Sarah Adams escrita por Marina Andrade


Capítulo 11
Capítulo 11 - Monitores




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N/A: Para aqueles que estiverem acompanhando a fic, eu fiz um cronograma dos jogos de quadribol para que vocês saibam quanto está o placar de jogos e quem está ganhando. Se estiverem interessados em acompanhar os jogos me avisem que eu mando o documento. É bem simples, apenas uma tabela de uma página do Word. Então é isso, aí vai um capítulo pra descontrair.


 


Bjs.


 


1º de Abril, quarto do corredor secreto, cama da esquerda, 04:40 hs.


 


>Modo Adams Online<


 


Diário, não posso escrever muito porque são quatro e tanta da manhã e o Malfoy está dormindo, então tenho que ser breve para que ele não acorde com o “barulho irritante da pena” como na semana passada. Bom... Ultimamente não estou tendo muito tempo de escrever, pelas tarefas extras que os professores nos mandam fazer para nos ajudar nos NOMs e tal. Além disso, os treinos estão cada vez mais intensos e mais longos (o que está acabando comigo). Falando de quadribol, vou contar como está o placar até agora:


 


1º lugar: Sonserina, com 3 jogos.


 


2º lugar: Corvinal, com 3 jogos.


 


3º lugar: Grifinória, com 2 jogos.


 


4º lugar: Lufa-Lufa, que não ganhou nem um jogo.


 


 A Sonserina está na frente porque tem mais pontos que a Corvinal (imagine o quanto o Malfoy está se achando com isso).


 


Continuando, tive umas oito aulas de Oclumência com Snape, e honestamente, não parecem estar funcionando pra mim. E acho que também não estão funcionando pro Draco ... Eu escrevi Draco? Quis dizer MALFOY. Ele fica bem abalado nas aulas, e acho que é isso, mais do que tudo, que me faz odiar Oclumência. Não sei por que, mas sinto muita pena dele. Ter um pai em Azkaban e uma família de comensais não deve ser fácil. Ele me parece muito sozinho também. Eu já tentei conversar com ele como duas pessoas normais, mas ele sempre me despreza porque eu sou uma Adams. Como se o sobrenome de uma pessoa já dissesse tudo sobre ela.


 


Bom, agora vamos às notícias boas:


 


Semana passada o Ron pediu a Hermione em namoro, em plena biblioteca. Achei muito romântico. Ele enfeitou a mesa em que eu e ela nos sentamos pra estudar toda tarde com uma toalha vermelha e velas. Vestiu um terno e ficou esperando-a com um buquê de rosas vermelhas na mão. Assim que nós chegamos pra estudar, eu parei na porta e assisti à cena. Ele ajoelhou, lhe entregou as flores e tirou um anel de prata do bolso. E agora eles andam pelos corredores sorrindo e de mãos dadas. Eu ainda não contei sobre o jogo, mas acho que nem faz tanta diferença agora.


 


Desde a prova no décimo andar, não temos tido nenhuma prova do Torneio. O Malfoy acha que Dumbledore deu um tempo por causa das provas. Lá estou eu falando do Malfoy de novo! Essa coisa de conexão mexe com a gente! Assim que eu acordo, se o Malfoy estiver acordado, conversamos mentalmente (ou melhor dizendo, brigamos mentalmente) ou se ele estiver dormindo, eu acabo escutando o que ele sonha, ou sem perceber começo a vasculhar a mente dele. É inevitável. Nós nunca mais sonhamos um com o outro desde que começamos a dividir um quarto. Acho que é pela tensão de tanta coisa acontecendo. Ah! Me lembrei! Hoje é aniversário do Jack e do Joey! Escrevi uma carta pra eles ontem à noite e... Tenho que ir, o Malfoy está acordando e eu tenho que dormir. Tchau!


 


Horas depois, Salão Comunal, mesa da Corvinal, 06:40 hs.


 


-Temos que nos concentrar no próximo jogo. – Disse Sean, que tinha convocado uma reunião do time da ponta da mesa. – Estamos empatados com a Sonserina, mas eles estão na frente com 30 pontos a mais que nós.


 


-Trinta pontos não são nada, do jeito que o Steve está jogando, no próximo jogo estaremos na frente deles. – Disse Pam, sorrindo para Steve, que estava jogando com brutalidade ultimamente, ninguém sabia por que, mas durante o jogo, ele tentava rebater a goles na cabeça do Malfoy sempre que tinha a chance.


