Sarah Adams escrita por Marina Andrade


Capítulo 15
Capítulo 14 - Câmara Secreta


Notas iniciais do capítulo

Que estiver acompanhando a fic, por favor responda à pergunta:

Qual deve ser o animago da Sarah e do Draco?

Depende de vocês,

Bjs.



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(N/A: como vocês devem ter notado pela data escrita abaixo, pulei quase dois meses na fic e não mostrei o aniversário da Sarah nem do Draco. Sinto muito, mas tentei escrever os aniversários três vezes, e não deu certo, então resolvi pular. Basta vocês saberem que os Comensais da Morte se revelaram como os causadores dos sequestros e ataques recentes, e desde então, vem atacando bruxos em grupos grandes à plena luz do sol, principalmente em Londres, Inglaterra, Paris e nos vilarejos ao redor das escolas. Por isso, o Ministério dobrou a guarda nas ruas e triplicou o número de dementadores que rondam as escolas, proibiu os jogos e treinos de quadribol e estabeleceu um toque de recolher às seis da tarde. Traduzindo: a coisa ta feia! O Draco e a Sarah não puderam viajar por isso, e passaram o aniversário em casa. Só pra constar, eles tem quinze anos agora.)

 

Sexta feira, 13 de junho de 2009, Salão Comunal de Hogwarts, mesa da Corvinal, 20:03 hs.

 

-Oi. – Disse Sean, entrando no Salão Comunal e se sentando ao lado de Sarah.

 

-Oi. – Ela e Steve responderam.

 

-Sarah, acho que você devia dar uma olhada nisso. – Disse Sean, entregando a manchete matinal do arauto à Sarah.

 

Sarah pegou e leu a manchete: “De que lado eles estão?”, seguida por uma foto de família dos Adams, tirada no começo do ano.

 

-Olha só isso: - Sarah começou a ler – “Como todos vocês sabem, os Adams tem ocupado nossas manchetes quase todas as semanas durante esse turbulento ano, recheado de ataques e sequestros, e por coincidência, o mesmo ano em que essa família, que tem fama de ser a mais azarada do mundo bruxo voltou a dar as caras. Desde o ano passado, os Adams eram apenas pessoas sinistras que trabalhavam no Ministério da Magia e moravam em mansões sombrias na Transilvânia. Porém, desde o famoso e fatídico último natal, eles demonstraram uma formação de batalha, e se mostraram bons de combate, inclusive os que não trabalhavam no Ministério. Até mesmo crianças foram postas sobre vassouras, e por milagre, todos os Adams saíram vivos. Desde então, me pergunto se essa tão família não estaria apenas fazendo uma perfeita encenação, já que desde suas origens são pessoas destinadas às trevas, com poderes que causaram grande parte das tragédias passadas, hoje presentes nos livros de história. Por incrível que pareça, os Adams não apareceram quando os últimos ataques ocorreram em Londres e no vilarejo Flamer, que se situa aos arredores de Darktos, Alasca. Sei que os poucos admiradores dos Adams (se é que ainda existem) devem pensar que isso tudo não passa de minha perseguição. Mas será que na hora dos ataques os Adams não estão se escondendo atrás das máscaras? Pois afinal, todos nós vamos sempre lembrar que família incendiou Tróia e espalhou a vampiragem.

 

Abraços,

 

Rita Skeeter.”

 

-Isso é um absurdo! – Disse Sean. – Por que infernos essa Rita Skeeter não deixa sua família em paz?

 

-Porque senão ela não teria mais o que escrever. – Disse Sarah, transfigurando o jornal num pássaro, que saiu voando por uma das imensas janelas do Salão Comunal. – Esse é um jornal diário, e não é todo dia que os comensais fazem alguma coisa, e nesses dias, o tema é sempre os Adams.

 

-Eu acho que ela deve ter inveja da sua família. – Disse Luna, que surgiu ao lado de Sean.

 

-E por que ela teria? – Perguntou Sarah, tentando imaginar por que alguém teria inveja da família mais azarada do mundo bruxo.

 

-Ora, porque vocês são poderosos, famosos, e lutam contra Comensais. Ela apenas escreve sobre eles. O sobrenome Skeeter nunca apareceu num clássico como Tróia.

