ficar prateado daquele jeito. E eu não o conhecia!  Ainda nem conheço, pra ser sincera.

 

P.S.: Valeu! :D

 

S.A.

 

O jantar correu normalmente, bom... Nem tão normalmente, já que todos estavam ansiosos com o Torneio das Quatro Casas. Lá pelas dez, Dumbledore anunciou:

 

-Atenção! Amanhã, já que é domingo, aproveitem para colocarem a conversa em dia com os amigos e se organizarem para as aulas. Eu recomendo a todos que desfrutem do frescor dos jardins durante a manhã e a tarde, e quando o sol se pôr, retornem ao castelo. Como vocês sabem, temos a visita de dementadores durante esse ano, e eu lhes informo, não é seguro ficar perto de um deles à noite. Mudando de assunto, aqui está o número do dormitório de vocês e a senha para entrar nos Salões Principais, boa noite a todos.

 

Na frente de cada aluno surgiu um papel indicando o dormitório em que ficariam. Todos deixaram o Salão em direção às suas Casas. Na saída, Hermione arrastou Sarah da confusão:

 

-E aí, como me explica aquele olhar hein?

 

-Ah... Nada.

 

-Nada?

 

-Não foi nada... Eu tenho que ir. – Disse Sarah e sumiu em meio à multidão de novo, lendo seu pergaminho:

 

Salão Principal da Corvinal, terceiro andar, corredor da fonte, Quadro da Mulher-Amarga. Senha: Poção Veritasserum.

 

Torre da esquerda, dormitório número 13.

 

Fácil de decorar – Pensou Sarah. – O mesmo número da minha casa, do dia do meu registro de nascimento, da minha senha na Ordem de Merlin... Só pode ser perseguição!

 

Quando Sarah estava indo em direção às escadas, que mudavam de direção sem parar, uma garota loira entrou subitamente na sua frente:

 

-Oi! Você é a novata da Transilvânia, né?

 

-Sou, muito prazer, meu nome é...

 

-Sarah Mary Adams – Ela a interrompeu. – catorze anos, pele clara, olhos castanhos, um metro e sessenta e quatro, a primeira Adams da história a entrar na Corvinal e...

 

-Nós já nos conhecemos? – Interrompeu Sarah.

 

-Já, há exatamente 15 segundos e meio. – Disse a menina, conferindo um relógio de pulso amarelo brilhante, sem ponteiros.

 

-Relógio interessante.

 

-Ah, obrigada, meu pai que comprou. Vem comigo, eu te mostro o Salão Principal da Corvinal.

 

E eu te mostro o caminho do sanatório. – Pensou Sarah.

 

-Como você sabe as horas se não tem ponteiros?

 

-Mas é claro que há ponteiros, porém eles são duas linhas de zomzóbulos pilares.

 

-Ah, claro...  - Melhor não perguntar.

 

-A propósito, meu nome é Luna Lovegood.

 

-Muito prazer.

 

As duas subiram dois lances de escadas e chegaram ao terceiro andar, andar em que se encontravam a biblioteca, enfermaria, dormitórios dos professores, a fonte das sereias e outras dezenas de salas restritas a alunos, que só Merlin sabe o que contém. Elas passaram pela fonte onde três sereias de pedra cantarolavam em cima de pedras, penteando seus longos cabelos. Sarah se lembrou de uma das conversas que teve com Hermione nas férias, em que ela contou que o canto das sereias da fonte era mágico para os homens, e os atraíam para a água, por isso não era seguro ficar muito tempo perto da fonte. Muitos alunos que se atrasavam para a aula davam a desculpa de terem se caído na fonte das sereias, e apareciam encharcados na aula. Ela continuou acompanhando Luna e os outros.

 

Entraram num corredor estreito, sendo seguidas por outros alunos corvinais que iam para o mesmo rumo.