 


-Sobre isso Steve, tente acertar os aros e não a cabeça do Malfoy. – Disse Sean severo. – E você Sarah, excelente trabalho no último jogo. – Disse ele, fazendo com que o time inteiro desse tapinhas nas costas de Sarah.


 


-Como conseguiu pegar o pomo três vezes em vinte minutos? – Perguntou Diego Jonson, um menino loiro e alto do sétimo ano que era artilheiro do time desde que entrou em Hogwarts.


 


-É Sarah, você nem deu chance ao Malfoy de chegar perto do pomo. – Disse Trenth Jonson, sexto ano, irmão de Diego.


 


-Vocês viram a cara de tacho que ele ficou depois daquele jogo? – Perguntou Diana Fells, quarto ano, artilheira.


 


-Eu vi. – Disse Sean sério. – E é isso que me preocupa. – Todo o time se calou e ouviu. – Acho ótimo termos ganhado deles no último jogo, mas a Sonserina venceu a primeira rodada de jogos. Nosso próximo jogo é dia onze contra a Lufa-Lufa. – Disse ele, olhando na tabela de jogos. – E o desse sábado é Sonserina versus Grifinória. Vamos torcer para que o Harry acabe com eles. Vou tentar agendar mais treinos extras para nós essa semana. – O time todo suspirou de desânimo.


 


-Mais treinos extras?! Sean, nós estamos tendo treinos extras toda semana desde o começo do ano! – Reclamou Diana.


 


-E essa noite Dumbledore vai informar quem serão os novos monitores. E se algum de nós for escolhido, como vamos participar dos treinos extras? – Perguntou Steve.


 


-Ok, ok. Se um de nós for monitor, chega de treinos extras por essa rodada. – Disse Sean, rendido. O time todo pareceu mais feliz com a notícia enquanto saía do Salão.


 


-Estou contando com você, Sarah. – Trenth sussurrou para Sarah quando Sean não podia mais ouvir.


 


-Vem cá. – Steve puxou Sarah da multidão enquanto eles iam para a sala de Transfiguração.


 


-O que foi? – Perguntou Sarah enquanto andavam pelos corredores.


 


-Er... Sabe, Sarah... É que estão dizendo que no último dia de aula vai haver um baile...


 


Eu se fosse você saia daí. Ele vai acabar te convidando para o baile.


 


-Malfoy?


 


-O que disse? – Perguntou Steve, tentando entender por que foi interrompido. Sarah nem estava prestando atenção com Malfoy na sua cabeça;


 


-Oh, nada. Continue. – Disse ela, sorrindo simpaticamente.


 


Sarah, não acredito que você vai deixar um idiota desses te convidar para o baile! Malfoy, vaza da minha mente! Correção, nossa mente. Tanto faz! Eu estou tentando prestar atenção no que o Steve está falando. Eu não caio nessa, Sarah. Estou sentindo que você não quer sair com ele. E desde quando você sabe o que eu sinto? Desde ontem. Eu venho praticando faz algum tempo.


 


-Então... Você aceita? – Perguntou Steve, olhando ansioso para Sarah.


 


-Aceito?! O quê?


 


-Ir ao baile comigo, se tiver mesmo um baile. – Disse Steve enquanto esperava que Sarah entrasse na sala (N/A: caso tenha esquecido, o Steve é o sexto ano).


 


-Eu... Eu... – Dizia Sarah, olhando em direção à sua mesa, onde Malfoy a esperava com um sorriso cínico no rosto.


 


Eu te avisei. Ah, cala a boca!


 


O sinal bateu, sauvando Sarah.


 


-Eu... Te respondo depois. – Disse Sarah, indo se sentar no fundo com Malfoy enquanto Steve ia pra sua sala, já atrasado.


 


Eu avisei. Eu avisei. – Cantarolou Malfoy na mente de Sarah. – Sshh, quero dar uma lida na matéria enquanto a McGonnagal não chega. Nerd. Malfoy. Ai, essa doeu.


 


-Alunos. – Disse MacGonnagal, entrando na sala. – Hoje vocês irão se transfigurar na pessoa com quem fazem dupla.


 


-HEIN?! – A maioria dos alunos exclamou.