 

-Valeu, Luna. – Ela é bem louca mesmo. Draco? Não, besta, sua vó. E aê, Sarah? – Disse Draco mentalmente, imitando a voz de Helga. – Ra Ra. Quem é louca? A Di-Lua. Estou ouvindo a conversa. Achei que não conseguíamos mais fazer isso pela conexão. Quem disse que eu estou usando a conexão? Estou ouvindo com os ouvidos mesmo. Hum. Como se isso fosse possível... Eu não estou mentindo! Desde quando você tem uma super audição? Não sei, talvez meu corpo perfeito tenha desenvolvido agora. – Antes que Sarah pudesse protestar, Dumbledore se levantou e se postou em frente à coruja de bronze.

 

-Atenção, alunos! – Disse ele. Todos pararam de comer para ouvi-lo. – É com grande pesar que tenho essa conversa com vocês aqui agora, para passá-los um aviso importante. – O Salão pareceu ficar mais quieto, como se fosse possível. – O Ministério informa que, nas circunstâncias atuais, as visitas aos pais estarão proibidas, - a maioria dos alunos murmurou protestos – e até segunda ordem, não devem sair sozinhos para os jardins. – Mais protestos foram ouvidos – Ouçam! – O Salão voltou a se aquietar – Durante as aulas que tiverem que sair para os jardins, serão supervisionados pelo professor e dois aurores por turma, que garantirão a segurança de todos vocês nas visitas à Floresta Proibida. Durante o intervalo das aulas, vocês poderão ficar nos jardins como sempre, porém não estranhem a imensa quantidade de dementadores que estarão sobrevoando a escola, nem mesmo a quantidade de aurores que estarão rondando os jardins e à noite, os castelos, ajudando os monitores. Bom, isso é o que o Ministério tem a nos dizer. O que vou lhes falar agora, é um conselho pessoal, não vindo de um professor , mas de um amigo. As coisas não vão melhorar daqui em diante. Enquanto Voldemort e seus Comensais não forem enfrentados, ainda haverá medo... E morte. E em tempos como esse, eu lhes recomendo treinar feitiços de defesa e ataque, e não apenas para os NOMs; se aliar apenas àqueles que você realmente confia; e por último, estar preparado para quando ficar sozinho, pois uma hora vai acontecer. – Todos do Salão permaneciam em silêncio, vidrados nas palavras de Dumbledore. – É isso. – Terminou ele, se virando para sentar. Todos pareceram acordar de um sonho, e voltaram a conversar. – Ah! Esqueci de um detalhe! – Disse ele, virando-se de repente para todos. – A quinta prova do Torneio das Quatro Casas começa agora. – Concluiu ele sorrindo e sumindo num estalo.

 

-O QUÊ?! – A maioria exclamou, surpresa. Cochichos correram pelas mesas.

 

-Como assim agora?! – Sarah exclamou, depois de se recuperar do engasgo com suco de abóbora.

 

-Bom, você sabe como é, né. Dumbledore é imprevisível. – Disse Steve, solene.

 

-SILÊNCIO! – Gritou McGonnagal. Todo o Salão de calou. – Os participantes do Torneio, queiram acompanhar o professor Hagrid, por favor. Os outros, acompanhem os diretores de suas Casas imediatamente. – Todos saíram do Salão, acompanhando os professores, e apenas Sarah, Draco, Hermione e Ron ficaram no Salão, todos sentados num dos bancos da mesa da Grifinória, enquanto Hagrid remexia o conteúdo de uma grande sacola, procurando alguma coisa.

 

-O que acha que ele está procurando? – Perguntou Hermione à Sarah, sussurrando.

 

-Só espero que não sejam trajes de caça.

 

-Hahaha, acho bem improvável.

 

-É, tomara que dessa vez não tenhamos que voar.

 

-Pronto! Está aqui. – Disse Hagrid, pegando um minúsculo frasco com uma poção esverdeada.

 

-Aonde vamos hoje, Hagrid? – Ron perguntou.

 

-A prova será dentro do castelo, é óbvio, já que se Dumbledore os pusesse ao ar livre com Comensais à solta seria como entregar ovelhas a lobos. – Todos se calaram diante da comparação. – Mas... Bem, vamos esperar o sinal. – Disse ele, se sentando no banco da mesa da Corvinal.