 

Ao chegarem ao final do corredor, havia um quadro em forma de U invertido, exatamente como uma porta, onde uma mulher magra, altíssima (e nariguda) bailava sozinha no topo de uma montanha, debaixo de suaves flocos de neve.

 

-Poção Veritasserum. – Disse Luna.

 

A mulher olhou para eles da montanha, cruzou os braços e virou a cara. A porta se abriu.

 

Mulher-Amarga. Agora faz sentido. – Pensou Sarah, entrando no Salão Principal da Corvinal. O Salão era completamente diferente e mil vezes melhor do que ela tinha pensado. Era majestoso, amplo, com o teto em abóbada e janelas emolduradas em azul e prata. Sofás e poltronas azul-marinho ocupavam o centro do Salão, formando um semi-círculo ao redor da fogueira. Algumas mesas para estudo ficavam espalhadas no patamar mais alto, sobre o maravilhoso piso de mármore. Quadros de grandes gênios como Lord Stevies, Minerva Fowl, Julian McDonald (N/A: amo muito tudo isso!) estavam pendurados nas paredes em molduras de quase dois metros. No chão, tapetes bordados em azul e prata deixavam tudo com um ar mais aconchegante. Uma águia de prata passou em rasante sobre a cabeça de Sarah, e subiu até a abóbada do teto onde ficou pairando no falso céu, que parecia não ter mais fim.

 

A águia de prata da Corvinal. É mais linda do que me disseram. – Sarah pensou. Durante as férias na Toca, Hermione, que estava lendo um livro sobre as Quatro Casas, contou para ela sobre essa águia, criada por um dos namorados de Rowena Ravenclaw, que até hoje não se sabe o nome. A águia voa pelo Salão Principal da Corvinal desde que foi criado, e há lendas de que ela deixa cartas para quem realmente precisa delas. Mas isso nunca foi comprovado.

 

-Abre logo, Sean! – Disse um dos garotos da Corvinal, que estava em meio ao grupo que cercava Sean.

 

-Então me dêem espaço! – Gritou Sean. – Sarah! Vem ver o que eu ganhei!

 

Sarah olhou para os lados e, como Luna tinha sumido, foi até uma das mesas, onde Sean abria o presente.

 

-Quem mandou? – Ela perguntou, se enfiando no meio da multidão.

 

-“Filho, faça bom uso.

 

Brad Pit.” Meu pai!

 

-É, eu notei. Parece uma vassoura.

 

Sean abriu o embrulho, que revelou uma vassoura de luxo, de madeira clara e com Sean Pit gravado em prateado na lateral onde devia estar o nome da marca da vassoura. Sean abriu o bilhete e terminou de ler:

 

-“Filho, devido ao seu grande sucesso na escola no ano passado, eu e sua mãe estamos te dando essa vassoura, feita sob encomenda. Ela chega a atingir 300km por hora, tem um Ipod embutido, com direito a caixa de som nas laterais traseiras, e uma TV 29 em forma de holograma que é projetada do cabo, e vem com um Play Station 9 com três controles. Ah! Esqueci de mencionar que ela fica invisível. Ela funciona com comando de voz. A marca dela é Sean Pit (hahahaha).

 

P.S.: Sua mãe ta me forçando a falar que ela te ama. Então: Filho, mamãe te ama.

 

Brad Pit.

 

-Vai testar agora? – Perguntou Sarah.

 

-Vai Sean!

 

-Testa cara, deve ser o máximo!

 

-Se você não testar eu testo! – Exclamaram alguns dos que o cercavam.

 

-Tá bom, atendendo a pedidos, eu vou testar. – Disse Sean, montando na vassoura enquanto os outros abriam uma das janelas. – Hum, se é controlada pelo pensamento então é só falar vaaaAAAAA! – E tentando dizer vai, ele saiu em disparada pela janela, sob aplausos e gritos.