 


-Exatamente, vocês vão trocar de corpo com a pessoa com a qual fazem dupla durante essa aula.


 


Trocar de corpo com o Malfoy?! – Pensou Sarah. – O que você acha Malfoy?


 


Lua de cristal, que me faz sonhar, faz de mim uma estrela, que eu já sei brilhar! Malfoy, que música idiota é essa? Sei lá, minha mente viaja quando eu estou entediado. Mas tinha que ser Xuxa? Se você reclamar eu vou cantar mais! Eu mereço! Essa conexão via acabar comigo!


 


McGonnagal apontou com a varinha para o quadro, onde surgiu um breve texto sobre Transfiguração Corpórea e sobre os dois tipos de feitiços que eles usariam na aula.


 


-Copiem rapidamente o texto e memorizem os feitiços.


 


Os alunos copiaram em dois minutos e começaram a memorizar os feitiços.


 


“Feitiço para troca corpórea: Body Transformer.


 


Gire a varinha em um círculo anti-horário, depois corte para a direita e aponte para a pessoa em que vai se transfigurar enquanto fala o feitiço.


 


Feitiço para desfazer: Finite Transformer.


 


Gire a varinha em um círculo no sentido horário, corte para a esquerda e aponte para si próprio enquanto fala o feitiço.


 


P.S.: É imensamente importante que a pessoa esteja concentrada no que está fazendo para que os feitiços não sejam mal executados, fazendo com que apenas metade ou algumas partes do corpo se transfigurem.” – Lia Sarah.


 


Já imaginou Adams? Eu com minhas pernas e seu tronco? Hahahahahahaha! Já me imaginou com seu tronco e minhas pernas? Hahahahaha! Ou que tal: suas pernas, meu tronco, seus braços, meu cabelo e sua bunda?


 


Sarah e Malfoy começaram a rir do nada no meio da aula. Os outros olhavam sem entender por que da explosão de risos sem motivo nenhum.


 


-Alguma coisa engraçada aconteceu aí atrás? – Perguntou McGonnagal, se levantando da mesa. Sarah e Malfoy pararam de rir na hora. – Acho que já sabemos qual dupla vai começar. – Disse ela sorrindo.


 


Sobramos. – Pensaram Sarah e Malfoy juntos, enquanto iam para a frente da sala.


 


-Varinhas em punho. – Disse MacGonnagal, saindo de perto. Sarah e AMlfoy apontaram a varinha um para o outro. – Lembrem-se, vocês têm que estar concentrados no que estão fazendo. E... – A sala toda olhava em expectativa. – Vão!


 


-Body Transformer! – Disseram os dois, lançando um jato de luz branca um no outro. Assim que a luz os atingiu, eles foram levantados do chão, um se transformando no outro, primeiro o rosto, depois os cabelos, depois o resto do corpo. Poucos segundos depois, quando a transformação terminou, ambos caíram no chão. Assim que olharam um pro outro, caíram na risada, rindo e apontando para si e para o outro, fazendo toda a sala rir também.


 


-Silêncio! – Disse McGonnagal, olhando severamente para os alunos. – SILÊNCIO! – Todos se calaram. – Parabéns, vocês executaram o feitiço com perfeição. Espero que tenham aprendido como é que esse feitiço funciona. Todos vocês deverão permanecer no corpo do seu parceiro até o final desse horário. Quero um relatório de cada um para amanhã contando como foi a experiência. – A sala toda resmungou desanimada. – Podem voltar para os seus lugares. – Disse ela à Sarah e Malfoy.


 


Sarah, acostumada com seus um metro e sessenta e cinco, andou meio desequilibrada no corpo alto de Malfoy enquanto ele, rindo, mexia nos novos cabelos compridos e lisos, levemente ondulados. Ambos se sentaram na carteira, enquanto os outros se transfiguravam e riam.


 


-Nossa, você é alto. – Disse Sarah, experimentando seu novo ponto de vista.


 


-E você é baixinha. Seu cabelo é pesado, não te incomoda não? – Perguntou Malfoy, enquanto mexia nos cabelos de Sarah.


 


-Já me acostumei. E você, essa franja caindo no olho não te incomoda não? – Sarah soprava a franja.


 


-Ei! Minha franja tem estilo.


 


-Hahahaha, olha aquela cena! – Disse Sarah, apontando para Cho Chang, que fazia dupla com Crab.