...

 

-Já passaram dez minutos. Será que a prova foi cancelada? – Perguntou Ron. Nesse momento, Fawkes entrou pela janela do Salão, fazendo uma volta ao redor das mesas e saindo graciosamente.

 

-Esse era o sinal que estávamos esperando. – Disse Hagrid, se levantando. – Me acompanhem. – Todos saíram do Salão.

 

-Teremos que usar roupas específicas pra essa prova? – Draco perguntou.

 

-Não, Malfoy. Dessa vez vocês vão como estão.

 

-Pode nos dar alguma dica sobre o que vamos encarar dessa vez? – Perguntou Hermione.

 

-Sinto muito. Dumbledore me disse pra ficar calado. É claro que vocês não vão querer saber que a prova é em um lugar subterrâneo e misterioso. – Ele parou por um momento constatando o que disse. – Eu não devia ter dito isso! – Continuaram a andar.

 

-Hermione, acho que sei onde vai ser essa prova. – Disse Sarah, num tom que apenas os quatro ouvissem.

 

-Onde? – Perguntou Ron.

 

-A Murta-Que-Geme te dá alguma idéia? – Disse Sarah, vendo que eles entraram no corredor do banheiro da Murta.

 

-A Câmara Secreta! – Disseram Draco, Ron e Hermione juntos.

 

-Tenho quase certeza. – Disse Sarah, quando entraram no banheiro. – Deve ser por isso que o Steve teve que concertar o encanamento no começo do ano! Encanamento? No começo do ano o Steve pegou uma detenção por... Enfim, pegou uma detenção e teve que ajudar Hagrid a concertar o encanamento desse banheiro. Hagrid deixou escapar que o banheiro não podia ter vazamento de água para “eventos futuros”. Não acredito que vamos pra lá! O que poderia ser a prova? Matar basiliscos?! Até onde eu sei, o Cicatriz matou o único que tinha lá!

 

-Bom crianças, como devem ter adivinhado, a prova vai ser na Câmara Secreta. – Disse Hagrid, pegando o frasquinho do bolso.

 

-Não é preciso ser ofidioglota para abrir a passagem? – Perguntou Ron.

 

-Não mais. Depois do incidente do segundo ano, Dumbledore enfeitiçou a passagem fazendo com que ela apenas se abrisse com o veneno de uma cobra encontrada na Floresta Proibida – disse ele, mostrando o frasco e pingando três gotas no desenho de cobra moldado numa das torneiras – e com a chave certa. – Concluiu ele, pegando uma pesada chave do bolso e encaixando-a na fechadura que acabara de surgir um pouco acima da torneira. Girou a chave três vezes, e a passagem começou a se abrir. Assim que as pias se afastaram, Draco constatou:

 

-Onde está a Murta-Que-Geme?

 

-Bom, foi transferida para o banheiro dos monitores no ano passado. Esse lugar a trazia muitas memórias. – Disse Hagrid, se aproximando da beirada. – Vejo vocês lá embaixo. – E pulou. Os quatro o ouviram chamá-los quando atingiu o fundo, dizendo que era seguro descer.

 

-Então... Quem vai primeiro? – Perguntou Sarah. Todos olharam pra ela sorrindo cúmplices. – É... Pelo visto eu sobrei. Isso é que dá nascer Adams. Vai cagar Malfoy! É a primeira vez que você me manda cagar e eu estou num ambiente próprio pra isso. Pena que estou sem tempo. Vejo vocês lá embaixo. – Disse Sarah, e pulou. O túnel era largo, longo e em forma de tobogã, indo parar numa espécie de caverna, com o chão coberto de caveiras. – Sinistro. – Disse Sarah, se levantando. Draco desceu logo em seguida parando em cima de Sarah, fazendo-a cair de novo.

 

-Você tinha que estar no meu caminho, Adams? – Perguntou ele, limpando as vestes e se levantando.

 

-Você tinha que nascer, Malfoy?

 

-Ra Ra. – Ele ironizou, mas não teve tempo de concluir, já que Ron desceu pela passagem, caindo em cima dele, sendo seguido por Hermione, que derrubou Sarah, que estava começando a se levantar.