 

-E ele será conhecido como... Sean. – Disse Sarah, indo em direção às escadas da esquerda. Alguns andares depois, ela chegou ao quarto número treze. Abriu a porta e entrou.

 

-Sarah! – Disse Luna. – Estamos no mesmo quarto!

 

-Que bom! – Pode ser divertido.

 

-Oi, meu nome é Cho Chang. – Disse uma japa, a cumprimentando e voltando a arrumar sua cama. – Você é Darah Adams, né?

 

-Sarah... Sarah Adams.

 

-Só sobrou aquela cama perto da janela, Sarah. – Disse a última menina do quarto. (N/A: só pra vocês terem uma idéia, o quarto era quadrado, duas camas na esquerda e duas na direita, as da esquerda frente a frente com as da direita, e com um armário e uma mesa de cabeceira de cada lado de cada uma das camas, com uma enorme janela ao fundo. A cama que a Luna pegou é a do fundo do lado esquerdo e a Chang a outra do lado esquerdo.) – Meu nome é Dakota Fening. – Completou a menina extremamente loira, de olhos azuis e sorriso simpático, que ocupou a cama da frente da de Chang.

 

-Muito prazer. - Disse Sarah a cumprimentando e indo até a última cama restante, que ficava na frente da de Luna. Abriu seu malão e começou a colocar suas coisas no armário e na mesinha de cabeceira. – Cadê o Ted?  (N/A: sim, coruja com nome de urso.) – Perguntou Sarah, olhando para a gaiola e sentindo falta da sua coruja cinzenta de olhos azuis.

 

-Sua coruja? No corujal, com as outras. Esse ano Dumbledore ordenou que todas as corujas ficassem no corujal, elas sujavam muito o quarto. – Disse Dakota.

 

Quando estava mexendo no malão, Sarah viu no fundo um embrulho com seus uniformes e um bilhete preso a ele com a caligrafia da vó:

 

“ E aê, Sarah?

 

Quando você pegou esse bilhete eu me desliguei da sua mente. É livre para pensar agora. E, a propósito, parabéns por entrar na Corvinal, a primeira Adams da história, hein? Seu pai mandou falar que o bairro já foi reconstruído e que a casa está nova em folha.

 

Mudando de pau pra cavaco, aparentemente Voldemort deu uma pausa para retocar a maquiagem, então não estamos prevendo ataques para um futuro próximo. Traduzindo: relaxa e aproveita a escola. A Christine me contou sobre as novidades de Hogwarts,, inclusive dos dementadores. Obedeça aos conselhos de Dumbledore e fique longe deles (com voz séria).

 

P.S.: Nós ainda não podemos mandar cartas. Sinto muito.

 

Abraços,

 

H. Adams”

 

Ao terminar de ler o bilhete ele se desfez em suas mãos se transformando em purpurina que formou a frase: Despedida gay! e saiu voando pela janela. Bilhete de uma lida. – Concluiu Sarah. [N/A: bilhetes de uma lida se transformam no que a pessoa que escreveu quiser depois da primeira lida (óbvio).] “Despedida gay!”, bem coisa da minha vó mesmo.

 

Cenas do próximo capítulo:

 

“As mesas são para dois alunos, então quero um aluno de cada casa nelas.”

 

Sarah se despediu de Sean e foi sentar ao lado de Hanna, mas foi impedida por Snape:

 

-Adams, você fará dupla com o Sr. Malfoy até o final do ano.

 

-Mas professor eu... – Disseram Sarah e Malfoy juntos.

 

-Não pedi a opinião de vocês. – Concluiu Snape, voltando para sua mesa.

 

Eu mereço! – Pensou Sarah.”

 

(N/A: dedico esse capítulo ao Pablo, que foi minha fonte de inspiração para criar o Sean. Pablo, ta aí sua vassoura. Espero que tenha gostado. Obrigada a todos que estão lendo)

 

Bjs.

 

Sarah M. Adams

 

 


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