 


-Ai, meu Merlin! Eu estou enorme de gorda! – Disse ela, experimentando o novo corpo.


 


-Ah, é? Oi, meu nome é Chang. Cho Chang. – Disse Crab, imitando a voz do James Bond.


 


-Ah é guerra? – Retrucou ela, com as mãos na cintura. – Eu sou o Crab, olhem pra mim dançando balé! – Chang saiu dando piruetas com o corpanzil de Crab.


 


Sarah e Malfoy se dobravam de rir.


 


-Olha aqueles dois! – Disse Malfoy, apontando para Sean e Goyle, que começaram a se bater.


 


-Eu quero meu corpo de volta! – Dizia Sean, voando pra cima de Goyle.


 


-Hahaha, eu tenho músculos. – Disse Goyle, se achando.


 


Parkinson e Luna passaram ao lado de Sarah e Draco. Parkinson, com uma expressão avoada demais, e Luna, rangendo os dentes de ódio.


 


-Di-Lua, tira essa expressão de maníaca do meu rosto!


 


-O quê? – Disse Luna, prestando atenção em Parkinson. – Olha só! Meu cabelo é bem mais claro visto do corpo de outra pessoa.


 


-Dá pra mudar essa cara pra uma expressão decente? – Berrava Parkinson.


 


-Hahahaha, tá vendo isso Malfoy?


 


Coxas: aprovado.


 


-Ei! Tira a mão da minha perna, seu tarado! – Disse Sarah, batendo em Malfoy.


 


-Ai! Saiba que se você deixar marcas o corpo é seu!


 


-Tem razão. – Disse Sarah, parando de bater no próprio corpo e mordendo o braço.


 


-Ei! Esse é meu braço!


 


-Exatamente. – Disse Sarah soltando a manga da capa para tampar a marca que fez.


 


Durante os próximos minutos, Sarah e Malfoy observaram as outras duplas nos novos corpos, enquanto riam de dobrar.


 


-Ok, ok. Hora de destrocar de corpo. – Disse McGonnagal, se levantando. – Andem rápido com isso, temos cinco minutos. – Suspiros de alívio foram ouvidos da maioria dos alunos, cansados de brincarem de ser outra pessoa.


 


-Acho que vou escrever um livro: “Adams por um dia”. – Disse Malfoy, enquanto pegava a varinha.


 


-Nem foi um dia inteiro!


 


-Tá bom, e que tal: “Adams por um horário”.


 


-Malfoy, pra ser um Adams é preciso de muito mais do que estar no corpo de um. – Disse Sarah, levantando uma sobrancelha e apontando a varinha para Malfoy.


 


-Finite Transformer! – Ambos disseram, sendo acompanhados por outros alunos.


 


Eles destrocaram de corpos e saíram para a próxima aula.


 


No mesmo dia, Salão Comunal, 20:01 hs.


 


-Então Sarah, como é dormir num dos quartos para sonâmbulos? – Perguntou Dakota, sentando ao lado de Sarah na ponta do banco mais próxima à porta, como de costume. Hoje nem Sean nem Steve tinham ido jantar.


 


-Bom, é normal. – Disse Sarah, tentando desviar do assunto. Intrometida ela, não? Será que não tem mais nada pra fazer? Malfoy, será que você podia, só durante o jantar, me dar sossego? An... Não.


 


-Sarah! Oi, Sarah! – Disse Dakota, cutucando o ombro de Sarah, que tinha se desligado da conversa e olhava fixamente para Malfoy.


 


-Ahn... oi, o que disse?


 


-O que está rolando entre o Malfoy e você, hein? – Perguntou ela, olhando com aquele olhar “sei que está me escondendo alguma coisa”.


 


-Eu e o Ma-Malfoy? – Sarah começou a gaguejar. – Nada! Ele é só um... Malfoy ué!


 


-Sei. Vou fazer de conta que acredito. – Disse Dakota, concentrando no jantar.


 


Nesse momento, Steve entrou no Salão parecendo exausto, com os cabelos escorrendo, e sentou ao lado de Sarah.


 


-O que aconteceu com você? – Perguntou Sarah preocupada.


 


-Smith... Detenção... Encanamento... Quadribol... Malfoy idiota... – Ofegava Steve, tentando formar uma frase inteira.