 

-Sai de cima, Weasley! – Disse Draco, se levantando.

 

-Desculpe. – Disse Hermione, saindo de cima de Sarah e a ajudando a levntar.

 

-Tudo bem. – Disse Sarah.

 

-Me acompanhem. – Disse Hagrid, iluminando o caminho com um lampião.

 

-Todos vieram por essa passagem? – Perguntou Sarah.

 

-Não, vieram por mini chaves de portal. – Respondeu Hagrid.

 

-Mini?

 

-É, são chaves de portal de curto alcance. Difíceis de conseguir e mais difíceis ainda de serem instaladas. Mas, vocês sabem como Dumbledore é. Chegamos. – Disse ele, encontrando duas portas imensas, guardadas pela professora Samantha.

 

-Até que enfim vocês chegaram! – Disse ela, abrindo a porta para que Hagrid passasse. Vou dar o aviso. Assim que ouvirem seu nome, entrem o.k.? – Todos acenaram positivamente. Assim que a professora Samantha passou pelas portas, eles puderam ouvir o barulho e a agitação de toda Hogwarts.

 

-Está pensando o mesmo que eu? – Perguntou Ron à Hermione.

 

-Sim. – Respondeu ela com um ar preocupado.

 

-Ei! Será que vocês poderiam nos atualizar, por favor? – Pediu Sarah.

 

-Nós estivemos aqui no segundo ano. – Disse Hermione - Se Dumbledore não tiver mudado nada, atrás dessas portas está um tabuleiro gigante de xadrez-bruxo, e provavelmente teremos que jogar. Tivemos que vencer pra chegar ao outro lado e conseguir entrar na câmara.

 

-O problema é que ele funciona exatamente como um tabuleiro de xadrez-bruxo. – Completou Ron.

 

-Você quer dizer que as peças são destruídas? – Perguntou Draco.

 

-Exatamente. – Disse Ron.

 

-...e aqui estão eles, nossos quatro últimos participantes, - Eles ouviram a voz de Dumbledore. – nessa emocionante prova que determinará os semifinalistas do Torneio das Quatro Casas. – Gritos de animação eram ouvidos. – Que entrem os participantes.

 

Sarah, Draco, Hermione e Ron entraram no salão, se deparando com o imenso tabuleiro de xadrez da McGonnagal, e com uma arquibancada construída ao redor dele. Assim que a platéia se acalmou, Dumbledore explicou a prova.

 

-Hoje, o Cálice de Prata dividirá vocês em duplas, cada uma jogará de um lado do campo nesse esplêndido xadrez bruxo. A dupla vencedora estará automaticamente na semifinal, e quanto a dupla perdedora, o próprio jogo definirá quem jogou com mais garra, quem pensou mais e melhor, e no fim da partida, o jogo escolherá esse alguém para continuar no Torneio. – Terminou ele, fazendo com um gesto de varinha, o Cálice de Prata surgir num pedestal de pedra, ao seu lado. – Vamos às equipes. – O Cálice emitiu uma chama vermelha e verde, e logo em seguida, vermelha e azul e dois pedaços de pergaminho saíram de dentro dele, indo pousar na mão de Dumbledore. – As duplas são: Ron Weasley e Draco Malfoy e Hermione Granger e Sarah Adams. – A torcida aplaudiu, e comentários se espalharam pelas arquibancadas. Assim que Dumbledore terminou de ler, o Cálice começou a emitir uma chama branca, da qual saiu um pedaço de pergaminho. – Weasley e Malfoy jogam com as brancas. Tomem seus lugares no tabuleiro.

 

Por essa eu não esperava. Pelo quê? Ter que jogar com o Weasley e principalmente ter que competir com você. Oh, será que estou notando um sinal de emoção em um Malfoy? Eu disse que não esperava, não que não tenha gostado da idéia. E eu sei bem que você preferiria jogar com seu cunhadinho.Pela última vez, EU NÃO SOU NAMORADA DO WEASLEY, ENTENDEU?! – Sarah e Draco conversavam mentalmente enquanto cada dupla ia pra um lado do tabuleiro.

 

-Atenção! – Disse Dumbledore, no meio do tabuleiro. – O jogo funcionará da seguinte forma: como vocês sabem, esse é um xadrez bruxo, ou seja, quando uma peça captura a outra, ela a destrói. Como vocês podem ver, cada peça nesse tabuleiro está armada, e fiquem sabendo que essas armas podem atingi-los se não forem espertos o suficiente. Cada dupla pode conversar durante as jogadas, caminhando pelo tabuleiro. Quando decidirem qual peça mover, uma pessoa da dupla irá para a peça, e fará o movimento junto com ela. Na jogada seguinte, revezarão. Terão no máximo dois minutos para cada jogada, caso contrário, perderão a peça mais fraca que estiver no tabuleiro no momento. – Ele caminhou para fora do tabuleiro. – Assim que o jogo começar tem que ser terminado. – Um silêncio pesado se instalou no Salão. – Sabendo disso, eu tenho uma simples pergunta pra vocês, uma opção a mais que não tiveram nos outros desafios... Alguém quer desistir? – A arquibancada exclamou, em choque.

 

Aproveite a chance, Sarah. Não vou ser bonzinho. Ra Ra. Como se eu tivesse medo de você.

 

-Bom... – Continuou Dumbledore. – Já que ninguém se manifestou, vou considerar isso como um não. Boa sorte a todos. Que comece o jogo. – Terminou ele, fazendo uma imensa ampulheta surgir ao seu lado, maior que ele mesmo, tocando-a em seguida, fazendo com que a areia começasse a correr velozmente.

 

>Modo Malfoy Online<

 

-Eu realmente acho que a defesa Philidor não vai funcionar com a Sarah, eu já joguei com ela antes. – Draco discutia com Ron sobre qual estratégia seria melhor para o jogo.

 

-Mas eu realmente acho que... Espera aí, você chamou a Sarah de Sarah? – Ron perguntou, incrédulo.

 

-E-eu não! Claro que não! Eu disse Adams, você está ouvindo coisas!

 

-Sei, eu finjo que acredito e você finge que me convenceu.

 

-Cabeça-De-Fósforo, não tenho tempo pra você, temos menos de um minuto! – Disse ele, vendo que Hermione e Sarah aparentemente já tinham decidido qual seria a jogada, e cada uma estava numa fileira de peças, esperando. A areia da ampulheta parecia acelerar à medida que ia acabando. O que foi que eu fiz pra merecer? – Pensou Draco, resolvendo ouvir a estratégia de jogo de Ron. Ele deve estar com a razão, de qualquer forma! – O.k. Weasley, vamos fazer do seu jeito. – Concluiu ele, indo para a casa de um dos peões enquanto ela ia para outra. Assim que ia dar a jogada, o peão perto de Ron explodiu li-te-ral-men-te, jogando pedaços pra todo lado, que sumiram assim que a ampulheta recomeçou a contar o tempo. A torcida se agitou, aplaudindo.

 

-Demoraram demais. – Disse McGonnagal, que estava assistindo tudo ao lado do tabuleiro. – Perderam a vez... E um peão. – Concluiu ela.

 

-Peão na D3. – Disse Hermione, esperando seu peão se mover. Ao invés disso, ele a pegou pela cintura, a colocou sentada sobre seu ombro, logo depois fazendo o movimento indicado. A torcida pareceu se divertir, e McGonnagal explicou:

 

-Eu disse que teriam que se mover com as peças... Creio que seja a vez de vocês. – Disse ela, vendo que a areia da ampulheta voltou à parte de cima e começou a correr.

 

Merlin me ajude. – Pensou Draco, enquanto ia para a casa do cavalo. – Cavalo na B3. – Disse ele, vendo o cavaleiro de pedra que estava montado no cavalo descer da peça e ajudá-lo a montar. O cavalo pareceu criar vida de repente, relinchando enquanto saltava sobre o peão que estava na sua frente, galopando para a casa ordenada. Assim que Draco desceu, o cavaleiro de pedra montou novamente no cavalo, que voltou para a posição original. – Sinistro. – Disse Draco, percebendo que estava dizendo a palavra que estava na mente de Sarah no momento.

 

...