 


-Respira primeiro, depois você fala. – Disse Sarah, abanando Steve com as mãos. Ele respirou fundo, tomou um gole de suco de abóbora e disse:


 


-Eu tive que cumprir uma detenção com o Smith porque a professora Samantha “acha” que eu tentei acertar a goles na cabeça do Malfoy de propósito no último jogo. – Disse ele, fazendo sinal de aspas com as mãos.


 


-E é verdade? – Perguntou Dakota.


 


-É. E por isso o Smith me mandou, junto com o Hagrid, concertar o encanamento do banheiro da Murta-Que-Geme sem magia. – Disse ele, apontando para os cabelos encharcados.


 


-Dry. – Disse Dakota num aceno de varinha, fazendo o cabelo de Steve secar.


 


-Valeu. – Agradeceu Steve.


 


-Pra que concertar o encanamento daquele banheiro? É só fechar o registro. Ninguém usa aquele banheiro.


 


-É sobre isso que eu queria te falar. – Começou Steve. – O Hagrid não é lá muito bom em guardar segredos, e acabou deixando escapar que Dumbledore queria concertar aquele vazamento para deixar o banheiro usável de novo, para eventos futuros.


 


-Eventos futuros? Tipo o quê? Alguma reunião de monitores em pleno banheiro feminino? – Perguntou Sarah.


 


-Ia ser hilário! Já imaginou? Os monitores da Lufa-Lufa por favor sentem-se naquelas privadas. Os da Corvinal nas pias e, Murta você poderia pegar o rolo de papel higiênico para as nossas anotações, por favor? – Disse Dakota fazendo Steve e Sarah rir.


 


-Mas o que eu preciso saber nisso? – Perguntou Sarah à Steve.


 


-Pensei que talvez uma das provas possa acontecer no banheiro, já que são imprevisíveis.


 


-É, com Dumbledore nunca poderemos descartar nenhuma hipótese.


 


-Atenção, alunos! – Disse Dumbledore, com um pergaminho como símbolo das Quatro Casas gravado.


 


-E falando nele... Disse Dakota.


 


-Eu gostaria de anunciar os novos monitores desse ano, que substituirão os do ano passado. Esse ano os monitores foram escolhidos por votação dos professores e dos ex-monitores. Devo lembrar-lhes que, caso não queiram aceitar o cargo, digam agora, pois o segundo mais votado assumirá seu posto. Sendo assim, os professores de cada Casa, por favor, se aproximem.


 


Smith, Snape, Hamilton e McGonnagal se levantaram e ficaram ao lado de Dumbledore, sendo aplaudidos por todos do Salão, principalmente os alunos puxa-saco, na esperança de terem assumido o cargo. Dumbledore entregou o pergaminho à McGonnagal, que anunciou:


 


-Os escolhidos da Grifinória foram: Gina Weasley e Harry Potter. – Recebendo os aplausos e assovios de todos, os dois foram até o palco sorrindo. – Vocês aceitam o cargo? – Perguntou McGonnagal. Ambos aceitaram, e McGonnagal passou o papel para Hamilton.


 


-Os escolhidos da Lufa-Lufa foram: Ashley Carter e James Stuart. – Disse Hamilton, causando um estouro de aplausos para o monitor mais novo da história de Hogwarts. Além de entrar pro Torneio, agora Smith também estava na lista de monitores. Tudo e mais um pouco que um garoto de doze anos pode querer. Os dois receberam os emblemas e ficaram ao lado de Hamilton, que passou o pergaminho para Snape.


 


-Os escolhidos da Sonserina foram: Pansy Parkinson e Vince Stackhouse. – Disse Snape, causando aplausos de toda a Sonserina e de alguns fãs de Parkinson e Stackhouse.


 


-Esse mundo está perdido. – Disse Dakota para Sarah.


 


-Concordo. – Respondeu ela.


 


Snape passou o pergaminho para Smith, que leu:


 


-Os escolhidos da Corvinal foram: Sarah Adams e Steve Wizard. Enquanto Dakota empurrava Steve e Sarah para fora do banco, já que eles estavam em choque, ambos foram muito aplaudidos, especialmente pelo time da Corvinal, que estaria livre de treinos extras pelo resto do mês.