 

>Modo Sarah Online<

 

Quase meia hora depois o jogo já estava bem adiantado, nos momentos finais. Sarah e Hermione estavam perdendo, o que já era provável, já que a mente de Ron aparentemente estava programada para qualquer jogada que fizessem. Todos estavam empoeirados e com alguns machucados, causados pelo impacto das peças capturadas.

 

-Rainha na 7C. – Disse Ron, subindo no pedestal da rainha e segurando na sua cintura para se equilibrar.

 

-Ah, não! – Sarah, Hermione e alguns da platéia exclamaram, vendo o cheque-mate que Ron acabara de dar.

 

Eu tô no Torneio, eu tô no Torneio! – Draco cantarolou mentalmente, comemorando.

 

-Cheque. – Disse Ron. – Mate. – Completou, descendo do pedestal da rainha. Sarah estava na casa do rei, e viu que uma torre estava no fim da linha à sua esquerda e a torre perto de Draco estava posicionada estrategicamente para matar o rei quando ele capturasse a rainha.

 

-Então? – Perguntou Hermione, sabendo que era sua vez. – O que eu faço? – Sarah respirou fundo.

 

-Mate a rainha. Eu levo o cheque-mate da torre.

 

-Tem certeza? – Hermione olhou para os cortes no braço de Sarah. – Você já sofreu mais que eu nesse jogo.

 

-O tempo está correndo... – Avisou McGonnagal. – Melhor se apressarem.

 

-Vai. – Disse Sarah, se afastando enquanto Hermione ia para a casa do rei. Ron subiu de novo no pedestal da rainha, seguindo as regras: jogue com a peça, morra com a peça. Hermione se aproximou do trono onde o rei estava sentado, se ajoelhou e beijou sua mão.

 

-Rei na F2. – Disse ela, saindo de perto. (N/A: no tabuleiro de xadre bruxo original, o rei não está sentado numa cadeira, mas no “meu” jogo ele fica sentado num trono. Obs.: Como devem ter notado, a Hermione se afastou quando o rei foi fazer a jogada. Isso acontece porque no “meu” xadrez bruxo o rei é a única peça que faz o movimento sozinha.) O rei de pedra se levantou, pegou a cadeira e desceu uma cadeirada na rainha, espatifando-a em centenas de pedaços, fazendo com que Ron voasse longe e a platéia se agitasse. – Você está bem? – Hermione ajudou Hagrid a tirar Ron do tabuleiro. Sarah e Draco se encararam, sabendo que chegara a hora. Todas as peças sobressalentes sumiram do tabuleiro, explodindo. Apenas o rei e a torre se encaravam, assim como Draco e Sarah. Não vou dizer que sinto muito, Sarah. Também não planejo te dar os parabéns. – Respondeu ela à altura da arrogância Malfoy, vendo Draco subir ao lado do cavaleiro que fica sobre a torre.

 

-Torre na C7. – Disse ele, solene. A torre começou a se mover, enquanto Sarah se afastava do rei, que se levantou. A torre parou bem em frente ao rei, e o cavaleiro ao lado de Draco enfiou a espada no coração do rei, que contrariando as expectativas não explodiu, e sim se desfez em fumaça, assim como seu trono, deixando apenas a espada com que foi morto no tabuleiro, caída na casa em que estava. Todos da arquibancada se levantaram, tentando ver a espada. Ron e Hermione observavam, do canto do tabuleiro.

 

McGonnagal caminhou pelo tabuleiro calmamente, pegou a espada e leu alguns escritos que surgiram na lateral.

 

-“Mais importante que pensar em matar é pensar em defender.” – Ela deu uma pausa, olhando para Hermione e Sarah. – “E por isso, a melhor jogadora foi Sarah Adams.” – Terminou ela, fazendo com que um tremendo alívio transpassasse Sarah, e fazendo com que todos aplaudissem de pé os três finalistas do Torneio das Quatro Casas.

 

Algumas horas depois, quarto do corredor secreto.

 

-Então, o que você prefere? Pular de uma ponte ou beijar o Snape? – Draco perguntou à Sarah, ambos estavam jogando Eu Prefiro. (N/A: criação minha.)

 

Sarah arremessou um travesseiro nele.

 

-E vê lá se isso é pergunta! É como escolher entre morrer ou suicidar.

 

-Hahahaha, e qual você escolheria?

 

-Acho que eu pulava da ponte. Beijar o Snape me parece tão... Repulsivo.

 

-Sábias palavras de uma suicida. – Disse ele, jogando o travesseiro de volta.

 

-Minha vez: você prefere dormir abraçado com o Hagrid ou com o Professor Flitwick?

 

-Pô, Sarah. Pegou pesado!

 

-Hahaha, então?

 

-Acho que com o Flitwick. Ele pode ser feio, mas se o Hagrid rolar durante a noite eu morro esmagado. – Ambos riram ao imaginar a cena. – Huuum, vamos à uma pergunta interessante... Como você sabe, os dois finalistas do Torneio vão ganhar uma viajem para uma ilha bruxa no Caribe para a primeira semana de férias...

 

-Sei, e...

 

-E... Se você fosse pra viagem, quem gostaria que fosse com você? Eu ou o Cabeça-De-Fósforo?

 

-Mas não era Cabeça-De-Fogo?

 

-Não fuja do assunto.

 

-Tá bom... Eu preferiria que você fosse.

 

-Oooooh! Mesmo? Não é você que sempre fica me chamando de insuportável?

 

Sarah arremessou o travesseiro nele de novo.

 

-Eu sei, mas por mais insuportável que você seja, acho que se o Weasley fosse seria muito tedioso, com você por perto pelo menos eu tenho distração.

 

-Você quer dizer que pelo menos tem alguém para brigar?

 

-É... Acho que dá pra encarar dessa forma. E além do mais, eu já me acostumei a dividir as coisas com você.

 

-Nem me fale! A carteira na classe, o quarto, a mente... – Disse ele, fazendo uma lista com os dedos. Sarah se levantou e pegou o travesseiro de volta.

 

-Boa noite, Draco.

 

-Boa noite, Sarah.

 

...

(Duas horas depois...)

 

>Modo Draco Online<

 

“Diário, tenho que fazer uma breve anotação no meio da madrugada antes que eu me esqueça: a Sarah, mesmo sendo uma Adams, por incrível que pareça, não é tão insuportável quanto eu pensei.

 

Obs.: ainda assim eu a odeio!”

 

Domingo, 15 de junho de 2009, navio-boate Pérola Negra, andar zero.

 

-Jack Markson, você aceita Mary Jane...

 

Essa é a parte mais chata dos casamentos, o discurso. Concordo. Meia hora de blábláblá. Sarah, eu se fosse você se acostumava com isso, porque quando você e o Weasley se casarem vai ter que ouvir a mesma leréia. Quem disse que eu vou me casar com o Weasley?! Calma, não precisa ficar nervosinha. Draco, vai cagar. Sssshhh. Estamos perdendo o blábláblá.

 

-Sendo assim eu vos declaro, marido e mulher. Pode beijar a noiva. – O padre encerrou a cerimônia, e Jack e Mary se beijaram, em meio aos aplausos de todos.

 

Cenas do próximo capítulo:

 

“-E por que nunca nos contou? – Perguntou Sarah, sem entender.

 

-Essa era uma regra dele: “Os envolvidos devem descobrir”. Intrigante, não? – Disse Dumbledore, olhando-a como se sorrisse com os olhos.

 

-Não podia ter nos dado uma dica ou coisa do tipo? – Os olhos de Sarah estavam em chamas de raiva.

 

-Receio que não. Sarah... Você nunca se perguntou “Por que eu e Draco Malfoy?”? Nunca pensou o porquê de vocês dois terem sido escolhidos para a conexão ao invés de líderes fortes como o seu pai ou Narcisa Malfoy? – Sarah permaneceu em silêncio, notando que nunca tinha tido tempo para bolar esse tipo de questionamento. – A conexão entre você e Malfoy é mais simbólica do que você pensa, Sarah. E muito mais antiga.

 

Nesse momento Draco Malfoy Bombardeia a porta e entra na sala com a coruja de prata da Corvinal no ombro, confundindo ainda mais a situação.

 

-Eu preciso de algumas respostas. – Disse ele com os olhos prateados e uma expressão de fúria no rosto.”

 

 

 


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