 


Adams, você como monitora? Hahaha, isso vai ser um desastre! Tudo isso é inveja Malfoy? Adams, eu sei que você queria que eu fosse monitor. Eu vi sua mente. Você não tem mais nada o que fazer não?! Ahn... Deixe-me pensar... Não.


 


-Bem, agora que já sabemos quem são os monitores, eu gostaria de informá-los que esse ano haverá apenas dois monitores-chefes, ao invés de dois de cada Casa. Devo ressaltar que haverá muito mais responsabilidade sobre esses monitores. E eles são: - começou Dumbledore, pegando o pergaminho. – Cho Chang da Corvinal. – Todos do Salão a aplaudiram. – E Draco Malfoy, da Sonserina. – Terminou ele, fazendo com que muitos aplausos sonserinos e poucos de outras Casas fossem ouvidos.


 


Draco caminhou com um sorriso superior no rosto até Sarah.


 


Ainda acha que eu tenho por que ter inveja de você? Não acho. Fico feliz por você. – Pensou Sarah irônica. – Então por que não me dá os parabéns? – Draco levantou uma sobrancelha enquanto Dumbledore colocava seu distintivo e todos voltavam para seus lugares. – Você não me deu os parabéns, e eu sou monitora também! Só que eu sou monitor-chefe. Sou seu superior e você tem que me obedecer! Hahahahahaha, que dó Malfoy! Tudo bem então, pa... Pa?Parabéns, Adams. – Sarah começou a rir em plena mesa da Corvinal, enquanto olhava para Draco.


 


-Você tá legal? – Perguntou Steve, que também começou a rir por impulso.


 


-Devem ter zonzóbulos na cabeça dela. – Disse Luna, que surgiu vinda de lugar nenhum e se sentou ao lado de Dakota.


 


Não tem nada pra me dizer? – Perguntou Malfoy mentalmente, olhando com cara de desafio para Sarah. – Está bem! Parabéns Malfoy.


 


Sábado, 03 de abril de 2009, Largo Dharma, nº 12,5, Londres, 19:59 hs.


 


Todos os membros da Nova Ordem da Fênix estavam treinando no imenso Salão de Bailes do último andar, agora sendo usado como sala para treinamento de DCAT. Hoje, eles estavam usando o livro “Feitiços Explosivos – Volume 6”, lendo, anotando os feitiços que gostavam e testando-os em pleno Salão, lutando contra armaduras de cavaleiros enfeitiçadas para combate. Já havia mais de uma hora que eles estavam detonando e reconstituindo as armaduras, e Fred, Jorge e Snape mostravam excelente talento para explosões.


 


-Bomba Raver! – Disse Malfoy, fazendo uma armadura voar em meio a fagulhas vermelhas e quase bater na cabeça de Harry, que desviou a tempo.


 


-Muito bem, filho. – Disse Narcisa, enquanto explodia duas armaduras uma na outra.


 


-Bomba Wallace! – Disse Sarah, fazendo com que a armadura que Malfoy tinha explodido voasse na direção de Snape antes que batesse no chão. Snape, que estava ocupado explodindo barreiras de gelo que Dumbledore havia criado, tomou uma pancada do pé da armadura, que caiu na sua frente logo em seguida.


 


-Ei! Dá pra prestarem atenção no que estão fazendo?! – Berrou ele, olhando em direção à Sarah.


 


-Desculpe! – Disse Sarah, explodindo mais armaduras com feitiços não-verbais. Dumbledore os havia ensinado que qualquer vantagem que tivessem sobre os comensais deveria ser usada, por isso Sarah começou a usar feitiços não-verbais, no que se mostrou muito boa, tanto quanto Malfoy, que aderiu a mesma prática.


 


Bomba Ten! Bombatry! Boomax! Travel Bomb! – Pensavam Sarah e Malfoy, enquanto arremessavam armaduras por todos os lados.


 


-Super Bomb! – Disse Helga, que agora tinha passado para o lado ativo da Ordem. Ela achou que as circunstâncias atuais pediam mais pessoas no campo de batalha do que enfurnadas em sótãos. Não houve ninguém capaz de convencê-la do contrário. – Cara! O Walter is adorar isso! – Disse ela, bloqueando de um dos feitiços mandados pelas armaduras e mandando-as longe.


 


-Hahaha, tenho certeza disso! – Disse Jack, que lutava ao lado de Joey.


 


-Maxer Bomb! – Disse Mary Jane, que tinha entrado pra Ordem há duas semanas. Além de ser o maior relacionamento que Jack conseguiu ter (segundo Helga, o único relacionamento sério) ela possuía a coragem e a inteligência necessárias para detonar com os Comensais em batalha. Jack piscou pra ela ao vê-la mandar oito armaduras pelos ares.


 


-Lá vai...  – Começou Julia, a única que não teve que usar feitiços explosivos, já que seu poder era explodir coisas. – BOMBA! – Terminou ela, fazendo todas as armaduras presentes no Salão se espedaçarem. Todos a aplaudiram de animação.


 


-Desculpe interromper, mas o jantar está servido. – Disse Molly, abrindo a porta apenas o necessário para ser ouvida.


 


-Uhu! Rango! – Disseram os Weasleys, descendo as escadas, sendo acompanhados pelos Adams, Malfoys e Snape.


 


-Você até que não é má em explodir armaduras, Adams. – Disse Malfoy para Sarah, enquanto desciam as escadas um pouco mais atrás que os outros. – Mas é claro que não é tão boa quanto eu. – Completou, com um sorriso arrogante.


 


-Malfoy, já te disseram que você não é perfeito? – Perguntou Sarah.


 


-É claro que não. A maioria das pessoas não mente tão descaradamente assim.


 


-Sarah do meu coração! – Disse Fred, se enfiando entre ela e Malfoy e passando um braço por cima de seu ombro. – Você estava muito sexy explodindo armaduras, sabia? – Disse ele, piscando pra ela e fazendo Malfoy segurar o riso enquanto acelerava o passo.


 


-Ah... Obrigada? – Disse Sarah, incerta do que dizer.


 


-Não tem de quê. – Respondeu Fred com um sorriso galanteador.


...


 


Oh, que gracinha. Os dois pombinhos! – Pensou Malfoy, sentado à frente de Sarah na mesa de jantar. Fred estava com a cadeira colada à da de Sarah. – Cara, você é muito a toa não é?Eu não sou a toa. Eu só estou entediado no momento. Por que você não enfia o garfo no olho pra se distrair? Porque dói. Tive uma idéia melhor. Qual? Super fantástico! O balão mágico! O mundo fica bem mais divertido! Ah não, qualquer coisa menos cantar, pelo amor de Merlin!


 


O jantar percorreu tranquilo. À noite, todos foram dormir aos diversos quartos da casa. Em cada quarto dormiam duas pessoas, os que não eram casais ou irmãos gêmeos, foram sorteados. Hermione e Ron, Harry e Gina e Malfoy e Sarah dividiram cada dupla um quarto. Malfoy e Sarah foram escolhidos porque Dumbledore enfeitiçou o papel dos nomes deles, para que caíssem no mesmo quarto, pelo problema da conexão e tal.


 


...


 


-Péssima noite, Adams. – Disse Malfoy, trancando a porta e tirando a camisa (pra variar).


 


-Uma péssima noite pra você também, Malfoy. – Disse Sarah, guardando o livro na mesa de cabeceira, se cobrindo e apagando a luz.


 


Em poucos minutos ambos adormeceram.


 


Na manhã seguinte, quarto da Adams e do Malfoy, 08:25 hs.


 


Sarah tinha dormido como um anjo. Ela sabia que tinha sonhado alguma coisa, mas não se lembrava o que, apenas que tinha sido um sonho excelente. Ela se mexeu na cama, espreguiçando, mas não abriu os olhos. Sentiu que a cama estava gostosa demais pra levantar cedo.


 


Desde quando esse colchão é tão duro? – Pensou ela, passando a mão no local onde estava deitada. – E desde quando essa cama tem cabelos?! – Pensou ela, passando a mão em cabelos macios e finos que estavam um pouco acima de si no travesseiro. Ela ouviu um suspiro e sentiu-se ser abraçada. – E desde quando essa cama abraça?! – Pensou ela abrindo os olhos e vendo que estava deitada em cima de Malfoy, que estava esparramado na cama dela, com os braços a envolvendo possessivamente. Ele abriu os olhos e ele e Sarah, ao se darem conta da situação, pularam cada um pra um lado, Sarah escalando a cabeceira da cama e Malfoy caindo da mesma.


 


-O QUÊ?! COMO?! QUANDO?! – Começou Malfoy, ao se levantar.


 


-COMO VOCÊ FOI PARA NA MINHA CAMA, MALFOY! – Berrou Sarah, fechando a mão em punho como se fosse dar um murro na cara de Malfoy.


 


-Eu sei lá! E como você foi parar em cima de mim?


 


-Não muda de assunto!


 


-O que é que está acontecendo aqui?! – Perguntou Snape, entrando no quarto com o Alohomorra, acompanhado de Dumbledore.


 


Deixa comigo. – Pensou Malfoy, aparentemente calmo.


 


-Acontece que nós acordamos tentando nos matar de novo. – Explicou ele, como se isso fosse a coisa mais natural do mundo.


 


-Previsível. É a conexão agindo nos sonhos de vocês e fazendo com que isso se torne realidade. – Disse Dumbledore. – Agora que já estão mais calmos, arrumem-se.


 


-E Malfoy, por Merlin, vista uma camisa. – Completou Snape, saindo do quarto.


 


Assim que ele saiu Sarah desatou a rir, se esquecendo do acontecido.


 


No mesmo dia, sala de treinamento improvisada, 14:00 hs.


 


>Modo Malfoy Online<


 


Todos os membros da Ordem da Fênix estavam praticando feitiços defensivos no grande salão, quando Fawkes entrou voando pela janela.


 


-Parem! – Disse Dumbledore, pausando a confusão de escudos mágicos e feitiços voando para todos os lados. – Parece que temos correio. – Completou ele, pegando a edição matinal do Profeta Diário que Fawkes tinha lhe entregado.


 


-Alguma coisa de importante, Alvo? – Perguntou Arthur.


 


-Creio que sim. De extrema importância. Dumbledore pigarreou e começou a ler:


 


“O Ministro da Magia, Cornélio Fudge, afirmou em entrevista imediata ontem à noite, que um bando de dementadores que não estavam sob o controle do Ministério, invadiu a Floresta Dark, situada nos arredores da Transilvânia, onde uma grande quantidade de lobisomens foi capturada, ainda não se sabe como, e levada juntamente com os dementadores, que deixaram três homens mortos no caminho.


 


Fudge prefere não divulgar os nomes dos falecidos, para dar mais privacidade para as famílias, mas diz que todos os homens eram aposentados que trabalharam no Ministério da Magia. Por ora, não sabemos quem foram os responsáveis pelo ataque, mas como nunca podemos esquecer, e não descartando essa opção, gostaria de lembrar-lhes de que os Comensais da Morte ainda estão à solta, e que cinco deles fugiram de Azkaban no mês passado.”


 


-Como ainda não sabem quem são os responsáveis?! – Exclamou Harry. – Quem eles acham que podem ser? O lobo mau e o coelhinho da páscoa?


 


Todos riram da comparação feita por Harry, amenizando o clima tenso do salão.


 


-Dumbledore, não acha que Voldemort pode estar tentando recrutar lobisomens, não é? – Perguntou Sarah.


 


-Não sei, mas por precaução, vamos ter que avançar no treinamento.


 


-Avançar? Como assim? – Perguntou Gina.


 


-À partir de agora, vamos todos ser animagos. Lobisomens não matam animagos, e se nos depararmos com um deles, é melhor que possamos nos defender. – Disse Dumbledore, fazendo com que as armaduras abrissem espaço, marchando para um canto da sala.


 


-Mas já?! – Perguntou Hermione, espantada.  – A maioria de nós é muito jovem até mesmo para tentar!


 


-Então devemos começar o quanto antes. – Disse Dumbledore sorrindo.


 


Acho que você vai ser uma ornitorrinco. Rá-rá, Malfoy. E eu acho que você vai ser um dinossauro.


 


-Adams, Malfoy. Sua vez de tentar. – Disse Snape.


 


Cenas do próximo capítulo:


 


“-Adams e Potter perseguem o pomo lado a lado. – Dizia a professora Samantha, narrando o jogo. – E a goles agora está com Steve, Steve rebate e é gol da Corvinal! – 120 à 140 pra Corvinal. Corvinal desempata o jogo, Adams se aproxima do pomo, e...


 


-Atenção todos os alunos e professores! – McGonnagal interrompeu a narração da professora Samantha e o jogo parou. – A terceira prova do Torneio das Quatro Casas começa agora.”


 


 


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